UFABC. Sua dissertação foi sobre “Redes Sociais na Internet e Economia Étnica: um estudo sobre o Afroempreendedorismo no Brasil", no doutorado desenvolve pesquisa sobre "Tecnologias e a luta antirracista: uma cartografia das controvérsias entre Brasil, Estados Unidos e África do Sul". É pesquisadora membra do NEAB-UFABC (Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros), do grupo de pesquisa Desigualdades Sociais no Brasil e do Grupo PARES (Pesquisa em Análise de Redes Sociais). Tem 11 anos de experiência no mercado, sobretudo em comunicação digital. Atualmente é Analista de Métricas Digitais no terceiro setor. @tais_so taisoliveira.me
Taís Oliveira | Julho, 2020 MARTINUZZO & REZENDE, 2015 “A técnica não salva nem condena ninguém, simplesmente dá meios para o homem ser – ser o que inventa e reinventa cotidianamente com os meios de que dispõe.” (p.14) “As relações tornaram-se ainda mais mediadas [...] inserindo o afeto e a emoção na circulação dos conteúdos.” (p. 1,2) A pesquisa pretende verificar aspectos sobre a possível influência das redes sociais no regime de pensamento atual. • Nem sempre a convivência é pacífica; • As mulheres romperam mais amizades em razão das divergências; • A convivência é mais complexas entre pessoas com grau de escolaridade maior. "Toda e qualquer tecnologia só se realiza no uso social, o qual está condicionado pelo homem e suas ideias, no cotidiano nada simples, para não dizer supercomplexo, que serve de território à história." (p.10)
Taís Oliveira | Julho, 2020 “Em linhas gerais, a análise da questão da convivência entre divergentes no Facebook mostra que circulam opiniões contrárias numa mesma rede, mas que, mesmo num ambiente potencialmente democrático, aberto e capaz de dar lugar ao contraditório, os radicalismos, as intolerâncias e as exclusões por conta da opinião existem.” (p. 7) MARTINUZZO & REZENDE, 2015
Taís Oliveira | Julho, 2020 TRINDADE, 2020 Análise de frequência de ‘discurso de ódio’ em artigos de publicações selecionadas. Há uma ‘nova ordem mundial’ a partir de 2012, onde discurso de ódio tornou-se parte do cenário digital global. No Brasil se destaca o discurso de ódio de cunho racista contra pessoas negras. Um suposto "colour-blind"; ambientes virtuais e off-line não são dissociados; mecanismos de buscas reforçam as desigualdades; racismo algorítmico (DANIELS, 2009; NOBLE, 2018; SILVA, 2020). "Quando mulheres negras ascendem socialmente e passam a ocupar ‘espaços de privilégio’, suas conquistas são ridicularizadas e desqualificadas." (p. 31) "As desigualdades sociais e raciais se perpetuam no Brasil e, por sua vez, as plataformas de redes sociais representam a arena contemporânea para a construção, disseminação e reforço de tais valores distorcidos, ou uma espécie de ‘pelourinho moderno’." (p.35)
Taís Oliveira | Julho, 2020 "Corre-se o risco de a sociedade perder a capacidade de se indignar perante desigualdades raciais, já que os discursos de cunho racistas se tornam amplamente difundidos, naturalizados e reforçados." (p.36) TRINDADE, 2020
Taís Oliveira | Julho, 2020 ONU lança plano de ação contra discurso de ódio (link) “Em todo o mundo, estamos vendo uma onda perturbadora de xenofobia, racismo e intolerância [...]. As mídias sociais e outras formas de comunicação estão sendo exploradas como plataformas para o fanatismo. Os movimentos neonazistas e de supremacia branca estão em marcha. O discurso público está sendo armados para ganho político com retórica incendiária que estigmatiza e desumaniza minorias, migrantes, refugiados, mulheres e os chamados ‘outros’.” “O discurso do ódio é uma ameaça aos valores democráticos, à estabilidade social e à paz.” “Combater o discurso do ódio também é crucial para aprofundar o progresso na agenda das Nações Unidas, ajudando a prevenir conflitos armados, crimes de atrocidade e terrorismo, acabando com a violência contra mulheres e outras violações graves dos direitos humanos e promover sociedades pacíficas, inclusas e justas.”
Taís Oliveira | Julho, 2020 Objetivos e princípios do plano de ação da ONU Dois objetivos principais: • Aprimorar os esforços da ONU para abordar as causas e os direcionadores do discurso de ódio; • Permitir respostas efetivas da ONU ao impacto do discurso de ódio nas sociedades. Princípios: • Estratégia global, nacional e em parcerias com organizações internas; • Alinhamento com o princípio da liberdade de expressão; • Combater o discurso de ódio é dever de todos; • Apoiar a nova geração de cidadãos digitais; • Construir conhecimento baseado em dados e pesquisas.
Taís Oliveira | Julho, 2020 Compromissos-chave • Monitoramento e Análise do discurso de ódio • Compreender as causas, motivações e atores do discurso de ódio; • Engajamento e suporte de vítimas do discurso de ódio; • Convocação de atores relevantes; • Engajamento com as novas e tradicionais mídias; • Uso da tecnologia; • Uso da educação como ferramenta para conter o discurso de ódio; • Promoção de sociedades pacíficas, inclusivas e justas para abordar as causas e os direcionadores do discurso de ódio; • Engajamento em Advocacy; • Desenvolvimento de orientações para comunicações externas; • Alavanque de parcerias; • Desenvolvimento de habilidades ONU; • Apoio a membros do Estado.
Taís Oliveira | Julho, 2020 Compromissos-chave • Monitoramento e Análise do discurso de ódio • Compreender as causas, motivações e atores do discurso de ódio; • Engajamento e suporte de vítimas do discurso de ódio; • Convocação de atores relevantes; • Engajamento com as novas e tradicionais mídias; • Uso da tecnologia; • Uso da educação como ferramenta para conter o discurso de ódio; • Promoção de sociedades pacíficas, inclusivas e justas para abordar as causas e os direcionadores do discurso de ódio; • Engajamento em Advocacy; • Desenvolvimento de orientações para comunicações externas; • Alavanque de parcerias; • Desenvolvimento de habilidades ONU; • Apoio a membros do Estado.
Taís Oliveira | Julho, 2020 Monitoramento e Análise do discurso de ódio Convocação de atores relevantes Uso da tecnologia e de novas e tradicionais mídias Monitorar conversas, coletar dados e se debruçar em análises como a de sentimentos, discurso, origem, localização, perfil demográfico, etnografia digital, elaboração de manual de posicionamento, etc. Mapeamento de influenciadores que possam pautar e alcançar de forma estratégica audiências diversas. Formatos criativos de conteúdo para atrair, informar e formar; Re-apropriação de tecnologias para uso coletivo.
Taís Oliveira | Julho, 2020 MARTINUZZO, José Antonio; REZENDE, Renata. A opinião nas redes sociais: a problemática da intolerância e a catarse no Facebook. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO. 2015. p. 1-15. TRINDADE, Luiz Valério P. Mídias Sociais e a naturalização de discursos racistas no Brasil. In SILVA, Tarcízio (org). Comunidades, Algoritmos e Ativismos Digitais: olhares afrodiapóricos. LiteraRua: São Paulo, 2020. Outras referências em: bit.ly/CFP_GestaoRedes Referências bibliográficas: