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PT_NR_37_-_BÁSICO_6h.pdf

PDCA
October 26, 2024
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 PT_NR_37_-_BÁSICO_6h.pdf

PDCA

October 26, 2024

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  1. 01 02 03 04 05 06 07 INTRODUÇÃO OBJETIVOS ÍNDICE

    MEIOS E PROCEDIMENTOS DE ACESSO À PLATAFORMA CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO SUBSTÂNCIAS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS PRESENTES A BORDO: CARACTERÍSTICAS, PROPRIEDADES, PERIGOS E RISCOS ÁREAS CLASSIFICADAS, FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE RISCOS AMBIENTAIS EXISTENTES NA ÁREA DA PLATAFORMA
  2. 08 09 10 11 12 MEDIDAS DE SEGURANÇA DISPONÍVEIS PARA

    O CONTROLE DOS RISCOS OPERACIONAIS A BORDO OUTROS RISCOS INERENTES ÀS ATIVIDADES ESPECÍFICAS DOS TRABALHADORES E AS RESPECTIVAS MEDIDAS DE CONTROLE E ELIMINAÇÃO RISCOS PSICOSSOCIAIS DECORRENTES DE VÁRIOS ESTRESSORES, COMO JORNADA PROLONGADA, TRABALHO EM TURNOS E NOTURNO, ABORDANDO SEUS EFEITOS NAS ATIVIDADES LABORAIS E NA SAÚDE RISCOS RADIOLÓGICOS DE ORIGEM INDUSTRIAL OU DE OCORRÊNCIA NATURAL, QUANDO EXISTENTES PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS E EXPLOSIVOS ARMAZENADOS E MANUSEADOS A BORDO
  3. 15 16 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI; E PROCEDIMENTOS

    A SEREM ADOTADOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS - FISPQ 13 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC 14
  4. INTRODUÇÃO A norma regulamentadora NR-37 – Segurança e Saúde em

    Plataformas de Petróleo, foi editada pela Portaria MTb nº 1.186, em 20 de dezembro de 2018, e teve como base inicial para sua elaboração o Anexo II da Norma Regulamentadora NR-30 – Plataformas e Instalações de Apoio, editada pela Portaria SIT n° 183, de 11 de maio de 2010. A indústria petrolífera é de suma importância para a economia do nosso país, notadamente pelas enormes reservas contidas em jazidas presentes em Água Jurisdicional Brasileira (AJB). A geração de empregos diretos e indiretos, o desenvolvimento tecnológico decorrente e constante, os pagamentos de diversos tipos de impostos e royalties, bem como a relevante posição estratégica que ocupa na matriz energética nacional justificaram, largamente, a elaboração de NR voltada para o segmento em pauta.
  5. OBJETIVO A Norma Regulamentadora NR-37 (Segurança e Saúde em Plataformas

    de Petróleo) foi desenvolvida com o intuito precípuo de reduzir o número de acidentes e doenças ocupacionais, assim como contribuir para preservar o meio ambiente marinho e a integridade das diferentes plataformas envolvidas em todo este processo produtivo.
  6. Os deslocamentos dos trabalhadores entre o continente e a plataforma

    ou entre plataformas não interligadas, e vice-versa, devem ser realizados por meio de helicópteros. As aeronaves, os heliportos e os procedimentos de transporte aéreo devem obedecer aos requisitos de segurança exigidos pelas autoridades competentes. É permitido o transporte dos trabalhadores por meio de embarcações, desde que: Sejam certificadas pela Autoridade Marítima; A distância a ser percorrida entre o continente e a plataforma seja inferior ou igual a 35 milhas náuticas; Sejam atendidas as condições adequadas de conforto para o trabalhador durante a navegação; As condições de mar e vento sejam inferiores ou iguais aos valores abrangidos até o grau 5 da escala Beaufort. MEIOS E PROCEDIMENTOS DE ACESSO À PLATAFORMA
  7. O transporte aéreo de pessoas, os principais procedimentos a serem

    adotados durante o voo são: Orientar os passageiros quanto à necessidade de utilizar protetor auricular durante o deslocamento; Ajustar e afixar o cinto de segurança ao entrar na aeronave; Utilizar de forma obrigatória o colete salva-vidas que deverá ser vestido antes da entrada no helicóptero; Nos casos em que o colete salva-vidas não for de cor laranja, deverá será indicado que o empregado esteja utilizando o uniforme (cor contrastante com o mar); Durante a viagem, não é permitido o uso de telefones celulares; Não é permitido que o passageiro transporte bagagem de mão no embarque em helicópteros; Ao embarcar em helicópteros, não é permitido o uso de capacete, bonés ou outro tipo de cobertura, bem como portar objetos que facilmente possam ser deslocados pelo vento; Somente é permitido o embarque de passageiros que estejam utilizando uniforme ou calça comprida, camisa com manga e calçado fechado. Não são aceitos sapatos tipo sapatilha, com salto, sandálias ou similares.
  8. Antes de cada programação aérea (embarque ou desembarque), os passageiros

    devem assistir às instruções de segurança sobre as características do modelo de helicóptero que será utilizado, as regras de segurança de voo e os procedimentos em caso de emergência.
  9. CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO Por existirem diversos tipos

    de plataformas em nossos campos de petróleo, cada unidade offshore terá suas características de acordo com: A lâmina d’água dos poços explorados; e Expectativa de duração da produção desses campos. Os principais tipos de unidades offshore são: Fixa; Semissubmersíveis; FPSO; Plataforma TLWP; e Navio Sonda.
  10. Plataforma Fixa Constituídas de estruturas modulares de aço, instaladas no

    local de operação sob jaquetas (estruturas metálicas) ou outra estrutura fixa de: concreto presas no fundo do mar. Não tem grande capacidade de estocagem de petróleo ou gás e, na grande maioria das vezes, exporta para a terra através de oleodutos e gasodutos.
  11. Plataforma Semissubmersíveis: Compostas de uma estrutura de um ou mais

    conveses, apoiada em flutuadores submersos (PONTOONS) que sofrem movimentações devido influências das correntes marinhas e ventos. Por isso, torna-se necessário que ela fique posicionada na superfície do mar. Dois tipos de sistema são responsáveis pelo posicionamento da unidade flutuante: o sistema de ancoragem ou sistema de posicionamento dinâmico.
  12. Plataforma FPSO: Unidades flutuantes que possuem cascos com grandes tanques

    de armazenamento (navios) e com capacidade para produzir, processar e/ou armazenar petróleo e gás natural, estando ancorados em um local definido. Em seus conveses são instaladas plantas de processo para separar e tratar os fluidos produzidos pelos poços.
  13. Plataforma TLWP (Tension Leg Wellhead Plataform) : Diferente de uma

    plataforma FPSO, uma TLWP apresenta o controle de poços em sua superfície, já que é considerada uma das plataformas de alta estabilidade pelo sistema de ancoragem com tendões fixos por estacas no fundo do mar, se assemelhando a unidades fixas. ​ É utilizada para atividades em profundidades de até 1500 metros e todo óleo produzido é transportado para um FPSO que fica responsável pelo processamento e pelo transporte.
  14. Navio Sonda: Unidade offshore que atua na área de perfuração

    de poços, podendo ser usado em águas ultra profundas, com mais de 2000 metros de profundidade. Ele possui uma abertura no centro de seu casco, por onde passa a coluna de perfuração.
  15. As plataformas de petróleo são ambientes complexos e as condições

    de trabalho envolvem riscos que exige uma forte gestão de saúde, segurança e meio ambiente. Historicamente podemos constatar que os acidentes ocorridos na atividade de exploração do petróleo podem culminar em grandes catástrofes devido a: Diversidades de atividades realizadas simultaneamente: produção de petróleo, Geração de Energia, Movimentação de Cargas, Manutenção (mecânica, elétrica, solda etc.), serviços de hotelaria (cozinha, refeitório, lavanderia) entre outras; Manipulação de produtos perigosos: petróleo bruto, solventes, tintas, gases explosivos, etc.; Consequências severas: incêndios, explosões, contaminação por vias aéreas, acidentes pessoais em geral, etc. Conforme a NR-37, há a necessidade de estabelecer condições que favoreça a vivência a bordo. Vejamos: 37.14.1 - A operadora da instalação deve assegurar áreas de vivência compostas por alojamentos, instalações sanitárias, refeitório, cozinha, lavanderia, sala de recreação, sala de leitura, sala para o uso da rede de alcance mundial informatizada (internet) e outros serviços, em condições de segurança, saúde, conforto, higiênico- sanitárias e perfeito estado de funcionamento e conservação.
  16. SUBSTÂNCIAS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS PRESENTES A BORDO: CARACTERÍSTICAS, PROPRIEDADES, PERIGOS

    E RISCOS A bordo das plataformas é possível encontrar diversos tipos de substâncias combustíveis e inflamáveis que podem expor os colaboradores a perigos diversos.
  17. Existem diferenças entre as substâncias consideradas combustíveis daquelas consideradas inflamáveis.

    Para proporcionar a compreensão, vejamos as definições contidas na NR-20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis: LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS são líquidos com ponto de fulgor > 60ºC e ≤ 93ºC. LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60ºC. Também, se equiparam aos líquidos inflamáveis, os líquidos que possuem ponto de fulgor superior a 60ºC quando armazenados e transferidos aquecidos a temperaturas iguais ou superiores ao seu ponto de fulgor. GASES INFLAMÁVEIS gases que inflamam com o ar a 20ºC e a uma pressão padrão de 101,3 kPa (quilopascal).
  18. O Ponto de Fulgor, também denominado de ponto de inflamação,

    é a menor temperatura na qual um combustível liberta vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura inflamável por uma fonte externa de calor, porém, não suficiente para que a combustão seja mantida. Vejamos as principais substâncias inflamáveis e/ou combustíveis a bordo das plataformas: Gás Natural; Óleo Diesel; Benzeno; Tolueno; Xileno; Ácido Sulfídrico; e Monóxido de Carbono.
  19. Gás natural: É incolor e inodoro em seu estado natural.

    O cheiro característico (mistura de mercaptana) é inserido em sua composição para facilitar a identificação de eventuais vazamentos.
  20. Óleo Diesel: Com até 10.000 ppm (partes por milhão) de

    enxofre é destinado ao consumo das embarcações para geração de energia. Entre suas características possui ponto de fulgor > 62°C.
  21. Benzeno: Ligado aos processos de produção, refinamento, transporte e armazenamento

    de petróleo, o Benzeno é muito encontrado na gasolina. É um composto carcinogênico (cancerígeno) e mutagênico fraco que pode ser absorvido pelo organismo através de inalação, ingestão acidental ou contato com pele e mucosas, podendo, produzir efeitos tóxicos específicos tais como: anemia aplástica, leucemia (benzeno), acidose metabólica e alterações visuais com risco de cegueira (metanol).
  22. Tolueno: Derivado do benzeno, é um líquido incolor, transparente, de

    odor característico de hidrocarbonetos aromáticos, inflamável e livre de materiais em suspensão. Solúvel em etanol, éter dietílico, clorofórmio e acetona, porém, pouco solúvel em água. É, também, um composto miscível na maioria dos solventes orgânicos.
  23. Xileno: É um líquido incolor, transparente, de odor característico de

    hidrocarbonetos aromáticos, inflamável e livre de materiais em suspensão em condições normais. Praticamente insolúvel em água, porém, solúvel em acetona, etanol absoluto e éter dietílico.
  24. Ácido Sulfídrico: Ácido derivado do elemento químico enxofre, fórmula molecular

    H₂S pode ser obtido pela dissolução do sulfeto de hidrogênio em água. As aplicações são diversas, pois este ácido é o mais utilizado na indústria. O fator negativo desta grande utilização é o agravamento dos processos de chuva ácida devido a uma maior liberação de compostos de enxofre.
  25. Monóxido de Carbono: De fórmula CO, é um gás inflamável,

    incolor e inodoro. Essa última característica faz com que este gás seja altamente perigoso pois é produzido pela queima incompleta de combustíveis fósseis como, carvão mineral, gasolina, querosene, óleo diesel, entre outros.
  26. Vejamos a tabela de algumas substâncias e seus respectivos pontos

    de fulgor: SUBSTÂNCIA PONTO DE FULGOR ETANOL (70%) 16,6°C GASOLINA -43°C DIESEL >62°C QUEROSENE >38° a 72°C QAV >60°C ALCOOL ETÍLICO 12,6°C ACETONA -20°C ÓLEO LUBRIFICANTE 37,7° a 110°C BENZINA -17,7°C PARAFINA 199,0°C
  27. ÁREAS CLASSIFICADAS, FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE Área classificada

    pode ser definida como local sujeito à “probabilidade” da formação/existência de uma atmosfera explosiva. Assim, os principais quesitos a serem considerados para a classificação de uma área consiste em verificar: Presença de substâncias inflamáveis (gases, vapores ou poeiras) Equipamentos e instalações Características das substâncias presentes, como: ponto de fulgor, limite de inflamabilidade e temperatura de auto inflamação
  28. Local onde a formação de uma mistura explosiva é pouco

    provável de acontecer e se acontecer é por curto período estando ainda associada à operação anormal do equipamento de processo. As áreas classificadas (considerando o emprego de vapores e líquidos) são categorizadas da seguinte forma: Local onde a formação de uma mistura explosiva é contínua ou existe por longos períodos. Local onde a formação de uma mistura explosiva é provável de acontecer em condições normais de operação do equipamento de processo.
  29. Fonte de ignição no triângulo da explosão: É o elemento

    que, em um determinado momento, pode se encontrar em alta temperatura e proporcionar o início da combustão de um material combustível. Assim, se faz necessário controlar rigorosamente as fontes de ignição durante as operações e atividades de manutenção em áreas classificadas, a fim de evitar incêndios e explosões. FONTE DE IGNIÇÃO EXPLOSÃO
  30. Vejamos as principais fontes de ignição presentes a bordo das

    Plataformas: Eletricidade estática: surgem comumente de forma natural, inclusive, quando entram em atrito com materiais isolantes. As manifestações desse tipo de eletricidade precisam ser identificadas, principalmente, em locais onde a umidade do ar é muita baixa. Chama direta: fonte de ignição mais frequente, podendo atingir temperaturas entre 1.800ºC (hidrogênio ou GLP com oxigênio) e 3.100ºC (acetileno com oxigênio). Fagulhas ou borras: resíduos dos processos de corte e solda a quente, assim como, esmerilhamento de materiais metálicos, se não contidos adequadamente, podem se propagar a vários metros com alto poder de ignição. Brasas de cigarro: podem gerar temperaturas em torno de 1.000ºC.
  31. Assim, faz necessário adotar medidas de controle, tais como: Seguir

    rigorosamente os procedimentos para trabalhos a quente, em eletricidade e quaisquer outras atividades que possam gerar fontes de ignição; Atentar para potenciais fontes de ignição, tais como: fiação elétrica defeituosa, equipamentos danificados ou qualquer outra situação de risco, reportando imediatamente ao responsável pela área; Conhecer as áreas classificadas da unidade; Redobrar a atenção para as superfícies quentes como: tubulação, motores e descargas de equipamentos, pois poderão comportar como fonte de ignição. Nunca deixar os materiais combustíveis em contato com estes, por exemplo, trapos e luvas sujos, pedaços de madeira, etc.; Somente utilizar dispositivos eletrônicos portáteis (celulares, câmeras digitais, tablets) em áreas industriais quando estiver formalmente e claramente autorizado; Seguir sempre as políticas e o sistema de permissão de trabalho; Somente iniciar qualquer atividade a quente, após a avaliação ambiental da atmosfera, mantendo o monitoramento local sempre que necessário e mediante a utilização de uma Permissão de Trabalho; e Manter os equipamentos elétricos aterrados adequadamente.
  32. São considerados riscos ambientais os agentes capazes de causar danos

    à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição. Vamos conhecer os agentes existentes nos ambientes de trabalho. Vejamos, a seguir, os grupos de riscos: RISCOS AMBIENTAIS EXISTENTES NA ÁREA DA PLATAFORMA
  33. Químicos: Poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores que podem ser

    absorvidos por inalação, ingestão ou absorção cutânea;
  34. Ergonômicos: Esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso,

    postura inadequada, ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolongadas, além de outras situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico;
  35. Acidentes: Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas

    inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, entre outras situações de risco.
  36. As medidas de segurança devem contribuir para controlar o risco

    de lesões às pessoas ou danos aos bens, de forma a reduzir para um nível aceitável (se possível abaixo do aceitável), por meio de um processo contínuo de identificação de perigos e gerenciamento de riscos.
  37. MEDIDAS DE SEGURANÇA DISPONÍVEIS PARA O CONTROLE DOS RISCOS OPERACIONAIS

    A BORDO É inevitável a existência de riscos quando se trata de plataformas de petróleo, no entanto é possível minimizar, controlar e até mesmo eliminá-los, utilizando de medidas apropriadas para cada atividade.
  38. 1ª: Eliminação. 2ª: Substituição. 3ª: Controle de Engenharia (EPC). 4ª:

    Segregação. 5ª: Redução na exposição de pessoal / tempo. 6ª: Procedimentos. 7ª: EPI.
  39. OUTROS RISCOS INERENTES ÀS ATIVIDADES ESPECÍFICAS DOS TRABALHADORES E AS

    SUAS MEDIDAS DE CONTROLE E ELIMINAÇÃO Alguns riscos presentes nas unidades offshore estão associados à execução de atividades específicas como: Trabalho em Eletricidade; Trabalho em Espaços Confinados; Trabalho Sobre o Mar.
  40. Trabalho em eletricidade: Abrange todos os serviços em instalações elétricas

    alimentadas por tensões extra baixa, baixa e alta tensão, assim como, nas atividades executadas dentro da zona controlada.
  41. COLETIVAS: Consiste nos procedimentos ou instrumentos/equipamentos de uso coletivo, cuja

    finalidade é a de neutralizar, atenuar ou sinalizar determinados riscos de um trabalho executado. INDIVIDUAIS: Procedimentos ou instrumentos/equipamentos de uso pessoal cuja finalidade é neutralizar ou atenuar a ação de agentes agressivos que poderiam causar lesões ao profissional. Existência de procedimentos operacionais; Desenergização / bloqueios; Equipamentos de Proteção Coletiva. Cumprimento dos procedimentos de trabalho; Equipamentos de proteção individual. Quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados Equipamentos de Proteção Individual específicos.
  42. Riscos e medidas de controle para o trabalho em eletricidade:

    Risco: Curto-circuito. Medidas de controle: Manter a fiação sempre embutidas em eletrodutos; Realizar o aterramento correto de instalações e equipamentos elétricos; Ao instalar um novo equipamento, verificar se ele não vai sobrecarregar o circuito; e Manter os equipamentos elétricos sempre manutenidos. Riscos e medidas de controle para o trabalho em eletricidade: Risco: Choque elétrico e/ou Arco elétrico. Medidas de controle: Desenergização do sistema elétrico; Equipotencialização; Aplicação de isolamento de partes vivas; Instalação de barreiras e invólucros; Realização de aterramento elétrico; e Isolação dupla ou reforçada.
  43. Trabalho em Espaços Confinados: Consiste na realização de trabalhos em

    áreas ou ambientes que, simultaneamente não tenha sido projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, e cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos (tóxicos/inflamáveis/asfixiantes) ou onde possa existir deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Principais Riscos na atividade: Falta ou excesso de oxigênio; Incêndio ou explosão pela presença de vapores, gases inflamáveis e poeiras e fibras; Intoxicação por substâncias químicas e infecção por agentes biológicos; Quedas.
  44. Técnicas de prevenção: Identificar, isolar e sinalizar os EC; Realização

    de análise e reconhecimento dos riscos antecipadamente; Implementar medidas para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos em EC; Avaliar a atmosfera nos EC, antes da entrada de trabalhadores; Proibir a ventilação com oxigênio puro; Fazer testes com os equipamentos de medição, antes de cada utilização.
  45. Criar e implementar procedimento para trabalho em EC; Encerrar a

    PET quando as operações forem completadas e arquivá-las por 5 anos; O acesso ao EC somente será iniciado com acompanhamento e autorização de supervisão capacitada; Informar os riscos e medidas de controle existentes no local de trabalho para todos os trabalhadores; Implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco. Medidas de controle Pessoais: Trabalhador com PET em espaços confinados deve ser submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar; O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em EC deve ser determinado conforme a análise de risco, não sendo permitida a realização de trabalho em espaço confinado de forma individual ou isolada; Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os EC.
  46. Trabalho sobre o mar: Consiste na tarefa realizada em local

    que, em caso de queda, resulte na projeção do corpo para o mar que, normalmente, deverão ser realizados de acordo com as peculiaridades da atividade e procedimentos específicos da Operadora. Principais cuidados para a realização da atividade: Utilização do cinto de segurança tipo paraquedista dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem, independente da estrutura onde se encontra o trabalhador; Permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda; Disponibilização de boia circular com retinida flutuante de comprimento igual ao dobro da altura ou 30 metros (o que for maior) na qual ficará estivada no local de execução do trabalho; Uso de colete salva-vidas; Disponibilização do bote de resgate operacional, com sua tripulação treinada e de sobreaviso durante a execução de trabalhos sobre o mar. Caso contrário, deve ser prevista a permanência de embarcação de apoio, provida com recursos de resgate, próximo à instalação marítima; Priorização dos trabalhos sobre o mar para serem realizados preferencialmente durante o dia, com visibilidade superior a 3 km e altura máxima de onda de 3m.
  47. RISCOS PSICOSSOCIAIS DECORRENTES DE VÁRIOS ESTRESSORES, COMO JORNADA PROLONGADA, TRABALHO

    EM TURNOS E NOTURNO, ABORDANDO SEUS EFEITOS NAS ATIVIDADES LABORAIS E NA SAÚDE
  48. Os riscos psicossociais que têm origem nas organizações de trabalho

    desencadeados dentro das empresas, apesar de não terem consequências extremamente visíveis para a saúde física, atingem diretamente as relações sociais e psicológicas dos trabalhadores. As consequências negativas dos riscos psicossociais nos relacionamentos, tanto pessoais como profissionais, acabam abalando as pessoas devido ao turbilhão de sentimentos e ações que pairam sobre a vida do funcionário. São exemplos de sinais negativos de problemas psicossociais: Situações de estresse; Pressão por resultados impossíveis de se atingir; Falta de funcionários; Chefes autoritários; e Acúmulo de horas extras são alguns dos fatores responsáveis pelos riscos psicossociais.
  49. Com o psicológico abalado, é muito comum que haja uma

    alta diminuição nas defesas psíquicas do indivíduo. Essa diminuição favorece o desencadeamento de transtornos emocionais, como: Sentimentos de insegurança; Apatias; Fobias; Ansiedade; Medos; e Depressão.
  50. Somados aos fatores psicossociais, é muito comum que transtornos funcionais

    físicos surjam no decorrer dessa fase da vida do trabalhador, principalmente daqueles que estão com a saúde física propensa à fácil debilitação. E esses transtornos físicos podem ser: Infartos; Problemas gastrointestinais; Artrite reumatoide; Complicações respiratórias; Dor nas costas; Doenças na pele e entre outros.
  51. A gestão dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho pode

    acontecer por meio de ações preventivas e integradas, contemplando três fases: Fase 1: Sensibilização da equipe, sinalizando as situações problemáticas e desenvolvimento de pequenos cursos ou seminários. Fase 2: Capacitação e formação para munir os trabalhadores e chefias de ferramentas que possam ser utilizadas quando se depararem com estas problemáticas. Fase 3: Exames de saúde periódicos para os funcionários, fornecimento de alimentação adequada e acesso a práticas esportivas.
  52. RISCOS RADIOLÓGICOS DE ORIGEM INDUSTRIAL OU DE OCORRÊNCIA NATURAL, QUANDO

    EXISTENTES A produção de petróleo requer uma série de equipamentos tanto para a extração quanto para a medição exigida em cada um dos processos e, devido à complexidade, alguns medidores nucleares são utilizados. Assim, a tecnologia nuclear de medição usa fontes radioativas no seu funcionamento, o que exige um cuidado especial para tudo o que envolver esse tipo de equipamento (SANTIAGO, 2018 adaptado).
  53. Os elementos radioativos são capazes de emitir radiações, através de

    ondas eletromagnéticas (semelhantes a ondas de rádio) que interagem com a matéria produzindo diversos efeitos, num processo conhecido como ionização. Assim, podemos dizer que existem vários tipos de radiação ionizante e cada um tem um poder diferente de penetração e causa diferentes graus de ionização na matéria.
  54. A exposição a radiações sem o devido controle e acima

    dos limites permitidos pode causar várias consequências aos seres humanos, por exemplo, queimaduras na pele e dentro do corpo. No contexto da indústria de exploração e produção de petróleo (E&P), os elementos radioativos estão naturalmente dissolvidos no petróleo extraído dos reservatórios e são carreados para o processo, se acumulando em linhas e equipamentos em baixos níveis de radiação. Já no processo de tratamento do óleo extraído, são utilizados equipamentos que contêm fontes radioativas. Estes equipamentos são instalados no interior de vasos separadores de produção, com o objetivo de medir o volume de cada composto presente na corrente de produção, óleo, água e gás.
  55. Vejamos as principais atividades correlatas com manipulação de possíveis compostos

    capazes de conter agente radioativo de baixo teor: ILUSTRAÇÃO: LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO EM LINHAS. ILUSTRAÇÃO: ABERTURA DE EQUIPAMENTOS E TUBULAÇÕES. ILUSTRAÇÃO: ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS (BORRA OLEOSA, AREIA E CASCALHOS).
  56. Vejamos os principais mecanismos de sinalização: Não é permitida a

    entrada e/ou permanência de pessoal não autorizado no interior da área isolada. A força de trabalho deve sempre respeitar o isolamento e a sinalização das áreas supervisionadas e/ou controladas. ATENÇÃO: SEMPRE RESPEITE A ÁREA ISOLADA E SINALIZADA.
  57. PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS E EXPLOSIVOS ARMAZENADOS E MANUSEADOS A BORDO

    Há diversos tipos de produtos perigosos e explosivos utilizados nas operações offshore. Os riscos são diversos e vão desde o próprio risco de explosão até riscos relacionados à queimadura, problemas respiratórios, neurológicos e outros.
  58. Diante dos riscos, os produtos perigosos são classificados em 9

    (nove) classes, conforme os pictogramas do GHS (Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals - Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos), tais como:
  59. Classe 1 Explosivos: são substâncias que podem ocasionar explosão em

    massa, sendo elas: dinamite, pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos, entre outros. Nota: Os explosivos são controlados e fiscalizados pelo exército, desde a sua fabricação até o transporte, devido ao perigo que eles apresentam para a sociedade. Classe 2 Gases: os gases podem ser inflamáveis, asfixiantes, tóxicos, corrosivos e oxidantes. Classe 3 Líquidos Inflamáveis: os vapores inflamáveis causam a combustão, como: gasolina, álcool, diesel, acetona, querosene, entre outros.
  60. Classe 4 Sólidos inflamáveis: são substâncias sujeitas à combustão espontânea

    ou por atrito, como: parafina sólida, madeira, plástico, isopor, entre outros. Classe 5 Oxidantes e peróxidos orgânicos: são substâncias que, em contato com combustíveis ou outros materiais, causam incêndio. É o caso da água oxigenada.
  61. Classe 6 Substâncias tóxicas e infectantes: que trazem danos sérios

    à saúde e microrganismos capazes de produzir doenças, como os cianetos, pesticidas, bactérias, vírus, etc. Classe 7 Material radioativo: quando excedem os valores especificados para radiação. Classe 8 - Substâncias corrosivas: em contato com outro produto podem causar corrosão, como: ácido sulfúrico, soda cáustica, entre outros.
  62. Classe 9 - Substâncias e artigos perigosos diversos: são aquelas

    substâncias que oferecem risco durante o transporte e não são abrangidos por nenhuma das outras classes. Por exemplo, produtos desta classe: óleos combustíveis, gelo seco, baterias de lítio e outros.
  63. Como forma de exemplificar um explosivo a bordo, podemos citar

    a ferramenta FINCA-PINOS (conhecida também, como pistola HILTI) que é de uso manual, destinada à cravação de pinos de fixação em estruturas de aço, concreto ou outro material, onde a força motriz é obtida pela combustão de pólvora acondicionada em um cartucho.
  64. FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS - FISPQ

    A FISPQ é o documento que fornece todas as informações para quem manuseia um produto químico.
  65. Todo fornecedor deve disponibilizá-la obrigatoriamente aos seus clientes que, por

    sua vez, devem disponibilizá- las aos empregados que utilizam estes produtos. Este documento é constituído de 16 (dezesseis) itens, tais como: Identificação do produto e da empresa; 1. Identificação de perigos; 2. Composição e informações sobre os ingredientes; 3. Medidas de primeiros socorros; 4. Medidas de combate a incêndio; 5. Medidas de controle para derramamento ou vazamento; 6. Manuseio e armazenamento; 7. Controle de exposição e proteção individual; 8. Propriedades físicas e químicas; 9. Estabilidade e reatividade; 10. Informações toxicológicas; 11. Informações ecológicas; 12. Considerações sobre destinação final; 13. Informações sobre transporte; 14. Informações sobre regulamentações; 15. Outras informações. 16.
  66. Quando for manipular qualquer produto químico que não esteja acompanhado

    de sua FISPQ, pare imediatamente a atividade e procure o profissional de segurança para que o mesmo te forneça.
  67. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC Dispositivo que tem por

    finalidade, auxiliar na segurança do trabalhador, de forma geral, e proteger, um grupo, de riscos presentes no ambiente. Deve ser considerado o seu uso antes da aplicação de EPI onde aplicáveis, evitando que o trabalhador porte mais equipamentos que objetiva: Evitar acidentes com os trabalhadores, assim como, de outras pessoas que venham a estar presentes no local de trabalho; Melhoria nas condições de trabalho, consequentemente, aumento da produtividade e minimização de perdas para empresa; A neutralização ou minimização dos riscos num determinado local de trabalho.
  68. Podem ser considerados equipamentos de proteção coletiva existentes no estabelecimento:

    PROTEÇÕES DE PARTES MÓVEIS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.
  69. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI É todo dispositivo ou

    produto de uso individual pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Devem ser observados que: Determinados tipos não podem ser compartilhados entre os empregados sem que, antes, tenham sido submetidos a um processo de higienização; Não evitam os acidentes, mas previnem ou minimizam as lesões e/ou as exposições a agentes nocivos; e Os empregados não devem alterar as características originais.
  70. Vejamos, por exemplo, os principais Equipamentos de Proteção Individual: Ilustração:

    Principais EPI’s, tais como: macacão, colete de identificação, óculos, luva, capacete, máscara, protetor auricular e bota de segurança.
  71. PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA São consideradas

    emergências toda e qualquer condição anormal que possa causar danos às pessoas embarcadas, aos equipamentos ou ao meio ambiente marinho e deverão ser eliminadas ou mitigadas através do controle de seus efeitos.
  72. Podemos exemplificar através de: Vazamento de gás, incêndio e explosão;

    Emergências aeronáuticas; Acidente envolvendo material radioativo; Dentre outras.
  73. As emergências são disseminadas a bordo, por meio de sinais

    de alarmes que podem ser: sonoros, visuais ou ambos. Por exemplo: Em locais ruidosos como praça de máquinas são utilizados sinais sonoros juntamente com lâmpadas estroboscópicas ou giroscópicas.
  74. Os tipos de alarme podem ser: INTERMITENTE - - -

    - - - - - - - - - - Em caso de emergência na Unidade CONTÍNUO Em caso de preparação para abandono na Unidade BUZINA + SINALIZAÇÃO LUMINOSA Em caso de área com cobertura de CO2
  75. Assim, se faz necessário conhecer o procedimento da Unidade Offshore

    em que estiver lotado e, ao ouvir o alarme de segurança, deve: Prestar atenção na mensagem do local da ocorrência; Com segurança, desligar máquinas, equipamentos e ferramentas que estiver em uso; Dirigir ao camarote (se for possível), caso a emergência não seja nesse local, apanhar o colete salva-vidas e seguir para o ponto de reunião; e Retirar do escaninho o cartão “T” (confirmar tal procedimento, pois poderá variar de Unidade para Unidade). A partir deste momento, seguir todas as orientações do líder do ponto de reunião que ficará em contato com o Gerente da plataforma (Responsável final pela decisão de abandonar ou não a unidade em casos de emergência).