Upgrade to Pro — share decks privately, control downloads, hide ads and more …

Embedded Linux Training

Embedded Linux Training

Sergio Prado

January 18, 2014
Tweet

More Decks by Sergio Prado

Other Decks in Technology

Transcript

  1. Embedded Labworks Por Sergio Prado. São Paulo, Novembro de 2012

    ® Copyright Embedded Labworks 2004-2013. All rights reserved. Linux embarcado
  2. Embedded Labworks SOBRE ESTE DOCUMENTO ✗ Este documento é baseado

    no material de treinamento disponibilizado pela Free Electrons em: http://free-electrons.com/doc/training/embedded-linux ✗ Este documento é disponibilizado sob a Licença Creative Commons BY-SA 3.0. http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/legalcode ✗ Os fontes deste documento estão disponíveis em: http://e-labworks.com/treinamentos/linux/source
  3. Embedded Labworks SOBRE O INSTRUTOR ✗ Sergio Prado tem mais

    de 17 anos de experiência em desenvolvimento de software para sistemas embarcados, em diversas arquiteturas de CPU (ARM, PPC, MIPS, x86, 68K), atuando em projetos com Linux embarcado e sistemas operacionais de tempo real. ✗ É sócio da Embedded Labworks, onde atua com consultoria, treinamento e desenvolvimento de software para sistemas embarcados: http://e-labworks.com ✗ Mantém um blog pessoal sobre Linux e sistemas embarcados em: http://sergioprado.org
  4. Embedded Labworks AGENDA DO TREINAMENTO ✗ DIA 1: Introdução e

    arquitetura de sistemas Linux embarcado, toolchain, bootloader e kernel. ✗ DIA 2: Rootfs, módulos do kernel, sistemas de arquivo e ferramentas de build de sistema. ✗ DIA 3: Desenvolvimento de aplicações, licenças de software, aplicações gráficas, ferramentas de desenvolvimento, debugging.
  5. Embedded Labworks AMBIENTE DE LABORATÓRIO /opt/labs/ Ambiente de laboratório dl/

    Aplicações e pacotes open­source Que serão usados durante as atividades de laboratório docs/ Documentação guides/ Guias de consulta (shell, vi, etc) hardware/ Documentação do hardware training/ Slides e atividades de laboratório. videos/ Vídeos ex/ Exercícios de laboratório tools/ Ferramentas de uso geral
  6. Embedded Labworks ORIENTAÇÕES GERAIS ✗ Pergunte... ✗ Expresse seu ponto

    de vista... ✗ Troque experiências... ✗ Ajude... ✗ Participe!
  7. Embedded Labworks OS 3 MARCOS ✗ 1970: Engenheiros da Bell

    Labs, liderados por Ken Thompson e Dennis Ritchie, criam o sistema operacional UNIX. ✗ 1983: Richard Stallman, projeto GNU e o conceito de software livre. Começa o desenvolvimento do gcc, gdb, glibc e outras ferramentas importantes. ✗ 1991: Linus Torvalds, projeto do kernel Linux, um sistema operacional UNIX-like. Em conjunto com o projeto GNU, nasce o sistema operacional GNU/Linux.
  8. Embedded Labworks Em 1991... ”I'm doing a (free) operating system

    (just a hobby, won't be big and professional like gnu) for 386(486) AT clones. This has been brewing since april, and is starting to get ready. I'd like any feedback on things people like/dislike in minix, as my OS resembles it somewhat (same physical layout of the file-system (due to practical reasons) among other things).”
  9. Embedded Labworks O KERNEL ✗ Linux é o kernel! http://www.kernel.org

    ✗ As distribuições Linux (Ubuntu, Fedora, Debian, Slackware, etc) integram o kernel Linux, bibliotecas e aplicações. ✗ O correto é chamar estas distribuições de sistemas operacionais GNU/Linux. ✗ Linux embarcado é o uso do kernel Linux e de diversos componentes open-source em sistemas embarcados.
  10. Embedded Labworks PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ✗ Código aberto e livre de

    royalties. ✗ Portabilidade para mais de 28 arquiteturas! ✗ Escalabilidade: o mesmo kernel roda em relógios, em celulares e em servidores da bolsa de valores! ✗ Estabilidade: capaz de rodar por muito tempo sem precisar de um único reboot. ✗ Recursos ”infinitos” disponíveis na Internet.
  11. Embedded Labworks REUSO DE COMPONENTES ✗ Uma das principais vantagens

    do uso do Linux em sistemas embarcados: reuso de componentes! ✗ A comunidade open-source já fornece implementações prontas para as principais funcionalidades dos projetos: suporte à hardware, protocolos de rede, bibliotecas gráficas, criptografia, etc. ✗ Suporte à hardware. Ex: Linux foi o primeiro kernel a suportar os padrões USB 2.0, USB 3.0, bluetooth, etc. ✗ Desenvolvimento rápido baseado em componentes prontos. ✗ Foco no seu produto, core business, time-to-market!
  12. Embedded Labworks BAIXO CUSTO ✗ Sem royalties: use e abuse

    de software livre! ✗ Se sua aplicação usa apenas software livre, incluindo as ferramentas de desenvolvimento, seu custo de software é zero! Seu único custo será a aquisição de know-how. ✗ Permite que você possa investir mais no hardware e em treinamento para sua equipe!
  13. Embedded Labworks CONTROLE TOTAL ✗ Trabalhando com software livre, você

    tem o código-fonte de todos os componentes do seu sistema. ✗ Liberdade para modificar, otimizar, debugar, melhorar. ✗ Não fica preso à prioridade que fornecedores ou terceiros darão ao seu projeto. ✗ Total controle do software do seu projeto!
  14. Embedded Labworks QUALIDADE ✗ Muitos componentes open source são usados

    em milhares de sistemas ao redor do mundo. ✗ Normalmente a qualidade é bem melhor que a de softwares proprietários (muitas pessoas olhando o mesmo problema!). ✗ Permite uma sólida base para seu projeto. ✗ É claro, nem todo software open software é de boa qualidade, portanto tome cuidado. Procure sempre aqueles mais usados em outros projetos e com uma comunidade mais ativa.
  15. Embedded Labworks SUPORTE DA COMUNIDADE ✗ Componentes open-source são desenvolvidos

    por uma comunidade de desenvolvedores e usuários. ✗ As comunidades podem te fornecer suporte de alta qualidade. Você tem contato inclusive com os principais desenvolvedores dos projetos. ✗ Em muitos casos o suporte é melhor comparado ao suporte prestado por empresas comerciais, mas você precisa saber como usar corretamente o suporte da comunidade. ✗ Permite você resolver os problemas mais rapidamente!
  16. Embedded Labworks MITOS ✗ Mito 1: ”Linux is Free”. ✗

    Linux não é grátis, Linux é livre! Do 2o. parágrafo da GPL: ”When we speak of free software, we are refering to freedom, not price”. ✗ Mito 2: ”Não consigo proteger a propriedade intelectual do meu produto”. ✗ Consegue sim, basta tomar alguns cuidados com licenças de software!
  17. Embedded Labworks ARQUITETURA BÁSICA Hardware Bootloader Linux kernel Biblioteca C

    Biblioteca Biblioteca Aplicação Aplicação Toolchain
  18. Embedded Labworks COMPONENTES DO SISTEMA ✗ Hardware: seu produto! ✗

    Bootloader: iniciado pelo hardware, responsável pela inicialização básica, carregamento e execução do kernel Linux. ✗ Kernel Linux: Núcleo do sistema operacional. Gerencia CPU, memória e I/O, exportando serviços para as aplicações do usuário. ✗ Rootfs: sistema de arquivos principal. ✗ Biblioteca C: interface entre o kernel e as aplicações do usuário. ✗ Bibliotecas e aplicações do usuário. ✗ Toolchain: conjunto de ferramentas para gerar os binários do sistema.
  19. Embedded Labworks CPU ✗ Suporta mais de 28 arquiteturas diferentes

    (x86, ia64, ARM, PPC, MIPS, SuperH, Blackfin, Coldfire, etc). ✗ 32/64 bits: não foi feito para microcontroladores! ✗ Originalmente projetado para CPUs com MMU (Memory Management Unit). ✗ O projeto uClinux foi criado para que o Linux pudesse ser usado em CPUs sem MMU. http://www.uclinux.org/ ✗ Boa parte do uClinux já foi integrado à árvore oficial do kernel, possibilitando o uso do Linux em diversas CPUs sem MMU (m68k e arm sem MMU, H8/300 da Hitachi, ADI Blackfin, etc).
  20. Embedded Labworks MEMÓRIA RAM E ARMAZENAMENTO ✗ Um sistema Linux

    bem básico pode funcionar com 8MB de RAM (ou até menos!), mas o ideal para começar é em torno de 32MB. ✗ Suporta armazenamento em memória flash NAND e NOR, disco rígido, cartão SD/MMC, etc. ✗ Um sistema bem básico pode funcionar com 2M de armazenamento (ou até menos!).
  21. Embedded Labworks COMUNICAÇÃO ✗ O Linux suporta muitos barramentos comuns

    em sistemas embarcados: I2C, SPI, CAN, 1-wire, SDIO, USB, etc. ✗ E também os principais protocolos de rede: Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth, CAN, IPv4, IPv6, TCP, UDP, etc. ✗ Se o barramento ou protocolo não possuir restrições de licença, é bem provável que esteja implementado no kernel. ✗ Já protocolos ou barramentos com restrições de licença tem dificuldade para entrar na árvore oficial do kernel (ex: Zigbee).
  22. Embedded Labworks CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO ✗ Certifique-se de que o

    hardware já é suportado pelo Linux e por um bootloader open-source. ✗ Suporte nas versões oficiais dos projetos (bootloader e kernel) é melhor: maior qualidade e novas versões disponíveis. ✗ A diferença entre uma plataforma suportada na árvore oficial do kernel, e outra plataforma não suportada de forma oficial, pode te trazer grandes consequências em termos de custo e tempo de desenvolvimento!
  23. Embedded Labworks TOOLCHAIN ✗ Conjunto de ferramentas de programação usadas

    para gerar determinado produto, seja um software ou mesmo um sistema completo. ✗ Quando a plataforma de desenvolvimento (host) é diferente da plataforma alvo (target), chamamos o toolchain de cross-compiling toolchain.
  24. Embedded Labworks TOOLCHAIN (cont.) Binário x86 x86 Binário ARM ARM

    Código-fonte x86 Toolchain nativo Cross-compiling toolchain Host Target
  25. Embedded Labworks COMPONENTES DO TOOLCHAIN ✗ Compilador (gcc). ✗ Assembler

    e Linker (binutils). ✗ Standard C Library (glibc, uclibc, dietlibc, etc).
  26. Embedded Labworks TOOLCHAINS PRONTOS ✗ Linaro (ARM): https://wiki.linaro.org/WorkingGroups/ToolChain ✗ Sourcery

    Codebench (ARM, MIPS, PPC): http://sourcery.mentor.com/public/gnu_toolchain ✗ Scratchbox (ARM e x86): http://www.scratchbox.org/ ✗ Linux/MIPS: http://www.linux-mips.org/wiki/Toolchains
  27. Embedded Labworks FERRAMENTAS OPEN SOURCE ✗ Crosstool-ng: http://crosstool-ng.org/ ✗ Buildroot:

    http://buildroot.uclibc.org/ ✗ Yocto: https://www.yoctoproject.org/
  28. Embedded Labworks SISTEMA LINUX EMBARCADO Hardware Bootloader Linux kernel Biblioteca

    C Biblioteca Biblioteca Aplicação Aplicação Toolchain
  29. Embedded Labworks BOOTLOADER ✗ O bootloader tem basicamente duas responsabilidades:

    ✗ Inicializar o hardware. ✗ Carregar e executar o sistema operacional. ✗ Mas normalmente o bootloader provê outras funcionalidades para facilitar o desenvolvimento do sistema.
  30. Embedded Labworks FUNCIONALIDADES DO BOOTLOADER ✗ Passagem de parâmetros para

    o kernel. ✗ Ler e escrever em dispositivos de armazenamento (memória flash, cartão SD, etc). ✗ Boot pela rede. ✗ Rotinas de diagnóstico de hardware.
  31. Embedded Labworks PRINCIPAIS BOOTLOADERS ✗ x86: ✗ LILO ✗ Grub

    ✗ Syslinux ✗ ARM, MIPS, PPC e outras arquiteturas: ✗ U-Boot ✗ Barebox ✗ Redboot
  32. Embedded Labworks INICIALIZAÇÃO BÁSICA ✗ Inicializa CPU, memória e barramentos.

    ✗ Configura a memória virtual (se tiver MMU). ✗ Inicializa os device drivers. ✗ Inicia o escalonador de tarefas. ✗ Inicia threads do kernel. ✗ Monta sistema de arquivos principal (rootfs) e chama o processo init.
  33. Embedded Labworks CARACTERÍSTICAS DO KERNEL ✗ Gerenciar a execução dos

    processos e controlar o acesso à memória e I/O. ✗ Conceito de kernel space x user space. ✗ Interface de user space com kernel space via chamadas do sistema (system calls). ✗ Acesso ao hardware via arquivos de dispositivo. ✗ Gerenciamento dinâmico de módulos do kernel.
  34. Embedded Labworks COMPONENTES BÁSICOS ✗ Biblioteca do sistema (uClibc, glibc,

    eglibc, dietlibc, etc). ✗ Mecanismo de inicialização. ✗ Bibliotecas e aplicações.
  35. Embedded Labworks APLICAÇÕES PARA EMBARCADOS ✗ Dropbear: cliente e servidor

    SSH (~110K). ✗ Thttpd: servidor web (~88K). ✗ DirectFB: biblioteca gráfica (~1,4MB). ✗ SQLite: Banco de dados (~250KB).
  36. Embedded Labworks BUSYBOX ✗ Pacote que combina versões mais leves

    de ferramentas UNIX em um único binário, otimizado por tamanho. ✗ Geralmente as ferramentas são mais limitadas em termos de funcionalidades comparadas às originais. ✗ É considerado o canivete suíço de sistemas embarcados com Linux!
  37. Embedded Labworks BUSYBOX – TUDO ISSO EM ~1MB! addgroup, adduser,

    adjtimex, ar, arp, arping, ash, awk, basename, bbconfig, bbsh, brctl, bunzip2, busybox, bzcat, bzip2, cal, cat, catv, chat, chattr, chcon, chgrp, chmod, chown, chpasswd, chpst, chroot, chrt, chvt, cksum, clear, cmp, comm, cp, cpio, crond, crontab, cryptpw, cttyhack, cut, date, dc, dd, deallocvt, delgroup, deluser, depmod, devfsd, df, dhcprelay, diff, dirname, dmesg, dnsd, dos2unix, dpkg, dpkg_deb, du, dumpkmap, dumpleases, e2fsck, echo, ed, egrep, eject, env, envdir, envuidgid, ether_wake, expand, expr, fakeidentd, false, fbset, fbsplash, fdflush, fdformat, fdisk, fetchmail, fgrep, find, findfs, fold, free, freeramdisk, fsck, fsck_minix, ftpget, ftpput, fuser, getenforce, getopt, getsebool, getty, grep, gunzip, gzip, halt, hd, hdparm, head, hexdump, hostid, hostname, httpd, hush, hwclock, id, ifconfig, ifdown, ifenslave, ifup, inetd, init, inotifyd, insmod, install, ip, ipaddr, ipcalc, ipcrm, ipcs, iplink, iproute, iprule, iptunnel, kbd_mode, kill, killall, killall5, klogd, lash, last, length, less, linux32, linux64, linuxrc, ln, load_policy, loadfont, loadkmap, logger, login, logname, logread, losetup, lpd, lpq, lpr, ls, lsattr, lsmod, lzmacat, makedevs, man, matchpathcon, md5sum, mdev, mesg, microcom, mkdir, mke2fs, mkfifo, mkfs_minix, mknod, mkswap, mktemp, modprobe, more, mount, mountpoint, msh, mt, mv, nameif, nc, netstat, nice, nmeter, nohup, nslookup, od, openvt, parse, passwd, patch, pgrep, pidof, ping, ping6, pipe_progress, pivot_root, pkill, poweroff, printenv, printf, ps, pscan, pwd, raidautorun, rdate, rdev, readahead, readlink, readprofile, realpath, reboot, renice, reset, resize, restorecon, rm, rmdir, rmmod, route, rpm, rpm2cpio, rtcwake, run_parts, runcon, runlevel, runsv, runsvdir, rx, script, sed, selinuxenabled, sendmail, seq, sestatus, setarch, setconsole, setenforce, setfiles, setfont, setkeycodes, setlogcons, setsebool, setsid, setuidgid, sh, sha1sum, showkey, slattach, sleep, softlimit, sort, split, start_stop_daemon, stat, strings, stty, su, sulogin, sum, sv, svlogd, swapoff, swapon, switch_root, sync, sysctl, syslogd, tac, tail, tar, taskset, tcpsvd, tee, telnet, telnetd, test, tftp, tftpd, time, top, touch, tr, traceroute, true, tty, ttysize, tune2fs, udhcpc, udhcpd, udpsvd, umount, uname, uncompress, unexpand, uniq, unix2dos, unlzma, unzip, uptime, usleep, uudecode, uuencode, vconfig, vi, vlock, watch, watchdog, wc, wget, which, who, whoami, xargs, yes, zcat, zcip
  38. Embedded Labworks BUILD SYSTEM ✗ Um build system é capaz

    de: ✗ Gerar o toolchain. ✗ Compilar e gerar a imagem do bootloader. ✗ Configurar, compilar e gerar a imagem do kernel. ✗ Compilar bibliotecas e aplicações, e gerar a imagem final do rootfs.
  39. Embedded Labworks ALGUNS BUILD SYSTEMS ✗ Proprietários: ✗ Monta Vista.

    ✗ Wind River. ✗ TimeSys. ✗ Open source: ✗ Buildroot. ✗ LTIB. ✗ Yocto. ✗ OpenEmbedded.
  40. Embedded Labworks OS 3 PAPÉIS DO DESENVOLVEDOR ✗ Desenvolvedor de

    aplicações: desenvolve aplicações Linux. ✗ Integrador: Integra todos os componentes (bootloader, kernel, bibliotecas e aplicações) em um sistema Linux embarcado. ✗ Desenvolvedor de BSP (Board Support Package): porta o kernel e o bootloader, desenvolve os device drivers para os dispositivos de hardware usados no produto, etc. Nosso foco neste treinamento: integrador e desenvolvedor de aplicações!
  41. Embedded Labworks AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO ✗ Um ambiente de desenvolvimento

    para Linux embarcado é composto normalmente por 3 componentes principais: ✗ Toolchain (ferramentas de compilação). ✗ Buildsystem (ferramenta de geração do sistema Linux). ✗ IDE para desenvolvimento e debugging de aplicações.
  42. Embedded Labworks SOLUÇÕES ✗ Existem soluções prontas, fornecidas por empresas

    como MontaVista, Wind River e TimeSys, com seu próprio ambiente e ferramentas de desenvolvimento. Elas usam um conjunto de componentes open-source e proprietários. ✗ Existem também soluções open source, completamente abertas e suportadas pela comunidade. ✗ No nosso treinamento, usaremos soluções abertas! Aprendendo a base, migrar depois para outras soluções é bem mais fácil!
  43. Embedded Labworks SO DE DESENVOLVIMENTO ✗ É fortemente recomendado o

    uso do Linux como sistema operacional para desenvolvimento em Linux embarcado! ✗ Todas as ferramentas disponíveis na comunidade open source foram feitas para rodar em Linux. Você pode ter problemas em tentar rodar em outro sistema operacional, e provavelmente não terá suporte da comunidade. ✗ Usando Linux, você aprende Linux!
  44. Embedded Labworks HOST E TARGET ✗ Host: máquina de desenvolvimento.

    ✗ Target: hardware, produto, kit de desenvolvimento. ✗ Conectados normalmente por uma conexão serial (RS232, USB, Ethernet, etc). Host Target Serial Ethernet
  45. Embedded Labworks PERMISSÕES ✗ Linux é um sistema multi-usuário: ✗

    root é o usuário administrador que tem permissão para executar qualquer operação privilegiada como mudar a configuração do sistema ou montar um sistema de arquivos. ✗ Outros usuários não tem todos os mesmos privilégios de administração. ✗ Durante o treinamento, para executar operações que necessitem de privilégios de administrador, usaremos o comando sudo. Exemplo: $ sudo mount /dev/sdb1 /mnt/usb
  46. Embedded Labworks GUIAS DE REFERÊNCIA E ESTUDO ✗ Alguns guias

    de referência e estudo estão disponíveis no ambiente de laboratório em docs/guides: ✗ GuiaFocaLinux.pdf (guia foca Linux iniciante/intermediário). ✗ Guia-Ubuntu.pdf (guia do iniciante Ubuntu). ✗ vi.pdf (editor de textos vi). ✗ shell.pdf (linha de comandos do shell). ✗ canivete-shell.pdf (canivete suíço do shell).
  47. Embedded Labworks CARACTERÍSTICAS ✗ CPU i.MX535 de 1GHz da Freescale

    (Cortex-A8). ✗ 1GB de memória RAM DDR3. ✗ Conector para cartão SD/MMC, microSD e interface SATA. ✗ Saídas de áudio estéreo e vídeo VGA, e entrada para microfone. Conector de expansão com saídas HDMI, display LCD, câmera e SDIO. ✗ Interfaces USB host/device, Ethernet, UART, JTAG, botões, leds, etc.
  48. Embedded Labworks REFERÊNCIAS E DOCUMENTAÇÃO ✗ A documentação do hardware

    esta disponível no ambiente de laboratório em docs/guides: ✗ CPU_DS_iMX53.pdf (i.MX53 datasheet) ✗ BOARD_DS_IMX53.pdf (board reference) ✗ BOARD_UG_IMX53.pdf (user's guide) ✗ BSP_LINUX_mx53.tar.gz (Linux BSP) ✗ Recursos na internet: http://www.freescale.com/imxquickstart http://community.freescale.com/community/imx
  49. Embedded Labworks O QUE SÃO TOOLCHAINS? ✗ Ao pé da

    letra, e traduzindo literalmente, toolchain é uma "corrente de ferramentas". Na prática, é um conjunto de ferramentas de compilação. ✗ Você se lembra do processo de compilação de um código em C? Ele envolve normalmente as seguintes etapas: pré-processamento, compilação, montagem (assembler) e linkagem. ✗ Cada uma destas etapas é executada por uma ferramenta (pré- processador, compilador, assembler e linker), e todas elas fazem parte do toolchain.
  50. Embedded Labworks TIPOS DE TOOLCHAIN ✗ As ferramentas de desenvolvimento

    normalmente disponíveis em um desktop GNU/Linux são chamadas de toolchain nativo. ✗ Este toolchain roda na sua máquina e compila código para ser executado na sua máquina, geralmente um x86. ✗ Em desenvolvimento de sistemas embarcados normalmente é complicado (às vezes até impossível) usar um toolchain nativo, porque precisamos de bastante espaço em disco, capacidade de processamento, memória, etc. ✗ Portanto, para esta tarefa, o melhor é usar um cross-compiling toolchain, que roda na sua plataforma de desenvolvimento mas gera código para a sua plataforma alvo.
  51. Embedded Labworks TIPOS DE TOOLCHAIN (cont.) Binário x86 x86 Binário

    ARM ARM Código-fonte x86 Toolchain nativo Cross-compiling toolchain Host Target
  52. Embedded Labworks COMPONENTES DO TOOLCHAIN Compilador (GCC) Binutils Headers do

    kernel Debugger (GDB) Biblioteca C padrão Toolchain
  53. Embedded Labworks COMPILADOR GCC ✗ Compilador GNU C, o famoso

    compilador de software livre. http://gcc.gnu.org/ ✗ Compatível com as linguagens C, C++, Ada, Fortran e Java, dentre outras. ✗ Pode gerar código para diversas arquiteturas, incluindo ARM, AVR, Blackfin, MIPS, PowerPC, x86, etc.
  54. Embedded Labworks BINUTILS ✗ Binutils é um conjunto de ferramentas

    para manipular arquivos binários para uma arquitetura específica. http://www.gnu.org/software/binutils/ ✗ Algumas das principais ferramentas disponibilizadas pelo binutils: ✗ as: assembler, gera o binário baseado em um código Assembly. ✗ ld: linker. ✗ ar, ranlib: usadas para gerar arquivos .a (normalmente bibliotecas). ✗ objdump, readelf, size, nm, strings: inspecionar binários. ✗ strip: remove partes não usadas do binário para diminuir seu tamanho.
  55. Embedded Labworks BIBLIOTECA C ✗ O que é a biblioteca

    C? ✗ Interface entre as aplicações e o kernel. ✗ API para desenvolvimento de aplicações. ✗ O toolchain depende da biblioteca C, já que ele irá linká-la com sua aplicação para gerar os binários para a arquitetura-alvo. ✗ Diversas bibliotecas C estão disponíveis: glibc, eglibc, uClibc, dietlibc, musl, etc. Kernel Biblioteca C Aplicações
  56. Embedded Labworks GLIBC ✗ Biblioteca C do projeto GNU. http://www.gnu.org/software/libc/

    ✗ Usada em boa parte dos sistemas GNU/Linux (desktop e servidores). ✗ Projetada com foco em performance e portabilidade. ✗ Dependendo do seu sistema, pode não ser uma boa escolha, já que possui um consumo considerável de espaço em disco/flash e memória RAM. ✗ Existe uma variante chamada eglibc (embedded glibc) compatível com a glibc (binário e código-fonte) e com foco em sistemas embarcados. Atualmente a eglibc é usada inclusive em algumas distribuições Linux.
  57. Embedded Labworks UCLIBC ✗ Mais leve e projetada para sistemas

    embarcados. http://www.uclibc.org/ ✗ Foco maior na economia de recursos do que na performance. ✗ Em uma arquitetura ARM, chega a ser 4 vezes menor que a glibc, com aproximadamente 600K! ✗ Comunidade de desenvolvimento do projeto bem ativa. ✗ Usada em grande parte do dispositivos de consumo com Linux embarcado.
  58. Embedded Labworks KERNEL HEADERS ✗ Sabemos que o toolchain depende

    da biblioteca C do sistema. ✗ Mas a biblioteca C, por sua vez, depende do kernel! Por que? ✗ Chamadas de sistema. ✗ Definições de constantes. ✗ Estruturas de dados. ✗ Por isso, para compilar a biblioteca C, o toolchain precisa dos arquivos de cabeçalho do kernel. ✗ Disponíveis em <linux/...>, <asm/...> e alguns outros diretórios dentro do diretório include nos fontes do kernel.
  59. Embedded Labworks KERNEL HEADERS (EXEMPLOS) ✗ Números das chamadas de

    sistema em <asm/unistd.h>: ✗ Definições de constantes em <asm­generic/fcntl.h>: ✗ Estruturas de dados em <asm/stat.h>: #define __NR_exit 1 #define __NR_fork 2 #define __NR_read 3 #define O_RDWR 00000002 struct stat { unsigned long st_dev; unsigned long st_ino; [...] };
  60. Embedded Labworks USANDO TOOLCHAINS ✗ Existem basicamente duas soluções para

    trabalhar com toolchains: 1. Usar um toolchain pronto, fornecido por uma empresa ou pela comunidade. 2. Usar uma ferramenta para configurar e gerar um toolchain customizado, de acordo com as suas necessidades.
  61. Embedded Labworks USANDO UM TOOLCHAIN PRONTO ✗ Solução adotada em

    muitos projetos: ✗ Vantagem: simples e conveniente. ✗ Desvantagem: inflexível, você não consegue otimizar o toolchain de acordo com suas necessidades. ✗ Possíveis escolhas: ✗ Toolchain fornecido pelo fabricante do chip (ex: Freescale). ✗ Toolchain fornecido por empresas especializadas (ex: Mentor Graphics). ✗ Toolchain fornecido pela comunidade (ex: Linaro). ✗ Uma referência bem completa de toolchains em: http://elinux.org/Toolchains
  62. Embedded Labworks INSTALANDO E USANDO ✗ Basta seguir o procedimento

    do fornecedor da solução. ✗ Normalmente, estes são os passos: ✗ Baixar e descompactar a toolchain em um diretório na sua máquina. ✗ Adicionar no PATH o diretório onde se encontram os binários: export PATH=/path/to/toolchain/bin/:$PATH ✗ Compilar sua aplicação usando o toolchain: PREFIX­gcc teste.c ­o teste ✗ O PREFIX depende da configuração do toolchain, e permite diferenciar toolchains nativos de toolchains para compilação cruzada.
  63. Embedded Labworks GERANDO SEU PRÓPRIO TOOLCHAIN ✗ Gerar um toolchain

    manualmente é uma tarefa difícil e dolorosa! ✗ Precisa estar familiarizado com o gcc. ✗ Muitos componentes para configurar e compilar. ✗ Existem depêndencias entre as versões do componentes. ✗ Algumas plataformas necessitam que sejam aplicados patches em alguns componentes antes de compilar. ✗ Ótimo site para os aventureiros: http://www.linuxfromscratch.org/
  64. Embedded Labworks USANDO FERRAMENTAS ✗ Existem ferramentas que automatizam o

    processo de geração de toolchains. ✗ Você não precisa se preocupar com o processo de geração do toolchain, dependências, patches, etc. ✗ E por outro lado, estas ferramentas oferecem a flexibilidade de configuração e seleção dos componentes do toolchain e de suas versões.
  65. Embedded Labworks ALGUMAS FERRAMENTAS ✗ Crosstool-ng (suporta glibc, uClibc, eglibc):

    http://crosstool-ng.org/ ✗ Buildroot (sistema de build completo, apenas uClibc): http://www.buildroot.net ✗ Yocto (sistema de build completo): https://www.yoctoproject.org
  66. Embedded Labworks BOOTLOADER ✗ O bootloader é o código responsável

    por: ✗ Inicializar o hardware (CPU, GPIO, controladora de RAM, etc). ✗ Carregar outro binário (normalmente o sistema operacional) de um dispositivo de armazenamento para a RAM. ✗ Passar o controle da CPU para este binário.
  67. Embedded Labworks FUNCIONALIDADES DO BOOTLOADER ✗ Além destas funcionalidades básicas,

    a maioria dos bootloaders possui uma linha de comandos com diversas funcionalidades, dentre elas: ✗ Manipulação das memórias RAM e flash. ✗ Comunicação via rede e serial. ✗ Rotinas de diagnóstico de hardware. ✗ Suporte à variáveis de ambiente e execução de scripts. ✗ Passagem de parâmetros para o sistema operacional.
  68. Embedded Labworks BOOTLOADERS NO X86 ✗ Plataformas x86 normalmente vem

    acompanhadas de uma memória não-volátil, a BIOS. ✗ Um programa na BIOS é executado no boot do equipamento, que faz a inicialização básica do hardware, carrega para a memória e executa os primeiros 512 bytes do dispositivo de boot. Estes 512 bytes também são chamados de MBR. ✗ A MBR é o bootloader de 1o. estágio, que é o responsável por carregar um bootloader de 2o. estágio do disco para a RAM. ✗ O bootloader de 2o. estágio é mais completo, entende sistemas de arquivo, consegue ler o sistema operacional do disco, carregar para a memória e executar. BIOS em ROM Estágio 2 do disco Estágio 1 512 bytes do disco SO do disco
  69. Embedded Labworks BOOTLOADERS NO X86 (cont.) ✗ LILO, já foi

    bastante utilizado, mas caiu em desuso. http://lilo.alioth.debian.org/ ✗ GRUB, Grand Unified Bootloader, é o mais poderoso e o padrão atualmente em desktops e servidores. http://www.gnu.org/software/grub/ ✗ Syslinux, mais utilizado em boot pela rede e por mídias removíveis. http://www.syslinux.org/
  70. Embedded Labworks BOOT EM ARM ✗ O processo de boot

    em plataformas ARM pode variar um pouco, dependendo do sistema (SoC, placa, etc). ✗ Normalmente o processo é dividido em 3 etapas: ✗ O SoC tem um código de boot integrado em uma ROM interna, responsável por carregar o bootloader de 1o. estágio de uma unidade de armazenamento não volátil para a memória RAM interna (SRAM ou IRAM). ✗ O bootloader de 1o. estágio deve inicializar o hardware (CPU, DRAM, GPIOs, etc) e carregar um bootloader de 2o. estágio para a RAM. ✗ O bootloader de 2o. estágio carrega o sistema operacional (kernel Linux) para a RAM e executa.
  71. Embedded Labworks i.MX28 (FREESCALE) Código de boot em ROM iniciado

    quando o i.MX28 é resetado. Lê as chaves de seleção do modo de boot para identificar a fonte do boot (USB, SD/MMC, NAND, I2C, SPI, JTAG). O ROM code trabalha com o conceito de boot stream, um conjunto de bootlets, que são pequenos executáveis para extender o bootloader, como o “power_prep” (configura PM) e o “boot_prep” (configura a memória SDRAM e carrega o U-Boot). Inicializa alguns dispositivos de hardware (rede, USB, etc). Carrega a imagem do kernel na RAM e passa o controle para ele. Roda da RAM. Assume o controle do sistema (a partir daqui, o bootloader não existe mais). ROM Code Bootlets U-Boot Linux Kernel
  72. Embedded Labworks OMAP3530/AM35x (TI) Procura por imagens de boot na

    NAND, UART, USB e MMC, e carrega para a SRAM (64KB). Um botão pode mudar a ordem da busca. Roda da SRAM. Inicializa a controladora da SDRAM, NAND ou MMC, e carrega o bootloader de 2o. estágio para a RAM. Roda da RAM. Inicializa alguns dispositivos de hardware (rede, USB, etc). Carrega a imagem do kernel na RAM e passa o controle para ele. Roda da RAM. Assume o controle do sistema (a partir daqui, o bootloader não existe mais). ROM Code X-Loader U-Boot Linux Kernel
  73. Embedded Labworks LPC3250 (NXP) Tenta o boot pela porta serial

    (modo de serviço), SPI, barramento externo e flash NAND, carregando o código para a SRAM (56KB). Kickstart roda da SRAM, inicializa hardware e carrega o stage 1 loader, um bootloader completo que possui diversas funções para configurar o hardware. O S1L carrega o bootloader de 2o. estágio para a RAM. Roda da RAM. Inicializa alguns dispositivos de hardware (rede, USB, etc). Carrega a imagem do kernel na RAM e passa o controle para ele. Roda da RAM. Assume o controle do sistema (a partir daqui, o bootloader não existe mais). ROM Code Kickstart/S1L U-Boot Linux Kernel
  74. Embedded Labworks AT91 (ATMEL) Procura por imagens de boot em

    diversos dispositivos de armazenamento, e carrega para a SRAM (4KB). Roda da SRAM. Inicializa a controladora da DRAM e carrega o bootloader de 2o. estágio para a RAM. Roda da RAM. Inicializa alguns dispositivos de hardware (rede, USB, etc). Carrega a imagem do kernel na RAM e passa o controle para ele. Roda da RAM. Assume o controle do sistema (a partir daqui, o bootloader não existe mais). ROM Code AT91Bootstrap U-Boot Linux Kernel
  75. Embedded Labworks i.MX53 (FREESCALE) Código de boot em ROM iniciado

    quando o i.MX53 é resetado. Lê o registrador BOOT_MODE ou um conjunto de GPIOs para determinar o dispositivo de boot (NOR/NAND, cartão SD/MMC, SATA, etc). Carrega “um pedaço” do U-Boot para a RAM interna (72K). Este código do U-Boot irá inicializar o hardware (clock, SDRAM, etc) e carregar o U-Boot completo para a RAM. Inicializa alguns dispositivos de hardware (rede, USB, etc). Carrega a imagem do kernel na RAM e passa o controle para ele. Roda da RAM. Assume o controle do sistema (a partir daqui, o bootloader não existe mais). ROM Code U-Boot (1) U-Boot (2) Linux Kernel
  76. Embedded Labworks BOOTLOADERS EM LINUX EMBARCADO ✗ O bootloader de

    1o. estágio é normalmente fornecido pelo fabricante do chip, e cada plataforma tem o seu. Nosso foco é no bootloader de 2o. estágio. ✗ Existem alguns bootloaders open source. Os dois mais conhecidos e utilizados são: ✗ U-Boot: bastante popular em ARM, mas também usado em outras arquiteturas como MIPS e PPC. http://www.denx.de/wiki/U-Boot ✗ Barebox: sucessor do U-Boot, melhor projeto, melhor código, desenvolvimento ativo, mas ainda com pouco suporte à hardware. http://www.barebox.org
  77. Embedded Labworks U-BOOT ✗ Bootloader open-source (GPLv2) mais utilizado atualmente.

    http://www.denx.de/wiki/U-Boot ✗ Suporta uma grande variedade de CPUs, incluindo PPC, ARM, MIPS, Coldfire, x86, etc. ✗ Desde 2008, segue um intervalo fixo de release, onde a cada dois ou três meses uma versão é liberada (as versões são nomeadas com o formato YYYY.MM). ✗ Documentação disponível em: http://www.denx.de/wiki/U-Boot/Documentation
  78. Embedded Labworks FUNCIONALIDADES DO U-BOOT ✗ Exibir informações do hardware

    (memória, periféricos, etc). ✗ Manipular a RAM (ler, escrever, comparar, testar, etc). ✗ Manipular memórias flash (ler, escrever, apagar, etc). ✗ Boot via memória flash. ✗ Boot via rede (bootp, tftp, dhcp, serial).
  79. Embedded Labworks FUNCIONALIDADES DO U-BOOT (cont.) ✗ Boot por interfaces

    SD/MMC ou USB. ✗ Entende sistemas de arquivo (fat, ext4, ubifs, jffs2, cramfs, etc). ✗ Configuração por variáveis de ambiente e suporte à scripts. ✗ Executa código bare-metal. ✗ Carrega e executa imagens do kernel Linux. ✗ Etc!
  80. Embedded Labworks BAIXANDO O U-BOOT ✗ É de responsabilidade do

    fabricante disponibilizar os fontes do U-Boot (porte) para a sua plataforma. ✗ O fabricante pode fazer isso e enviar o código para a árvore principal do projeto (mainline). Neste caso, os fontes podem ser baixados no site do projeto em: http://www.denx.de/wiki/U-Boot ✗ Mas nem sempre o fabricante faz isso! Neste caso, o fabricante irá disponibilizar os fontes em um outro local, provavelmente no seu site junto com o BSP (Board Support Package) da plataforma. ✗ Portanto, consulte a documentação da sua plataforma para saber como e onde baixar os fontes do U-Boot.
  81. Embedded Labworks CONFIGURANDO O U-BOOT ✗ O U-Boot suporta diversas

    arquiteturas e plataformas. Antes de compilar o U-Boot, você precisa configurá-lo para a sua plataforma com o comando abaixo: $ make <board>_config ✗ Substitua <board> pelo nome da sua plataforma no U-Boot. Por exemplo, para configurar o U-Boot para o kit de desenvolvimento i.MX53 Quick Start Board: $ make mx53_loco_config
  82. Embedded Labworks COMPILANDO O U-BOOT ✗ Para compilar o U-Boot,

    basta executar o comando make passando o prefixo do cross-compiler. Exemplo: $ make CROSS_COMPILE=arm­linux­ ✗ No final, será gerada a imagem do U-Boot para ser gravada no target.
  83. Embedded Labworks GRAVANDO O U-BOOT ✗ O processo de gravação

    do U-Boot pode ser feito de diferentes formas, dependendo do target: ✗ Se o target puder iniciar por uma mídia removível (cartão SD, pendrive, HD, etc), basta conectar o dispositivo removível na sua máquina de desenvolvimento e gravar. ✗ Se o dispositivo usar memória flash, podem existir algumas opções: ✗ O bootloader de 1o. estágio pode fornecer um mecanismo de escrita na flash. ✗ A CPU pode fornecer um monitor de boot que se comunica via serial ou USB. ✗ JTAG.
  84. Embedded Labworks VISÃO GERAL Biblioteca C Hardware Biblioteca Biblioteca Aplicação

    User space Kernel Aplicação Aplicação Chamadas de sistema Notificação de eventos Exportação de informações Gerenciamento do hardware Notificação de eventos
  85. Embedded Labworks HISTÓRICO ✗ O kernel é um dos componentes

    do sistema operacional, que requer bibliotecas e aplicações para prover funcionalidades aos usuários. ✗ Criado em 1991 pelo estudante finlandês Linus Torvalds, começou a ser usado rapidamente como sistema operacional em projetos de software livre. ✗ Linus Torvalds foi capaz de criar uma comunidade grande e dinâmica de desenvolvedores e usuários ao redor do projeto. ✗ Atualmente, centenas de pessoas e empresas contribuem com o projeto.
  86. Embedded Labworks ESTATÍSTICAS ✗ Algumas estatísticas da versão 3.9: ✗

    69 dias de desenvolvimento. ✗ 11.910 commits. ✗ 608.436 linhas adicionadas. ✗ 338.439 linhas removidas. ✗ Aproximadamente 7 commits por hora. ✗ Aproximadamente 10 linhas alteradas por minuto!
  87. Embedded Labworks GERENCIAMENTO DE PROCESSOS ✗ Um processo é um

    programa em execução, que possui um identificador (PID) e esta associado à um conjunto de recursos como arquivos abertos, mapeamento de memória, etc. ✗ Um processo contém uma ou mais linhas de execução, chamadas de threads. ✗ Cada thread possui um contador de programa, uma região do stack e uma cópia dos registradores da CPU. ✗ Internamente, o Linux não diferencia processos e threads. Uma thread nada mais é do que um processo que compartilha recursos com outras threads! ✗ Por este motivo, o Linux escalona threads, e não processos.
  88. Embedded Labworks GERENCIAMENTO DE PROCESSOS (cont.) ✗ Trade-off entre capacidade

    de processamento e tempo de resposta (latência). ✗ O Linux é um sistema multitasking preemptivo. ✗ Ele possui o conceito de classes de escalonador, onde cada classe possui um algoritmo de escalonamento, que decide qual processo deve ser executado, quando e por quanto tempo. ✗ O escalonador padrão do Linux é o CFS (Completely Fair Scheduler), onde cada processo recebe uma "porcentagem justa" da CPU (foco em performance).
  89. Embedded Labworks GERENCIAMENTO DE PROCESSOS (cont.) ✗ Possui também um

    escalonador para processos de tempo real, que tem prioridade sobre o CFS. ✗ Mas mesmo assim, o Linux não pode ser considerado um sistema operacional determinístico (em alguns trechos do código a latência para atender um pedido de interrupção pode ser muito grande). ✗ Existem um conjunto de patches (PREEMPT_RT) que podem ser aplicados no kernel e melhorar este cenário de alta latência. ✗ Uma opção para o uso do Linux em aplicações hard real-time é a utilização de um kernel de tempo real em conjunto com o Linux (RTLinux, RTAI, Xenomai).
  90. Embedded Labworks GERENCIAMENTO DE MEMÓRIA ✗ O Linux trabalha com

    o mecanismo de memória virtual para gerenciar a memória do sistema. ✗ Em um sistema com memória virtual, todo o acesso à memória do sistema é realizado através de endereços virtuais, que são convertidos (por hardware) para endereços físicos durante o acesso à memória do sistema. ✗ A MMU (Memory Management Unit) é o hardware que implementa o mecanismo de memória virtual, gerenciando a memória do sistema e fazendo a conversão entre endereços de memória físicos e virtuais.
  91. Embedded Labworks GERENCIAMENTO DE MEMÓRIA (cont.) ✗ Um sistema com

    MMU é capaz de prover: ✗ Maior endereçamento de memória para os processos: em uma arquitetura de 32 bits, os processos tem acesso à um endereçamento linear de 4G de memória virtual. ✗ SWAP: se faltar memória física, possibilita salvar e recuperar páginas de memória do disco. ✗ Proteção: cada processo só enxerga seu espaço de endereçamento, onde um acesso inválido gera uma exceção (segmentation fault). ✗ Compartilhamento: os processos podem compartilhar memória (código, dados, etc), usado por exemplo em mecanismos de IPC. ✗ Memory mapping: possibilidade de mapear um arquivo físico em memória.
  92. Embedded Labworks SISTEMA DE ARQUIVO VIRTUAL ✗ O Linux é

    fortemente baseado em arquivos (quase tudo no sistema é representado por um arquivo). ✗ O kernel implementa a camada VFS (Virtual Filesystem) que abstrai o acesso aos arquivos, possibilitando que rotinas de acesso ao arquivo (open, read, write, close, etc) sejam mapeadas para diferentes destinos.
  93. Embedded Labworks SISTEMA DE ARQUIVO VIRTUAL (cont.) ✗ Exemplo 1:

    Mapeando um arquivo físico em um dispositivo de armzenamento (copiando um arquivo do HD para um pendrive): $ cp /usr/sbin/app /mnt/pendrive/ ✗ Exemplo 2: Mapeando um arquivo virtual (listando a estatística de uso de memória do sistema): $ cat /proc/meminfo ✗ Exemplo 3: Mapeando o acesso ao hardware (escrevendo na porta serial): $ echo "Teste" > /dev/ttyS0
  94. Embedded Labworks KERNEL SPACE x USER SPACE ✗ Existe uma

    separação bem definida entre o kernel (kernel space) e as bibliotecas e aplicações do usuário (user space). ✗ O kernel roda em modo privilegiado, com total acesso à todas as instruções da CPU, endereçamento de memória e I/O, enquanto que os processos do usuário rodam em modo restrito, com acesso limitado aos recursos da máquina. ✗ Por isso, existe uma interface de comunicação, baseada chamadas de sistema (system calls), para que as bibliotecas e aplicações tenham acesso aos recursos da máquina.
  95. Embedded Labworks CHAMADAS DE SISTEMA ✗ O Linux possui aproximadamente

    300 chamadas de sistema. ✗ Operações em arquivos, operações de rede, comunicação entre processos, gerenciamento de processos, mapeamento de memória, timers, threads, mecanismos de sincronização, etc. ✗ As chamadas de sistema são abstraídas pela biblioteca C padrão. As aplicações normalmente não precisam fazer uma chamada direta. Tudo é feito através da biblioteca C padrão. ✗ A interface de chamadas de sistema é bem estável. Durante novas versões do kernel, apenas novas chamadas de sistema são adicionadas.
  96. Embedded Labworks VERSIONAMENTO ✗ Antes da versão 2.6: ✗ Uma

    árvore de versões estáveis (1.0, 2.0, 2.2, 2.4). ✗ Uma árvore de versões de desenvolvimento (2.1, 2.3, 2.5). ✗ A partir de 2003, apenas uma árvore: 2.6.X. ✗ Em 2011, a versão mudou para 3.0.
  97. Embedded Labworks CICLO DE RELEASE ✗ Processo de desenvolvimento a

    cada aproximadamente 3 meses. ✗ Merge window: 2 semanas (até sair 3.X-rc1). ✗ Bug fixing: 6 a 10 semanas (3.X-rc2, 3.X-rc3, etc). ✗ Em aproximadamente 3 meses temos a liberação do release final 3.X. ✗ Para acompanhar as mudanças no kernel: http://wiki.kernelnewbies.org/LinuxChanges http://lwn.net
  98. Embedded Labworks FONTES DO KERNEL ✗ A versão oficial do

    código-fonte do kernel liberada por Linus Torvalds encontra-se em: http://www.kernel.org ✗ Baixando os fontes por http: $ wget http://www.kernel.org/pub/linux/kernel/v3.0/linux­3.12.tar.bz2 $ tar xjfv linux­3.12.tar.bz2 ✗ Baixando os fontes pelo git: $ git clone git://git.kernel.org/pub/scm/linux/kernel/git/torvalds/linux.git
  99. Embedded Labworks FONTES DO KERNEL (cont.) ✗ Muitas comunidades e

    fabricantes de hardware podem manter versões alternativas do kernel: ✗ Fabricantes de hardware podem manter versões específicas do kernel com suporte às suas plataformas de referência (BSP). ✗ Comunidades podem manter versões do kernel voltadas à arquiteturas específicas (ARM, MIPS, PPC), sub-sistemas (USB, PCI, network), sistemas de tempo-real, etc. ✗ Portanto, consulte a documentação da sua plataforma para saber como e onde baixar os fontes do Linux.
  100. Embedded Labworks TAMANHO DOS FONTES DO KERNEL ✗ Fontes do

    kernel 3.4.9: ✗ Tamanho total: 518MB ✗ ~38.600 Arquivos ✗ ~15.400.000 linhas de código ✗ Porque os fontes são tão grandes? Milhares de drivers de dispositivo, diversos protocolos de rede, suporte a diferentes arquiteturas e plataformas. ✗ O core do kernel é bem pequeno!
  101. Embedded Labworks LICENÇA ✗ Todo o código-fonte do Linux é

    software livre e liberado sob a licença GPLv2. ✗ Isso significa que: ✗ Quando você receber ou comprar um equipamento com Linux embarcado, você tem o direito de requisitar os fontes, alterá-los e redistribuí-los! ✗ Quando você produzir um equipamento com Linux embarcado, você precisa liberar os fontes do kernel sob as mesmas condições, sem restrições.
  102. Embedded Labworks LICENÇA (cont.) ✗ Mas e os módulos do

    kernel? ✗ Os módulos do kernels são uma área cinza: é um trabalho derivado do kernel ou não? ✗ A opinião geral da comunidade é de que drivers de código fechado são ruins. Veja “Kernel Driver Statement” no link abaixo: http://j.mp/fbyuuH ✗ Sob um ponto de vista legal, cada driver é provavelmente um caso diferente. Ex: Nvidia. ✗ É realmente útil manter um driver proprietário?
  103. Embedded Labworks VANTAGENS DE DRIVERS GPL ✗ Você não precisa

    escrever um driver do zero, podendo reusar o código de outros drivers. ✗ Você pode integrar o seu driver na árvore oficial do kernel, e não se preocupar com qualquer alteração em APIs internas do Linux. Custo zero de manutenção e melhorias no driver! ✗ Com drivers abertos você tem suporte da comunidade, com mais pessoas revisando e colaborando com seu driver. ✗ Os usuários e a comunidade tem uma visão positiva da empresa.
  104. Embedded Labworks CONFIGURANDO O KERNEL ✗ O kernel possui centenas

    de drivers de dispositivo, diversos protocolos de rede e muitos outros itens de configuração. ✗ Mas o kernel é bem modular, a maioria das opções podem ser habilitadas ou desabilitadas conforme a necessidade. ✗ O processo de configuração serve para você configurar o kernel para ser compilado para sua CPU/plataforma. ✗ O conjunto de opções que você irá habilitar depende: ✗ Do seu hardware (device drivers, etc). ✗ Das funcionalidades (protocolos de rede, sistemas de arquivo, etc).
  105. Embedded Labworks CONFIGURAÇÃO ✗ As configurações são salvas em um

    arquivo chamado .config no diretório principal dos fontes do kernel, e possuem o formato key=value. Exemplo: CONFIG_ARM=y ✗ Dificilmente você vai precisar editar o arquivo .config manualmente. Existem ferramentas de interface gráfica para configurar o kernel e gerar o arquivo de configuração automaticamente: $ make menuconfig $ make gconfig $ make xconfig $ make nconfig
  106. Embedded Labworks CONFIGURANDO O KERNEL (cont.) ✗ O kernel é

    um binário único, resultado do processo de linkagem de todos os arquivos-objeto das funcionalidades que você habilitou, incluindo os device drivers. ✗ O kernel permite que algumas funcionalidades possam ser habilitadas e compiladas de duas formas: ✗ Estática ou built-in: a funcionalidade selecionada é linkada estaticamente à imagem final do kernel. ✗ Dinâmica ou módulo: é gerado um módulo daquela funcionalidade (arquivo com extensão .ko). Este módulo não é incluído na imagem final do kernel. Ele é incluído no sistema de arquivos e pode ser carregado dinamicamente (em tempo de execução), conforme a necessidade.
  107. Embedded Labworks OPÇÕES DE CONFIGURAÇÃO ✗ Opções booleanas (verdadeiro/falso): [

    ] Opção desabilitada → [*] Opção habilitada → ✗ Opções de 3 estados: < > Opção desabilitada → <*> Opção habilitada (built­in) → <M> Opção habilitada (módulo) → ✗ Números inteiros. Ex: (17) Kernel log buffer size ✗ Strings. Ex: (iso8859­1) Default iocharset for FAT
  108. Embedded Labworks DEPENDÊNCIAS ✗ Na configuração do kernel, podem existir

    dependências entre funcionalidades: ✗ Exemplo 1: o driver de um dispositivo I2C só pode ser habilitado se o barramento I2C for habilitado. ✗ Exemplo 2: o framework de porta serial do kernel (serial core) é habilitado automaticamente quando um driver de UART é habilitado.
  109. Embedded Labworks CONFIGURAÇÃO POR ARQUITETURA ✗ Toda a configuração do

    kernel é dependente da arquitetura. ✗ Por padrão, o kernel considera uma compilação nativa, então irá usar a arquitetura da máquina de desenvolvimento (normalmente x86) no comando abaixo: $ make menuconfig ✗ Portanto, para configurar para ARM por exemplo, você precisa especificar a arquitetura: $ make ARCH=arm menuconfig ✗ Ao invés de passar a variável ARCH na chamada do make, você pode também definí-la como variável de ambiente ou alterar o arquivo Makefile do diretório principal do kernel.
  110. Embedded Labworks CONFIGURAÇÕES PRÉ-DEFINIDAS ✗ Arquivos de configuração pré-definidos para

    diversas plataformas estão disponíveis em arch/<arch>/configs/. ✗ O uso de arquivos pré-configurados é a forma padrão de configurar um kernel para uma plataforma específica. Por exemplo, para carregar a configuração padrão do kit de desenvolvimento i.MX53 Quick Start Board: $ make ARCH=arm imx5_defconfig ✗ Se você mexeu na configuração padrão e deseja salvá-la, pode criar uma cópia conforme exemplo abaixo: $ cp .config arch/<arch>/configs/myconfig_defconfig
  111. Embedded Labworks VALIDANDO O ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO ✗ O comando

    abaixo faz a validação e a consistência do arquivo de configuração do kernel: $ make oldconfig ✗ Ele avisa e configura automaticamente parâmetros e dependências que antes não existiam. ✗ Deve ser usado sempre que: ✗ Você alterar o arquivo .config manualmente. ✗ Você reutilizar o mesmo .config em diferentes versões do kernel.
  112. Embedded Labworks COMPILANDO O KERNEL ✗ Depois de configurado, para

    compilar nativamente basta executar: $ make ✗ Não precisa de previlégios de root! ✗ Para cross-compilar, você precisa indicar a arquitetura e o prefixo do cross-compiler. Exemplo: $ make ARCH=arm CROSS_COMPILE=arm­linux­ ✗ O comando acima irá gerar uma imagem genérica para ARM. Se você quiser gerar uma imagem específica para determinado bootloader, deve adicionar ao fim do comando o nome da imagem. Exemplo para o U-Boot: $ make ARCH=arm CROSS_COMPILE=arm­linux­ uImage
  113. Embedded Labworks COMPILANDO O KERNEL (cont.) ✗ Ao fim do

    processo de compilação, serão geradas as seguintes imagens: ✗ vmlinux: gerada no diretório raiz dos fontes, é a imagem do kernel no formato ELF, que não é bootavel, mas pode ser usada para debugging. ✗ Módulos do kernel: arquivos com extensáo .ko dentro dos respectivos diretórios dos drivers. ✗ Em arch/<arch>/boot/: ✗ Image: imagem final do kernel, bootável e descomprimida. ✗ *Image: imagem bootável e comprimida do kernel (bzImage para x86, zImage para ARM, etc). ✗ uImage: imagem do kernel para o U-Boot (opcional).
  114. Embedded Labworks INSTALANDO O KERNEL ✗ Para instalar o kernel,

    basta executar o comando abaixo: $ make install ✗ Este comando irá instalar os seguintes arquivos no diretório /boot: ✗ vmlinuz-<version> (imagem do kernel comprimida) ✗ System.map-<version> (endereços dos símbolos do kernel) ✗ config-<version> (arquivo de configuração do kernel) ✗ Normalmente não é usado em sistemas embarcados! ✗ Em sistemas embarcados, normalmente gravamos o kernel em um dispositivo de armazenamento (cartão SD, memória flash, etc).
  115. Embedded Labworks FAZENDO A LIMPEZA ✗ Remove todos os arquivos

    gerados (imagens, arquivos-objeto, etc). $ make clean ✗ Remove todos os arquivos de gerados e arquivos de configuração (usado quando pretende-se mudar de plataforma). $ make mrproper ✗ Além dos arquivos gerados e arquivos de configuração, remove também arquivos de backup (bom para gerar patches). $ make distclean
  116. Embedded Labworks LINHA DE COMANDOS DO KERNEL ✗ Ao ser

    carregado, o kernel pode receber um conjunto de parâmetros. Chamamos esses parâmetros de linha de comandos do kernel. ✗ Esta linha de comandos pode ser passada ao kernel de duas formas: ✗ Pelo bootloader. ✗ Hardcoded na configuração do kernel, através da opção CONFIG_CMDLINE. ✗ Esta linha de comandos é uma string com diversas opções no formato key=value.
  117. Embedded Labworks LINHA DE COMANDOS DO KERNEL (cont.) console=ttySAC0 root=/dev/mtdblock3

    rootfstype=jffs2 ✗ Onde: ✗ console = dispositivo que será usado como console ✗ root = dispositivo onde se encontra o sistema de arquivos ✗ rootfstype = tipo do sistema de arquivos (JFFS2) ✗ Existem dezenas de outras opções! ✗ Documentação disponível em: Documentation/kernel-parameters.txt
  118. Embedded Labworks SISTEMAS DE ARQUIVO ✗ Sistemas de arquivo são

    usados para organizar dados, de forma hierárquica, em diretórios e arquivos disponíveis em dispositivos de armazenamento (locais ou remotos). ✗ Em sistemas Unix, aplicações e usuários enxergam apenas uma hierarquia única e global de arquivos e diretórios, que podem ser compostos por diferentes sistemas de arquivo. ✗ Um ou mais sistemas de arquivo são montados em locais específicos nesta hierarquia de diretórios.
  119. Embedded Labworks SISTEMAS DE ARQUIVO (cont.) ✗ Quando um sistema

    de arquivo é montado em um diretório, este diretório é chamado de ponto de montagem ou mount point, e o conteúdo deste diretório irá refletir o conteúdo armazenado no dispositivo de armazenamento. ✗ Isso permite que aplicações acessem diretórios e arquivos facilmente independentemente da localização ou do tipo do dispositivo de armazemanento. ✗ Tudo o que as aplicações enxergam são arquivos e diretórios!
  120. Embedded Labworks O COMANDO MOUNT ✗ O comando mount permite

    montar um sistema de arquivo: $ mount ­t type device mountpoint ✗ Onde: ✗ -t type é opcional e identifica o tipo do sistema de arquivo (fat, ext3, jffs2, etc). ✗ device é o dispositivo de armazenamento, ou local na rede, onde estão armazenados os dados. ✗ mountpoint é o diretório onde os arquivos serão acessados, também chamado de ponto de montagem.
  121. Embedded Labworks O COMANDO UMOUNT ✗ O comando umount permite

    desmontar um sistema de arquivo: $ umount <dispositivo ou ponto de montagem> ✗ Quando trabalhamos com dispositivos removíveis, é necessário executar o umount antes de remover o dispositivo, já que o Linux por padrão mantém em cache as alterações realizadas no dispositivo para melhorar a performance, e o umount garante que estas alterações sejam realizadas antes da remoção do dispositivo.
  122. Embedded Labworks MONTANDO UM SISTEMA DE ARQUIVO ✗ Criando o

    diretório (ponto de montagem): $ mkdir /mnt/usbkey ✗ Montando um pendrive: $ mount ­t vfat /dev/sda1 /mnt/usbkey ✗ Verificando o conteúdo: $ ls /mnt/usbkey docs prog.c picture.png movie.avi ✗ Desmontando o dispositivo USB: $ umount /mnt/usbkey
  123. Embedded Labworks SISTEMA DE ARQUIVO ROOT ✗ Um sistema de

    arquivo específico é montado na raiz principal da hierarquia, identificado pelo /. ✗ Este sistema de arquivo é chamado de root ou rootfs. ✗ Como ele é o primeiro sistema de arquivo a ser montado, não tem como fazê-lo com o comando mount, já que o mesmo ainda não esta disponível. Lembre-se: ainda não existe nenhum sistema de arquivo montado! ✗ Por isso, o responsável por esta tarefa é o kernel, de acordo com a opção root na linha de comandos do kernel.
  124. Embedded Labworks SISTEMA DE ARQUIVO ROOT (cont.) ✗ Se você

    não passar a opção root na linha de comando, o kernel entra em pânico! Please append a correct "root=" boot option Kernel panic ­ not syncing: VFS: Unable to mount root fs on unknown block(0,0) ✗ Passando a opção root para o kernel: ... console=ttyS2,115200n8 root=/dev/sda2 ...
  125. Embedded Labworks LOCALIDADES DO ROOTFS ✗ O rootfs pode ser

    montado de diferentes localidades: ✗ Da partição de um HD. ✗ Da partição de um pendrive. ✗ Da partição de um cartão SD. ✗ Da partição de uma memória flash NAND. ✗ Pela rede, através do protocolo NFS. ✗ Da memória, pré-carregado pelo bootloader. ✗ É nossa a decisão de como iniciar o sistema, e assim configurar corretamente a opção root do kernel.
  126. Embedded Labworks MONTANDO O ROOTFS ✗ Partição de um HD

    ou pendrive USB: ✗ root=/dev/sdXY, onde X é uma letra que indica o dispositivo e Y é o número da partição. ✗ Exemplo: root=/dev/sdb2 ✗ Partição de um cartão SD: ✗ root=/dev/mmcblkXpY, onde X é um número de identificação do dispositivo, e Y é o número da partição. ✗ Exemplo: root=/dev/mmcblk0p2
  127. Embedded Labworks MONTANDO O ROOTFS (cont.) ✗ Partição de uma

    memória flash NAND: ✗ root=/dev/mtdblockX, onde X é o número da partição. ✗ Exemplo: root=/dev/mtdblock3
  128. Embedded Labworks MONTANDO O ROOTFS VIA REDE ✗ Uma vez

    que sua rede esteja funcionando, o rootfs pode estar na sua máquina de desenvolvimento, e ser exportado via protocolo NFS (Network File System). ✗ Muito mais fácil e rápido de atualizar o rootfs sem precisar gravar na flash e reiniciar o equipamento. ✗ Possibilidade de ter um rootfs bem grande, podendo incluir ferramentas e binários que não caberiam na flash do equipamento. Host Servidor NFS Target Cliente NFS
  129. Embedded Labworks MONTANDO O ROOTFS EM MEMÓRIA ✗ Também é

    possível ter uma imagem de rootfs integrada à imagem do kernel, sendo por consequência carregada em memória junto com o kernel. ✗ Este mecanismo é chamado de initramfs. Kernel Initramfs (cpio archive) Imagem do kernel (uImage, zImage, bzImage, etc)
  130. Embedded Labworks INITRAMFS ✗ Vantagens: ✗ Pode ser usado como

    um passo intermediário para montar o verdadeiro rootfs (mecanismo comum em desktops e servidores). ✗ Em Linux embarcado, pode ser a solução para sistemas com pouquíssimos recursos. O boot é mais rápido, e como o sistema de arquivo já esta em memória, as aplicações também iniciam mais rapidamente. ✗ Desvantagens: ✗ Como o initramfs é montado em RAM, o armazenamento é volátil (perde as informações ao reiniciar).
  131. Embedded Labworks ORGANIZAÇÃO DO ROOTFS ✗ A organização do rootfs

    no Linux é padronizada pelo Filesystem Hierarcy Standard. http://www.pathname.com/fhs/ ✗ A maioria dos sistemas Linux estão de acordo com este padrão porque: ✗ As aplicações esperam este formato. ✗ Facilita o trabalho de usuários e desenvolvedores quando precisam trabalhar com diferentes sistemas Linux.
  132. Embedded Labworks DIRETÓRIOS MAIS IMPORTANTES /bin Programas básicos /sbin Aplicações

    de administração do sistema /boot Imagem do kernel (apenas quando o bootloader suporta carregar o kernel do sistema de arquivos, normalmente usado em arquiteturas x86) /etc Arquivos de configuração /home Diretório de arquivos dos usuários /root Home do usuário root /lib Bibliotecas básicas do sistema /media Ponto de montagem para mídias removíveis /mnt Ponto de montagem para mídias estáticas
  133. Embedded Labworks DIRETÓRIOS MAIS IMPORTANTES (cont.) /dev Arquivos de dispositivo

    /sys Ponto de montagem do sistema de arquivo virtual sysfs /proc Ponto de montagem do sistema de Arquivo virtual ”proc” /tmp Arquivos temporários /usr Aplicações e dados dos usuários /usr/bin Aplicações básicas do usuário /usr/lib Bibliotecas do usuário /usr/sbin Aplicações de administração do usuário /var Arquivos de dados (logs, banco de dados, arquivos temporários, etc)
  134. Embedded Labworks ARQUIVOS DE DISPOSITIVO ✗ Um conceito muito importante

    trazido do mundo Unix: boa parte dos ”objetos do sistema” são representados como arquivos, permitindo que as aplicações manipulem estes objetos usando uma API comum (open, read, write, etc). ✗ Da mesma forma, os dispositivos de hardware também são representados no Linux através de arquivos, chamados de arquivos de dispositivo, e disponíveis no diretório /dev.
  135. Embedded Labworks INFORMAÇÕES DOS DISPOSITIVOS ✗ Internamente, cada arquivo de

    dispositivo esta associado à três informações básicas: ✗ Major number: indica a categoria do dispositivo. ✗ Minor number: indica o número do dispositivo. ✗ Tipo do dispositivo: ✗ Dispositivos de bloco: composto por blocos de dados de tamanho fixo, endereçáveis e de acesso aleatório, que podem ser lidos e/ou escritos. Exemplos: HD, pendrive, etc. ✗ Dispositivo de caractere: possibilita o acesso sequencial de bytes, sem começo, sem fim e sem tamanho! Exemplos: portal serial, interface de rede, placa de som, etc.
  136. Embedded Labworks EXEMPLOS ✗ Exemplos de arquivos de dispositivo: ls

    ­la /dev/ttyS* /dev/sda1 brw­rw­­­­ 1 root disk 8, 1 2012­01­25 06:54 /dev/sda1 crw­rw­­­­ 1 root dialout 4, 64 2012­01­25 06:54 /dev/ttyS0 crw­rw­­­­ 1 root dialout 4, 65 2012­01­25 06:54 /dev/ttyS1 crw­rw­­­­ 1 root dialout 4, 66 2012­01­25 06:54 /dev/ttyS2 crw­rw­­­­ 1 root dialout 4, 67 2012­01­25 06:54 /dev/ttyS3 ✗ Escrevendo ”Hello” na porta serial: int fd; fd = open(“/dev/ttyS0”, O_RDWR); write(fd, “Hello”, 5); close(fd);
  137. Embedded Labworks CRIANDO ARQUIVOS DE DISPOSITIVO ✗ Para sistemas mais

    simples, os arquivos de dispositivo podem ser criados manualmente com o comando mknod (é necessário ter privilégios de root): $ mknod /dev/<device> [c|b] major minor ✗ Para sistemas mais complexos, existem mecanismos para adicionar e remover arquivos de dispositivo dinamicamente: ✗ udev ✗ mdev ✗ devtmpfs
  138. Embedded Labworks SISTEMA DE ARQUIVO VIRTUAL PROC ✗ O sistema

    de arquivo virtual proc exporta (normalmente para o diretório /proc) um conjunto de informações do kernel, incluindo estatísticas dos processos, memória e uso de I/O. ✗ O proc também possibilita ajustar parâmetros do kernel em tempo de execução. ✗ Muitas aplicações, como os comandos ps e top, usam as informações disponíveis no /proc para exibirem informações dos processos rodando no sistema.
  139. Embedded Labworks SISTEMA DE ARQUIVO VIRTUAL PROC (cont.) ✗ Montando

    o proc: $ mount ­t proc none /proc ✗ Mais informações na documentação do kernel: Documentation/filesystems/proc.txt
  140. Embedded Labworks SISTEMA DE ARQUIVO VIRTUAL SYSFS ✗ O sistema

    de arquivo virtual sysfs exporta (normalmente para o diretório /sys) informações de drivers e dispositivos de hardware conectados ao sistema. ✗ Usado por aplicações que querem ler informações dos dispositivos de hardware conectados ao sistema. Ex: mdev, udev, etc. ✗ Pode ser usado também para parametrizar ou configurar determinado hardware.
  141. Embedded Labworks SISTEMA DE ARQUIVO VIRTUAL SYSFS (cont.) ✗ Montando

    o sysfs: $ mount ­t sysfs none /sys ✗ Mais informações na documentação do kernel: Documentation/filesystems/sysfs.txt
  142. Embedded Labworks A INICIALIZAÇÃO ✗ Após montar o rootfs, o

    kernel irá tentar executar uma aplicação de inicialização, também chamado de processo init. ✗ O processo init pode ser passado como parâmetro na linha de comandos do kernel: init=/usr/bin/init ✗ Se o parâmetro init não for passado, o kernel tenta executar os seguintes binários, nesta ordem: /sbin/init, /etc/init, bin/init e /bin/sh.
  143. Embedded Labworks A INICIALIZAÇÃO (cont.) ✗ Se nenhuma destes programas

    de inicialização forem encontrados, o kernel entra em pânico! Kernel panic ­ not syncing: No init found. ✗ Assim que executado, o processo init é o responsável pela inicialização do restante do sistema.
  144. Embedded Labworks VISÃO GERAL DO BOOT Bootloader Carrega o kernel

    para a RAM e inicia /sbin/init Inicia outros serviços e aplicações Kernel Monta o rootfs indicado por ”root=” Inicia a aplicação ”init” Shell Outras aplicações Rootfs
  145. Embedded Labworks MECANISMOS DE INICIALIZAÇÃO ✗ Depois que o kernel

    chamou a aplicação init, é responsabilidade do rootfs o restante da inicialização do sistema. ✗ Existem diferentes mecanismos de inicialização, como systemd, upstart, openrc e sysvinit (System V Init). ✗ Devido à simplicidade de uso e utilização em soluções mais simples, vamos estudar aqui o sysvinit.
  146. Embedded Labworks SYSTEM V INIT ✗ O sysvinit possui basicamente

    os seguintes componentes: ✗ Aplicação init (o pai de todos os processos). ✗ Arquivo de configuração /etc/inittab. ✗ Scripts de inicialização em /etc/init.d/ ou /etc/rc.d/.
  147. Embedded Labworks /etc/inittab # Startup the system null::sysinit:/bin/mount ­t proc

    proc /proc null::sysinit:/bin/mkdir ­p /dev/pts # now run any rc scripts ::sysinit:/etc/init.d/rcS # Put a getty on the serial port ttySAC0::respawn:/sbin/getty ­L ttySAC0 115200 vt100 # Stuff to do for the 3­finger salute ::ctrlaltdel:/sbin/reboot # Stuff to do before rebooting null::shutdown:/usr/bin/killall syslogd
  148. Embedded Labworks /etc/init.d/ ls ­l init.d/ total 8 ­rwxr­xr­x 1

    root root 408 2011­08­31 08:44 rcS ­rwxr­xr­x 1 root root 478 2011­09­08 15:02 S01logging ­rwxr­xr­x 1 root root 1365 2011­08­31 08:44 S20urandom ­rwxr­xr­x 1 root root 282 2011­08­31 08:44 S40network ­rwxr­xr­x 1 root root 1092 2011­09­08 16:05 S50dropbear ­rwxr­xr­x 1 root root 73 2011­09­13 14:50 S60leds
  149. Embedded Labworks CRIANDO UM ROOTFS BÁSICO ✗ Um sistema Linux

    precisa de um conjunto básico de programas para funcionar (init, shell, comandos básicos, etc). ✗ Normalmente estes programas são fornecidos em diferentes projetos e é trabalhoso integrar manualmente todos estes componentes. ✗ O Busybox é uma solução alternativa, trazendo uma quantidade grande e comum de programas usados em sistemas Linux, mas com tamanho reduzido, perfeito para sistemas embarcados! http://www.busybox.net/
  150. Embedded Labworks APLICAÇÕES DISPONÍVEIS NO BUSYBOX addgroup, adduser, adjtimex, ar,

    arp, arping, ash, awk, basename, bbconfig, bbsh, brctl, bunzip2, busybox, bzcat, bzip2, cal, cat, catv, chat, chattr, chcon, chgrp, chmod, chown, chpasswd, chpst, chroot, chrt, chvt, cksum, clear, cmp, comm, cp, cpio, crond, crontab, cryptpw, cttyhack, cut, date, dc, dd, deallocvt, delgroup, deluser, depmod, devfsd, df, dhcprelay, diff, dirname, dmesg, dnsd, dos2unix, dpkg, dpkg_deb, du, dumpkmap, dumpleases, e2fsck, echo, ed, egrep, eject, env, envdir, envuidgid, ether_wake, expand, expr, fakeidentd, false, fbset, fbsplash, fdflush, fdformat, fdisk, fetchmail, fgrep, find, findfs, fold, free, freeramdisk, fsck, fsck_minix, ftpget, ftpput, fuser, getenforce, getopt, getsebool, getty, grep, gunzip, gzip, halt, hd, hdparm, head, hexdump, hostid, hostname, httpd, hush, hwclock, id, ifconfig, ifdown, ifenslave, ifup, inetd, init, inotifyd, insmod, install, ip, ipaddr, ipcalc, ipcrm, ipcs, iplink, iproute, iprule, iptunnel, kbd_mode, kill, killall, killall5, klogd, lash, last, length, less, linux32, linux64, linuxrc, ln, load_policy, loadfont, loadkmap, logger, login, logname, logread, losetup, lpd, lpq, lpr, ls, lsattr, lsmod, lzmacat, makedevs, man, matchpathcon, md5sum, mdev, mesg, microcom, mkdir, mke2fs, mkfifo, mkfs_minix, mknod, mkswap, mktemp, modprobe, more, mount, mountpoint, msh, mt, mv, nameif, nc, netstat, nice, nmeter, nohup, nslookup, od, openvt, parse, passwd, patch, pgrep, pidof, ping, ping6, pipe_progress, pivot_root, pkill, poweroff, printenv, printf, ps, pscan, pwd, raidautorun, rdate, rdev, readahead, readlink, readprofile, realpath, reboot, renice, reset, resize, restorecon, rm, rmdir, rmmod, route, rpm, rpm2cpio, rtcwake, run_parts, runcon, runlevel, runsv, runsvdir, rx, script, sed, selinuxenabled, sendmail, seq, sestatus, setarch, setconsole, setenforce, setfiles, setfont, setkeycodes, setlogcons, setsebool, setsid, setuidgid, sh, sha1sum, showkey, slattach, sleep, softlimit, sort, split, start_stop_daemon, stat, strings, stty, su, sulogin, sum, sv, svlogd, swapoff, swapon, switch_root, sync, sysctl, syslogd, tac, tail, tar, taskset, tcpsvd, tee, telnet, telnetd, test, tftp, tftpd, time, top, touch, tr, traceroute, true, tty, ttysize, tune2fs, udhcpc, udhcpd, udpsvd, umount, uname, uncompress, unexpand, uniq, unix2dos, unlzma, unzip, uptime, usleep, uudecode, uuencode, vconfig, vi, vlock, watch, watchdog, wc, wget, which, who, whoami, xargs, yes, zcat, zcip
  151. Embedded Labworks KERNEL MONOLÍTICO E MICROKERNEL ✗ Kernel monolítico: o

    sistema operacional inteiro roda em kernel space, com total acesso aos recursos da máquina (CPU, memória e I/Os), e provê para as aplicações (userspace) uma interface de comunicação através de chamadas de sistema (system calls). ✗ Microkernel: apenas o básico do kernel roda em kernelspace (gerenciamento de memória e processos). O resto roda em userspace, incluindo sistemas de arquivos, device drivers, protocolos de rede, etc!
  152. Embedded Labworks O KERNEL LINUX ✗ O Linux é um

    kernel monolítico. ✗ Mas internamente o Linux é bem modular. Cada funcionalidade é abstraída em um módulo, com uma interface de comunicação bem definida. Por isso, permite um sistema de configuração onde você pode adicionar ou remover determinada funcionalidade. ✗ E o Linux permite que você adicione dinamicamente “pedaços de código do kernel” em tempo de execução! ✗ Chamamos esses “pedaços de código” de módulos do kernel.
  153. Embedded Labworks VANTAGENS DOS MÓDULOS ✗ Módulos tornam fácil o

    desenvolvimento do kernel (ex: device drivers) sem precisar reiniciar o equipamento. ✗ Ajuda a manter a imagem do kernel bem pequena. ✗ Só ocupa memória enquanto estiver carregado. ✗ O tempo de boot do kernel fica menor. ✗ Cuidado: módulos rodam em kernel space. Uma vez carregados, eles tem total controle do sistema! Por isso só podem ser carregados como root.
  154. Embedded Labworks COMPILANDO OS MÓDULOS ✗ Para compilar os módulos,

    basta executar: make modules ✗ Para cross-compilar os módulos, não esqueça de indicar a arquitetura e o prefixo do cross-compiler. Exemplo: make ARCH=arm CROSS_COMPILE=arm­linux­ modules
  155. Embedded Labworks INSTALANDO OS MÓDULOS ✗ Para instalar os módulos

    nativamente, basta executar o comando abaixo: make modules_install ✗ No caso de um ambiente de compilação cruzada, os módulos devem ser instalados no rootfs do target. ✗ Para isso, devemos passar o parâmetro INSTALL_MOD_PATH no comando de instalação: make ARCH=<arch> INSTALL_MOD_PATH=<dir> modules_install
  156. Embedded Labworks DEPENDÊNCIAS DOS MÓDULOS ✗ Alguns módulos dependem de

    outros módulos, que precisam ser carregados primeiro. ✗ Exemplo: o módulo usb_storage depende do módulo usbcore. ✗ As dependências entre os módulos estão descritas em /lib/modules/<kernel­version>/modules.dep. ✗ Este arquivo é gerado quando você instala os módulos.
  157. Embedded Labworks CARREGANDO UM MÓDULO ✗ O comando insmod carrega

    apenas um módulo. É necessário passar o caminho completo do módulo. insmod <module_path>.ko ✗ O comando modprobe carrega um módulo e todas as suas dependências. Deve-se passar apenas o nome do módulo, sem a extensão .ko e sem seu caminho completo. modprobe <module_name>
  158. Embedded Labworks DESCARREGANDO UM MÓDULO ✗ O comando rmmod descarrega

    apenas um módulo. Possível apenas se o módulo não estiver mais em uso. Deve-se passar apenas o nome do módulo, sem a extensão .ko e sem seu caminho completo. rmmod <module_name> ✗ O comando modprobe descarrega um módulo e todas as suas dependências (que não estão sendo usadas). Deve-se passar apenas o nome do módulo, sem a extensão .ko e sem seu caminho completo. modprobe ­r <module_name>
  159. Embedded Labworks LISTANDO INFORMAÇÕES DOS MÓDULOS ✗ O comando modinfo

    lê informações de um módulo, como sua descrição, parâmetros, licença e dependências. Deve-se passar apenas o nome do módulo, sem a extensão .ko e sem seu caminho completo. modinfo <module_name> ✗ O comando lsmod lista todos os módulos carregados. lsmod
  160. Embedded Labworks PASSANDO PARÂMETROS ✗ Passando um parâmetro via linha

    de comando: modprobe <module> param=value ✗ Passando um parâmetro via arquivo de configuração (/etc/modprobe.conf ou /etc/modprobe.d/): options <module> param=value ✗ Para passar um parâmetro via linha de comandos do kernel: <module>.param=value
  161. Embedded Labworks LOGS DO KERNEL ✗ O kernel mantém um

    log de mensagens na memória em um buffer circular. ✗ Quando um novo módulo é carregado, informações relevantes são enviadas ao log do kernel. ✗ Este log de mensagens pode ser exibido através do comando dmesg (diagnostic message). ✗ Mensagens de log também são exibidas na console.
  162. Embedded Labworks SISTEMAS DE ARQUIVO ✗ Um sistema de arquivo

    é uma representação dos dados dentro de um dispositivo de armazenamento. ✗ Exemplos de sistemas de arquivo: FAT, NTFS, EXT2, EXT3, JFFS2. ✗ Mas por que existem diferentes tipos de sistemas de arquivo? ✗ Performance. ✗ Segurança. ✗ Economia de espaço em disco. ✗ Uso em diferentes tipos de dispositivo de armazenamento.
  163. Embedded Labworks DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO ✗ No Linux, os dispositivos

    de armazenamento são classificados em dois tipos: dispositivos de bloco e memórias flash. ✗ Isso porque, dentro do kernel, eles são manipulados por sub-sistemas diferentes: ✗ Memórias flash trabalham em blocos e para serem escritas precisam ser apagadas antes. Exemplo: flash NAND. ✗ Dispositivos de bloco podem ser lidos ou escritos normalmente sem a necessidade de apagar antes, e ”virtualmente” não possuem limites de escrita. Exemplo: HD. ✗ Por este motivo, vamos estudar estes dois sub-sistemas separadamente.
  164. Embedded Labworks LISTANDO DISPOSITIVOS DE BLOCO ✗ Uma lista com

    todos os dispositivos de bloco disponíveis no sistema pode ser obtido em /proc/partitions: cat /proc/partitions major minor #blocks name 8 0 312571224 sda 8 1 303903744 sda1 8 2 1 sda2 8 5 8665088 sda3
  165. Embedded Labworks SISTEMAS DE ARQUIVO TRADICIONAIS ✗ Existem sistemas de

    arquivo específicos para dispositivos de bloco. ✗ E um dos primeiros foi o tradicional sistema de arquivos ext2, presente no Linux desde praticamente as primeiras versões. ✗ É um sistema de arquivo bem estável, mas com um grande problema: pode deixar o sistema em um estado inconsistente após um crash ou um reboot não esperado, fazendo com que o sistema precise usar ferramentas de verificação de disco no próximo boot (fsck.ext2).
  166. Embedded Labworks SISTEMAS DE ARQUIVO TRADICIONAIS (cont.) ✗ É o

    mesmo caso do vfat, a implementação do sistema de arquivo FAT no Linux. Quem nunca precisou executar um Scandisk depois de um reboot inesperado no DOS ou no Windows!? ✗ O ext2 foi usado durante um bom tempo no Linux (quase 10 anos). Então começaram a aparecer alguns sistemas de arquivo com uma característica especial chamada de journaling.
  167. Embedded Labworks JOURNALING ✗ Um sistema de arquivo com journal

    foi projetado para manter a consistência dos dados mesmo após um crash do sistema ou um reboot inesperado. ✗ Todas as alterações são salvas em um journal (uma espécie de log) antes de serem aplicadas no arquivo. Escreve uma entrada no journal Escreve no arquivo Aplicação Escreve no arquivo User space Kernel space Limpa entrada no journal
  168. Embedded Labworks JOURNALING (cont.) ✗ Devido ao mecanismo de journaling,

    o sistema de arquivo nunca fica em um estado inconsistente (corrompido). ✗ Os últimos dados salvos, no entanto, podem ser perdidos. Reboot Journal vazio? Executa journal Sistema de arquivo OK Sim Descarta entradas incompletas no journal Não
  169. Embedded Labworks SISTEMAS DE ARQUIVO COM JOURNALING ✗ O ext3

    foi o padrão para sistemas de arquivo com journal durante um bom tempo. Ele é basicamente o ext2 com a funcionalidade de journaling. ✗ O ext4 é a nova geração com muitas melhorias, e é o sistema de arquivo padrão das distribuições Linux atuais. ✗ O btrfs (também chamado de ”ButterFS”) é a próxima geração e visa substituir o ext4. Já esta disponível na árvore oficial do kernel, mas ainda em estado experimental. ✗ Existem muitos outros sistemas de arquivo com journaling, incluindo reiserFS, JFS e XFS, que possuem aplicações específicas, como por exemplo trabalhar com arquivos muito pequenos ou com carga de trabalho muito alta.
  170. Embedded Labworks QUAL ESCOLHER? ✗ Na prática, você usará o

    ext4 em dispositivos de bloco. ✗ Para dispositivos de bloco que usam memória flash (cartão SD/MMC, pendrive, etc), você pode querer desabilitar o journaling ou usar o ext2 para limitar a quantidade de escritas geradas pelo journal. Mas isso pode depender das características da sua aplicação e do dispositivo de armazenamento. ✗ Você só usará o vfat e o ntfs se quiser manter interoperabilidade com sistemas Windows. ✗ Sistemas de arquivo como o reiserFS, o JFS e o XFS são usados normalmente em servidores, e tem pouca aplicação em Linux embarcado.
  171. Embedded Labworks SISTEMAS DE ARQUIVO COMPRIMIDOS ✗ Sistemas embarcados possuem

    normalmente poucos recursos de armazenamento. Por este motivo, você pode querer usar um sistema de arquivo que comprima os dados, deixando o tamanho da imagem do sistema de arquivo menor, e ocupando menos espaço no dispositivo de armazenamento. ✗ Um sistema de arquivo comprimido, como o próprio nome diz, armazena os dados de forma comprimida no dispositivo de armazenamento. ✗ Como algoritmos para escrever de forma comprimida são bem mais complicados de implementar sem afetar a performance e a confiabilidade do sistema, boa parte dos sistemas de arquivo comprimidos são de apenas leitura.
  172. Embedded Labworks CRAMFS ✗ O CramFS (Compressed ROM Filesystem) é

    um exemplo de sistema de arquivo comprimido de apenas leitura, desenvolvido especialmente para sistemas embarcados ou dispositivos com baixa capacidade de armazenamento. http://sourceforge.net/projects/cramfs/ ✗ Os dados são comprimidos com a biblioteca zlib, suportando arquivos de até 16M, e com tamanho máximo total da imagem de até 256MB. ✗ Você só vai precisar do CramFS se seu kernel for muito antigo (anterior à versão 2.6.29).
  173. Embedded Labworks SQUASHFS ✗ O SquashFS é uma espécie de

    sucessor do CramFS, visando atingir os mesmos objetivos, mas com melhor compressão, melhor performance de leitura e suporte à arquivos e sistemas maiores. http://squashfs.sourceforge.net ✗ Gera um sistema de arquivo em torno de 3 vezes menor que o ext3. http://elinux.org/Squash_Fs_Comparisons ✗ Muito usado em sistemas embarcados para partições que podem ser apenas de leitura (kernel, binários, etc). ✗ Usado também em distribuições que rodam direto de um pendrive ou CD/DVD (Live CD).
  174. Embedded Labworks SISTEMAS DE ARQUIVO VOLÁTEIS ✗ Quando trabalhamos com

    Linux embarcado, às vezes precisamos criar arquivos temporários, armazenar informações de processos em execução, fazer log, etc. ✗ Fazer isso em um dispositivo de armazenamento pode ser muito custoso, envolve operações de I/O e pode consumir a vida útil do dispositivo no caso de memórias flash. ✗ São nestes casos que usamos sistemas de arquivo voláteis.
  175. Embedded Labworks SISTEMAS DE ARQUIVO VOLÁTEIS (cont.) ✗ Com um

    sistema de arquivo volátil, você consegue manter um diretório do sistema montado em RAM. Ou seja, tudo o que você escrever neste diretório, vai para a memória RAM! ✗ Consequentemente, você irá perder estas informações no boot do equipamento. Mas é a solução perfeita para armazenar dados e arquivos temporários. ✗ O sistema de arquivo volátil padrão no Linux atualmente é o tmpfs.
  176. Embedded Labworks TMPFS ✗ O tmpfs é um sistema de

    arquivo útil para armazenar dados temporários em RAM (arquivos temporários, logs, etc). ✗ Não gasta muita RAM, cresce e diminui automaticamente conforme o uso (configurável durante a montagem). ✗ Como usar: mount ­t tmpfs tmp /tmp ✗ Para mais informações, veja a documentação no kernel: Documentation/filesystems/tmpfs.txt
  177. Embedded Labworks MISTURANDO TUDO ✗ Você pode dividir seu dispositivo

    de bloco em partições: ✗ Uma partição squashfs para o rootfs (kernel, binários, etc). Salva espaço, e por ser apenas leitura, fica protegido de alterações acidentais no sistema de arquivos. ✗ Uma partição ext4 para leitura e escrita de dados do usuário e de configuração. ✗ Dados temporários em RAM com o tmpfs. squashfs rootfs comprimido ext4 dados e configuração tmpfs dados voláteis RAM Dispositivo de Bloco
  178. Embedded Labworks MEMÓRIAS FLASH ✗ Algumas limitações diferem as memórias

    flash de dispositivos de bloco tradicionais como HDs. ✗ As memórias flash só podem ser apagadas em blocos. Estes blocos são chamados de erase blocks, e podem variar de algumas dezenas para algumas centenas de KB. ✗ Quando você apaga um bloco da flash, todos os bits assumem tipicamente o valor 1. Com um bloco apagado, você pode escrever em qualquer posição da flash. ✗ Porém, se você escrever 0 em qualquer um dos bits de qualquer posição da flash, você só consegue fazê-lo voltar para 1 apagando todo o bloco correspondente da flash!
  179. Embedded Labworks MEMÓRIAS FLASH (cont.) ✗ Outra limitação das memórias

    flash é a quantidade de vezes que você pode apagar e escrever nela (program/erase cycles). ✗ Esta limitação, dependendo do modelo e do fabricante da flash, pode variar entre 100.000 e 1.000.000 ciclos. Parece muito, mas basta você deixar sua aplicação fazendo log em memória flash para transformá-la em um peso de papel! ✗ É por este motivo que existe uma funcionalidade chamada wear leveling, que minimiza o problema, e que pode ser implementada por software ou diretamente em chips controladores de flash.
  180. Embedded Labworks MEMÓRIAS FLASH (cont.) ✗ Mesmo assim, depois de

    certo tempo de uso da flash, um ou mais blocos serão inutilizados. ✗ Por este motivo, existe uma técnica chamada de BBM (Bad Block Management). ✗ Quando sai de fábrica, as memórias flash já possuem gravada nelas uma tabela de bad blocks. ✗ Toda camada de software que trabalha com memórias flash deve ser capaz de ler e identificar estes bad blocks para não utilizar regiões inválidas da flash.
  181. Embedded Labworks TIPOS DE MEMÓRIAS FLASH ✗ Além destas características

    especiais, existem basicamente dois tipos de memória flash: ✗ Flash NOR: Acesso aleatório para leitura de dados (byte a byte), velocidade alta para leitura mas lenta para apagar e escrever, baixa densidade, menor durabilidade, alto custo por MB. Usada para armazenar código, substituir ROM. ✗ Flash NAND: Acesso de leitura em blocos, velocidade baixa para leitura mas alta para apagar e escrever, alta densidade, maior durabilidade, baixo custo por MB. Usada para armazenar dados. ✗ É por causa de todas estas características e limitações das memórias flash que existe um sub-sistema específico no kernel chamado de MTD para tratar memórias flash.
  182. Embedded Labworks MTD (MEMORY TECHNOLOGY DEVICES) MTD Chip drivers Interface

    com o sistema de arquivos NOR flash MTD User modules Hardware DiskOnChip flash RAM chips ROM chips NAND flash Block device Virtual memory Virtual devices jffs2 Char device Block device Read-only block device yaffs2 ubifs
  183. Embedded Labworks CAMADAS DO SUB-SISTEMA MTD ✗ A camada de

    baixo (MTD chip drivers) conversa diretamente com o hardware, enquanto que a camada de cima (MTD user modules) implementa os diferentes sistemas de arquivo e mecanismos de acesso à flash. ✗ Cada memória tem o seu MTD chip driver para possibilitar o acesso ao hardware da flash. Mas cada sistema pode usar um ou mais MTD user modules. ✗ Cada um dos MTD user modules irá tratar de forma diferente a flash. É neste contexto que as memórias flash também são chamadas de dispositivos MTD.
  184. Embedded Labworks MTDCHAR ✗ O driver mtdchar implementa o módulo

    "char device" da flash. Ele cria um dispositivo de caractere para cada partição de um dispositivo MTD no sistema, normalmente chamado de /dev/mtdX, onde X é o número da partição. ✗ Com este módulo, você tem acesso sequencial (byte a byte) de toda a flash. ✗ Além disso, ele disponibiliza comandos ioctl() para você poder manipular a flash (ler informações, apagar/gravar na flash, etc). ✗ A principal utilidade deste módulo é no gerenciamento da flash, quando usamos o pacote mtd-utils.
  185. Embedded Labworks MTD-UTILS ✗ O mtd-utils é um conjunto de

    ferramentas para manipular dispositivos MTD: ✗ mtdinfo retorna informações detalhadas do dispositivo. ✗ flash_eraseall apaga todo o dispositivo. ✗ flashcp escreve em memórias flash NOR. ✗ nandwrite escreve um memórias flash NAND. ✗ mkfs.jffs2 e mkfs.ubifs cria os respectivos sistemas de arquivo na flash. ✗ Para mais informações consulte o site do projeto: http://www.linux-mtd.infradead.org/
  186. Embedded Labworks MTDBLOCK ✗ O driver mtdblock implementa o módulo

    "block device" da flash. ✗ Ele cria um dispositivo de bloco para cada partição de um dispositivo MTD no sistema, normalmente nomeado /dev/mtdblockX, onde X é o número da partição. ✗ Este módulo permite acesso de leitura/escrita por bloco, como se fosse um HD mesmo, mas não gerencia bad blocks e também não trabalha com wear leveling em escritas. ✗ Portanto, se você quiser um sistema de arquivo que trabalhe com todas as limitações da flash, incluindo bad blocks e wear leveling, você vai precisar de um sistema de arquivo específico para flash.
  187. Embedded Labworks JFFS2 ✗ É um dos sistemas de arquivo

    para flash mais antigos ainda em utilização. http://www.linux-mtd.infradead.org/doc/jffs2.html ✗ Vantagens: compressão em tempo de execução (economiza espaço), confiabilidade, wear leveling e algoritmo ECC. ✗ Desvantagens: não escala muito bem em memórias flash com capacidades muito grandes. O kernel precisa varrer todo o sistema de arquivo no momento da montagem. ✗ Habilitando no kernel a opção CONFIG_JFFS2_SUMMARY reduz drasticamente este tempo de montagem.
  188. Embedded Labworks YAFFS2 ✗ É um dos sucessores do JFFS2,

    com o objetivo de corrigir os problemas de performance em memórias flash muito grandes. http://www.yaffs.net/ ✗ Vantagens: tempo de boot rápido, confiabilidade, wear leveling e algoritmo ECC. ✗ Desvantagens: suporta apenas memórias flash NAND e não comprime os dados.
  189. Embedded Labworks UBIFS ✗ Evolução do jffs2, dos mesmos desenvolvedores

    do mtd-utils, disponível a partir do kernel 2.6.27. http://www.linux-mtd.infradead.org/doc/ubifs.html ✗ Trabalha com volumes lógicos em cima de dispositivos MTD. ✗ Principal desvantagem é o overhead de metadados, por isso sua utilização é aconselhada apenas em memórias flash maiores (acima de 32M). ✗ Com a capacidade das memórias flash aumentando cada vez mais, tem se tornado o sistema de arquivo padrão para dispositivos MTD.
  190. Embedded Labworks DICAS PARA TRABALHAR COM FLASH ✗ Não use

    a memória flash como região de swap! ✗ Não use a memória flash para armazenamento volátil como logs e arquivos temporários (use tmpfs nestes casos). ✗ Monte o rootfs como apenas leitura, ou use o squashfs, quando possível. ✗ Use a opção de montagem noatime para evitar atualizar o sistema de arquivos toda vez que você acessa um arquivo. ✗ Não use a opção de montagem sync (atualização escreve imediatamente no sistema de arquivo).
  191. Embedded Labworks ESCOLHENDO O SISTEMA DE ARQUIVO Dados Voláteis? Somente

    Leitura? Dispositivo Tem flash? tmpfs squashfs ubifs ou jffs2 ext2 ou ext4 ext4 Sim Sim Sim Não Não Não MTD Bloco
  192. Embedded Labworks O DESAFIO: INTEGRAR TUDO ISSO Hardware Bootloader Linux

    kernel Biblioteca C Biblioteca Biblioteca Aplicação Aplicação Toolchain
  193. Embedded Labworks INTEGRANDO TUDO ✗ O que vimos até aqui

    foi um passo-a-passo de como desenvolver um sistema Linux embarcado do zero. ✗ Na prática, não precisamos desenvolver um sistema Linux manualmente, ja que é uma atividade trabalhosa, demorada e suscetível à erros. ✗ Portanto, temos normalmente duas possíveis soluções para trabalhar no desenvolvimento de sistemas com Linux embarcado: 1. Usar uma distribuição Linux pronta. 2. Usar um sistema de build (build system).
  194. Embedded Labworks DISTRIBUIÇÃO PRONTA ✗ Existem diversas distribuições comerciais prontas

    para Linux embarcado: MontaVista, Timesys Linux, Wind River Linux, etc. ✗ Existem também diversas soluções abertas, incluindo Android, Emdebian, Ubuntu embedded, Tizen, Angstrom, etc. ✗ Vantagens: ✗ Simplicidade de uso. ✗ Facilidade na instalação de novos pacotes. ✗ Framework de desenvolvimento pronto e funcional.
  195. Embedded Labworks DISTRIBUIÇÃO PRONTA (cont.) ✗ Desvantagens: ✗ Falta flexibilidade

    (compatibilidade com plataforma de hardware, mecanismo de inicialização, framework de desenvolvimento, etc). ✗ Pode não estar otimizado para o target, consumindo muitos recursos (CPU, memória) da máquina. ✗ Normalmente o rootfs é grande, ocupa muito espaço no dispositivo de armazenamento. ✗ Tempo de boot normalmente alto. ✗ Difícil de levantar quais pacotes open source são usados. ✗ Requer tempo para customizar e deixar o sistema mais leve.
  196. Embedded Labworks BUILD SYSTEM ✗ O build system permite gerar

    um sistema Linux completo do zero. ✗ Ele automatiza o processo de geração dos diversos componentes do sistema, incluindo o toolchain, o kernel, o bootloader, as bibliotecas e as aplicações. ✗ Normalmente já contém um conjunto grande de pacotes configurados para serem habilitados e utilizados pelo seu sistema. ✗ E facilita o trabalho de adicionar novos pacotes se necessário.
  197. Embedded Labworks BUILD SYSTEM (cont.) ✗ Vantagens: ✗ Flexibilidade. ✗

    O processo de build torna-se reproduzível, facilitando o trabalho de recompilação, correção de problemas e adição de novas funcionalidades. ✗ Desvantagens: ✗ Tempo extra para aprender a usar e configurar a ferramenta para a geração do seu sistema Linux customizado.
  198. Embedded Labworks FERRAMENTAS ✗ Buildroot, desenvolvido pela comunidade: http://www.buildroot.net ✗

    PTXdist, desenvolvido pela empresa Pengutronix: http://www.pengutronix.de/software/ptxdist/index_en.html ✗ LTIB, desenvolvido principalmente pela Freescale: http://www.ltib.org/
  199. Embedded Labworks FERRAMENTAS (cont.) ✗ OpenEmbedded, mais flexível (e também

    mais complexo): http://www.openembedded.org ✗ Yocto, mais novo, baseado no OpenEmbedded: http://www.yoctoproject.org/ ✗ Sistemas comerciais (MontaVista, WindRiver, Timesys).
  200. Embedded Labworks BUILDROOT ✗ Desenvolvido pelos mesmos mantenedores da uClibc.

    ✗ Possibilita gerar o toolchain, o bootloader, o kernel e o rootfs com muitas bibliotecas e aplicações disponíveis. ✗ Mais de 800 aplicações e bibliotecas integradas, de utilitários básicos à bibliotecas mais elaboradas como X.org, Qt, Gtk, Webkit, Gstreamer, etc. ✗ Desde a versão 2009.02 um novo release é liberado a cada 3 meses.
  201. Embedded Labworks YOCTO ✗ Projeto patrocinado pela Linux Foundation que

    provê um conjunto de ferramentas para auxiliar na criação de sistemas Linux para dispositivos embarcados. https://www.yoctoproject.org ✗ O sistema de build usa uma ferramenta chamada bitbake que processa um conjunto de arquivos chamados de receitas (recipes). ✗ O conjunto de receitas habilitadas define a distribuição Linux que será gerada. As receitas podem ser organizadas em camadas (layers), possibilitando um sistema bastante customizável através da reutilização de receitas (herança). ✗ Capaz de gerar SDK de desenvolvimento, sistemas multiplataforma, suporte a gerenciamento de pacotes, etc.
  202. Embedded Labworks QUAL USAR? ✗ Depende, cada sistema de build

    tem suas características! ✗ Buildroot: ✗ Simples de usar. ✗ Ferramenta de configuração mais intuitiva. ✗ Compilação mais rápida. ✗ Ótima solução para projetos pequenos e médios.
  203. Embedded Labworks QUAL USAR? (cont.) ✗ Yocto: ✗ Mais flexível.

    ✗ Suporte à geração de sistemas multiplataforma. ✗ Suporte à gerenciamento de pacotes. ✗ Permite geração de ferramentas de desenvolvimento como SDKs e emuladores. ✗ Ótimo para desenvolvimento de BSPs e outros projetos maiores. ✗ Pelo tempo de compilação menor e pela facilidade de uso, aqui no treinamento utilizaremos o Buildroot. ✗ De qualquer forma, vale a pena conhecer e estudar o Yocto, pois dependendo do projeto ele pode ser a melhor solução.
  204. Embedded Labworks CONFIGURANDO O BUILDROOT ✗ Permite configurar, dentre outras

    opções: ✗ Arquitetura e modelo da CPU. ✗ Toolchain. ✗ Bootloader. ✗ Kernel. ✗ Bibliotecas e aplicações. ✗ Tipos das imagens do rootfs (ext2, jffs2, etc). ✗ Para configurar: make menuconfig
  205. Embedded Labworks COMPILANDO O BUILDROOT ✗ Configuração também fica armazenada

    em um arquivo .config. ✗ Para compilar: make ✗ No final do processo de compilação, as imagens estarão disponíveis no diretório abaixo: ls output/images/ rootfs.ext2 rootfs.jffs2 u­boot.bin uImage
  206. Embedded Labworks BIBLIOTECAS E APLICAÇÕES ✗ Uma das grandes vantagens

    do Linux é a enorme quantidade de bibliotecas e aplicações disponíveis que podem ser usadas livremente no seu projeto. ✗ Estas bibliotecas e aplicações são normalmente disponibilizadas e distribuídas gratuitamente, e graças à sua natureza open-source, podem ser analisadas e modificadas de acordo com seu projeto. ✗ Entretanto, o uso eficiente destes componentes nem sempre é fácil. ✗ Você precisa encontrar e escolher o componente mais apropriado, compilar e integrar ao seu projeto.
  207. Embedded Labworks PROCURANDO COMPONENTES ✗ Pesquisar em sites de busca.

    ✗ Perguntar à comunidade (fóruns, listas de discussão, etc). ✗ Pesquisar outros produtos com Linux embarcado e identificar seus componentes. ✗ Procurar em sites que hospedam projetos de software livre: http://sourceforge.net http://freecode.com http://code.google.com/hosting https://github.com https://bitbucket.org http://codeplex.com http://gitorious.org
  208. Embedded Labworks COMO ESCOLHER? ✗ Licença: a licença pode ser

    um impeditivo para o uso de determinado componente open source no seu produto. ✗ Requisitos técnicos: o componente deve satisfazer os requisitos técnicos do seu projeto. Mas não esqueça também de que você mesmo pode implementar estas melhorias! E depois compartilhar! ✗ Atividade do projeto: o projeto deve ser ativo, releases frequentes, fórum movimentado. É importante ter a garantia de manutenção e suporte. ✗ Qualidade do software: analise a qualidade do código. Seu uso em diversos sistemas e uma comunidade ativa em geral significam uma qualidade relativamente boa.
  209. Embedded Labworks LINGUAGENS DE SCRIPT ✗ Interpretadores das mais comuns

    linguagens estão disponíveis: ✗ Shell script ✗ Python ✗ Perl ✗ Lua ✗ Ruby ✗ TCL ✗ PHP
  210. Embedded Labworks EDITORES DE TEXTO ✗ vi: editor de texto

    em Linux embarcado mais usado. ✗ nano: ótimo editor para os iniciantes. ✗ uemacs: um emacs de tamanho reduzido.
  211. Embedded Labworks FERRAMENTAS DE REDE ✗ dropbear: implementação de um

    cliente e servidor SSH. Bom para ter acesso remoto seguro e transferir arquivos. ✗ dnsmasq: servidor DNS e DHCP. ✗ iptables: ferramentas userspace para gerenciar o firewall. ✗ netsnmp: implementação do protocolo SNMP. ✗ openssl: biblioteca para conexões SLL e TLS. ✗ vsftpd: servidor SFTP.
  212. Embedded Labworks SERVIDORES WEB ✗ Busybox http server: servidor HTTP

    do Busybox, com suporte à CGI e autenticação, ocupando apenas 9K de tamanho. Não suporta SSL. ✗ Boa: servidor HTTP simples e rápido. Trabalha com apenas uma thread de execução, multiplexando o processamento de conexões simultâneas. Sem suporte à controle de acesso e SSL. ✗ thttpd: servidor HTTP simples, rápido e portável, com suporte à CGI e autenticação. Sem suporte nativo à SSL. ✗ lighttpd: servidor HTTP mais completo, ótimo para gerenciar altas cargas, rápido e seguro, com suporte à controle de acesso, CGI e SSL. ✗ Outras opções estão surgindo como o Monkey HTTP e o Nginx.
  213. Embedded Labworks MULTIMEDIA ✗ Gstreamer: framework multimídia, permite codificar e

    decodificar diversos containers e formatos multimídia. Suporta codecs de hardware através de plugins. ✗ FFmpeg: ferramenta completa para gravar, converter e tocar mídias. Implementa a libavcodec, uma das mais usadas e famosas bibliotecas de áudio e vídeo da atualidade. ✗ Mplayer: player multimídia (usa a libavcodec). ✗ Alsalib: biblioteca associada com o sistema de som no Linux. ✗ Outras bibliotecas e codecs como flac, libogg, libtheora, libvorbis, libmad, libsndfile, speex, etc.
  214. Embedded Labworks BANCO DE DADOS ✗ SQLite: uma pequena biblioteca

    em C que implementa um gerenciador de banco de dados leve que pode ser embarcado no seu projeto. ✗ É ”a escolha” de banco de dados em Linux embarcado. ✗ Pode ser usado como uma biblioteca normal. ✗ Pode ser até compilada estaticamente com uma aplicação proprietária, já que o SQLite é liberado sob domínio público.
  215. Embedded Labworks OUTRAS BIBLIOTECAS ✗ Bibliotecas de compressão/descompressão. ✗ Bibliotecas

    de criptografia. ✗ Bibliotecas de manipulação do hardware. ✗ Bibliotecas de rede. ✗ Bibliotecas para manipular arquivos XML. ✗ Bibliotecas gráficas (veremos em detalhes mais adiante). ✗ Etc!
  216. Embedded Labworks LICENÇAS ✗ Todo software sob a licença de

    software livre dá à todos os usuários 4 liberdades básicas: ✗ Liberdade de usar. ✗ Liberdade de estudar. ✗ Liberdade de copiar. ✗ Liberdade de modificar e distribuir cópias modificadas. ✗ Veja o link abaixo para uma definição completa de software livre: http://www.gnu.org/philosophy/free-sw.html
  217. Embedded Labworks LICENÇAS (cont.) ✗ Licenças de software livre possuem

    basicamente duas categorias: ✗ Licenças copyleft. ✗ Licenças non-copyleft. ✗ Quando você modifica e distribui um software sob licença copyleft, você precisa liberá-lo sob a mesma licença original. ✗ Mesma liberdade à novos usuários. ✗ Incentivo para você contribuir de volta à comunidade. ✗ Licenças non-copyleft não tem estes requisitos, e versões modificadas podem ser mantidas proprietárias, sendo necessário apenas manter a atribuição de autoria do projeto ao autor original.
  218. Embedded Labworks GPL ✗ GNU General Public Licence. ✗ Cobre

    mais da metade dos projetos de software livre, incluindo o U-Boot, o Linux, o Busybox e muitas aplicações. ✗ É uma licença copyleft: ✗ Trabalhos derivados precisam ser liberados sob a mesma licença. ✗ Programas linkados com uma biblioteca GPL também são considerados um trabalho derivado, e precisam ser liberados sob a mesma licença.
  219. Embedded Labworks GPL (cont.) ✗ Boa parte dos programas é

    coberta pela GPLv2. ✗ Alguns programas estão migrando para a GPLv3. ✗ Principal diferença: o usuário deve ser capaz de rodar versões modificadas do programa no dispositivo.
  220. Embedded Labworks LGPL ✗ GNU Lesser General Public Licence. ✗

    Cobre ~10% dos projetos de software livre. ✗ É uma licença copyleft: ✗ Trabalhos derivados precisam ser liberados sob a mesma licença. ✗ Programas linkados dinamicamente com uma biblioteca LGPL não são considerados um trabalho derivado, e podem ser mantidos proprietários. ✗ Licença usada nas maioria das bibliotecas.
  221. Embedded Labworks LICENÇAS NON-COPYLEFT ✗ Versões modificadas de um software

    sob licença non-copyleft podem ser mantidas proprietárias, desde que seja mantida a autoria da versão original. ✗ Existe uma grande família de licenças non-copyleft relativamente similares em suas características, dentre elas: ✗ Apache Licence ✗ BSD Licence ✗ MIT Licence ✗ X11 Licence ✗ Artistic Licence
  222. Embedded Labworks LICENÇAS (EXEMPLOS) ✗ Você modificou o Linux, o

    Busybox, o U-Boot ou outro software GPL: ✗ Você precisa liberar o software com as modificações realizadas sob a mesma licença, e estar pronto para distribuir o código-fonte para seus clientes. ✗ Você modificou uma biblioteca qualquer sob a licença LGPL: ✗ Você precisa liberar as versões modificadas sob a mesma licença.
  223. Embedded Labworks LICENÇAS (EXEMPLOS) ✗ Você criou uma aplicação que

    utiliza uma biblioteca LGPL: ✗ Você pode manter sua aplicação proprietária desde que a linkagem com a biblioteca seja dinâmica. ✗ Você fez modificações em um software non-copyleft: ✗ Você pode manter suas modificações proprietárias, mas precisa manter o crédito aos autores.
  224. Embedded Labworks APLICANDO LICENÇAS ✗ Não existe uma regra única

    para aplicar licenças em software open source, já que cada licença possui sua própria “receita de bolo”. De qualquer forma, um projeto open source possui normalmente: ✗ Uma indicação da licença utilizada e uma cópia completa desta licença no site do projeto. ✗ Uma cópia completa da licença utilizada no diretório principal dos fontes do projeto. Normalmente este arquivo é nomeado como LICENCE, LICENCE.TXT, COPYRIGHT ou COPYING. ✗ Um descritivo da licença utilizada no cabeçalho de cada arquivo- fonte do projeto. O conteúdo deste descritivo depende da licença utilizada.
  225. Embedded Labworks MECANISMOS DE COMPILAÇÃO ✗ Todo software possui um

    sistema de build ou mecanismo de compilação. ✗ Dentre os projetos de software livre, podemos destacar os seguintes mecanismos de compilação: ✗ Makefile simples: é necessário ler e entender o que alterar para cross-compilar o componente. ✗ Autotools: um dos mais utilizados, iremos estudar em mais detalhes. ✗ Cmake: Mais novo e mais simples que o autotools, usado em projetos grandes como o KDE. ✗ Qmake: Criado pela Trolltech para ser usado no Qt.
  226. Embedded Labworks MAKE ✗ O make é uma ferramenta bastante

    usada para compilar programas e bibliotecas. http://www.gnu.org/software/make/ ✗ Ele interpreta arquivos Makefile, que contém os comandos a serem executados durante o processo de compilação. ✗ Para compilar um programa ou biblioteca baseado em makefiles, basta digitar o comando abaixo (considerando-se que você tenha um arquivo Makefile no diretório corrente): $ make
  227. Embedded Labworks AUTOTOOLS ✗ Autotools é o nome dado ao

    sistema de build do projeto GNU, que contém um conjunto de ferramentas para auxiliar na compilação de uma aplicação ou biblioteca. ✗ Ele tem basicamente os seguintes objetivos: ✗ Ser um sistema de build universal e multiplataforma. ✗ Analisar e verificar se a plataforma possui os requisitos necessários para compilar o pacote (biblioteca ou aplicação). ✗ Configurar a aplicação, habilitando ou desabilitando funcionalidades antes da compilação.
  228. Embedded Labworks AUTOTOOLS (cont.) ✗ O Autotools é composto pelas

    seguintes ferramentas: ✗ Autoconf: ferramenta responsável por gerar os scripts de configuração. ✗ Automake: ferramenta responsável por gerar os makefiles. ✗ Libtool: ferramenta responsável por compilar e criar de forma portável as bibliotecas da aplicação. ✗ Para compilar um software baseado em autotools, normalmente usamos os comandos abaixo: $ ./configure $ make $ make install
  229. Embedded Labworks CROSS-COMPILANDO COM AUTOTOOLS ✗ Para cross-compilar um software

    baseado em autotools, você precisará prestar atenção em alguns detalhes adicionais. ✗ No comando de configuração, você precisa passar o prefixo do toolchain na opção ­­host. ✗ Nos casos em que o software a ser compilado não suportar a opção ­­host, você precisa passar informações sobre o toolchain em variáveis de ambiente como CC, CFLAGS e LDFLAGS. ✗ No comando de instalação, você precisa indicar onde irá instalar o software usando a variável DESTDIR, que deve estar apontando para o diretório onde se encontra o rootfs do seu sistema.
  230. Embedded Labworks AUTOTOOLS (EXEMPLO) # configurando o toolchain export PATH=/usr/local/arm­linux/bin:$PATH

    # configurando a aplicação ./configure ­­host=arm­linux # compilando make # instalando make DESTDIR=/home/<user>/work/rootfs install
  231. Embedded Labworks INTEGRANDO COMPONENTES ✗ Na integração de componentes open

    source com seu projeto, às vezes é necessário realizar algumas modificações para fazê-lo funcionar, otimizar o uso de espaço em disco, corrigir algum bug, etc. ✗ Precisamos saber documentar as alterações realizadas em pacotes open- source, porque quando atualizarmos este pacote para uma nova versão, será necessário aplicar as alterações realizadas no pacote original. ✗ Precisamos de um mecanismo para distribuir estas alterações, e também para contribuir de volta com a comunidade. ✗ Como a comunidade de software livre é muito grande, precisamos de uma linguagem comum.
  232. Embedded Labworks PATCHES ✗ Como então documentar as alterações realizadas

    em projetos open-source? Através de patches! ✗ Um patch descreve basicamente as diferenças entre um ou mais arquivos de determinado diretório ou projeto. ✗ Um patch pode ser gerado automaticamente por uma ferramenta de controle de versão (svn, git, mercurial), ou pode ser gerado manualmente através da ferramenta diff: $ diff ­rau prj­orig prj­alt > prj.patch
  233. Embedded Labworks EXEMPLO DE PATCH diff ­rau netcat/src/netcat.c netcat2/src/netcat.c ­­­

    netcat/src/netcat.c 2011­10­01 12:03:55.000000000 +++ netcat2/src/netcat.c 2012­03­12 12:06:01.830816531 @@ ­445,7 +445,7 @@ exit(EXIT_FAILURE); } ­ debug_dv("Arguments parsing complete! Total"); + printf("Linha adicionada\n"); #if 0 /* pure debugging code */ c = 0;
  234. Embedded Labworks APLICANDO PATCHES ✗ Com o arquivo de patch

    temos documentado as alterações realizadas no projeto original. ✗ Para aplicar o patch, basta entrar no diretório do projeto original e executar a ferramenta patch: $ cd prj­orig/ $ patch ­p1 < ../prj.patch
  235. Embedded Labworks CAMADA FRAMEBUFFER Controladora VGA Controladora LCD Framebuffer driver

    Framebuffer driver Framebuffer core /dev/fbX Aplicação Biblioteca (SDL, DirectFB) Servidor Gráfico (X server) Toolkit Gráfico (Qt) Toolkit Gráfico (Qt, Gtk) Aplicação Acesso direto à memória /dev/mem Hardware Kernel User Aplicação Aplicação
  236. Embedded Labworks CAMADA INPUT Hardware Kernel User Teclado ou mouse

    PS2 Teclado ou Mouse USB Controladora Touchscreen Acelerômetro Joystick Input event driver (/dev/input/eventX) Input core Aplicação Toolkit gráfico Biblioteca gráfica Servidor gráfico Serio USB HID SPI I2C GPIO Input driver Input driver Input driver Input driver Input driver
  237. Embedded Labworks SDL ✗ SDL (Simple Directmedia Layer) é uma

    biblioteca multimídia para acesso de baixo nível em dispositivos de entrada (teclado, mouse, joystick, etc) e saída (vídeo, áudio, etc). http://www.libsdl.org ✗ Suporta aceleração de hardware 3D via OpenGL e acesso ao framebuffer para gráficos 2D. ✗ Usada basicamente para desenvolvimento de aplicações que desejam acessar diretamente o hardware. Exemplos: jogos, mídia players, etc.
  238. Embedded Labworks DIRECTFB ✗ Biblioteca de baixo nível para trabalhar

    com interface gráfica. http://www.directfb.org ✗ Pode ser utilizada para desenvolvimento de UI em aplicações simples, ou como uma camada de baixo nível para bibliotecas gráficas de mais alto nível. ✗ Manipula eventos de entrada como mouse, teclado, joystick, etc. ✗ Capacidade de trabalhar com aceleradores gráficos em diferentes hardwares.
  239. Embedded Labworks X.ORG KDRIVE ✗ Kdrive (antes Tiny-X) é a

    implementação do servidor X para sistemas embarcados. http://www.x.org ✗ Também trabalha diretamente sobre o framebuffer. ✗ Suporte total ao protocolo X11, e permite o uso de qualquer aplicação ou biblioteca baseada no X11. ✗ O uso é feito normalmente com um Toolkit rodando por cima (Qt, Gtk, EFL, WxEmbedded, etc).
  240. Embedded Labworks GTK ✗ Famoso toolkit usado no Gnome, disponibilizando

    uma API baseada em widgets para o desenvolvimento de aplicações gráficas. http://www.gtk.org ✗ Pode usar o servidor X ou o DirectFB como backend gráfico. ✗ Não inclui um sistema de janelas. ✗ Em desktop é comum o Gnome como sistema de janelas. Em sistemas embarcados, uma possibilidade é o Matchbox.
  241. Embedded Labworks Qt ✗ Famoso toolkit usado no KDE, também

    disponibilizando uma API baseada em widgets para o desenvolvimento de aplicações gráficas. http://qt-project.org/ ✗ Já inclui um sistema de janelas, e fornece um framework completo de desenvolvimento para trabalhar com estrutura de dados, thread, networking, banco de dados, etc. ✗ Implementação em C++. ✗ Trabalha direto no framebuffer ou em cima do X11 ou DirectFB.
  242. Embedded Labworks GDB ✗ O GDB (GNU Debugger) é o

    debugger padrão do projeto GNU, disponível para diversas arquiteturas. http://www.gnu.org/software/gdb/ ✗ Interface via console, mas com frontends disponíveis (Eclipse, DDD, GDB/Insight, Kdbg, etc). ✗ Pode ser usado para diversas tarefas, incluindo controlar a execução de um programa, colocar breakpoints, mudar o estado de variáveis ou fazer um dump da memória.
  243. Embedded Labworks DEBUG REMOTO ✗ Problema 1: os fontes estão

    na máquina de desenvolvimento e o binário está rodando na máquina alvo. ✗ Problema 2: A máquina-alvo não tem recursos para instalar o gdb completo e aplicações com símbolos de debugging. ✗ A solução: gdb client na máquina de desenvolvimento e gdb server na máquina alvo.
  244. Embedded Labworks ARQUITETURA GDB Host Target Conexão Serial ou Ethernet

    ARCH­linux­gdb gdbserver Binários e bibliotecas com símbolos de debugging Binários e bibliotecas sem símbolos de debugging
  245. Embedded Labworks DESENVOLVENDO APLICAÇÕES ✗ Um sistema Linux embarcado é

    um sistema Linux normal, apenas com um conjunto menor e mais enxuto de componentes. ✗ Em termos de desenvolvimento de aplicações, é o mesmo processo comparado ao desenvolvimento para desktop, o que inclusive facilita os testes. ✗ Você pode reusar aplicações e bibliotecas sem nenhuma adaptação na maioria das vezes. ✗ Mas sempre leve em conta a limitação de recursos do seu equipamento (capacidade de processamento, memória e armazenamento).
  246. Embedded Labworks LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO ✗ A linguagem padrão para

    desenvolvimento de aplicações no nível do sistema é a linguagem C. A biblioteca C padrão esta sempre presente em sistemas Linux. ✗ C++ pode ser usada para o desenvolvimento de aplicações que requerem um nível maior de abstração. ✗ Java também é uma possibilidade, mas leve em consideração o consumo de recursos do dispositivo. ✗ Linguagens de script são muito úteis em determinadas tarefas, e podem ajudar a diminuir o tempo de desenvolvimento, mas leve em consideração questões como consumo de recursos e segurança.
  247. Embedded Labworks AMBIENTES DE DESENVOLVIMENTO ✗ Eclipse: Uma IDE completa

    baseada em plugins, ideal para desenvolver outras IDEs. Roda em cima de uma JVM. Diversas empresas de sistemas embarcados tem usado a plataforma Eclipse para desenvolver IDEs para seus produtos. Ex: MontaVista DevRocket, TimeSys TimeStorm, Windriver Workbench, TI Code Composer, Freescale Codewarrior, etc. ✗ Kdevelop: uma IDE completa. Roda nativamente. Suporta diversas linguagens incluindo C, C++ e Java. ✗ Outras opções: Anjuta, Netbeans, vim, emacs, etc.
  248. Embedded Labworks CONTROLE DE VERSÃO ✗ CVS: Foi bastante popular,

    mas hoje não é mais usado em novos projetos. ✗ Subversion: Também chamado de SVN, criado como substituto do CVS, removendo diversas limitações e com melhor performance. ✗ Git: Sistema de controle de versão distribuído, permite ter cópias locais e remotas. Desenvolvido por uma equipe comandada por Linus e hoje é o padrão para novos projetos open source. ✗ Mercurial: Trabalha da mesma forma que o Git, e é uma opção para sistemas de controle de versão distribuídos.
  249. Embedded Labworks VALGRIND ✗ O Valgring é um framework de

    instrumentação para se criar ferramentas de análise dinâmica de aplicações. http://valgrind.org/ ✗ Atualmente, o Valgrind fornece ferramentas de análise de memória e profiling de aplicações. ✗ Um dos principais usos do Valgring é na análise de alocação dinâmica de memória e detecção de memory leak nas aplicações.
  250. Embedded Labworks APLICAÇÃO COM BUG int txData(char *data) { unsigned

    char *ptr = NULL, *buf = NULL; int size = strlen(data); if ((ptr = buf = (unsigned char*)malloc(size + 3)) == NULL) return(­1); *ptr++ = STX; strncpy(ptr, data, size); ptr += size; *ptr++ = ETX; if (txSerial(buf, size + 3) == ­1) return(­2); free(buf); return 0; }
  251. Embedded Labworks TESTANDO COM VALGRIND $ valgrind ./leak ==3811== Memcheck,

    a memory error detector ==3811== Copyright (C) 2002­2009, and GNU GPL, by Julian Seward et al. ==3811== Using Valgrind­3.6.0.SVN­Debian and LibVEX; rerun with ­h for copyright info ==3811== Command: ./leak ==3811== Erro ao enviar mensagem! ==3811== ==3811== HEAP SUMMARY: ==3811== in use at exit: 13 bytes in 1 blocks ==3811== total heap usage: 1 allocs, 0 frees, 13 bytes allocated ==3811== ==3811== LEAK SUMMARY: ==3811== definitely lost: 13 bytes in 1 blocks ==3811== indirectly lost: 0 bytes in 0 blocks ==3811== possibly lost: 0 bytes in 0 blocks ==3811== still reachable: 0 bytes in 0 blocks ==3811== suppressed: 0 bytes in 0 blocks ==3811== Rerun with ­­leak­check=full to see details of leaked memory ==3811== ==3811== For counts of detected and suppressed errors, rerun with: ­v ==3811== ERROR SUMMARY: 0 errors from 0 contexts (suppressed: 13 from 8)
  252. Embedded Labworks STRACE ✗ O strace (system calls tracer) permite

    capturar todas as chamadas de sistema realizadas pela sua aplicação. http://sourceforge.net/projects/strace/ ✗ Bastante útil para debugar uma aplicação que fecha sem exibir nenhuma mensagem de erro, ou então para fazer engenharia reversa em uma aplicação a qual você tenha somente o binário. ✗ Disponível em sistemas GNU/Linux, e pode ser compilada para sua plataforma alvo.
  253. Embedded Labworks EXEMPLO STRACE $ strace cat Makefile execve("/bin/cat", ["cat",

    "Makefile"], [/* 38 vars */]) = 0 brk(0) = 0x98b4000 access("/etc/ld.so.nohwcap", F_OK) = ­1 ENOENT (No such file or directory) mmap2(NULL, 8192, PROT_READ|PROT_WRITE, MAP_PRIVATE|MAP_ANONYMOUS, ­1, 0) = access("/etc/ld.so.preload", R_OK) = ­1 ENOENT (No such file or directory) open("/etc/ld.so.cache", O_RDONLY) = 3 fstat64(3, {st_mode=S_IFREG|0644, st_size=111585, ...}) = 0 mmap2(NULL, 111585, PROT_READ, MAP_PRIVATE, 3, 0) = 0xb7f69000 close(3) = 0 access("/etc/ld.so.nohwcap", F_OK) = ­1 ENOENT (No such file or directory) open("/lib/tls/i686/cmov/libc.so.6", O_RDONLY) = 3 fstat64(3, {st_mode=S_IFREG|0755, st_size=1442180, ...}) = 0 mprotect(0xb7f62000, 4096, PROT_NONE) = 0 mmap2(0xb7f63000, 12288, PROT_READ|PROT_WRITE, MAP_PRIVATE|MAP_FIXED| MAP_DENYWRITE, 3, 0x15c) = 0xb7f63000 mmap2(0xb7f66000, 9840, PROT_READ|PROT_WRITE, MAP_PRIVATE|MAP_FIXED| MAP_ANONYMOUS, ­1, 0) = 0xb7f66000 close(3) = 0 ...
  254. Embedded Labworks LTRACE ✗ O ltrace (library calls tracer) permite

    capturar todas as chamadas de bibliotecas realizadas e sinais recebidos pela sua aplicação. http://freshmeat.net/projects/ltrace/ ✗ Complementa o uso do strace, que não exibe as chamadas de biblioteca.
  255. Embedded Labworks EXEMPLO LTRACE $ ltrace nedit index.html sscanf(0x8274af1, 0x8132618,

    0x8248640, 0xbfaadfe8, 0) = 1 sprintf("const 0", "const %d", 0) = 7 strcmp("startScan", "const 0") = 1 strcmp("ScanDistance", "const 0") = ­1 strcmp("const 200", "const 0") = 1 strcmp("$list_dialog_button", "const 0") = ­1 strcmp("$shell_cmd_status", "const 0") = ­1 strcmp("$read_status", "const 0") = ­1 strcmp("$search_end", "const 0") = ­1 strcmp("$string_dialog_button", "const 0") = ­1 strcmp("$rangeset_list", "const 0") = ­1 strcmp("$calltip_ID", "const 0") = ­1 ...
  256. Embedded Labworks SUMÁRIO LTRACE $ ltrace ­c cat /etc/resolv.conf %

    time seconds usecs/call calls function ­­­­­­ ­­­­­­­­­­­ ­­­­­­­­­­­ ­­­­­­­­­ ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 22.10 0.000795 795 1 setlocale 8.51 0.000306 153 2 read 7.81 0.000281 281 1 write 7.65 0.000275 137 2 __fxstat 6.84 0.000246 61 4 __freading 6.31 0.000227 113 2 fclose 4.39 0.000158 158 1 open 4.06 0.000146 146 1 close 3.92 0.000141 141 1 posix_fadvise 3.59 0.000129 64 2 fileno 3.56 0.000128 64 2 __fpending ... ­­­­­­ ­­­­­­­­­­­ ­­­­­­­­­­­ ­­­­­­­­­ ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 100.00 0.003597 29 total
  257. Embedded Labworks RECURSOS ONLINE ✗ Site do kernel Linux: http://www.kernel.org

    ✗ Linux kernel mailing list: http://www.tux.org/lkml ✗ Acompanhar as mudanças nas novas versões do kernel: http://wiki.kernelnewbies.org/LinuxChanges ✗ Notícias e novidades sobre o desenvolvimento do kernel: http://lwn.net
  258. Embedded Labworks RECURSOS ONLINE (cont.) ✗ Linux Foundation (notícias, blog

    e vídeos): http://linuxfoundation.org ✗ Free electrons (documentos e vídeos): http://free-electrons.com ✗ Revista eletrônica sobre Linux: http://www.linuxjournal.com/ ✗ Notícias sobre Linux e software livre (brasileiro): http://br-linux.org
  259. Embedded Labworks RECURSOS ONLINE (cont.) ✗ Portal Embarcados: http://embarcados.com.br ✗

    Grupo sis_embarcados: https://groups.google.com/group/sis_embarcados ✗ Blog do Sergio Prado: http://sergioprado.org
  260. Embedded Labworks LIVROS DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE The art of UNIX

    Programming Eric S. Raymond The Linux programming interface Michael Kerrisk
  261. Embedded Labworks LIVROS LINUX EMBARCADO Building Embedded Linux Systems Karim

    Yaghmour & others Embedded Linux Primer Christopher Hallinan
  262. Embedded Labworks LIVROS LINUX DEVICE DRIVERS Linux Device Drivers Jonathan

    Corbet & others Essential Linux Device Drivers Sreekrishnan Venkateswaran
  263. Embedded Labworks Por Sergio Prado. São Paulo, Novembro de 2012

    ® Copyright Embedded Labworks 2004-2013. All rights reserved. OBRIGADO! E-mail [email protected] Website http://e-labworks.com