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A Banalidade do Mal
 e a regulação de novos com...

A Banalidade do Mal
 e a regulação de novos comportamentos tecnológicos

Slides da palestra apresentada no Caipyra 2019

São Carlos, SP, 2019

Eduardo Cuducos

June 09, 2019
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Transcript

  1. “Automações podem ser positivas… O que nós enfrentamos com cada

    vez mais vigor são comportamentos automatizados que prejudicam a experiência e a conversa pública no Twitter.” (Seminário Internacional “Fake News e Eleições”, organizado em 2019 pelo TSE)
  2. “Trabalhamos para detectar proativamente contas e comportamentos abusivos e investimos

    em ferramentas que identificam e agem auto- maticamente em contas que disseminam spam ou atuam de forma coordenada.” (Seminário Internacional “Fake News e Eleições”, organizado em 2019 pelo TSE)
  3. Alto custo para investigações oficiais Quase 1000 reembolsos reportados em

    fase de teste 10% de resposta 5% de respostas “boas”
  4. “Hoje nos identificamos e desafiamos 3x mais contas suspeitas de

    serem automações mal- intencionadas do que em setembro de 2017.” (Seminário Internacional “Fake News e Eleições”, organizado em 2019 pelo TSE)
  5. Ao nosso lado temos decisões históricas como a da corte

    americana que proibiu o presidente deles de bloquear pessoas nas redes sociais, já que a conta dele representa o cargo de pessoa pública, e não a pessoa privada.
  6. Aqui no Brasil, no Código de Ética e Decoro Parlamentar

    da Câmara dos Deputados, não há qualquer menção à necessidade de alguém exigir o consentimento do parlamentar para apresentar representações contra eles, que dirá menções nas redes sociais.
  7. No caso da Câmara dos Deputados, qualquer cidadão tem direito

    de apresentar demandas por qualquer meio (art. 10, caput da Lei Federal 12.527/2011; art. 6º, II e art. 10, §4º da Lei Federal 13.460/2017; entre outros).
  8. Destaca-se que a conceituação de regulação se faz por referência

    a tantos outros conceitos: o conceito de homeostase (biologia), de controle (mecânica), a ideia de poder e dominação (ciências políticas), autorregulação (economia).
  9. Observa-se que a partir de Leibniz a noção de regulação

    é expressa como conservação de constantes iniciais. Esse conceito é aplicado na fisiologia, na economia e na política, a partir dos princípios de conservação leibnizianos, ou seja, a regulação é inicialmente concebida nessas áreas do conhecimento como função de conservação e restituição de sistemas fechados.
  10. “A corte não o entendia: ele nunca tinha nutrido ódio

    aos judeus, e nunca desejou a morte de seres humanos. Sua culpa provinha de sua obediência, e a obediência é louvada como virtude. Sua virtude tinha sido abusada pelos líderes nazistas. Mas ele não era membro do grupo dominante, ele era uma vítima, e só os líderes mereciam punição.”
  11. “O problema com Eichmann era exatamente que muitos eram como

    ele, e muitos não eram nem pervertidos, nem sádicos, mas eram e ainda são terrível e assustadoramente normais.”
  12. “Do ponto de vista de nossas instituições e de nossos

    padrões morais de julgamento, essa normalidade era muito mais apavorante do que todas as atrocidades juntas, pois implicava que esse era um tipo novo de criminoso que tornam praticamente impossível para ele saber ou sentir que está agindo de modo errado.”
  13. “A não ser pos sua extraordinária aplicação em obter progressos

    pessoais, ele não tinha nenhuma motivação. E esse aplicação em si não era de forma alguma criminosa; ele certamente nunca teria matado seu superior para ficar com seu posto. Para falarmos em termos coloquiais, ele simplesmente nunca percebeu o que estava fazendo”
  14. “Ele não era burro. Foi pura irreflexão — algo de

    maneira alguma idêntico à burrice — que o predispôs a se tornar um dos grandes criminosos deste época. E se isso é ‘banal’ e até engraçado, se nem com a maior boa vontade do mundo se pode extrair qualquer profundidade diabólica ou demoníaca de Eichmann, isso está longe de se chamar lugar-comum.”
  15. “Essa distância da realidade e esse desapego podem gerar mais

    devastação do que todos os mas instintos juntos — talvez inerentes ao homem; essa é, de fato, a lição que se pode aprender com o julgamento de Jerusalém. Mas foi uma lição, não uma explicação do fenômeno, nem uma teoria sobre ele.”
  16. “Hoje nos identificamos e desafiamos 3x mais contas suspeitas de

    serem automações mal- intencionadas do que em setembro de 2017.” (Seminário Internacional “Fake News e Eleições”, organizado em 2019 pelo TSE)
  17. “Hoje nos identificamos e desafiamos 3x mais contas suspeitas de

    serem automações mal- intencionadas do que em setembro de 2017.” (Seminário Internacional “Fake News e Eleições”, organizado em 2019 pelo TSE)