vejo apreciando algumas paisagens e costumo viajar nessa contemplação... geralmente um pequeno riacho e suas frágeis correntes, suas margens... um capim verdinho, florzinhas coloridas, árvores frondosas, pássaros, brisa, tudo que vem junto e perto das águas. A sensação é de contentamento, frescor, gratidão ao Criador, que um dia plantou um jardim cortado de rios e pôs o homem nele. A sensação é de saudade do que ainda não vivi mas a certeza na alma de que o meu destino aponta para esse lugar. Esses lampejos remetem a minha mente àquela imagem descrita em Ezequiel 47.1 a 12: “...depois disso, o homem me fez voltar à entrada do templo, e eis que saíam águas de debaixo do limiar do templo, para o ori- ente, (...) Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda a sorte de árvore para se comer; não fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de alimento, e sua folha de remédio.” Meditando acerca desse rio, dessas águas purificadoras que saem do santuário volto meu coração à promessa de Jesus: “se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem depositar confiança em mim, como diz as Escrituras, do seu interior fluirão rios de água viva.” (Jo 7:37-38) Sim, Ele é a fonte dessas águas vivas, se cremos e confiamos nEle, Ele vem e habita em nós, Ele traz essas águas de vida para dentro de nós. Es- sas águas nos purificam, nos curam, transformam o nosso deserto, faz brotar vida em nós e através de nós. Nesse deserto da pandemia em que todas nós estamos caminhando, ha- veremos de buscar o Senhor, nos apresentar diante dEle e pedir que essas águas de vida nos inundem e fluam em nós e através de nós, com toda a vitalidade e frescor. Ah! Espírito Santo de Deus, visita-nos e faça de nós um jardim regado, que, mesmo no deserto, floresce, dá fruto e oferece sombra e descanso para aqueles que caminham conosco.