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Plataformização

 Plataformização

Apresentação feita para o grupo de orientandos do Programa de Pós-graduação em Ciências Humanas e Sociais da UFABC.

Taís Oliveira

June 23, 2022
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Transcript

  1. Plataformização Thomas Poell David Nieborg José van Dijck Revista Fronteiras

    – Estudos Midiáticos Unisinos / 2020 ------- Taís Oliveira Encontro de orientandos Prof. Dr. Claudio Penteado UFABC - 23/06/222
  2. Resumo: o O artigo contextualiza, define e operacionaliza o conceito

    de plataformização; o A partir de diferentes perspectivas acadêmicas sobre plataformas: estudos de software, economia política crítica, estudos de negócios e estudos culturais; o A plataformização é definida como a penetração de infraestruturas, processos econômicos e estruturas governamentais das plataformas digitais em diferentes setores econômicos e esferas da vida; o A plataformização também envolve a reorganização de práticas e imaginários culturais em torno dessas plataformas.
  3. O conceito de plataforma: as diferentes correntes o Os autores

    tratam da evolução da noção de "plataforma" até chegar no termo "plataformização"; o Exemplificam com perspectivas de diversas áreas, como de negócios, comunicação e computacional; o São perspectivas diferentes, mas que se complementam: interesses e esforços de negócios para desenvolver mercados de dois lados auxiliam no desenvolvimento de infraestruturas de plataformas.
  4. O conceito de plataforma: as diferentes correntes “Assim, definimos plataformas

    como infraestruturas digitais (re)programáveis que facilitam e moldam interações personalizadas entre usuários finais e complementadores, organizadas por meio de coleta sistemática, processamento algorítmico, monetização e circulação de dados.” (p.03)
  5. (Re)definindo plataformização o A análise foi de "plataformas" como "coisas"

    para "plataformização" como "processos"; o Para tratar de plataformização como uma ferramenta conceitual crítica, é importante combinar diferentes abordagens e compreensões: 1. Estudos de software > essa linha de pesquisa é focada nas fronteiras das infraestruturas das plataformas, com suas histórias e evolução. 2. Estudos na área de negócios > destacam os aspectos econômicos. 3. Estudos em economia política crítica > destaca exploração do trabalho, vigilância e imperialismo. 4. Estudos culturais > enfatizar a importância de considerar as práticas dos usuários baseadas em plataformas ao analisar a plataformização. o Embora essas quatro perspectivas nos forneçam diferentes focos e interpretações sobre plataformização, os autores argumentam que elas não são mutuamente excludentes.
  6. (Re)definindo plataformização “Seguindo pesquisas em estudos de software, na área

    de negócios e na economia política, compreendemos plataformização como a penetração de infraestruturas, processos econômicos e estruturas governamentais de plataformas em diferentes setores econômicos e esferas da vida. E, a partir da tradição dos estudos culturais, concebemos esse processo como a reorganização de práticas e imaginações culturais em torno de plataformas.” (p.05)
  7. Operacionalizando a plataformização: estudando o impacto das plataformas o Os

    autores propõem estudar três dimensões institucionais da plataformização como processos interativos que envolvem uma ampla variedade de atores, mas que também são estruturados por relações de poder fundamentalmente desiguais: 1. Desenvolvimento de infraestruturas de dados > as plataformas digitais transformam em dados práticas e processos que historicamente escaparam à quantificação >> metadados comportamentais. 2. Reorganização das relações econômicas em torno de mercados multilaterais > as plataformas constituem mercados bilaterais ou multilaterais, que funcionam como agregadores de transações entre usuários finais e uma grande variedade de terceiros. 3. Governança > por meio de interfaces, algoritmos e políticas >> muitas vezes há confrontos com regras, normas e estruturas regulatórias locais.
  8. Considerações finais o A análise das três dimensões permite uma

    compreensão ampla do processo de transformação de um dos principais setores da sociedade e seus desafios; o É importante ir além dos focos específicos dos estudos de software, da área de negócios, da economia política e dos estudos culturais; o A plataformização só pode ser regulada de forma democrática e efetiva pelas instituições públicas se entendermos os principais mecanismos em ação nesse processo; o O desafio é integrar plataformas na sociedade sem comprometer as tradições vitais de cidadania e sem aumentar as disparidades na distribuição de riqueza e poder.
  9. Considerações finais “Uma investigação sistemática sobre as conexões entre as

    dimensões institucionais e culturais da plataformização é particularmente crucial, pois trará ao primeiro plano as correspondências e tensões entre, por um lado, infraestruturas das plataformas globais, arranjos de mercado e estruturas de governança e, por outro, práticas e instituições locais e nacionais.” (p.08)