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Preto, Branco e as Sombras de CInza: Filtrando e Validando Strings

Esta apresentação tem por objetivo apresentar conceitos e soluções para a questão de tratamento de strings, o tipo de dado mais complexo que podemos encontrar ao receber dados em uma aplicação.

Er Galvão Abbott

December 13, 2011
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  1. CC Attribution-ShareAlike 3.0 Unported License by Er Galvão Abbott –

    2010-11-23 – 1 / 16 Preto, Branco Branco e as Sombras de Cinza: Filtrando e Validando Strings
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    2010-11-23 – 2 / 16 Objetivo Esta apresentação tem por objetivo apresentar conceitos e soluções para a questão de tratamento de strings, o tipo de dado mais complexo que podemos encontrar ao receber dados em uma aplicação. Serão apresentados os seguintes tópicos: • O que é Filtragem • O que é Validação • Dados de tipos específicos • Dados com máscaras pré-definidas • Opções de abordagens de Validação e Filtragem • Vantagens e desvantagens de cada abordagem • Exemplos práticos Embora teoricamente esta apresentação sirva para linguagens em geral, os exemplos serão apresentados em PHP.
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    2010-11-23 – 3 / 16 O que é Filtragem Filtragem é a transformação de um dado, substituindo, removendo e/ou adicionando um ou mais caracteres, de forma que: • O Dado assuma o tipo esperado • O formato do Dado se torne compatível com a máscara de dados esperada • O valor do Dado possua apenas caracteres legítimos
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    2010-11-23 – 4 / 16 O que é Validação Validação é o processo pelo qual ocorre uma decisão baseada em uma condição. É o teste feito em cima de um dado recebido, decidindo se o dado é ou não válido, através de uma ou mais comparações: • O tipo do Dado é o tipo esperado • O valor do Dado está entre os valores esperados • O formato do Dado é compatível com a máscara de dados esperada • O valor do Dado é coerente
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    2010-11-23 – 5 / 16 Como proceder Ambos os processos (Validação e Filtragem) se completam ao tratarmos de um dado externo à nossa aplicação. O primeiro processo a ser aplicado deve ser o de Filtragem. Após a transformação do dado devemos então realizar a Validação final.
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    2010-11-23 – 6 / 16 Abordagens Existem duas abordagens para seguir no momento de realizar qualquer um dos dois processos: • Black List, ou “Lista Negra” : É o processo pelo qual definimos caracteres, substrings e/ou formatos inválidos para o dado. Exemplos: “A aspa simples é um caractere inválido” “O sinal de maior e o sinal de menor são caracteres inválidos” • White List, ou “Lista Branca”: É o processo pelo qual definimos caracteres, substrings e/ou formatos válidos para o dado. Exemplos: “Somente letras são considerados caracteres válidos” “Somente números são considerados caracteres válidos
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    2010-11-23 – 7 / 16 Black List A abordagem de Black List é extremamente comum, mas traz problemas que nem sempre são óbvios. Num primeiro olhar usar Black List parece, sem sombra de dúvida, a coisa certa a fazer: + É aparentemente lógico; + Os casos especificados são seguramente tratados; + Nível de dificuldade “fácil” – É comum ignorarmos casos, por engano ou esquecimento; – É extremamente complexo prevermos todas as formas de representar um caractere; – Em casos de aplicações que implementem i18n e l10n a complexidade aumenta Quando se reflete melhor as coisas começam a se tornar mais claras:
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    2010-11-23 – 8 / 16 Black List Exemplos clássicos de uso equivocado de Black List: • htmlentities: • Não considera caracteres como: / - ! | • Em certo ponto é preciso fazer o processo inverso, tornando a aplicação igualmente vulnerável • addslashes/addcslashes: • Não considera representações como URL encoded, por exemplo • preg_replace('/select|insert|update|delete/', '', $str): • Não considera dezenas de outros comandos como: grant, create, revoke, drop, etc... • Em textos na língua inglesa impede o uso legítimo dos termos
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    2010-11-23 – 9 / 16 White List A abordagem de White List é, via de regra, a coisa certa a se fazer. Ela parece possuir um grau maior de dificuldade (e às vezes isso até é verdade), mas em contrapartida é em geral muito mais segura e precisa do que o uso da Black List. + É mais fácil definir o que é válido, reduzindo ou eliminando a possibilidade de erros; + Apenas os casos especificados são tratados; + Independente de representação; + Independente de i18n e l10n A “dificuldade” em se implementar uma abordagem White List é ilusória. Na verdade o que acontece é que precisamos realizar processos com os quais não estamos acostumados: • Conceitualizar o dado • Definir seu tipo, valor, formato e regra de coerência • Dedicar tempo ao planejamento
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    2010-11-23 – 10 / 16 White List Exemplos comentados de uso de White List Exemplo #1 – Aceitar apenas números if (!preg_match('/^\d+$/'), $str) { die('Dado inválido!'); } Exemplo #2 – Dados numéricos if (!(int)$str) { die('Dado inválido!'); }
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    2010-11-23 – 11 / 16 White List Exemplo #3 – Data, no formato dd/mm/aaaa if (!preg_match('/\d{1,2}\/\d{1,2}\/\d{4}$/'), $str) { die('Dado inválido!'); } Exemplo #4 – Números de telefone if (!preg_match('/^\(\d{2}\)\s*\d+\-*\d+$/'), $str) { die('Dado inválido!'); }
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    2010-11-23 – 12 / 16 Coerência Alguns dados necessitam ser coerentes, como o exemplo das datas. A coerência é parte importantíssima do processo de validação. Embora muitas vezes dados incoerentes não comprometam a segurança da aplicação diretamente não há sentido em armazenar informações inúteis. Não esqueça: a aplicação, além de segura, deve ser eficiente! Alguns exemplos: Datas de Nascimento: - Obrigatoriamente no passado - Obrigatoriamente com um limite máximo - Opcionalmente com um limite mínimo Datas de Agendamento: - Obrigatoriamente no futuro - Obrigatoriamente com um limite máximo - Obrigatoriamente com um limite mínimo - Obrigatoriamente dependentes de disponibilidade
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    2010-11-23 – 13 / 16 Coerência Validação coerente de datas? Pura matemática! Com a Unix Timestamp fica simples de fazer a maioria das verificações do slide anterior. Veja o exemplo: Exemplo #5 – Data no passado e dentro do limite $limite = 18 * 3600 * 24 * 365; $data = mktime(0, 0, 0, $mes, $dia, $ano); if ((time() - $data) < $limite) { die('Apenas para maiores!'); }
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    2010-11-23 – 14 / 16 Nem Black List, “nem White List” E se não pudermos aplicar nenhum dos dois conceitos? Se eu quiser, por exemplo, permitir algumas tags HTML em um texto enviado pelo usuário? Tecnicamente usaremos quase uma abordagem White List para isso, mas é um exemplo bem mais complexo do que vimos até o momento. Além disso precisamos identificar, dentro do dado recebido, o que é tag HTML e o que não é. É justamente nesse ponto que reside a complexidade da situação. Se usarmos uma rotina flexível demais corremos o risco de “censurar” conteúdo legítimo – por processar texto comum na informação – ou de deixarmos a aplicação vulnerável. O método que explicarei aqui é uma sugestão simplificada. Ele está longe, bem longe da perfeição, inclusive possuindo falhas graves que comentarei aqui. Se você achar uma solução melhor compartilhe!
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    2010-11-23 – 15 / 16 Nem Black List, “nem White List” Exemplo #6 (simplificado e falho) – Encontrando e limitando tags XHTML $validTags = array('table', 'thead', 'tbody', 'tfoot', 'tr', 'th', td'); preg_match_all('/<[a-z]+/', $str, $foundTags); foreach ($foundTags[0] as $tag) { if (!in_array(substr($tag, 1), $validTags)) { die("Tag invalida: $tag"); } } Uma forma mais complexa e mais segura seria a análise caractere-a-caractere. Cada código numérico de cada caractere seria então comparado ao código numérico do sinal de menor, seguido de letras e outros caracteres típicos de tags XHTML, seguido por uma forma de fechamento (barra seguida do nome da tag ou barra seguida do sinal de maior). O que é realmente importante neste exemplo é a definição da White List (o array do início).
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    2010-11-23 – 16 / 16 OBRIGADO! Sobre o Autor: Er Galvão Abbott trabalha há mais de 15 anos desenvolvendo sistemas e aplicações com interface web. Palestra em eventos, dá cursos em diversas instituições e faz parte da organização da PHP Conference Brasil e do Fórum de Software Livre de Curitiba. Especializou-se em segurança de aplicações web, abordando o tema em uma época quando isso ainda era raro no Brasil. Trabalhou com diversas empresas de grande parte, tanto nacionais como internacionais. Site: http://www.galvao.eti.br/ Twitter: @galvao Slides e Documentos: http://slideshare.net/ergalvao