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Mercado da partilha

Daniela Reis
November 07, 2012
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Mercado da partilha

O surgimento de novas empresas, como a www.wimdu.pt/, que trazem conceitos arrojados e diferentes, faz mexer o sector do turismo de forma irreversível. O único caminho é o da mudança.

Daniela Reis

November 07, 2012
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Transcript

  1. O conceito de turismo é tão amplo que não é

    suficiente, quando falamos do assunto, temos que complementar a expressão. De uma forma superficial, continuamos a distinguir dois tipos de viagem: negócios e lazer.
  2. Mas as opções hoje em dia são vastas e o

    mercado popularizou-se. A primeira razão foi o aumento da oferta, com mais operadores, com novos canais on-line, viajar rapidamente chegou a um público maior. Isso levou a uma diminuição nos preços e o surgimento das low-cost ditou finalmente a mudança. Os operadores adaptaram-se (os que conseguiram), outros definharam e desapareceram e outros ainda surgiram com novos produtos, novas formas de viajar.
  3. Começaram então a aparecer conceitos laterais, que se preocupavam com

    grupos de interesse, o ecoturismo, o turismo de aventura, turismo cultural e o turismo social, entre outros. No que toca às acomodações, que são uma das partes principais da viagem, de salientar o couch surfing e o house sharing.
  4. Já não é só uma questão de dinheiro, no passado

    tínhamos “pen friends”, os amigos no estrangeiro com quem trocávamos correspondência. Hoje em dia, temos um amigo em outro país que podemos conhecer pessoalmente, ficando hospedados em sua casa. A experiência social é o motor deste tipo de turismo. Conhecer alguém no destino, alguém que nos vai ajudar, orientar e permitir uma experiência de viagem que não teríamos com um mapa nas mãos é a grande diferença. O primeiro surgiu a partir da ideia simples de partilhar o sofá lá de casa. “Hoje recebo um turista e na minha próxima viagem fico em casa de um local disposto a receber-me também.”
  5. O house sharing é um conceito mais recente que, como

    o nome indica, consiste na partilha por uma temporada da nossa própria casa, que pode ser feito de duas maneiras: disponibilizar toda a casa ao turista ou apenas uma parte. Aqui, novamente entramos em contacto com um morador local que pode ser uma óptima ajuda na viagem. Este tipo de alojamento é mais económico por um lado, permitindo-nos até fazer as refeições em casa, por exemplo, e muitas vezes mais funcional, pois os proprietários entregam a casa completa, muitas vezes com máquina de lavar roupa, pequenos electrodomésticos na cozinha, tábua e ferro de engomar.
  6. Wimdu é uma start up que surgiu com este conceito

    em 2011. O público aderiu e a empresa está em franco crescimento, ganhando adeptos dos dois lados, do lado de quem disponibiliza a sua casa e do lado de quem procura um sítio para ficar numa viagem. É um caso de sucesso num mercado recessivo. O consumidor mudou, está mais exigente e menos tolerante. Aqui as novas empresas destacam-se por aceitarem melhor esta mudança no mind set de quem compra.
  7. É uma experiência diferente que hoje em dia já está

    bastante popularizada entre os jovens e a ganhar adeptos entre os turistas mais velhos. É impossível prever em que direção o turismo vai avançar e como podemos arrojar mais mas a verdade é que muitas mudanças no sector aconteceram depois de pensarmos que já não faltava inventar mais nada.