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M1D1 - Aula 3

M1D1 - Aula 3

DISCIPLINA I: A Cidade e a História da Habitação Social
Professores: Lizete Rubano e Joana Mello

AULA 3_A crise do espaço contínuo: revisões e novas propostas

Habitação e Cidade

March 04, 2015
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Transcript

  1. A MODERNIDADE ESTÁ ASSOCIADA À VISÃO POSITIVISTA DE MUNDO (AUGUSTE

    COMTE 1798-1857): O UNIVERSO E A SOCIEDADE ESTARIAM SUBMETIDOS A LEIS INVARIÁVEIS, ERAM ORDENADOS. E O CONHECIMENTO REFLETE ESSA ORDEM INVARIÁVEL. A HISTÓRIA APARECE PARA COMTE COMO PROGRESSO CONTÍNUO DO CONHECIMENTO. (DISCURSO SOBRE O ESPÍRITO POSITIVO,P .382 IN PARA COMPREENDER A CIÊNCIA. UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA)
  2. CROQUI DE LE CORBUSIER (FONTE: BENEVOLO, 1999) NOVAS INFRAESTRUTURAS NÃO

    SERIAM COMPATÍVEIS À FORMA DE OCUPAÇÃO DAS VELHAS CIDADES BAIXA DENSIDADE ALTA DENSIDADE
  3. PROPOSTA PARA SÃO PAULO 1929 A EFICIÊNCIA SUGERIDA AO TERRITÓRIO

    URBANO COMO “NOVA” POSSIBILIDADE VAI DO “CORTE REVOLUCIONÁRIO MODERNO QUE CONCILIA O EDIFÍCIO AO SOLO PELO ESPAÇO LIVRE” (BANHAM, 1985) À SOBREPOSIÇÃO DAS ESTRUTURAS HABITACIONAIS ORDENADORAS À CIDADE REAL (DESENHOS DE LE CORBUSIER PARA SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO EM 1929), RADICALIZANDO AS HIPÓTESES FORMAIS.
  4. Mark Power, Polônia, 2004 Eric Baudlaire, The Spce Between, 2004-2005

    Eric Baudelaire, Neighbors, 2004-2005 NO PÓS SEGUNDA GUERRA, OS LAY-OUTS ABSTRATOS E A PROPOSTA INICIAL DO ESPAÇO CONTÍNUO DESCARACTERIZAM-SE
  5. AS DÉCADAS DE 50 E 60 : CRÍTICA AO ESPAÇO

    CONTÍNUO, À CIDADE DIVIDIDA EM FUNÇÕES, À NEGAÇÃO DAS PREEXISTÊNCIAS.
  6. GRUPO COBRA 1948/51,KAREL APPEL/ BRINCADEIRA DE CRIANÇA- QUADRA DE AREIA

    EM PLAYGROUND DE VAN EYCK E CEMITÉRIO EM TIMOUDI (OESTE DA ARGÉLIA- ARQUITEURA VERNACULAR) Fonte: independent-architecture.blogspot.com/2010/11... NESTE PERÍODO (ANOS 50,60) AS “NOVAS VANGUARDAS” ASSUMIRÃO UM REENCAMINHAMENTO DA DISCUSSÃO E DO PAPEL DA ARQUITETURA E DO URBANISMO, AGORA COMO COMPONENTES CULTURAIS E NÃO UNICAMENTE COMO INSTRUMENTOS DE REALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO FUNCIONAL.
  7. DESENHO DE E. PAOLOZZI, GRUPO INDEPENDENTE LONDRES 1952/1953, CULTURA TRIVIAL

    - A&P SMITHSON PROJETO PARA GOLDEN LANE – FOTO DE NIGEL HENDERSON (SUBÚRBIO DE LONDRES) Fonte: independent-architecture.blogspot.com/2010/11... PRIMEIRO DIAGRAMA DE UM “CLUSTER” | 1952 ESTRUTURAS SOCIAIS – ASSOCIAÇÕES HUMANAS
  8. A ETAPA DOS CIAMS QUE SE CONFIGUROU NO PÓS-GUERRA ,

    A TERCEIRA E ÚLTIMA (FRAMPTON, 1997) FOI MARCADA PELOS CONFLITOS ENTRE: OS QUE “(...) TENTARAM TRANSCENDER A ESTERILIDADE ABSTRATA DA ‘CIDADE FUNCIONAL ’ E AQUELES QUE ESTAVAM INTERESSADOS EM “(...) COMPARAR OS DIVERSOS CASOS DE APLICAÇÃO DA CARTA DE ATENAS” (GRUPO FRANCÊS ASCORAL)
  9. VIII CIAM (1951), REALIZADO EM HODDESDON (INGLATERRA), QUE TEVE COMO

    TEMA “O CORAÇÃO DA CIDADE: POR UMA VIDA MAIS HUMANA DA COMUNIDADE” . ERNESTO NATHAN ROGERS JOSEP LLUÍS SERT JACOB BEREND BAKEMA ROGERS EM “O CORAÇÃO: PROBLEMA HUMANO DAS CIDADES”, COLOCAVA CLARAMENTE O PROBLEMA DA “CIDADE IDEAL” COMO SENDO UMA “ABSTRATA FANTASIA” (P .70) E O INTERESSE EM “CRIAR CIDADES PARA HOMENS LIVRES E COM VIDA, QUER DIZER, PARA HOMENS CAPAZES DE SER DIFERENTES”(P .70)
  10. VIII CIAM (1951): Seguimos acreditando que os lugares de reunião

    pública, tais como praças, passeios, cafés, clubes populares, etc., onde as pessoas podem encontrar-se livremente, (...) não são coisas do passado, e que devidamente adaptadas às exigências de hoje, devem ter um lugar em nossas cidades. (SERT in ROGERS, SERT e TYRWHITT p.6) É curioso observar como as cidades modernas têm ignorado este importante fator. As ruas cobertas, os pórticos, os pátios, etc. – todos eles elementos muito freqüentes nas cidades do passado - , têm desaparecido de nossos povoados e cidades, onde parece que todo mundo deva utilizar senão o automóvel,o ônibus, para o menor deslocamento. (SERT in ROGERS, SERT e TYRWHITT, s/d.,p.11). Se examinarmos os corações das velhas cidades francesas ou italianas, observaremos a coexistência, nos mesmos, de edifícios completamente distintos entre si, às vezes construídos com séculos de diferença. Apesar disso, o conjunto resulta harmônico se os espaços livres em torno aos edifícios foram concebidos segundo uma justa medida humana. (GROPIUS in ROGERS, SERT e TYRWHITT, s/d.,p.54).
  11. TEAM 10: CONSTITUIU-SE A PARTIR DO IX CIAM, CRITICANDO O

    “ESQUEMATISMO DA CARTA DE ATENAS, (...) REIVINDICANDO QUE SE INTRODUZISSE O CONCEITO DE ‘IDENTIDADE’ E SE INVESTIGASSE SOBRE OS PRINCÍPIOS ESTRUTURAIS DO CRESCIMENTO URBANO. FOI COMPOSTO, INICIALMENTE, POR ALISON E PETER SMITHSON, ALDO VAN EYCK, JACOB BAKEMA, GEORGE CANDILIS, SHADRACH WOODS, JOHN VOELCKER, WILLIAM HOWELL E R. GUTMANN. .
  12. ALISON & PETER SMITHSON PRIMEIRO DIAGRAMA DE UM “CLUSTER” |

    1952 ESTRUTURAS SOCIAIS – ASSOCIAÇÕES HUMANAS DIAGRAMA DE UMA ÁREA RECONHECÍVEL | 1953 FOTOS DE NIGEL HENDERSON
  13. A IDÉIA DAS “RUAS ELEVADAS” – EXPERIMENTADA POR BRINKMAN E

    CONHECIDA DOS MEMBROS DO TEAM 10 – SERÁ REEDITADA: NO CONTEXTO DE UMA GRANDE CIDADE COM EDIFÍCIOS ALTOS, PARA MANTER A LIBERDADE DE MOVIMENTO PROPOMOS NÍVEIS MÚLTIPLOS COM ‘RUAS NO ESPAÇO’, RESIDENCIAIS. ESTAS SE ENTRELAÇARÃO EM UM COMPLEXO CONTÍNUO DE NÍVEIS MÚLTIPLOS, CONECTADOS COM OS LOCAIS DE TRABALHO E COM OS ELEMENTOS AO NÍVEL DO SOLO QUE SEJAM NECESSÁRIOS A CADA NÍVEL DE ASSOCIAÇÃO . (...) . NOSSA OPINIÃO É QUE UMA HIERARQUIA DE ASSOCIAÇÕES HUMANAS CONCEBIDA NESTES TERMOS DEVERIA SUBSTITUIR A HIERARQUIA FUNCIONAL DA CARTA DE ATENAS. (SMITHSON ,MANUAL DO TEAM 10, 1966, P .33).
  14. ALISON & PETER SMITHSON DESENHO DE UMA RUA ELEVADA |

    1953 UMA RUA PODE CONTRIBUIR À ESTRUTURA DE UMA COMUNIDADE PROPOSTA PARA GOLDEN LANE I ALISON E PETER SMITHSON “A RUA IMPLICA UM CONTATO FÍSICO, O DISTRITO UM CONHECIMENTO E A CIDADE UM CONTATO INTELECTUAL” , TODOS COMUNITÁRIOS . (SMITHSON, MANUAL DO TEAM 10, 1966, P .19).
  15. O SISTEMA VIÁRIO, POR EXEMPLO, ASSOCIADO A UMA DAS MAIORES

    CONQUISTAS DO SÉCULO, A MOBILIDADE, PASSA A SER VISTO COMO “ESTRUTURA FÍSICA DA COMUNIDADE”, E OS CAMINHOS TÃO PODEROSOS COMO “QUALQUER ACIDENTE GEOGRÁFICO” PARA CRIAR “DIVISÕES GEOGRÁFICAS E, CONSEQÜENTEMENTE, SOCIAIS”. (SMITHSON, MANUAL DO TEAM 10, 1966, P .19). TRAÇAR UMA RUA, PORTANTO, ESPECIALMENTE ATRAVÉS DE UMA ZONA CONSTRUÍDA, É UMA QUESTÃO MUITO SÉRIA, POSTO QUE – AO FAZÊ-LO – SE ESTÁ MUDANDO FUNDAMENTALMENTE A ESTRUTURA DA COMUNIDADE. (SMITHSON , MANUAL DO TEAM 10,1966, P .19).
  16. GIANCARLO DE CARLO MAS AQUILO QUE ME INTERESSA NA PARTICIPAÇÃO

    NÃO É APENAS A TÉCNICA PARA JUNTAR AS PESSOAS, PARA ENTENDER QUE COISAS AS PESSOAS DESEJARIAM, MAS TAMBÉM COMO SE FAZ UMA ARQUITETURA PARTICIPADA, POIS MUITAS DAS ARQUITETURAS DE HOJE EM DIA NÃO PASSARAM POR UMA INTERAÇÃO, SÃO SEM SIGNIFICADO, SEM FORMA. (ENTREVISTA GIANCARLO DE CARLO-JOÃO PIZA . VITRUVIUS, OUT.2007)
  17. A INTERNACIONAL SITUACIONISTA (IS – 1958-1972) – GRUPO DE ARTISTAS

    PENSADORES E ATIVISTAS – LUTAVA CONTRA O ESPETÁCULO, A CULTURA ESPETACULAR E A ESPETACULARIZAÇÃO EM GERAL, OU SEJA, CONTRA A NÃO- PARTICIPAÇÃO, A ALIENAÇÃO E A PASSIVIDADE DA SOCIEDADE. O PRINCIPAL ANTÍDOTO CONTRA O ESPETÁCULO SERIA O SEU OPOSTO: A PARTICIPAÇÃO ATIVA DOS INDIVÍDUOS EM TODOS OS CAMPOS DA VIDA SOCIAL, PRINCIPALMENTE NO DA CULTURA (PAOLA BERENSTEIN JACQUES. APOLOGIA DA DERIVA. ESCRITOS SITUACIONISTAS, 2003. P . 13)
  18. DENTRE AS IDÉIAS QUE CONSTITUÍRAM A BASE DO PENSAMENTO URBANO

    SITUACIONISTA ESTÃO A PSICOGEOGRAFIA, A DERIVA E A CONSTRUÇÃO DE SITUAÇÕES. OS SITUACIONISTAS POSICIONAVAM-SE CADA VEZ MAIS CONTRA O URBANISMO, A FAVOR DAS CIDADES, OU SEJA, CONTRA O MONOPÓLIO URBANO DOS URBANISTAS E PLANEJADORES, A FAVOR DE UMA CONSTRUÇÃO REALMENTE COLETIVA DAS CIDADES.
  19. PSICOGEOGRAFIA: ESTUDO DOS EFEITOS DO MEIO GEOGRÁFICO, ORDENADO CONSCIENTEMENTE OU

    NÃO, ATUANDO DIRETAMENTE SOBRE O COMPORTAMENTO AFETIVO DOS INDIVÍDUOS (P .24) DERIVA: MODO DE COMPORTAMENTO EXPERIMENTAL LIGADO ÀS CONDIÇÕES DA SOCIEDADE URBANA: TÉCNICA DO CAMINHAR ATRAVÉS DE AMBIENTES VARIADOS. USA-SE, TAMBÉM, MAIS PARTICULARMENTE, PARA DESIGNAR A DURAÇÃO DE UM EXERCÍCIO CONTÍNUO DESSA EXPERIÊNCIA (P .25) SITUAÇÃO CONSTRUÍDA: MOMENTO DA VIDA, CONSTRUÍDO CONCRETA E DELIBERADAMENTE PARA A ORGANIZAÇÃO COLETIVA DE UM AMBIENTE UNITÁRIO E DE UM JOGO DE ACONTECIMENTOS (P .24) IN: LA CREACION ABIERTA Y SUS ENEMIGOS TEXTOS SITUACIONISTAS SOBRE ARTE Y URBANISMO. INTRODUCCIÓN Y TRADUCCIÓN DE JULIO GONZÁLEZ DEL RÍO RAMS.
  20. GUY ERNEST DEBORD, GUIDE PSYCHOGÉOGRAPHIQUE DE PARIS. DISCOURS SUR LES

    PASSIONS D’AMOUR, 1957 NÃO EXISTIU UMA FORMA SITUACIONISTA MATERIAL DE CIDADE MAS SIM UMA FORMA SITUACIONISTA DE VIVER, OU DE EXPERIMENTAR A CIDADE.
  21. A PSICOGEOGRAFIA SERIA ENTÃO UMA GEOGRAFIA AFETIVA, SUBJETIVA, QUE BUSCAVA

    CARTOGRAFAR AS DIFERENTES AMBIÊNCIAS PSÍQUICAS PROVOCADAS PELAS DEAMBULAÇÕES URBANAS QUE ERAM AS DERIVAS SITUACIONISTAS. ALGUMAS DESSAS DERIVAS FORAM FOTOGRAFADAS. AS FOTOCOLAGENS ERAM VISTAS COMO MAPAS, COMO O MAPA DE VENEZA , DE RALPH RUMNEY
  22. THE NAKED CITY. ILUSTRAÇÃO DA HIPÓTESE DES PLAQUES TOURNANTES, DEBORD,

    1957 THE NAKED CITY TALVEZ SEJA A MELHOR ILUSTRAÇÃO DO PENSAMENTO URBANO SITUACIONISTA, A MELHOR REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA PSICOGEOGRAFIA E DA DERIVA. ELE É COMPOSTO POR VÁRIOS RECORTES DO MAPA DE PARIS EM PRETO E BRANCO, QUE SÃO AS UNIDADES DE AMBIÊNCIA, E SETAS VERMELHAS QUE INDICAM AS LIGAÇÕES POSSÍVEIS ENTRE ESSAS DIFERENTES UNIDADES. (P .23)
  23. MVRDV UTILIZANDO MAPA DA DERIVA NO ATELIÊ COSTA IBÉRICA, 1998

    ESTES MAPAS ILUSTRAM UMA NOVA MANEIRA DE APREENDER O ESPAÇO URBANO ATRAVÉS DA EXPERIÊNCIA AFETIVA.
  24. L´ARCHITETTURA DELLA CITTÀ, PADOVA, 1966. CONSTRUÇÃO DA CIDADE NO TEMPO

    A IDÉIA DA FORMA DA CIDADE : FATOS URBANOS: INDIVIDUALIDADE, “LOCUS”, DESENHO, MEMÓRIA CIDADE MAIS QUE UM “EPISÓDIO ARTÍSTICO” (CAMILLO SITTE): UMA EXPERIÊNCIA CONCRETA TIPO: ALGO PERMANENTE E COMPLEXO, UM ENUNCIADO LÓGICO QUE ESTÁ ANTES DA FORMA E QUE A CONSTITUI O FATO URBANO ESTÁ LIGADO À IDÉIA DE PERMANÊNCIA (A FORMA COMO INVARIANTE, OS SINAIS FÍSICOS, O TRAÇADO, O PLANO) A FORMA DA CIDADE É SEMPRE A FORMA DE UM TEMPO DA CIDADE, E EXISTEM MUITOS TEMPOS NA FORMA DA CIDADE (P .57)
  25. ALDO ROSSI PRINCÍPIOS DE ARQUITETURA CIVIL (ORDENS E ARQUITETURA CLÁSSICA)–

    FRANCESCO MILIZIA SÉC. XVIII BARCELONA: AUMENTO PROGRESSIVO DAS DENSIDADES DO PLANO DE CERDÀ -1859 ALGUNS QUARTEIRÕES DA PLANTA CADASTRAL DE 1969 ROMA: FORO DE TRAJANO (INÍCIO DO SÉC.II D.C)
  26. ROBERT VENTURI Templo de Apolo –Didima (contraste da grande porta

    com as 2 pequenas laterais, na mesma fachada Middleton Park- Lutyens – contraste das aberturas Villa Stein- Le Corbusier Escalas das portas social e de serviço Villa renascentista: fachadas simétricas e plantas assimétricas Interações contraditórias entre necessidades espaciais internas e externas. Frente e fundos contrastam Composição contrastando formas opostas Filarmônica de Berlim COMPLEXIDADE E CONTRADIÇÃO EM ARQUITETURA, MOMA, NY, 1966
  27. GORDON CULLEN PAISAGEM URBANA, TOWNSCAPE, 1971 NO ESPAÇO URBANO EXISTE

    UMA ARTE DO RELACIONAMENTO. O ESTÍMULO APRESENTA-SE PELOS CONTRASTES
  28. FONTE:SKYSCRAPERCITY CONJUNTO ‘T HOOL: NÃO É CASUAL A REFERÊNCIA CONSTANTE

    DE BAKEMA AO SPANGEN DE BRINKMAN: A GALERIA ELEVADA RETOMA A IDÉIA DOS ESPAÇOS MAIS PRÓXIMOS DA ESCALA DO HOMEM. TORNA-SE SÍMBOLO DE SOCIABILIDADE. AQUI RETOMAM-SE HIPÓTESES À CIDADE REAL... À POSSIBILIDADE DE SE CONTINUAR PELA CIDADE...
  29. SE HISTORICAMENTE, NO CONTEXTO EUROPEU, A PRODUÇÃO DA MORADIA COLETIVA

    ESTEVE ASSOCIADA AO “FAZER CIDADE” NUM PRIMEIRO MOMENTO E, DEPOIS, A ENFRENTAR SUAS CONDIÇÕES HISTÓRICAS, NOSSO PERCURSO REVELOU-SE CADA VEZ MAIS DISTANTE DA CONDIÇÃO URBANA
  30. FOI COM O PROJETO E A CONSTRUÇÃO DO CONJUNTO DE

    ITAQUERA , EM 1977/82 (EM ÁREA CEDIDA PELO INPS COM 2.700.000 M2) – “O MAIS AMBICIOSO E COMPLEXO CONJUNTO DE OBRAS DE HABITAÇÃO POPULAR ATÉ HOJE POSTO EM EXECUÇÃO NO PAÍS “ (CONSTRUÇÃO (1639):1979, P .8)-, QUE OCORREU UMA MARCANTE INFLEXÃO NO QUE SE REFERE ÀS CARACTERÍSTICAS DAS INTERVENÇÕES HABITACIONAIS
  31. NO PERÍODO QUE VAI DA CRIAÇÃO DO BNH – 1964

    – À SUA EXTINÇÃO – 1986- , (...) O SFH FINANCIOU 4,8 MILHÕES DE MORADIAS, 25% DO INCREMENTO DO NÚMERO DE HABITAÇÕES CONSTRUÍDAS NO BRASIL ENTRE 1964 E 1986 (...). DESTAS, 1/3 (1.600.000) FOI OBJETO DA PROMOÇÃO PÚBLICA (CONJUNTOS HABITACIONAIS) SUPOSTAMENTE DESTINADAS A MORADORES COM RENDA MENOR QUE 5 SALÁRIOS MÍNIMOS. (MARICATO,1996, P .44).
  32. O DESACERTO DESSA RELAÇÃO MORADIA-CIDADE COMO TEMA, SÓ VAI SER

    COLOCADO EM PAUTA NOVAMENTE QUANDO DE GESTÕES MUNICIPAIS PROGRESSISTAS NO FINAL DOS ANOS 80, EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO COM OS PROGRAMAS FAVELA-BAIRRO E NOVAS ALTERNATIVAS. PROJETO CINGAPURA
  33. HELIÓPOLIS -ARQTOS. LUIS ESPALLARGAS, ANGELO CECCO E EDNA NAGLE, 1991

    JARDIM SÃO FRANCISCO -ARQTO. DEMETRE ANASTASSAKIS E EQUIPE, 1989 CELSO DOS SANTOS -ARQTO. ABRAHÃO SANOVICZ E EQUIPE, 1995 JUTA -USINA ASSESSORIA, 1992 EXPERIÊNCIAS QUE RETOMAM A DISCUSSÃO: HABITAR COLETIVO E CIDADE RINCÃO -ARQTOS. HÉCTOR VIGÇLIECCA, BRUNO PADOVANO E EQUIPE DE HABI (FRANCISCO SCAGLIUSI), 1990
  34. CASARÃO CELSO GARCIA – SÃO PAULO ARQUITETOS: PEDRO SALES, MARTA

    LAGRECA E CLÁUIDIO MANETTI – EQUIPE HABI/SEHAB/PMSP- 1991/2004- 182 UNIDADES
  35. OLARIAS- SÃO PAULO ARQUITETOS: FÁBRICA URBANA CENTRO E PROJETOS DA

    CIDADE – 2003/2004 PROGRAMA MORAR NO CENTRO