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Oficina Autores Negros na Comunicação Trilogia RP: Mitos e Verdades 3 de dezembro de 2022

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Prazer, sou o Marcus  Professor de RP na FECAP desde 2013  Doutorando em Comunicação  Relações-Públicas com passagens no mercado no setor público, mineração e agências  Consultor em Diversidade  Ativista pelos Direitos Humanos e relações raciais  Pai e parte de uma família preta QR Code para o meu linktree!

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Check-in Quais suas expectativas, dúvidas ou anseios com este encontro?

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Razões para esta oficina • Temos sim, autoras e autores negros na comunicação • O perfil dos estudantes universitários felizmente está mudando • As demandas sociais, controvérsias e questionamentos aumentaram, felizmente • O campo das Relações Públicas no Brasil está atrasado na discussão de relações raciais, em comparação com o campo do Jornalismo e da Publicidade • A realidade concreta exige do nosso campo uma leitura mais crítica, menos “prática” e “técnica” à serviço das organizações e em prol da sociedade civil

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Dimensões da discussão sobre a autoria negra em comunicação 1. A presença dos corpos negros na docência dos cursos 2. A presença dos corpos negros no mercado 3. A discussão sobre classe, raça e gênero nas matrizes dos cursos 4. A existência de livros que tratam de classe, raça e gênero nas bibliotecas dos cursos 5. A abordagem andragógica dos docentes sobre desigualdades no Brasil e a questão racial e suas relações com o campo da comunicação Invisibilidades. Silenciamentos. Apagamentos.

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QR Code para busca no Google Acadêmico sobre racismo e comunicação

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Visão normativa das RRPP: o que ainda aprendemos e ensinamos • Viés funcionalista da comunicação, assumindo relacionamentos como uma relação conectada às organizações (“o papel das relações públicas”, “a importância das relações públicas”, “estratégias de relações públicas para...” • Tratamento casuístico de situações de racismo, preconceitos e discriminações, usando enquadramentos disciplinares (gestão da diversidade, gestão de crises,) • Invisibilidade das identidades dos públicos, uma marcante homogeneização que ignora características sociais específicas, de comunidades e de coletividades

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Fonte: Simões, 2001.

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Apagamentos e silenciamentos...

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https://www.instagram.com/p/CA8x6PMlKPz/

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O que "ignorado" na formação das organizações brasileiras • Existência de populações indígenas neste território antes da chegada dos europeus • Colonialismo europeu e a relação centro-periferia com a Europa • Tráfico maciço de negros escravizados trazidos da África ocidental • Processo abolicionista incluso e sem reparações econômicas • Apoio governamental para a vinda de imigrantes europeus e asiáticos no final do século XIX e início do século XX • Processo de miscigenação entre todas essas matrizes originais, gerando uma grande população mestiça no país • Construção de um imaginário social de democracia racial e de harmonia social entre as diferentes etnias que formam o Brasil

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Construção do capital científico Fonte: Bordieu, 2004. Capital temporal (político) Capital específico, prestígio pessoal Capital Científico Poder institucional, ligado à ocupação de posições importantes nas instituições científicas, meios de produção e de reprodução. Independente do poder institucional, repousa sobre o reconhecimento dos pares ou de frações consagradas, formam “colégios invisíveis”.

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A retomada crítica para o nosso campo recomeça daqui

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Negações do racismo no campo científico • A alegação da neutralidade científica • Não reconhecimento do racismo no campo • Colonialidade dos saberes

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Presença negra docente em cursos de Relações Públicas 1. André Luiz França (UFPB) 2. Cláudio Cotrim (FACHA)** 3. Iva Oliveira (USJT) 4. Flávia Martins (UFG) 5. Juliana Barbosa (UFPR) 6. Luiziane Saraiva (UFMA) 7. Marcus Vinicius Bomfim (FECAP) 8. Monique Paula Oliveira (UFF) 9. Rosa Lucia Correia (UFAL) 10.Taís Oliveira (UFABC/Belas Artes) 11.Thais Germano (sem vínculo) (*) Fora do país temos Juliana Maria Trammel (Savannah State University, EUA) e Andrea Oliveira dos Santos (Universitad de Girona, ESP) (**) in memoriam Prof. Cláudio Cotrim faleceu em 25 de abril de 2021, vítima da COVID-19.

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Como Latour observaria a presença negra nos centros de pesquisa brasileiros? Latour discorre sobre as relações sociais e de competitividade no campo científico e propôs uma etnografia nas Ciências, e alerta para o momento de abrirmos as chamadas “caixas pretas”. Na verdade, queremos descortinar as “caixas brancas”, uma vez que o paradigma, nas Ciências, é de neutralidade, transparência e de opacidade, na verdade. E há uma dupla opacidade, de alunos e docentes negros

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GP Comunicação Antirracista e Pensamento Afrodiaspórico (INTERCOM) https://www.portalintercom.org.br/a nais/nacional2022/listaGP.php?gp=2

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http://plataforma-acacia.org/sobre

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O que estamos buscando na verdade: é REPRESENTATIVIDADE ou PROPORCIONALIDADE? ...temos um problema na área de PERTENCIMENTO. Deste lado, estaremos sempre colocando um indivíduo, um coletivo, conteúdos, etc. para satisfazer uma necessidade estética de ter alguém naquele espaço para não dizer que "não faltou" ou "não estão ausentes" Por outro lado, aqui nos comprometemos politicamente em rever presenças, ausências, discussões para um diálogo mais intenso que gera mais identidade e que se reflita em soluções mais adequadas ao nosso perfil nacional

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Relações Públicas Críticas, visões a partir de Peruzzo (1986) e Edwards (2011) 1. Ampliar o recorte e o objeto teórico da área de Relações Públicas, indo além da ambiência organizacional, ou seja, tirando-a do centro 2. Observância da comunicação e sua valoração do ponto de vista dos relacionamentos em si, e menos em seus resultados de eficiência, eficácia, excelência e reputação 3. Reconstituir os interesses das Relações Públicas pela sociedade civil, ou seja, reconectar nosso papel profissional para a sociedade, menos em uma perspectiva de públicos de interesse e stakeholders 4. Sairmos de uma visão gerencial da comunicação e dos relacionamentos e caminharmos ao encontro da análise crítica dos impactos das ações estratégicas de relações públicas em um mundo mais conflituoso, controverso e tensionado por disputas de sentido 5. Estudos críticos dos impactos das relações públicas em uma perspectiva sociocultural, além das organizações para construções sociais

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Novos embates para uma perspectiva crítica do campo • Poder das organizações vs. Resistências da sociedade civil • Emancipação social vs. Controles hegemônicos • Influências indiretas vs. Invisibilidade • Visibilidade (transparência) vs. Opacidade (transparência)

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Check-out E aí, atendemos as expectativas?

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QR Code para a lista de referências negras em comunicação, editada por mim!

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Obrigado! Marcus Vinicius Bomfim [email protected] Trilogia RP: Mitos e Verdades