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NR34_-_TRABALHO_A_QUENTE_-_MÁQUINAS_PORTÁTEIS_R...

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August 19, 2025
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 NR34_-_TRABALHO_A_QUENTE_-_MÁQUINAS_PORTÁTEIS_ROTATIVAS.pdf

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  1. 2 Conteúdo Introdução Base Legal Riscos e perigos inerentes aos

    trabalhos a quente Condições e meio ambiente de trabalho Medidas de ordem geral e específica no trabalho a quente Medidas de proteção de ordem geral Medidas de proteção específicas Itens básicos de segurança no trabalho a quente Estudo da NR-34, Item 34.5 Identificação de Perigos e Análise de Riscos Limite inferior e superior de explosividade Medidas de Controle no Local de Trabalho Renovação de Ar no Local de Trabalho (Ventilação/Exaustão) Rede de Gases (Válvulas e Engates) Ergonomia FISPQ ou FDS Clique - ícones de mãos e gestos grátis Clique - ícones de mãos e gestos grátis Clique - ícones de mãos e gestos grátis Clique - ícones de mãos e gestos grátis Clique - ícones de mãos e gestos grátis Clique - ícones de mãos e gestos grátis
  2. 3 Conteúdo Clique - ícones de mãos e gestos grátis

    Clique - ícones de mãos e gestos grátis Atividades com Máquinas Portáteis rotativas - Riscos e Forma de Prevenção Equipamentos de Corte e Desbaste Acessórios: Coifas, Disco de Corte, Disco de Desbaste, Escova, Retífica, Lixa e Outros Sistema de Segurança Proteção Física contra Faíscas Proteção Elétrica - Quadros, Disjuntores e Cabos de Alimentação EPI e EPC Conclusão
  3. A indústria naval é um setor muito importante para a

    geração de riquezas dentro da economia de um país. A História do Brasil passa pela indústria naval, onde o governo Português e outras potências europeias desenvolveram navios cada vez mais rápidos e fortes, passando dos navios a vela aos navios movidos por combustível, das embarcações de madeira aos grandões de aço. Nesse parágrafo, mais de quinhentos anos de história. Para construir novas histórias na indústria naval, com saúde e segurança, vamos saber mais sobre o trabalho a quente ao longo deste material. 5 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  4. Os estabelecimentos que realizam os trabalhos de construção e reparos

    de navios ou de plataformas de petróleo são os chamados estaleiros navais. Eles possuem pátios na orla onde fazem suas atividades, ou podem ser montados dentro de mares e oceanos (serviços offshore). Existem muitos equipamentos e atividades dentro de um estaleiro. Há grandes equipamentos de elevação de carga (gruas, guindastes, pórticos rolantes, empilhadeiras), pátios abertos, depósitos, equipamentos de corte e solda, dentre outros. 6 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  5. Eles também possuem berços de atracação, que são locais homologados

    pela autoridade marítima para que haja a atracação dos navios. Nesses locais é feita a conexão entre os serviços terrestres e sobre as águas, permitindo-se a realização dos serviços. Ao fim da vida útil de um navio ou de uma plataforma, os estaleiros também realizam as atividades de desmonte. Como exemplo, destacado na revista portos e navios, a plataforma P-32 começou a ser desmontada no final do ano de 2023. Só de uma plataforma assim são mais de quarenta toneladas de sucata, arrematadas por uma empresa siderúrgica para reciclagem. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  6. Veja, portanto, que a atividade nos estaleiros contribui para construção

    e melhoria de navios e plataformas. Além disso, promove maior sustentabilidade, na medida que atua na cadeia da reciclagem de metais. Ao longo deste material, veremos alguns assuntos relacionados ao trabalho nos estaleiros, especificamente no trabalho a quente. Trabalho a quente envolve tanto o corte de peças metálicas, como em reparos e fixações utilizando equipamentos de solda. No corte a quente, as máquinas realizam a fusão (derretimento) local do metal que será cortado. Para a solda, o derretimento é de um eletrodo, o metal que quando solidificado une as partes por meio de um filete.
  7. Além disso, a norma regulamentadora que trata do tema também

    considera trabalho a quente aquele tipo de atividade que gere aquecimento, centelha ou chama. Com isso, além da solda e corte a quente, o corte com disco (esmerilhadeira, serra de bancada e outras) ou perfuração com furadeira (também portátil ou de bancada) são considerados trabalhos a quente pelo potencial de geração de fogo. Confira tudo isso e mais detalhes relacionados nos tópicos a seguir. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  8. Base Legal Das trinta e oito NRs, a NR 34,

    de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Reparação e Desmonte Naval, trata sobre os trabalhos relacionados à construção, reparos e desmontes navais, e nisso estão inclusos os trabalhos a quente. NR 34 Tratando da saúde e segurança do trabalho, existem as Normas Regulamentadoras ou NRs, criadas pelo Ministério do Trabalho. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  9. NR 34 Na NR 34 são previstos alguns tipos de

    treinamentos aos trabalhadores, como: • Treinamento admissional, com seis horas de duração, com itens básicos sobre o trabalho na construção naval. • Treinamento periódico. • Curso de observador de trabalho a quente. • Módulo básico do trabalho a quente. • Módulos específicos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  10. 01 Para o treinamento periódico, a NR 34 indica que

    a carga horária mínima é de quatro horas. A necessidade desse treinamento ocorre quando passar um ano do treinamento anterior ou se o afastamento do trabalho foi de noventa dias ou mais. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  11. 01 02 Para o treinamento periódico, a NR 34 indica

    que a carga horária mínima é de quatro horas. A necessidade desse treinamento ocorre quando passar um ano do treinamento anterior ou se o afastamento do trabalho foi de noventa dias ou mais. Além da NR 34, outras referências podem ser necessárias para a base legal do trabalho a quente. Uma delas consiste na Ficha com Dados de Segurança, da qual falaremos ao longo desta apostila. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  12. 01 02 03 Para o treinamento periódico, a NR 34

    indica que a carga horária mínima é de quatro horas. A necessidade desse treinamento ocorre quando passar um ano do treinamento anterior ou se o afastamento do trabalho foi de noventa dias ou mais. Além da NR 34, outras referências podem ser necessárias para a base legal do trabalho a quente. Uma delas consiste na Ficha com Dados de Segurança, da qual falaremos ao longo desta apostila. Essa ficha segue a norma técnica ABNT NBR 14725:2023 – Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente – Aspectos gerais do Sistema Globalmente Harmonizado (GHS), classificação, FDS e rotulagem de produtos químicos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  13. 01 02 03 04 Para o treinamento periódico, a NR

    34 indica que a carga horária mínima é de quatro horas. A necessidade desse treinamento ocorre quando passar um ano do treinamento anterior ou se o afastamento do trabalho foi de noventa dias ou mais. Além da NR 34, outras referências podem ser necessárias para a base legal do trabalho a quente. Uma delas consiste na Ficha com Dados de Segurança, da qual falaremos ao longo desta apostila. Essa ficha segue a norma técnica ABNT NBR 14725:2023 – Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente – Aspectos gerais do Sistema Globalmente Harmonizado (GHS), classificação, FDS e rotulagem de produtos químicos. Normas técnicas e legislações referentes a materiais e combate a incêndio também são aplicáveis. 16 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  14. NR 34 Riscos e perigos inerentes aos trabalhos a quente

    Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  15. Todo trabalho a quente possui alguns riscos e perigos inerentes,

    isto é, que existem e estão associados e esse tipo de serviço. Vamos falar de maneira mais simples nesse começo de estudo e iremos aprofundar o tema à medida que avançamos no conteúdo. Um perigo seria a condição em que a integridade física ou saúde do trabalhador está ameaçada, enquanto que o risco representaria a relação entre o perigo e sua probabilidade de ocorrência, em função da exposição do trabalhador. Alguns perigos no trabalho a quente são: • Contato acidental da pele com faíscas. • Incêndio no local de trabalho. • Projeção de partículas nos olhos. • Luz intensa atingindo os olhos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  16. Os contatos acidentais com faíscas e partículas podem causar queimaduras

    ou cegueira. A luz intensa, mesmo não causando a cegueira de imediato, promove a perda de visão e a necessidade de correção por óculos. Por fim, o fogo que realiza o corte ou pode surgir de forma acidental pode causar também queimaduras ou problemas respiratórios, sendo muito importante saber como evitar, controlar ou mesmo fugir se necessário. Os riscos, ou seja, a probabilidade de esses perigos ocorrerem, vão depender muito de como são os cuidados feitos no ambiente de trabalho. Isso envolve a postura profissional, EPIs e EPCs. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  17. NR 34 Condições e meio ambiente de trabalho Ícone do

    Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  18. No trabalho em estaleiros com serviços a quente, o profissional

    pode ser inserido em diversos ambientes para a realização de suas atividades: • Ambiente a céu aberto, com brisa da orla ou ventos mais intensos. • Ambiente fechado, como galpões com estrutura metálica e vedação com telha metálica também. • Trabalho offshore, ou seja, sobre águas marítimas ou oceânicas. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  19. NR 34 Cada um desses ambientes pode apresentar vantagens e

    desafios para o trabalhador. No trabalho a céu aberto, há maior circulação de ar, mas também existe exposição aos ventos. Essa condição pode promover um ambiente que pode ser mais fresco, mas que, a depender da intensidade do vento, atrapalhe a tarefa de solda e gere instabilidade para os colegas que trabalharem no içamento de peças. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  20. O ambiente fechado é mais controlado, mas pode ser mais

    quente. É fundamental que não só existam meios de reduzir o calor durante o trabalho como que o trabalhador sempre se mantenha hidratado, principalmente nas estações mais quentes do ano No trabalho offshore, o operário de serviços a quente e outros trabalhadores precisam ou ter condições de lidar com a instabilidade do ambiente ou conseguirem controlar sua saúde por meio de medicamentos, visto que é possível enjoar. Quem costuma enjoar em viagens pode ter um indicativo sobre essa condição, caso seja recorrente.
  21. Além disso, o trabalho offshore também envolve os desafios interpessoais

    de equipes de plataformas de petróleo, embarcações e outros locais onde o trabalho é restrito e distante da família e amigos. É preciso cuidar dos relacionamentos para criar um ambiente de trabalho verdadeiramente produtivo e saudável.
  22. NR 34 Medidas de ordem geral e específica no trabalho

    a quente Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  23. Dentro da NR 34, medidas de ordem geral e específica

    são indicadas para a realização dos trabalhos a quente. Vamos conhecer? Lembrete: as medidas de proteção envolvem o trabalho a quente e, além dele, trabalhos em áreas não destinadas a esse fim, mas que possam precisar desse tipo de atividade. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  24. Medidas de proteção de ordem geral - Inspeção preliminar A

    inspeção preliminar visa assegurar que os locais onde os trabalhos a quente serão feitos, e nas proximidades (visto que existe projeção de partículas) devem estar limpos, secos e sem agentes combustíveis, inflamáveis, tóxicos e contaminantes. Pela inspeção preliminar, verifica-se as condições do ambiente e o mesmo só é liberado quando não existir nada que seja incompatível com o trabalho a quente, e o trabalhador precisa ter capacitação adequada para a liberação também. 27 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  25. Proteção contra incêndio Para a proteção contra incêndio, a NR

    34 aponta as seguintes medidas por parte dos empregadores: • Eliminar ou manter sob controle os riscos de incêndio. • Instalar proteção física que impeça o contato com materiais combustíveis ou inflamáveis de fogo, respingos, calor, fagulhas ou borras. Essa proteção física também deve evitar que pessoas em atividades paralelas ou em circulação sejam atingidas. • Manter desimpedido e próximo da área de trabalho um sistema de combate a incêndio. • Realizar inspeção no local de trabalho após o término, visando evitar princípios de incêndios. 28 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  26. As medidas de proteção a incêndio são definidas por projeto

    de prevenção contra incêndio, feito por Engenheiros Civis e Arquitetos. Algumas das medidas são equipamentos de proteção e elementos de construção, como hidrantes, saídas de emergência, portas corta-fogo, corrimãos, dentre outros. Outras não são equipamentos ou objetos, mas o treinamento de uma brigada de incêndio (se pedida em normas e Leis de prevenção) ou dos funcionários em geral. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  27. Controle de fumos e contaminantes Para o controle de fumos

    e de contaminantes, devem ser tomadas medidas como a limpeza da superfície de trabalho e proximidades, com a remoção dos produtos de limpeza utilizados, e a renovação de ar para a eliminação de gases, vapores e fumos empregados ou gerados no trabalho a quente. Muito importante falar dos produtos de limpeza. Pode não parecer, mas alguns deles levam substâncias inflamáveis, o que leva ao risco e demanda esse cuidado com a retirada de residuais nas superfícies ou frascos próximos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  28. NR 34 Quando ocorrer mudança nas condições ambientais estabelecidas, deve-

    se interromper as atividades. Nesse meio tempo, deve-se adotar as medidas necessárias para a renovação de ar. Se a composição do revestimento da peça ou dos gases liberados no aquecimento ou solda não for conhecida, deve-se usar equipamento autônomo de proteção respiratória ou proteção por adução de linha de ar comprimido (tipos de EPIs para neutralização dos gases). Isso é previsto no Programa de Proteção Respiratória – PPR. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  29. Utilização de gases Quando o trabalho a quente utilizar gases,

    é preciso adotar as seguintes medidas: • Usar somente gases que sejam adequados àquela aplicação. • Seguir o que estiver indicado na Ficha com Dados de Segurança - FDS (antiga Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos ou FISPQ). • Usar reguladores de pressão adequados ao gás empregado. A NR 34 proíbe a utilização de adaptadores entre o cilindro e o regulador de pressão. Quando for usado equipamento de oxiacetileno, deve-se utilizar dispositivo contra retrocesso de chama na alimentação da mangueira e do maçarico. O circuito de gás deve ser inspecionado antes do início do trabalho. Essa inspeção visa verificar o funcionamento e observar possíveis vazamentos. 32 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  30. NR 34 Para evitá-los, as emendas só podem ser feitas

    com conector específico. Também é necessária a manutenção periódica do circuito conforme procedimentos da empresa e indicações do fabricante/fornecedor. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  31. Além da posição vertical e uso do capacete rosqueado, a

    mesma ideia deve acontecer com cilindros inoperantes ou vazios. Ambientes confinados não podem ser usados para a instalação de cilindros de gás operantes ou mesmo os inoperantes. Isso é importante porque são ambientes com ventilação deficiente e, com uma centelha ou outra fonte de ignição, podem ocorrer explosões. Na interrupção do serviço com gases, são recomendados alguns cuidados. Um deles é o fechamento das válvulas dos cilindros, maçaricos e distribuidores de gases, e outro é desconectar as mangueiras de alimentação. NR 34 No armazenamento de gás: • Os cilindros devem ser mantidos na posição vertical. A posição altera a pressão do gás, e a condição vertical foi a prevista para os cilindros. • Eles devem ser dispostos de modo que não façam parte do circuito elétrico, mesmo que de forma acidental. • O transporte dos cilindros de gás também deve ocorrer na posição vertical, utilizando capacete rosqueado. Deve- se evitar o choque (colidir) um cilindro com outro. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  32. Equipamentos elétricos Os equipamentos elétricos e as instalações podem gerar

    incêndios se faltarem alguns cuidados de uso e o dimensionamento adequado por um projeto elétrico. O aterramento adequado deve ser feito nos equipamentos elétricos a um ponto seguro e conforme indicações de fabricantes. Cabos de bitola adequada devem ser usados nos equipamentos e nas instalações, sempre em perfeito estado. Cuidados iguais devem ser dedicados aos terminais de saída e conexões elétricas. 35 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  33. Medidas de proteção específicas Para a definição das medidas específicas,

    devem ser feitas Análises Preliminares de Risco – APR – onde são definidas as medidas de controle, raio de abrangência e sinalização/isolamento de área. Além disso, nas APRs ocorre a avaliação da necessidade de vigilância contra incêndio (a função do observador) e do sistema de alarme. Outras medidas podem ser necessárias e definidas com APR. Se o observador for necessário, a permanência dele ocorre durante todo o serviço e em contato permanente com as frentes de trabalho. Ele terá formação específica para sua atuação. O resultado da inspeção preliminar deve ser registrado na permissão de trabalho – PT. Aberturas e canaletas precisam ser fechadas ou protegidas, evitando projeção de fagulhas, combustão ou interferência em outras atividades sendo realizadas no estaleiro. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  34. NR 34 Itens básicos de segurança no trabalho a quente

    Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  35. Estudo da NR-34, Item 34.5 Toda a NR 34 é

    dedicada ao trabalho em estaleiros. Os trabalhos a quente e suas medidas de segurança são tratados no item 34.5. Parte do que vimos e do que está nos itens a seguir baseia-se nessa NR. Qualquer profissional do trabalho a quente, seja ele observador ou soldador e operador de máquina, precisa ter alguns conteúdos básicos sendo tratados no seu curso de admissão ou treinamento periódico. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  36. Identificação de Perigos e Análise de Riscos Conceitos de Perigos

    e Riscos Risco e perigo são duas palavras que no dia-a-dia parecem ter o mesmo significado. Para a segurança do trabalho, é um pouco diferente. 39 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  37. Vamos ver algumas definições de perigo? “Perigo é uma condição

    ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte” (Sanders e McCormick, 1993, p. 675). “Um perigo é um agente químico, biológico ou físico (incluindo-se a radiação eletromagnética) ou um conjunto de condições que apresentam uma fonte de risco mas não o risco em si”(Kolluru, 1996, p. 1.13). Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  38. NR 34 Perigo é a situação que contém “uma fonte

    de energia ou de fatores fisiológicos e de comportamento/conduta que, quando não controlados, conduzem a eventos/ocorrências prejudiciais/nocivas” (Shinar, Gurion e Flascher, 1991, p. 1095, citados por Grimaldi e Simonds, 1984,p. 236). Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  39. E de Risco: “Risco é a probabilidade ou chance de

    lesão ou morte” (Sanders e McCormick, 1993, p. 675). Risco “(...) é uma função da natureza do perigo, acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposição), características da população exposta(receptores), a probabilidade de ocorrência e a magnitude da exposição e das consequências(...)” (Kolluru, 1996, p. 1.10). “ (…) risco é um resultado medido do efeito potencial do perigo” (Shinar, Gurion e Flascher,1991, p. 1095). Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  40. Em resumo, o perigo é tudo que pode causar danos

    a uma pessoa, como materiais, equipamentos, métodos e práticas de trabalho: • Materiais: em materiais, o perigo pode estar em substâncias perigosas ou tóxicas como solventes, ácidos, álcalis, metais, gases, plásticos, resinas, material particulado sólido, perfurocortantes, dentre outros. • Equipamentos: nos equipamentos, o perigo fica em partes móveis sem dispositivo de proteção, condições de uso (equipamento defeituoso, má conservação, impróprio para o serviço, uso incorreto, guarda local inseguro e inadequado). Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  41. • Ambientes de trabalho: locais de trabalho muito quentes, frios,

    empoeirados, sujos, ruidosos e escuros, ou com presença de gases, vapores, fumos, etc. são perigosos. Ambientes limpos podem ter perigos também, se os postos de trabalho forem inadequados ergonomicamente. • Trabalhadores: falta ou insuficiência de capacitação representa um perigo, bem como a inexistência de políticas de segurança, fadiga, uso de drogas e álcool, pressão no trabalho, assédio sexual ou moral, carga de trabalho excessiva, etc. • Sistema de trabalho: fatores relacionados aos sistemas de trabalho como conteúdo e organização do trabalho, gerenciamento e cultura organizacional também podem ser perigoso. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  42. Existem todos esses perigos, mas qual a chance de que

    algum deles se converta em danos ao trabalhador? É aí que entra o conceito de risco, que é a probabilidade de ocorrência dos dados associados a um perigo. Costuma-se relacionar o perigo ao risco na seguinte forma: Risco = perigo x exposição O perigo é associado aos fatores que foram mencionados. A exposição varia quanto à intensidade, frequência e duração. Isso ajuda a entender porque o risco é maior para um soldador que faça esse trabalho o dia todo em relação a quem faça solda para atividades de manutenção, de forma pontual. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  43. Sem exposição ao perigo, portanto, não há risco. É por

    isso que, quando possível, evita-se o trabalho a quente em prol de métodos alternativos. Se não for possível, deve-se tomar as precauções proporcionais ao risco. Técnicas de Identificação de Perigos e Análise de Riscos - APP e APR - Análise Preliminar de Perigos e Análise Preliminar de Riscos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  44. NR 34 Uma análise preliminar de perigos – APP -

    é sucedida por uma análise preliminar de riscos – APR. Segundo a NR 34, a APR avalia de forma inicial os riscos potenciais, verificando para cada risco e perigo suas causas, consequências e medidas de controle. A APR é feita por uma equipe técnica com profissionais de várias áreas, com coordenação de um profissional de Saúde e Segurança do Trabalho. Se não houver, é pelo responsável pelo cumprimento da NR 34 e deve ser assinada por todos os participantes. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  45. Na análise preliminar de risco existe uma avaliação do risco

    qualitativo e quantitativo envolvido num perigo identificado. Ela é preliminar, o que significa que é realizada antes de uma atividade começar, permitindo não só levantar os perigos, mas estabelecer um plano para enfrentar os desafios que possam surgir. Os objetivos da APP e APR são: • Identificar os perigos e riscos da atividade. • Orientar, sensibilizar e instruir os colaboradores dos riscos existentes em suas atividades no trabalho. • Organizar a execução de uma atividade. • Estabelecer procedimentos seguros. • Prevenir os acidentes de trabalho.
  46. A APR é prevista em mais de uma norma regulamentadora,

    como a NR 12 (máquinas), NR 18 (construção civil), NR 24 (inflamáveis e combustíveis), NR 33 (espaços confinados), NR 35 (trabalho em altura) e NR 36 (matadouros e frigoríficos). Além dela, obviamente, existe a abordagem da APR na NR 34. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  47. Permissão de Trabalho - PT A NR 34 exige: •

    Emissão de três vias, sendo uma afixada no local de trabalho, outra para a chefia imediata dos trabalhadores e uma terceira para arquivo. • A PT deve indicar os requisitos mínimos para serem atendidos na execução dos trabalhos e, se aplicável, as disposições estabelecidas na APR. Uma permissão de trabalho permite que o funcionário trabalhe diante de determinado risco em período específico. A empresa se certifica, dentro desse período, que apenas os trabalhadores certos e com PT atuem na área de risco. A PT parte da APP e APR e consiste em um documento escrito com as medidas de controle necessárias para o desenvolvimento do trabalho de forma segura e medidas de emergência e resgate. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  48. NR 34 • Os integrantes da equipe de trabalho, a

    chefia imediata e o profissional de saúde e segurança do trabalho ou quem é responsável por atender à NR 34. • Validade restrita à duração da atividade e ao turno de trabalho, sendo possível a revalidação desde que não mudem as condições de risco. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  49. Limite inferior e superior de explosividade Uma explosão não se

    forma simplesmente com a presença de uma substância e com o ar. São necessárias concentrações adequadas, dentro de uma faixa entre o limite inferior de explosividade – LIE ou LEL – e o limite superior de explosividade – LSE ou UEL. O limite inferior de explosividade – LIE – é a menor concentração de uma substância gasosa que, misturada ao ar, forma uma mistura inflamável. O limite superior de explosividade – LSE – por sua vez, é a maior concentração de uma substância gasosa em que, misturada com o ar, forma uma mistura inflamável. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  50. A mistura abaixo do LIE é chamada de pobre, enquanto

    que acima do LSE é chamada rica. Nesse caso, pobres e ricas estão juntas: nenhuma queima ou explode. Em incêndios, forma-se uma massa gasosa de combustível, por pirólise. Em conjunto com outros gases no ambiente, pode ser atingido o LIE e ocorrer uma explosão. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  51. A detecção pode variar de 0 % ao LEL. É

    recomendável que os alarmes comecem nos 10 % do LEL previsto pela NR 34. O explosímetro precisa ter certificação do Inmetro. No próprio detector é possível ver um selo em destaque com o logo do Inmetro quando o mesmo passou por certificação. Na figura a seguir, apresentamos um exemplo de explosímetro digital. Na NR 34, indica-se que se a concentração for igual ou acima de 10 % do LIE, deve-se interromper os serviços e ocorrer a evacuação do compartimento, com a implementação de ventilação adicional. Ainda nessa NR, exceto em cabine de pintura, a liberação só pode ocorrer pelo profissional de saúde e segurança do trabalho ou pelo responsável pelo cumprimento da norma, observa-se o LIE presente na APR. Falamos sobre o LIE e o LSE, mas ficou uma pergunta no ar: como saber que o limite de 10 % do LIE foi atingido ou não? Para isso, existem os explosímetros ou detectores de explosividade. Esses explosímetros podem ser comprados ou alugados de empresas especializadas. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  52. Medidas de Controle no Local de Trabalho Existem diversas medidas

    de controle que podem ser realizadas no ambiente de trabalho. Além da inspeção preliminar, já abordada, existem o controle de materiais combustíveis e inflamáveis, proteção física, dentre outras, que serão abordadas a seguir. 55 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  53. Controle de materiais combustíveis e inflamáveis Segundo o dicionário da

    OxfordLanguages, dentre diversos significados, controle é: “poder, domínio ou autoridade sobre alguém ou algo.” Para o controle de materiais e de combustíveis, pensando no significado da palavra, é preciso saber quais combustíveis e inflamáveis existem no estaleiro, como agem quimicamente e quais as propriedades químicas como o LIE. Além disso, é preciso exercer o “domínio” sobre combustíveis e inflamáveis, garantindo que não levem a efeitos inesperados, representando riscos. O controle de materiais combustíveis e inflamáveis é muito importante. Vários materiais combustíveis e inflamáveis podem ser armazenados em tanques aéreos (acima do solo). Nesse tipo de tanque, segundo a norma ABNT NBR 16799:2019, é importante conhecer o ponto de fulgor e/ou a volatibilidade da substância. Quando são mais voláteis, tendem a gerar vapores mais inflamáveis 56 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  54. Falamos do explosímetro no item anterior. Ele permite o controle

    de materiais combustíveis e inflamáveis e é regido pela norma técnica ABNT NBR IEC 60079-29-2:2011. Na detecção de gases e vapores, além dos diferentes tipos de equipamentos, a norma pondera que saber quais gases podem ser detectados e quais as faixas de detecção é importante, bem como quais são os limites dos equipamentos. Saber a direção do ar e como ocorre a propagação dos gases também é uma informação útil. Variação de umidade e de temperatura mexem nas medições. Há gases que interferem no funcionamento de sensores, ou existe um tempo de vida específico. Além da inflamabilidade, é preciso considerar que existem gases que são tóxicos com níveis muito baixos, como monóxido de carbono, metilamina e formaldeído, exigindo sensores específicos. Outros gases podem não serem inflamáveis, mas serem altamente tóxicos, como o gás cloro. Por esses motivos, saber quais gases estão armazenados no ambiente de trabalho (podendo ser em instalações offshore) é fundamental para as medidas de segurança. 57 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  55. Proteção Física Uma proteção física consiste numa barreira física (um

    anteparo, uma parede, um elemento com superfície grande) que impeça que fogo, chamas, faíscas ou outros elementos que possam causar incêndios em contato com materiais combustíveis ou inflamáveis. Atividades no entorno Na hierarquia de riscos, o ideal é trazer a exposição nula, que corresponde à ausência de risco, aos perigos existentes. Sempre que possível, os profissionais não envolvidos com o trabalho a quente não devem circular por perto de onde ele estiver ocorrendo, respeitando os distanciamentos adequados.
  56. Sinalização e Isolamento do Local de Trabalho Como nem sempre

    a restrição total de atividades de entorno é possível, é necessário estabelecer uma distância segura para isolar a área onde irá ocorrer o trabalho a quente e restringir a circulação de pessoas. Isso pode ser feito com recursos como placas e cavaletes, lembrando que, pela projeção de partículas, é recomendável o uso de peças que não principiem incêndios facilmente, evitando cones e outros objetos plásticos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  57. Inspeção Posterior para controle de fontes de ignição O risco

    existente não é eliminado quando acaba o trabalho a quente. Segundo a norma NFPA 51B - Standard for Fire Prevention During Welding, Cutting, and Other Hot Work, da National Fire Protection Association, entidade dos Estados Unidos que trabalha na prevenção de incêndios, o observador ou algum vigia deveria se manter no local pelo menos meia hora depois do encerramento do trabalho a quente. Essa necessidade seria por condições de fogo latente, reignição de brasas quentes ou calor retido. 60 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  58. Renovação de Ar no Local de Trabalho (Ventilação/Exaustão) No local

    de trabalho, a renovação de ar e a exaustão são medidas que podem ajudar a prevenir incêndios ou garantir a sobrevivência quando eles não sejam inevitáveis. No caso da renovação de ar, ela permite reduzir a concentração de gases que possam gerar explosões e incêndios, pois muda a concentração para níveis inferiores ao LIE. Além disso, existem os exaustores. Esse tipo de dispositivo permite o escape de gases pelas regiões superiores de telhados. Gases e substâncias mais quentes tendem a se concentrar nas regiões mais altas e o exaustor favorece sua eliminação, precisando suportar temperaturas elevadas. Alguns modelos no mercado suportam 400 ºC por duas horas, tempo suficiente para evacuação local e começo da atuação dos bombeiros. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  59. Para funcionar corretamente, é essencial que o exaustor contra incêndio

    seja projetado, fabricado e instalado dentro de todos os requisitos das normas técnicas e requisitos legais. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  60. Rede de Gases (Válvulas e Engates) Para a utilização nos

    trabalhos a quente, devem ser usados apenas gases adequados à aplicação, segundo as indicações do fabricante. É importante seguir a FISPQ ou a FDS do gás. No estaleiro fixo, podem ser disponibilizadas as redes de gases por meio de tubulação específica, fixa às paredes por mãos francesas e abraçadeiras. A cor das tubulações segue alguns padrões internacionais, como o da ISO 14726. Nas figuras a seguir, vemos uma tubulação amarela, destinada a gases inflamáveis: Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  61. Quando a solda não é realizada em instalações fixas, a

    união entre o cilindro de gás e o maçarico ocorre por meio de mangueiras, cujas conexões só podem ser realizadas por engates apropriados, caso sejam muito necessárias. O ideal é manter uma mangueira sem emendas, que podem ser pontos de vazamento. Os reguladores de pressão devem ser calibrados e em conformidade com o gás utilizado. Não devem ser colocados adaptadores entre o cilindro e o regulador de pressão. Algumas válvulas podem ser utilizadas em conjunto com as mangueiras e instalações de gás. Uma delas é a válvula economizadora de solda. NR 34 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  62. Apoiando o maçarico sobre a alavanca é cortado o fluxo

    de gás. A utilização prevista desse equipamento é sobre bancada. Outro tipo de válvula é a antirretrocesso de gás. A ideia é evitar a pré-mistura para solda com gases como acetileno, oxigênio ou GLP. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  63. Ergonomia O trabalho é uma parte muito importante na vida

    das pessoas, mas precisa ser feito de forma que não cause lesões e doenças ao trabalhador. Foi pensando nisso que surgiram os estudos em Ergonomia, assunto que você vai entender melhor a partir de agora. A ergonomia é um conjunto de ciências e tecnologias que adaptam o as condições de trabalho (máquinas, espaços e ferramentas) às características do ser humano. Ela traz muitos benefícios ao trabalhador e à empresa, na medida que atende melhor às necessidades físicas, mentais e sociais dos trabalhadores. Na figura a seguir, veja dois casos de ambiente de trabalho. Em um deles, a postura do trabalhador e equipamentos favorecem a ocorrência de lesões e dores (indicadas em vermelho). No outro caso, a postura correta e o mobiliário tornam o trabalho mais saudável. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  64. O objetivo das melhorias de Ergonomia é prevenir e reduzir

    os riscos de lesões relacionadas ao trabalho, melhorar a eficiência e a qualidade do trabalho e aumentar o bem-estar dos trabalhadores. Existem algumas doenças comuns dentro dos ambientes de trabalho, chamadas de LER e DORT: • Lesões por esforços repetitivos (LER): um conjunto de doenças que atingem músculos, tendões e articulações dos membros superiores (braços, antebraços, mãos e ombros) e eventualmente os membros inferiores, com relação direta com as tarefas, ambientes e organização do trabalho. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, LER são a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil, atingindo 1 % dos trabalhadores da Região Sudeste. Costuma incidir mais na faixa etária entre trinta a quarenta anos. • Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (DORT): inclui distúrbios inflamatórios e oriundos da compressão dos nervos. Os DORT surgem em atividades com sobrecarga física ou atividades com sobrecarga psíquica. 67 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  65. A necessidade de pensar a ergonomia e buscar soluções é

    algo bem antigo, que começou na Inglaterra, no século XVIII, com a Primeira Revolução Industrial. Com melhorias de ergonomia e outras medidas, é possível reduzir o surgimento de LER e DORT nos trabalhadores, baseando-se em anos de experiência e novas pesquisas no assunto. Para que isso aconteça, é possível: • Fazer exercícios de aquecimento (ginástica laboral) antes do trabalho. • Usar técnicas adequadas de movimentação de cargas, levantando objetos pesados com as pernas ao invés de usar as costas, evitar torcer o corpo na movimentação ou se abaixar dobrando os joelhos ao invés de dobrar a coluna. • Realizar pausas evitando tensionar demais os músculos ou os nervos. • Manter uma postura correta, com costas eretas, alinhamento de cabeça, ombros e quadril. • Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como luvas, joelheiras, capacetes, cintos lombares, reduzindo o risco de lesões. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  66. Uma das formas de evitar LER, DORT e outras doenças

    que podem acontecer em decorrência do trabalho é a realização da ginástica laboral. Ela seria parte do pré-trabalho, antes de começar o serviço propriamente dito. Segundo o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), a elaboração de um programa de ginástica laboral é tarefa que pode ser realizada por profissionais das áreas de Educação Física e de Fisioterapia. Esse programa de ginástica é muito importante para que os exercícios feitos sejam efetivos e ajudem a combater doenças. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  67. Algumas empresas contrataram consultorias para a elaboração dos programas de

    ginástica laboral, de profissionais habilitados, e depois deram continuidade com funcionários próprios, chamados de multiplicadores. Essa é uma prática perigosa, visto que não são profissionais da área, e pode gerar problemas trabalhistas às empresas por desvio de função. Para elaborar o programa de ginástica laboral, o profissional vai conhecer a empresa, sua rotina, instalações, normas de segurança e riscos ambientais. É importante observar as estatísticas (números) das causas de afastamento, queixas frequentes e até a qualidade de vida. Mais do que exercícios, pode ser necessário buscar atividades motivacionais dentro do programa.
  68. A ginástica laboral pode ser de dois tipos, preparatória ou

    compensatória: • Preparatória: feita antes ou nas primeiras horas do início do trabalho, com duração de cinco a dez minutos. A ginástica laboral preparatória é constituída de aquecimentos ou alongamentos específicos para determinadas estruturas corporais envolvidas. Uma pessoa que digita muito no computador (que trabalha nos escritórios do Estaleiro) pode ter uma ginástica preparatória com exercícios usando uma barra e estendendo as mãos, por exemplo. O objetivo é de aumentar a circulação sanguínea, lubrificar e aumentar a viscosidade das articulações e tendões. • Compensatória: ginástica laboral feita no meio da jornada de trabalho, sendo uma pausa ativa para executar exercícios de compensação. Ela é praticada no ambiente de trabalho mesmo, em meio às máquinas, mesas de escritório ou refeitório. Os exercícios envolvidos são de descontração muscular e relaxamento, para reduzir a fadiga e prevenir LER, DORT e outras doenças. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  69. Existem vários benefícios associados à prática da ginástica laboral, tais

    como: • Combater LER e DORT. • Evitar o sedentarismo, estresse, depressão e ansiedade. • Melhorar a flexibilidade, força, coordenação, ritmo, agilidade e resistência. • Reduzir a sensação de fadiga ao final da jornada. • Favorecer o relacionamento social e o trabalho em equipe. • Desenvolver a consciência corporal. • Reduzir as despesas por afastamento médico à empresa. • Reduzir acidentes e lesões. • Aumenta a produtividade e a qualidade do trabalho. 72 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  70. Alongamentos, dentro das séries de exercícios, objetivam recuperar a flexibilidade

    devido à inatividade ou a algum ferimento. Algumas dicas ajudam a obter o máximo rendimento nos alongamentos: • Não fazer movimentos abruptos. • Fazer pelo menos dez minutos de alongamento lento antes e durante o trabalho. • Não tenha pressa e faça movimentos de forma suave, lenta, inclusive enquanto estiver trocando de exercício. • Fique na mesma posição de alongamento por trinta segundos, pelo menos. • Ao alongar, o normal é sentir uma resistência suave. Se houver sinal de dor, não é normal: é preciso reduzir a intensidade. • Respire de forma profunda e lenta, mantendo a respiração durante o alongamento. • Faça alongamentos de maneira frequente, sendo melhor fazer seis séries ao longo do dia do que trinta e seis em uma vez só. • Em caso de contusão aguda é melhor evitar alongar, pelo menos até recomendação de especialista. • Em caso de dores que durem mais de dois dias ou piora dos sintomas após os alongamentos, deve-se consultar um médico. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  71. Ergonomia no trabalho a quente e doenças ocupacionais Para falar

    na ergonomia no trabalho a quente e doenças ocupacionais, vamos começar pela atividade de solda. São utilizados equipamentos, que não são pequenos, como o maçarico e os cilindros de gases, que por vezes precisam ser deslocados até o local de trabalho com o uso de carrinhos. Um fator importante a considerar em termos de ergonomia é o tamanho e porte do trabalhador, considerando as diferenças de tamanho entre indivíduos do mesmo sexo e entre soldadores e soldadoras. 74 Grande parte dos problemas musculoesqueléticos que surgem nos soldadores se relaciona com as posturas físicas que eles precisam assumir durante seus serviços, bem como pela manipulação de cargas, visto que não é apenas aplicar a solda, mas é preciso estabilizar as partes a soldar. Soldar de joelhos e deitado(a) costuma levar a dores musculares. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  72. Quanto às cargas, equipamentos auxiliares de transporte como pórticos móveis,

    guinchos, talhas e outros ajudam, deixando a força muscular do soldador concentrada na operação de solda. Para que os equipamentos com rodízios ou eventuais assentos funcionem bem, é preciso limpar os pingos solidificados de solda que ficam pelo chão. Nos estaleiros, existem alguns desafios quanto à ergonomia na solda por serem produtos muito grandes, mas por vezes é preciso entrar nele para executar as tarefas. Os espaços interiores podem dificultar a movimentação e exigirem malabarismos dos soldadores. Sempre é preciso avaliar melhorias nesse tipo de serviço e meios de reduzir esses problemas. Em alguns casos, soldadores precisam fazer solda sobre- cabeça, o que leva a alguns problemas nos ombros. Essa é, também, uma postura a ser evitada. Sempre que possível, a solda deve ser feita de modo a evitar a angulação do pescoço. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  73. O serviço de solda envolve também o uso de martelinho

    de solda, que visa tanto corrigir deformações geradas pelo calor, como remover partes de solda que ficaram defeituosas. A realização das batidas pode causar sobrecarga muscular, sendo importante trabalhar no processo produtivo para evitar essa necessidade. Dores nas costas podem ser comuns no trabalho de soldadores. Sempre que possível, deve-se evitar o hábito de se reclinar para fazer a solda, tanto estando em pé, como sentado(a). Braços demasiadamente esticados com a tocha na mão produzem dores nos ombros e nas costas. Agora passaremos às questões de ergonomia com máquinas portáteis rotativas, como serras policorte, esmerilhadeiras, furadeiras e similares. Em alguns casos, o serviço pode ser feito com o uso de bancadas. Nesse tipo de atividade, o profissional deve, preferencialmente, ter a possibilidade de ajuste de altura para evitar alongamentos demasiados dos braços quando for efetuar o corte. Também é recomendável a existência de suportes de apoio para o objeto a cortar. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  74. Caso o corte seja realizado no chão, como na figura

    a seguir, lesões em função da dobra incorreta dos joelhos e membros inferiores ao se abaixar podem surgir. A bancada é muito importante. Para furadeiras de bancada, também é importante posicionar o equipamento de modo que não fique nem muito baixo, a ponto de ser necessário dobrar a coluna, e nem muito alto, levando à alongamentos excessivos para o manuseio das peças a serem perfuradas. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  75. Equipamentos de corte, desgaste e perfuração de metais e que

    são portáteis geralmente possuem tamanhos mais reduzidos. A ferramenta deve ser segurada com as duas mãos. O giro de brocas ou lâminas causa movimentação incompatível com a firmeza de uma única mão. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  76. FISPQ ou FDS A ABNT NBR 14725:2023 define todas as

    informações que precisam estar na FDS. Ela também diferencia as obrigações de quem elabora (fornecedor) e quem utiliza uma FDS. Nos trabalhos a quente em estaleiros, é preciso se basear no que dizem as FDS dos gases utilizados nos serviços de solda. As informações presentes na FDS são multidisciplinares, falando sobre meio ambiente, primeiros socorros, transporte, saúde humana, Física e Química. A empresa que fornece o produto químico é que é responsável pela FDS, devendo possuir profissional ou equipe capacitada para tanto. NR 34 A Ficha com Dados de Segurança – FDS - é antiga Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos - FISPQ. Era ela o documento com informações de segurança que antecedeu a FDS, mas houve a mudança em termos de conteúdo e de nome, alinhando às versões em outros idiomas, chamadas de Safety Data Sheet – SDS - Material Safety Data Sheet – MSDS - ou Fichas de Datos de Seguridad - FDS. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  77. Na seção 2 de uma FDS, ocorre a identificação de

    perigos, onde são indicados: a) Classificação GHS da substância ou mistura ou outra informação nacional ou regional. b) Elementos de rotulagem do GHS com pictogramas ou frases de perigo. c) Perigos relevantes e que não sejam abordados pelo GHS como perigo de explosão das poeiras, por exemplo. Esses pictogramas são expostos na norma, conforme exemplos a seguir: 80 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  78. Além disso, existem as frases de precaução e perigo, como:

    - “Explosivo, instável” (Código H200). - “Gás extremamente inflamável” (Código H220). - “Líquido e vapores extremamente inflamáveis” (Código H224). - “Provoca irritação à pele e irritação ocular” (Códigos H315 e H320). - “Provoca danos à saúde pública e ao meio ambiente pela destruição da camada de ozônio” (Código H420).
  79. Uma FDS também apresenta quais são os primeiros socorros em

    caso de intoxicação. Considera-se que os primeiros socorros possam ser aplicados por pessoas sem um treinamento específico, sem equipamentos adequados ou uma vasta gama de medicamentos. É obrigatório que ela informe quando o atendimento médico precisar ser imediato; se houver recomendação de levar a pessoa a um local ventilado; for necessário remover calçado e roupas ou ainda quando os socorristas precisarem de EPI. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  80. NR 34 Atividades com Máquinas Portáteis rotativas - Riscos e

    Forma de Prevenção Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  81. Além das ferramentas de solda e oxicorte que são usadas

    nos serviços a quente, também são importantes nos serviços de estaleiros as máquinas portáteis rotativas. Elas servem para fazer cortes, desgaste e perfurações e geram faíscas ou resíduos que podem produzir chamas, e, dessa forma, são consideradas máquinas pertencentes ao trabalho a quente pela NR 34. Além da NR 34, que mencionamos anteriormente, a NR 12, de máquinas e equipamentos, também menciona requisitos de segurança para as máquinas ou ferramentas portáteis. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  82. Segundo a NR 12: Ferramenta portátil: ferramenta destinada a realizar

    o trabalho mecânico, com ou sem provisões para montagem em um suporte, e projetada de tal forma que o motor e a máquina formem um conjunto que possa ser facilmente carregado até o local de uso, e que possa ser seguro ou suportado pela mão ou suspenso durante a operação. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  83. No uso dessas máquinas, os trabalhadores devem: • Cumprir orientações

    sobre procedimentos seguros de operação, limpeza, manutenção, transporte, desmonte e descarte das máquinas e equipamentos. • Não realizar alterações nas proteções mecânicas. • Comunicar aos superiores em caso de proteções ou dispositivos removidos ou danificados. • Participar dos treinamentos fornecidos pelo empregador. Uma importante fonte de informações de segurança para a empresa e para o trabalhador é o manual de instruções. Esse manual é fornecido pelo fabricante da máquina portátil e deve ser simples, escrito em português e ter todas as informações importantes. Deve ser acessível ao trabalhador, na empresa, e ser mantido com cuidado para não ser avariado durante o uso. As ferramentas manuais devem ser levadas em caixas ou contentores apropriados. As máquinas ou acessórios não devem ser carregadas nos bolsos. Um disco de corte colocado num bolso, por exemplo, pode ser esquecido e causar ferimentos quando o trabalhador se sentar ou escorar em algo, mesmo durante o descanso. 87 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  84. Manutenção preventiva: realizada em intervalos predeterminados ou com critérios de

    uso/desgaste estabelecidos, visando reduzir a probabilidade de falha ou de degradação de um componente da ferramenta. Manutenção corretiva: realizada após a constatação de falhas em um equipamento. Nas atividades de manutenção, que não são realizadas pelo trabalhador, mas que recebem sua colaboração ao informar quaisquer problemas identificados, existem pelo menos dois tipos: Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  85. Pode ocorrer de numa empresa existir também a manutenção preditiva.

    Esse terceiro tipo visa reduzir as demais usando análises estatísticas para definir quando devem ocorrer as manutenções. Após a explicação desses aspectos, veremos mais detalhes sobre algumas máquinas portáteis rotativas e acessórios. 89 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  86. Equipamentos de Corte e Desbaste Esmerilhadeira A esmerilhadeira ou esmerilhadeira

    angular é um equipamento portátil com disco rotativo usado para atividades de corte, lixamento ou acabamento, conforme o disco utilizado. Esse disco é protegido por um protetor chamado de coifa, que não pode ser removido durante os trabalhos. Mais de um equipamento existente no mercado pode ser classificado como equipamento de corte e desbaste. Falaremos de alguns dos principais desses equipamentos, a começar pela esmerilhadeira. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  87. A utilização de esmerilhadeiras é preferencialmente em materiais metálicos. Existem

    outros equipamentos elétricos que são usados para madeiras, metais ou mesmo cerâmicas. Uma esmerilhadeira pode ser à bateria, elétrica angular ou pneumática, conforme o mecanismo de funcionamento. O modelo à bateria possui como vantagem a portabilidade total, bastando recarregar as baterias para novo uso. Como cabos podem ser incômodos ou inviabilizarem serviços em locais mais distantesdos pontos elétricos, esse tipo de esmerilhadeira pode ser muito útil. Já existem modelos com potência similar aos modelos convencionais elétricos. Falando neles, as esmerilhadeiras elétricas angulares são disponíveis em modelos de cinco, sete e nove polegadas. O modelo de 5” é usado para desbaste e corte em metais e pedras, lixar e tirar rebarbas. A de 7” serve para trabalhos em superfícies metálicas, acabamentos de soldas e desbaste de metal, enquanto que a de 9” é útil em corte de pedras e metais e requer conexão com energia elétrica. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  88. Os modelos de esmerilhadeiras pneumáticas ocorre com o uso de

    um compressor de ar. São equipamentos mais leves, com menor aquecimento e geração de poeira. Nelas, existe o cuidado com a integridade das conexões e o uso responsável do ar comprimido no dia-a-dia de trabalho. Em todos os modelos de esmerilhadeira, é importante não usar força excessiva para cortar ou esmerilhar. O disco não foi feito para suportar o peso do operador ou uma carga extra além daquela proveniente do corte. É importante deixar o disco girar livre antes de começar a trabalhar, para conferir se não existem trepidações. Caso ocorram, é preciso desligar e firmar melhor, trocar o disco ou verificar qual outro problema pode ter ocorrido. O mesmo cuidado vale durante lixamentos, que não podem ocorrer com trepidação. Cada disco precisa ser adequado ao trabalho a realizar. O uso de discos incorretos causa muitos acidentes, além de trabalhos feitos sem segurar firme e com operador desatento.
  89. Retificadeira Uma retificadeira é uma ferramenta específica para retífica, com

    acessórios próprios. Assim como a esmerilhadeira, possui certo nível de vibração e 1,6 kg de massa, exigindo que o operador segure a máquina com as duas mãos para uma operação firme. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  90. Para operar a retificadeira, é preciso ligar sem que a

    ponta montada entre em contato com a peça de trabalho. Deve-se esperar que a ferramenta atinja a velocidade máxima e, quando isso acontecer, encostar a ponta de forma leve, movendo a ferramenta devagar. A pressão aplicada deve ser moderada. Muita pressão pode acelerar defeitos no equipamento e falhas de equipamento. Antes de fazer quaisquer manutenções, inspeções ou reparos, é preciso que a ferramenta esteja desligada e desconectada da tomada. Gasolina, benzina, álcool ou solventes não devem ser usados para limpeza porque podem causar descoloração, deformação e até rachaduras na máquina. Os produtos possíveis devem ser vistos no manual do usuário. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  91. Microrretífica angular Trata-se de um equipamento que também faz retífica,

    ou seja, corrige acabamento e remove imperfeições, porém de menor porte. Existe em sua ponta um rebolo abrasivo. Como no modelo da figura abaixo, pode ser um equipamento pneumático: 95 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  92. Outros equipamentos de corte acoplados a furadeiras ou parafusadeiras Furadeiras

    e parafusadeiras podem receber acessórios para atividades de corte, lixamento e outras. Um exemplo é um cortador de chapa conforme a figura a seguir. Esse cortador pode ser acoplado a furadeiras elétricas ou pneumáticas. Os cortes podem ser efetuados em placas de aço, aço inox, cobre, alumínio, plástico e fibra-de-vidro, em múltiplas direções ou ângulos. Conforme o material muda o limite de corte (espessura): • Ferro: 1,8 mm. • Aço inoxidável: 1,2 mm. • Cobre: 2,0 mm. • Alumínio: 2,0 mm. • Plástico: 2,0 mm. • Madeira compensada: 2,0 mm. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  93. Para segurança durante o uso, os cortes devem seguir os

    materiais e limites de espessura previstos. Nenhuma parte interna do equipamento deve ser alterada e após o uso deve ser armazenado em local seco e abrigado. • Todos os parafusos devem ser apertados antes de começar os trabalhos. Primeiramente, a placa a ser cortada deve ser presa em uma plataforma operacional com 15 cm entre placa e plataforma. O adaptador é preso ao mandril da furadeira. Com o motor em funcionamento, a ferramenta é operada, sendo resfriada com óleo próprio. • Existem outros acessórios que podem ser acoplados a furadeiras e parafusadeiras, os quais falaremos mais adiante. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  94. Acessórios: Coifas, Disco de Corte, Disco de Desbaste, Escova, Retífica,

    Lixa e Outros Coifa A coifa é um elemento protetor da esmerilhadeira. Ela serve para: • Proteger as mãos do operador contra o corte com o disco em movimento. • Evitar que o disco, caso quebre, seja projetado contra o trabalhador. A velocidade alcançada por um disco de corte é muito grande quando em operação. Eles chegam a 8.500 rpm ou 288 km/h (num disco com 7” de diâmetro, por exemplo) e cada pedaço rompe para um lado.
  95. Disco de corte e disco de desbaste Os discos de

    corte são fixados na esmerilhadeira por ferramentas chamadas de forqueta e chave de boca. Além de aplicar a pressão adequada ao fixar, é preciso cuidado ao manuseá-los antes e após os serviços. Deve-se evitar batê-los contra o solo ou deixar em contato com a umidade, o que reduz a vida útil e os torna mais frágeis. O disco de corte, como diz seu nome, promove o corte de peças feitas de aço, alumínio, metais e pedras. O disco de desbaste promove acabamento às peças feitas desses materiais, reduzindo imperfeições.
  96. Disco Flap O disco flap é um disco de esmerilhadeira

    que promove acabamento. Nas extremidades, possui lixas que podem ser feitas de diversos materiais, como plástico nylon, fibra-de-vidro e grãos de zircônio, dentre outros. Esse tipo de disco permite remover pontos de ferrugem e outras imperfeições. As granulaturas e materiais variados de lixa mudam o resultado esperado. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  97. Escareador Os escareadores são aplicados em furadeiras, fixos ao mandril.

    Eles são utilizados para alargar perfurações, permitindo acomodar rebites e parafusos no mesmo plano acabado da chapa. Os modelos variam conforme o tipo de parafuso a ser usado no trabalho final. Brocas-fresa e serra-copo Essas brocas são fixadas ao mandril de furadeiras e parafusadeiras, servindo para perfurações em aço, ferro fundido, cromo de alta liga e aço inox. Broca cônica A broca cônica é fixada ao mandril e serve para alargar ou rebarbar furos. Ela é útil nos setores de construção civil, metalmecânico e outros. Escova de aço As escovas de aço aplicadas em mandril são utilizadas para a remoção de ferrugem e tinta de metais. Podem ter um formato mais compacto e vertical, do tipo “copa”, ou serem mais similares a discos, mesmo com fixação em mandril. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  98. Escova de nylon As escovas de nylon também servem para

    remoção de ferrugem leve em metais, madeiras e PVC. São acessórios para furadeira. Lima rotativa Uma lima rotativa de tungstênio é um dos acessórios possíveis para a retificadeira. Esse acessório pode ser usado em inox e outros metais.
  99. Sistema de Segurança Os equipamentos que vimos podem conter sistemas

    de segurança, visto que operam em altas velocidades e existem riscos reais de cortes e queimaduras para o operador. Esses sistemas variam conforme o tipo e modelo de equipamento. Numa esmerilhadeira DeWalt, por exemplo, existem recursos como: • Desligamento forçado do motor em caso de falta ou queda de energia, mesmo com interruptor ligado. Isso evita o reacionamento acidental. • Trava específica para liberação de movimento com dois toques. Na marca Makita, por sua vez, observa-se também recursos, como um interruptor, um botão trava e uma alavanca de segurança. O funcionamento muda se a ferramenta tem ou não o botão trava. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  100. Proteção Física contra Faíscas Os trabalhos feitos com esmerilhadeiras, retificadeiras

    e outras máquinas e acessórios geram faíscas. A fim de reduzir os riscos de incêndio, um recurso útil é o uso de barreiras físicas como mantas, biombos e barreiras antichama. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  101. Os biombos que podem ser utilizados são como os da

    figura, que tanto servem para isolar faíscas e raios ultravioleta de solda, como servem também para mitigar os efeitos do uso das máquinas portáteis rotativas. Mantas antichama podem ser feitos de tecidos como fibra de aramida. Há muitas vantagens nesse tecido como resistência a impactos, rachaduras, alta absorção de energia e baixo alongamento, resistência química a água doce e salgada. Trata-se de material incombustível. 105 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  102. Proteção Elétrica - Quadros, Disjuntores e Cabos de Alimentação As

    ferramentas portáteis são, geralmente, equipamentos de baixa potência. Mesmo assim, existem riscos elétricos e deve existir cuidado no uso adequado desses equipamentos As instalações elétricas precisam ser aterradas a um ponto seguro. Os cabos precisam ter bitola adequada segundo projeto elaborado por Engenheiro Eletricista. Os plugues das ferramentas portáteis precisam estar sempre em bom estado, limpos, secos e sem cabos aparentes sem isolação. A máquina em si é feita pelos fabricantes com isolação adequada, e o uso e manutenção corretos mantêm essa condição. O cabo elétrico da máquina, com o plugue, não deve ser usado para puxá-la.
  103. Não podem ser usados interruptores ou disjuntores das instalações elétricas

    da empresa para acionamento das máquinas nem haver ligação direta na tomada, conforme indica a NR 12. O acionamento deve ser pelo interruptor da máquina, sempre. Durante a operação da máquina, os discos ou brocas podem atingir o cabo de alimentação. O trabalhador precisa ter cuidado para evitar esse acidente e garantir sua segurança. Caso apareça um cabo avariado, o jeito é chamar a equipe de manutenção. No uso de extensões ao ar livre, o cabo precisa ser apropriado. Se não for possível operar a ferramenta elétrica em local úmido, a empresa Makita recomenda o uso de um dispositivo de proteção de corrente residual (RCD), o que reduz o risco de choque elétrico.
  104. EPI e EPC No trabalho com máquinas portáteis rotativas, são

    necessários Equipamentos de Proteção coletiva – EPCs – e equipamentos de proteção individual – EPIs. Ambos são indispensáveis, além de obrigatórios, para a Segurança do Trabalho nas atividades que envolvem essas ferramentas. Como exemplos de EPCs, pode-se citar os materiais antichama e biombos para solda e escarificação, bem como as instalações de prevenção contra incêndio. Já em relação aos EPIs, há pequenas variações conforme a máquina, sendo recomendáveis: • Óculos, • Máscaras. • Luvas. • Mangotes. • Protetor auricular (em função do ruído). As roupas usadas devem ser ajustadas ao corpo, não sendo frouxas. Uma roupa frouxa ou cabelo de maior tamanho podem enrolar no disco ou acessório e causarem acidentes.
  105. Vimos que existem diversos tipos de máquinas para corte e

    acabamento de peças metálicas, e acessórios que modificam seu funcionamento. É muito importante seguir os usos recomendados para cada máquina ou acessório e, em caso de demandas específicas, considerar a compra de outras peças ou equipamentos, em função dos riscos envolvidos. Os trabalhos a quente são diversos. Uma vantagem nas atividades de estaleiro é poder usar protetores antichama úteis aos serviços de solda também para proteção contra faíscas no trabalho com as máquinas rotativas portáteis. Esperamos que você tenha aprendido muito com essa apostila e possa fazer seu trabalho com essas máquinas ser mais seguro. Até a próxima! 110 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG