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Seminário MCMM

Pedro Amado
October 21, 2016

Seminário MCMM

Planos qualitativos e redundância de métodos:
Metodologia(s) do projeto de doutoramento (ICPD)
& Abordagens qualitativas recentes…

Pedro Amado

October 21, 2016
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  1. SEMINÁRIO MCMM Planos qualitativos e redundância de métodos: Metodologia(s) do

    projeto de doutoramento (ICPD) & Abordagens qualitativas recentes… Pedro Amado, [email protected] 21 de Outubro de 2016
  2. SUMÁRIO Apresentação individual Percurso de Doutoramento Métodos e instrumentos Dúvidas

    existenciais… … e mais dúvidas existenciais recentes Livros recomendados … and now, for something completely different!
  3. ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO DOS UTILIZADORES EM COMUNIDADES ONLINE. As Comunidades

    Online são um tópico de investigação abordado em Ciências Sociais e em HCI há mais de 20 anos. Durante este período os modos de Comunicação Mediada por Computador (CMC) evoluíram e permitem uma variedade maior e mais rica para a participação, interação e para a criação de conteúdos online. No entanto, a definição de participação é difusa e varia de autor para autor…
  4. INVESTIGAÇÃO DE DOUTORAMENTO (ICPD, 2014-10-13) PARTICIPAÇÃO ATIVA NO DESENVOLVIMENTO DE

    COMUNIDADES ONLINE Participação de Type Designers portugueses na conceção, desenvolvimento e avaliação de uma comunidade de prática de desenho de tipos de letra.
  5. MODELO CONCETUAL FINAL COMUNICAÇÃO MEDIADA POR COMPUTADOR Participação Ativa Membro

    Geral (10%–30%) Membro e Novos Membros Membros Ativos, Linkers/Weavers e Moderadors Lurking Ativo e Passivo Lurking Lurkers (60%–90%) PAPÉIS DE PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS Síncrona Combinada Assíncrona Participantes Comunidade Online (Sistema de Computadores/Site) Ecossistema Online (Outras Comunidades, Grupos, Sites, Ferramentas, ouServiços) Atividade/Prática Membro Ativo (1–15%) Feedback, avaliação, publicação e partilha Ferramenta de Criação / Atividade COMPUTER MEDIATED COMMUNICATION Synchronous Combined Assynchronous Active Participation Members & New Members Active Members, Linkers/Weavers & Moderators Active & Passive Lurking MEMBER PARTICIPATION ROLES Online Community (Computer Systems/Website) Online Ecosystem (Other Communities, Groups, Websites, Tools, or Services) Participants VOIP, Email,... Activity/Practice Feedback, rating, publishing & sharing Activity / Creation Tool
  6. FASES E ETAPAS DO TRABALHO EMPÍRICO FASE C FIELD TRIAL

    FASE A PLANEAMENTO E OBSERVAÇÃO 1. Observação CO TD 2. Análise das motivações 3. Experiência preliminar 4. Dados exploratórios 5. Identificação & Caraterização VCOP 8. Identificação do universo de TD 6. Identificação do estado da arte, caraterização dos utilizadores e definição dos requisitos técnicos e funcionais 7. Design, implementação e avaliação do protótipo 10. Field Trial 9. Preparação e condução das atividades FASE B CONCETUALIZAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E PROTOTIPAGEM DE UMA CO
  7. METODOLOGIA(S) E INSTRUMENTOS MÉTODOS E INSTRUMENTOS UTILIZADOS 1) Observação (recurso

    a grelhas / critérios); 2) Análise documental e de conteúdo; 3) Estudo de campo (participante / iterativo); 4) Levantamento de dados (universo atual); 5) Questionários; 6) Field Trial / Grupo de Foco (com participantes profissionais / iterativo); 7) Entrevistas.
  8. METODOLOGIAS E INSTRUMENTOS DO TRABALHO EMPÍRICO TYPE DESIGN WORKSHOP AND

    SOFTWARE (FONTSTRUCT) INTRODUCTION , APRIL 19TH, 2010 UA
  9. METHODOLOGY 6 OPERATIONALIZATION FASE B, ETAPA 6 & 7: CLASSIC

    WATERFALL (CONT.) FUNCTIONAL & USER REQUIREMENTS… AND LOTS OF TESTING! ESPECIFICAÇÃO DE REQUISITOS REQUIREMENTS SPECIFICATION ARQUITETURA DO SISTEMA ARCHITECTURAL DESIGN DESENVOLVIMENTO E TESTE CODING AND UNIT TESTING INTEGRAÇÃO E TESTES INTEGRATION AND TESTING SUPORTE E MANUTENÇÃO OPERATION AND MAINTENANCE DESIGN DETALHADO (INTERFACE) DETAILED DESIGN APROVAÇÃO APPROVAL FEEDBACK
  10. METODOLOGIAS E INSTRUMENTOS DO TRABALHO EMPÍRICO: TASK MODEL (SESSION 1)

    NAVEGAR DESCOBRIR A COMUNIDADE DESENHAR GRAVAR DESENHO VER DESENHOS E OUTROS POSTS PERSONAL- IZAR A CONTA PESSOAL POST DE APRESENTAÇÃO VER AS CONTAS DE OUTROS UTILIZADORES AVALIAR DESENHOS E POSTS SUBSCREVER UTILIZADORES PARTICIPAR NA COMUNIDADE CRIAR CONTA VER DESENHOS, POSTS, AVALIAR... T3 T5 T6 T1 T4 T2 T7 T8 T9 T13 T10 IDEIA Desenhar um ícone português AÇÃO Desenhar e guardar o desenho Qual o caminho preferido para comoçar a usar? Lêem os termos de serviço? Procuram informação sobre o site ou a equipa? Procuram informação sobre a utilizada/compatibilidade da ferramenta? Na altura de desenhar, o que é que precisam para o fazer, ou para o fazer melhor? INTERAÇÃO Avaliar desenhos, fornecer feedback Como é que os utilizadores preferem avaliar? Qual a motivação para o fazer, ou reação que esperam ter ao feedback? Preferem interagir com os desenhos (comentar/avaliar) ou interagir com os utilizadores? APRENDIZAGEM Os utilizadores procuram ver primeiro como se interage na comunidade, ou “entram a matar?” Descoberta das convenções, criação de conteúdo
  11. FASE C FIELD TRIAL 8. Identificação do universo de TD

    10. Field Trial 9. Preparação e condução das atividades METODOLOGIAS E INSTRUMENTOS DO TRABALHO EMPÍRICO FASE C, ETAPA 10: FIELD TRIAL FINAL Focus Group online (Stewart, 2005; Rezabek, 2000); Guião (inicial) de Objetivos e Atividades. Execução livre e imprevisível das atividades do modelo de tarefas; Observação, Entrevista & Questionário final em Contextual Inquiry a sério? ainda há duvidas?!...
  12. PROBLEMAS E PERGUNTAS (DENZIN & LINCOLN, 2000, P. 5. CIT.

    POR COUTINHO, 2011) FAZER COMUNIDADES COM & PARA PESSOAS É DIFÍCIL... Número de participantes (massa crítica, loop de intensificação) (Walther, 1996); Como , e o que observar exatamente? Tempo de maturação da comunidade (duração do Field Trial da CO) (Preece, 2000); Recursos (desenvolvimento e manutenção da plataforma digital);
  13. EVERY COMMUNITY IS DIFFERENT, AND EVERY ADMINISTRATOR OF A COMMUNITY

    IS DIFFERENT, SO AN ASPIRING COMMUNITY LEADER NEEDS TO ADJUST ACCORDINGLY HAUGHEY, M. (2001). BUILDING AND ONLINE COMMUNITY. IN J. RODZVILLA (ED.), WE’VE GOT BLOG (PP. 201-208).
  14. METODOLOGIAS (COUTINHO, 2011, PP. 232; CHARMAZ, 2009; TRACY, 2013) PLANO

    DE INVESTIGAÇÃO QUALITATIVOS Investigação em contexto natural. Procura-se a compreensão mais do que a explicação: • Estudo de caso; • Etnografia (Netnografia); • Teoria Fundamentada (?); • Fenomenologia; • Análise Iterativa (?).
  15. METODOLOGIAS (COUTINHO, 2011, PP.302-3) PLANO DE INVESTIGAÇÃO QUALITATIVOS: TEORIA FUNDAMENTADA

    “... procura desenvolver teoria a partir dos dados sistematicamente recolhidos e analisados (...) trata[-se] de uma abordagem que se revela muito útil em estudos centrados na descrição e explicação de fenómenos inseridos em contextos e processos de ensino aprendizagem”.
  16. METODOLOGIAS (TRACY, 2013, PP.184) PLANO DE INVESTIGAÇÃO QUALITATIVOS: ANÁLISE ITERATIVA

    “... Rather than grounding the meaning solely in the emergent data, an iterative approach also encourages reflection upon the active interests, current literature, granted priorities, and various theories the researcher brings to the data. Iteration is “not a repetitive mechanical task,” but rather a reflexive process in which the researcher visits and revisits the data, connects them to emerging insights, and progressively refines his/her focus and understandings…”.
  17. METODOLOGIA(S) ADOTADA(S) (COUTINHO, 2011, PP. 232; RICHEY & KLEIN, 2005)

    PLANOS MULTI-METODOLÓGICOS OU MISTOS Combinam num mesmo estudo métodos quantitativos e qualitativos: • Investigação-ação (i-A); • Estudos de Avaliação (?); • Investigação analítica; • Investigação de Desenvolvimento?
  18. INVESTIGAÇÃO-AÇÃO (COUTINHO, 2011, P. 312) PLANOS MULTI-METODOLÓGICOS OU MISTOS: INVESTIGAÇÃO-AÇÃO

    (I-A) “Lomax (1990) define a Investigação-Ação como "uma intervenção na prática profissional com a intenção de proporcionar uma melhoria”
  19. INVESTIGAÇÃO-AÇÃO (GRAY, 2004, P. 374) PLANOS MULTI-METODOLÓGICOS OU MISTOS: INVESTIGAÇÃO-AÇÃO

    (I-A) “[A]n approach that ‘focuses on simultaneous action and research in a participative manner’ (...): • Research subjects are themselves researchers or involved in a democratic part- nership with a researcher. • Research is seen as an agent of change. • Data are generated from the direct experiences of research participants.”
  20. METODOLOGIA(S) ADOTADA(S) PLANOS MULTI-METODOLÓGICOS… • Análise Iterativa? • Investigação-ação (i-A)?

    • Investigação de Desenvolvimento? • (ultimamente… mais tipos de planos?)
  21. PROBLEMAS E PERGUNTAS COM ORIGEM NA(S) ABORDAGENS UTILIZADAS COMO IDENTIFICAR

    UNIVERSOS INFINITOS? AMOSTRAS RELEVANTES? A amostragem do tipo “bola de neve” é suficiente? Quais os critérios para a seleção dos casos/elementos/sujeitos/participantes das amostra?
  22. PROBLEMAS E PERGUNTAS COM ORIGEM NA(S) ABORDAGENS UTILIZADAS COMO OU

    QUANTOS MÉTODOS UTILIZAR Jennifer Santos (2016) A INFLUÊNCIA DAS PUBLICIDADES DESPORTIVAS AUDIOVISUAIS EM INDIVÍDUOS SEDENTÁRIOS Plano multi-metodológico / misto Análise Quantitativa (Inquérito, SPSS) & Qualitativa (Focus Groups e análise de conteúdo)
  23. Amado, P; Quelhas, V.; Silva, A. C. (2016) Revival of

    letterpress: The Portuguese scenario. 7.º Encontro de Tipografia. Conference Proceedings (in Press) “For this research we have opted for a qualitative approach, employing an exploratory survey method, mainly because there is no reliable data on this topic. Therefore, this first exploratory study also aims to layout the foundations for additional studies. Rúben Dias, Tipografia Dias / Item Zero (2016-08-05)
  24. “…we are truly witnessing the rebirth of this technology…” “…letterpress

    is actually disappearing. (…) we are witnessing today the impetus to save the last breath of a dying technology [—] the last moments of a given technology are the ones when it becomes more interesting. And we should let it go…” Pedro Moura, Oficina do Cego (2016-08-11)
  25. PROBLEMAS E PERGUNTAS COM ORIGEM NA(S) ABORDAGENS UTILIZADAS [SOBRE A

    EXISTÊNCIA DE] HIPÓTESES INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA “... os planos estritamente qualitativos não apresentam hipóteses no desenho da metodologia...” Modelo clássico (linear) define hipótese(s) inicial(ais). Modelos atuais (circulares),.. ehrr... • Tracy (2013) & Coutinho (2011): não definem, apenas perguntas; • Flick (2008): hipóteses iniciais; • Creswell (2002): proposições; • Charmaz (2009): hipóteses processuais; • Silverman (2014): “there is no specific hypothesis at the outset (...) hypotheses are produced (or induced) during the early stages of research”
  26. “…it was grounded on a qualitative analytical research design, supported

    by documental analysis and professional testimonies…” Amado, P; Silva, A. C. (2016) The current pace of type design distribution on the web: changing the rhythmus of contemporary typeface specimen publication. 7.º Encontro de Tipografia. Conference Proceedings (in Press)
  27. PROBLEMAS E PERGUNTAS (DENZIN E LINCOLN, 2000, P. 5. CIT.

    POR COUTINHO, 2011 FIABILIDADE DOS DADOS NA INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA “... É neste contexto que emerge o conceito de ‘triangulação’ entendido como uma combinação de pontos de vista, métodos e materiais empíricos diversificados suscetíveis de ‘constituírem uma estratégia capaz de acrescentar rigor, amplitude e profundidade à investigação’ ”
  28. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Amado, P. M. R. (2014). Participação ativa no

    desenvolvimento de comunidades online. Universidade de Aveiro. Retrieved from http://ria.ua.pt/handle/10773/13311 Coutinho, C. P. (2011). Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e Humanas: Teoria e Prática. Coimbra: Almedina. Charmaz, K. (2009). A construção da teoria fundamentada: guia prático para análise qualitativa. Porto Alegre: Artmed. Creswell, J. W. (2007). Qualitative Inquiry and Research Design: Choosing Among Five Approaches (2nd ed.). Thousand Oaks: Sage. Flick, U. (2005). Métodos Qualitativos na Investigação Científica (1st ed.). Lisboa: Monitor. Gray, D. E. (2004). Doing Research in the Real World (1st ed.). London: SAGE Publications. Haughey, M. (2001). Building and Online Community: Just Add Water. In J. Rodzvilla (Ed.), We’ve Got Blog: How Weblogs are Changing Our Culture (pp. 201–208). Cambridge: Perseus Publishing. Morris, M., Frow, J., Denzin, N. K., & Lincoln, Y. S. (2000). Handbook of Qualitative Research. (2nd edn, Ed.) (Vol. null). BOOK. Preece, J. (2000). Online Communities: Designing Usability, Supporting Sociability. Book, New York: John Wiley. Richey, R., & Klein, J. (2005). Developmental research methods: Creating knowledge from instructional design and development practice. Journal of Computing in Higher Education, 16(2), 23–38. JOUR. http://doi.org/10.1007/BF02961473 Silverman, D., & Marvasti, A. (2008). Doing qualitative research: a comprehensive guide. Thousand Oaks: SAGE Publications. Tracy, S. (2013). Qualitative Research Methods: Collecting Evidence, Crafting Analysis, Communicating Impact. Chichester: Wiley-Blackwell. Walther, J. (1996). Computer-mediated communication impersonal, interpersonal, and hyperpersonal interaction. Communication Research. Retrieved from http://crx.sagepub.com/content/23/1/3.short