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M4D1 - Aula 1

M4D1 - Aula 1

MODULO IV - Estratégias tecnológicas para a Produção Habitacional

Objetivo: analisar diferentes soluções tecnológicas passíveis de serem utilizadas na construção de habitação coletiva, sendo discutidas soluções alternativas às práticas correntes em nossas cidades.

DISCIPLINA I: Desenho Urbano e Infraestrutura
Professores: Jeferson Tavares

"Como a infraestrutura desenha o território"

Ementa: Será apresentada e debatida na disciplina a relação entre o ambiente natural e a forma urbana com sua infraestrutura, que é precária ou obsoleta na maior parte do planeta. Quanto à infraestrutura, serão observadas as retículas urbanas (traçados e tipos de vias, sua hierarquia, sua relação com a topografia e seu custo), os pavimentos urbanos, questões referentes ao manejo das águas pluviais, às redes de água potável, esgoto, eletricidade e comunicação, à iluminação pública, mobiliário e vegetação no espaço urbano, sinalização e a ideia dos resíduos sólidos tratados como recursos.

Habitação e Cidade

October 07, 2015
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Transcript

  1. Dizemos, portanto, que a forma é o resultado de um

    processo, cujo ponto de partida não é a própria forma. G. C. Argan (in: História da arte como história da cidade, 1995, p. 75)
  2. ESTRUTURA: elementos mínimos e essenciais que compõem o todo e

    atuam conjuntamente INFRA: inferior, abaixo, subterrâneo, invisível
  3. De Embelezamentos a Melhoramentos para funcionalidade da cidade moderna (SAKAGUCHI,

    2005) Planejamento pela provisão infraestrutural como projeto político de poder (BERNARDINI, 2007) Instalação de infraestrutura, equipamentos e serviços cujos usos sociais fortalecem o desenvolvimento da economia e do processo de urbanização (REIS FILHO, 2010)
  4. AS RELAÇÕES SISTÊMICAS Teorias Econômicas Espaciais Perroux: Polos de Crescimento

    W. Cristaller e A. Losch: Teoria dos Lugares Centrais G. Myrdal: Causação Circular Cumulativa J. R. Boudeville: Política Regional para Integração do Território e Evitar o Desequilíbrio ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
  5. Todas as teorias tratam da relação: CONCENTRAÇÃO x DISPERSÃO Ou

    seria: CONCENTRAÇÃO E DISPERSÃO O objetivo dessa relação sistêmica é a garantir o movimento e a permanência de matéria-prima, mercadoria, recursos e pessoas ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
  6. A influência dos modelos tecnológicos aplicados sobre o território podem

    garantir ou inverter a lógica produtivista regulada pelas formas de gestão e pelas relações econômicas ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
  7. A Construção da Centralidade: Polarização e Hierarquia Analisando os polos

    ou aglomerações concentradas e a forma de controle Estatal entendemos porque as formas infraestruturais são condições para a urbanização As grandes redes definem-se pela economia de escala e pelo monopólio dos serviços ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
  8. A economia de escala é o atendimento a uma demanda

    concentrada e sempre crescente cujo investimento possa ser compensado num curto período de tempo A metrópole é o território das concentrações, por isso os investimentos ocorrem predominantemente nas metrópoles A Construção da Centralidade: Polarização e Hierarquia Analisando os polos ou aglomerações concentradas e a forma de controle Estatal entendemos porque as formas infraestruturais são condições para a urbanização As grandes redes definem-se pela economia de escala e pelo monopólio dos serviços ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
  9. O monopólio sobre os serviços públicos garante ao Estado aplicar

    uma política coesa e integrada da produção, distribuição e consumo desses serviços. O que faz da gestão dos serviços públicos uma lógica de monopólios, tanto de escala como de escopo. Para manter a coesão e integração das políticas as decisões tornam-se concentradas. Do ponto-de-vista racional, o objetivo é promover o crescimento. Assim, os investimentos em infraestrutura concentram-se nas áreas mais equipadas e, por isso mesmo, mais produtivas para obter maior riqueza com menor investimento. Portanto, a Rede se constitui de forma polarizada e hierarquizada. ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
  10. A associação em grandes redes, portanto encontra nas grandes concentrações

    urbanas o lócus ideal para sua reprodução, pois tem garantida uma situação de economia de escala e de escopo e o monopólio do Estado sobre a concepção do sistema. Nas redes, as formas ficam submetidas ao Hub, elemento hierarquicamente mais importante e distribuidor dos demais fluxos. Nesse caso, predominam as formas radiais ou concêntricas.
  11. 1. Economia de Escopo: Conectividade A economia de escopo é

    a associação entre finalidades distintas que compartilham o mesmo sistema físico numa mesma rede ALTERNATIVAS PARA UM NOVO DESENHO DE REDE
  12. Equilíbrio está diretamente vinculado aos conceitos de atendimento universal e

    conectividade. Conectividade é a integração entre redes o que garante que uma mesma localidade estará atendida independentemente do funcionamento ou não de uma das redes conectadas. No atendimento universal através da conectividade entre redes, extingue-se o modelo de polarização e hierarquia. Embora possa existir centro, existirão vários deles. A hierarquia será desmontada, pois os fluxos podem circular por diferentes redes para atingir um mesmo ponto. ALTERNATIVAS PARA UM NOVO DESENHO DE REDE
  13. O modelo em árvore também é hierárquico, pois constitui-se por

    ramificações de pontos centrais. Há, porém conexões diretas e indiretas com as centralidades. Nem sempre as ramificações estão integradas entre si, o que gera certo desequilíbrio entre os ramos O modelo em anel, por sua vez garante acesso às áreas periféricas, eventualmente integrando-se ao Hub
  14. 2. A Escala Regional: Equilíbrio Territorial Ao invés de centro

    e periferia teríamos fronteiras que se definem pelas regiões homogêneas de atendimento A escala regional, portanto é fundamental para fazer compensações e evitar as relações subsidiárias Nesse critério, o atendimento equilibrado é aquele que não está sobrecarregado ou ocioso. As regiões homogêneas, portanto devem ser planejadas integralmente afim de atenderem ao conjunto dinâmico, por compensações As redundâncias – se não responsáveis por excessos – são bem-vindas ALTERNATIVAS PARA UM NOVO DESENHO DE REDE
  15. A centralidade permanece apenas na concepção de rede (Capacidade Central),

    mas as saídas ou chegadas são garantidas por fluxos contínuos e simultâneos para todos os vetores O acesso é difuso e tudo é equivalente, pois tudo está conectado
  16. A distribuição demográfica não é igual em todo lugar, mas

    os fluxos podem ser e dar oportunidade de áreas distantes serem tão influentes quanto as áreas próximas às grandes metrópoles. As forças produtivas forçam as economias de aglomeração, mas é possível proporcionar um sistema de multipolaridade Pode-se atribuir igualdade de decisão e desenvolvimento a várias centralidades, simultaneamente
  17. Metropol Parasol Local: Sevilha, Espanha Ano: 2004-2011 Projeto: J. Mayer

    H. Architects Programa: Subsolo: Vestígios arqueológicos, Piso 1: mercado central; Pisos 2 e 3: terraços panorâmicos Forma: referência à cúpula da catedral de Sevilha Área: 150m x 75m, 28m de altura Implantação: 2 quadras http://www.setasdesevilla.com/el-mirador/ Foto: Fernando Alda. In: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.130/4066
  18. GUATELLI, Igor. O MAXXI e o delírio de Zaha Hadid

    em Roma. Projetos, São Paulo, ano 11, n. 129.03, Vitruvius, set. 2011 <http://www.vitruvius.com.br/re vistas/read/projetos/11.129/404 3>. Fondazione MAXXI – Museo Nazionale delle Arti del XXI Secolo Zaha Hadid e Patrik Schumacher Local: Roma, Italia Ano: 1999-2006 Programa: Museu, Auditório, Loja, Restaurante
  19. “... os elementos fixos, fixados em cada lugar, permitem ações

    que modificam o próprio lugar, fluxos novos ou renovados que recriam as condições ambientais e as condições sociais, e redefinem cada lugar. Os fluxos são um resultado direto ou indireto das ações e atravessam ou se instalam nos fixos, modificando a sua significação e o seu valor, ao mesmo tempo em que, também se modificam" Milton Santos, A natureza do Espaço, p.61 FLUXOS E FIXOS