Workshop de Feedback

Transcript

1. Feedback Vocês tem um minuto pra gente conversar?
2. O que é feedback? Feedback é qualquer informação que você recebe sobre si mesmo. É aprender sobre si mesmo, através do outro. Ele não é só avaliação, é um comentário casual, um gesto. Pode ser formal, informal, dito, não dito, pensado, ou como acontece quase sempre, só uma leve menção.
3. A natureza humana é propensa a busca de conhecimento. Aprender sobre si mesmo é doloroso. Porque feedback é importante?
4. O que pode ser considerado como "um bom feedback"?
5. Por que dar feedback?
6. As dez dimensões do feedback Elaboração de um plano Abordagem específica Foco em comportamentos Escolha hora e local Feedback equilibrado Controle emocional Uso de técnicas eficientes Estilo eficaz Descrição de sentimentos Capacidade de ouvir
7. Os tipos de feedback que se pode oferecer Reconhecimento (“Obrigado!”) Orientação (“Há uma maneira melhor de fazer isso”) Avaliação (“Pode ir parando por aí”)
8. O Balde do feedback e seus efeitos Feedback é uma necessidade para todo mundo. Quando você evita, nega, ou oferece um feedback de má qualidade, você está privando a pessoa de algo necessário para o desenvolvimento dela.
9. Como gerar um reconhecimento de valor? O que é reconhecimento pra você?
10. As perguntas orientadoras Existem situações que é necessário que um comportamento mude. A pessoa segue o que você pediu, mas não entende o que está errado. O melhor caminho é através de perguntas, levar a pessoa a entender o problema, oferecer uma solução (que ela seja capaz de executar) e alinhar expectativas.
11. E se eu receber um feedback ruim?
12. Os três gatilhos do feedback Os gatilhos da verdade são acionados pelo conteúdo do feedback. O teor do feedback ativa respostas emocionais que nem sempre são as desejas. Ex: Como você se sentiria se seu colega do lado disse-se para você parar de roubar os doces dele? Os gatilhos de relacionamento são acionados pela relação que temos com quem está nos oferecendo feedback. Quem é esse cara para falar isso pra mim? Ex: Como você se sentiria se seu colega do lado disse-se que você está sendo descuidado no trabalho? Os gatilhos de identidade são acionados pela nossa percepção de identidade sendo abalada. Um feedback que te faz sentir vergonha, pode não agregar muito no final. Ex: Como você se sentiria se seu chefe começa se a gritar com você no meio da sala?
13. Gatilhos da verdade o feedback é errado, injusto ou inútil
14. Reconhecimento, Orientação e Avaliação O feedback de reconhecimento trata do desejo fundamental do ser humano em ser visto. O feedback de orientação trata de um mecanismo de crescimento e mudança. O feedback de avaliação trata de um panorama, você consegue saber onde está e quais são os pontos que lhe colocaram ali.
15. Entender o que está errado Detectar erros é fácil. O motivo é simples, sempre existe algo errado, e quando alguém está dando feedback pode esquecer algo, deixar passar, se expressar da maneira errada, ou até mesmo se confundir. O problema da detecção de erros é que ela acaba com o fundamental do feedback: o aprendizado. O primeiro passo de um feedback é tentar entender O QUE está sendo oferecido.
16. O problema com rótulos genéricos “Ele é tão _________.” “Ela é muito ________.” “Minha mulher nunca _________.” “Meu colega é tão in__________.”
17. Nem sempre refletem a realidade ORIENTAÇÃO O QUE FOI OUVIDO O QUE SE QUIS DIZER Seja mais autoconfiante. Dê a impressão de saber as coisas, mesmo que não saiba. Tenha a autoconfiança de admitir que não sabe. Não seja tão exigente ao ler um ticket Você deveria deixar os tickets sem informação em paz. Você deveria ajudar a pessoa que escreveu o ticket a melhorar
18. Procure seus pontos cegos Ponto cego é algo que não vemos sobre nós mesmos, mas que os outros veem. Pode ser uma mania, uma atitude, uma maneira de pensar, um jeito de falar. Se trata de algo que você tem, mas não percebe.
19. Como a verdade acontece de verdade
20. Gatilhos de relacionamento Quem você pensa que é pra me dizer isso?
21. O que e quem são coisas diferentes A questão de quem seja a pessoa que nos dá feedback não parece importante. Mas a verdade é que quem oferece o feedback faz diferença sim. O primeiro fator a ser analisado são os desvios criados pelo relacionamento. São diversas as vezes que você dá um feedback (numa conversa informal) e o assunto em questão acaba sendo desviado. "Um colega orienta o outro colega a passar a tarefa junto com os testes. O outro colega alega que ele já tinha explicado o motivo de não ter passado a tarefa sem os testes."
22. Identifique o sistema de relacionamento Um “sistema” é um conjunto de componentes interdependentes ou em interação que forma um todo complexo. Quando algo vai mal num sistema, cada um de nós percebe coisas que o outro não vê, e essa capacidade de percepção não foi atribuída ao acaso entre as pessoas. Portanto, você, de boa-fé, me atribui a culpa; eu fico indignado, dou meia-volta e, de boa-fé, ponho a culpa em você.
23. Mudando a visão do sistema Cada um vê uma parte do problema (a parte pela qual o outro é responsável). A Noção de Sistema Número Um é a seguinte: cada um de nós faz parte do problema. Talvez não na mesma medida, mas ambos estamos envolvidos, e cada um afeta o outro. Se você não roncasse — ou qualquer que seja o nome que você dá a isso — sua mulher poderia dormir. Se sua mulher estivesse menos estressada —ou se fosse menos teimosa — conseguiria dormir. É preciso duas pessoas, sendo do jeito que são, para que se crie o problema. É assim que o sistema funciona.
24. Um passo atrás intersecções entre mim e você. Desse ponto de observação, vemos a relação entre nós como um par. Qual combinação específica entre mim + você está causando um problema e como cada um de nós está contribuindo para ele?
25. Dois passos atrás Confronto de papéis. Esse ponto de observação expande nossa perspectiva e nos permite examinar o papel que cada um de nós desempenha na equipe, na organização ou na família. Quase sempre, os papéis constituem uma razão de confronto decisiva, embora geralmente invisível.
26. Três passos atrás O quadro geral. Desse ponto, podemos ver a paisagem completa — com outras pessoas, estruturas e processos que orientam e determinam as escolhas que cada um de nós faz e os resultados a que chegamos.
27. Gatilhos de identidade o feedback é ameaçador e me desestabiliza
28. Seu circuito conta outra história Os gatilhos de identidade atuam onde mais dói: Sua relação consigo mesmo. O feedback é um ataque a sua identidade, e isso pode acabar mal. É comum que as pessoas tenham reações diferentes a episódios diferentes. Isso se deve a um circuito neural que temos, o circuito afeta nosso modo de ser, determinando se somos ansiosos ou otimistas, tímidos ou extrovertidos, sensíveis ou resilientes, contribuindo para a intensidade (positiva ou negativa) com que o feedback nos afeta
29. A nossa linha de base A nossa linha de base é o que determina como somos "naturalmente", pessoas felizes, pessoas tímidas, simpáticas, quietas, inquietas entre outras coisas. Pessoas que tem uma linha de base mais "positiva" tendem a ter uma aceitação maior por feedbacks positivos, já podem aceitar de maneira menos "efetiva" feedbacks negativos.
30. Como a nossa linha de base se altera? Oscilação: até onde você vai para cima e para baixo Ela define qual é o impacto que aquilo tem sobre você Sustentação e recuperação: quanto tempo dura a oscilação? Ela define quanto tempo determinado impacto vai atuar sobre você?
31. As possíveis combinações Sustentação prolongada positiva Sustentação breve positiva Rápida recuperação negativa Baixo risco, grande recompensa Baixo risco, pouca recompensa Lenta recuperação negativa Alto risco, grande recompensa Alto risco, pouca recompensa
32. Pensamentos + Sentimentos = História A nossa mente conta histórias, que são composições dos nossos pensamentos e dos nossos sentimentos. Quando algo acontece, nossas emoções podem intensificar tudo, para o bem ou mal. O Sentimento pode atuar em três campos, passado, presente e futuro.
33. Desfaça as distorções Uma das maiores dificuldades no feedback é nossa tendência a exagerar. Envolvidos pelo sentimento, acabamos por ampliar algo que é simples, porque no nosso íntimo aprender não é o mais importante. O mais importante é sobreviver. Para isso dar certo, precisamos desfazer as distorções, isso é, escutar e receber o feedback sem aquela trilha sonora de filme de terror que está sendo tocada pelos nossos sentimentos.
34. Como podemos desfazer essas distorções? 1 - Esteja atento 2 - Reconheça suas marcas 3 - Se prepare para o pior 4 - Observe o que está acontecendo Desate os nós, separe o que é sentimento, história e feedback.
35. Identidade de crescimento Identidade é a história que contamos a nós mesmos sobre nós mesmos — como somos, o que defendemos, em que somos bons, de que somos capazes. Sou um líder forte; sou uma avó presente; sou racional; sou apaixonado; sou sempre justo. Quando o feedback contradiz ou desafia nossa identidade, nossa história sobre quem somos pode se desmanchar.
36. Abandone rótulos simples e cultive a complexidade Burros ou Inteligentes, Competentes ou Incompetentes, Tudo ou Nada. Rótulos simplificam as coisas, mas só são bons quando somos tudo, do contrário eles causam um prejuízo enorme a nossa identidade. Você precisa aceitar três coisas sobre si mesmo: você vai cometer erros, você tem intenções complexas e você contribuiu para o problema.
37. Mude a mentalidade fixa para uma mentalidade de crescimento Se você tem uma mentalidade fixa, cada situação que encontrar vai funcionar como um referendo sobre a inteligência ou a habilidade que você pensa que tem ou gostaria de ter. pessoas “fixas” vão bem quando o quebra-cabeça é fácil. As pessoas com mentalidade de crescimento, pelo contrário, não acham que a inteligência para quebra-cabeça seja algo que se tem ou não se tem. Elas pressupõem que é uma habilidade que pode ser desenvolvida e, mais que isso, vêem a dificuldade para montar um quebra-cabeça complicado como o desafio de que precisam para melhorar.
38. Dúvidas?