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NR23_-_16H_-_BRIGADA_DE_INCENDIO.pdf

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January 21, 2025
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  1. OBJETIVO Os principais e objetivos fundamentais no que se refere

    à segurança contra incêndios consistem em reduzir os riscos à vida humana e minimizar perdas de patrimônio. A brigada de incêndio é um grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono e combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida.
  2. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO • PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO; • LEGISLAÇÃO;

    • TEORIA DO FOGO; • PONTOS DA TEMPERATURA DO FOGO; • MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO; • CLASSES DO FOGO; • EXTINTORES DE INCÊNDIO; • CLASSES DE INCÊNDIO; • PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO; • TÉCNICAS E TÁTICAS DE COMBATE A INCÊNDIO; • EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI; • EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA – EPR; • PLANO DE EMERGÊNCIA;
  3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO • TÉCNICAS DE RESGATE • PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE

    EMERGÊNCIA • AVALIAÇÃO INICIAL • VIAS AEREAS • PRIMEIROS SOCORROS • ESTADO DE CHOQUE • HEMORRAGIAS • FRATURAS • FERIMENTOS • CURATIVOS • QUEIMADURAS • EMERGÊNCIAS CLINICAS • TRANSPORTE DAS VÍTIMAS • PESSOA COM MOBILIDADE REDUZIDA • PROTOCOLO COM INCIDENTE DE MÚLTIPLAS VITIMAS
  4. Funções da Brigada de Incêndio: As obrigações da brigada se

    dividem em dois tipos de ação, prevencionista e de combate a incêndio: • Ação prevencionista da Brigada de Incêndio: • Todos da brigada devem ter ciência de suas funções na brigada; Conhecer o local de trabalho nos mínimos detalhes, analisando a planta da empresa, seus setores e instalações; • Dominar e entender totalmente o funcionamento do plano de emergência de evacuação, em caso de incêndio; PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
  5. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO • Saber orientar os demais

    trabalhadores, em casos de risco e de incêndio; • Participar de todas as reuniões, exercícios e capacitações do grupo de Brigada de Incêndio; • Procurar, identificar e avaliar os riscos de incêndios; • Os resultados da avaliação de risco devem ser colocados em um relatório, incluindo os problemas e recomendações, que deverão ser entregues ao setor responsável da empresa • Sempre inspecionar extintores, hidrantes, portas, luzes e o que mais fizer parte do sistema de segurança e combate ao incêndio;
  6. • Ação de combate e emergência da Brigada de Incêndio;

    • Ajudar a organizar a evacuação de todos; • Acalmar e orientar as pessoas; Sinalizar, indicar e ajudar os trabalhadores, baseado no que aprendeu e simulou em exercício com a Brigada; • Investigar princípios de incêndio; • Combater incêndio, exercendo sua função, previamente estabelecida em reunião com a Brigada de Incêndio; PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
  7. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO • Fazer os primeiros socorros

    de pessoas que estejam necessitando de cuidados médicos; • Entrar em contato com corpo de Bombeiros; • Informar aos Bombeiros todos os detalhes do local de trabalho, rotas de fuga, ambientes com elevado risco de incêndio, indicar situações e locais com risco de explosão e detalhes técnicos do local que está pegando fogo;
  8. As normas e bibliografias abaixo contêm disposições que estão relacionadas

    com esta Nota Técnica: a) Lei nº 11.901, de 12 de janeiro de 2009, que dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá outras providências; b) Lei nº 7.355, de 14 de julho de 2016, que dispõe sobre a realização do serviço particular denominado brigadas de incêndio por bombeiro profissional civil (BPC); LEGISLAÇÃO
  9. LEGISLAÇÃO c) Resolução SEDEC nº 031 de 10 de janeiro

    de 2013, que dispõe sobre o credenciamento de empresas especializadas para realizar curso de formação, curso de atualização e habilitação de bombeiro civil (BC), de empresas especializadas para realizar curso de formação e atualização de brigadistas voluntários de incêndio (BVI), sobre o serviço de brigadas de incêndio e do credenciamento de empresas especializadas para prestação de serviço de bombeiro civil (BC) nas edificações, eventos e áreas de risco no estado do rio de janeiro, e dá outras providências;
  10. LEGISLAÇÃO d) ABNT NBR 14023:1997 – Registro de atividades de

    bombeiros; e) ABNT NBR 14276:2006 – Programa de brigada de incêndio; f) ABNT NBR 14277:2005 – Instalações e equipamentos para treinamento de combate a incêndio; g) ABNT NBR 14608:2007 – Bombeiro profissional civil; h) ABNT NBR 15219:2005 – Plano de emergência contra incêndio – requisitos.
  11. TEORIA BÁSICA DO FOGO: Para que você possa prevenir e

    apagar o fogo, inicialmente é necessário conhecer a teoria básica do fogo, que consiste nos princípios e nas informações que explicam a sua origem e seu funcionamento. TEORIA DO FOGO
  12. TEORIA DO FOGO CONCEITO DE FOGO: O fogo nada mais

    é do que uma reação química que libera luz e calor devido à combustão de materiais diversos. Essa reação química decorre de uma mistura de gases a alta temperatura, que emite radiação geralmente visível.
  13. TEORIA DO FOGO A explicação para essa reação é bem

    simples: basta entendermos que todo material quando aquecido a determinada temperatura libera gases, e são esses gases que, de fato, pegam fogo. Em alguns incêndios o comportamento do fogo é diferenciado, podendo gerar os chamados backdraft ou flashover, que são fenômenos do fogo, e que muitas vezes são extremamente agressivos em relação a sua propagação e intensidade.
  14. TEORIA DO FOGO Esses fenômenos do fogo podem ser: •

    Ignição súbita – Flashover e; • Ignição explosiva - Backdraft;
  15. Comportamento do fogo em interiores? O comportamento do fogo em

    incêndios interiores pode apresentar diferentes fatores, que muitas vezes podem ser visualizados, ouvidos ou sentidos. Esses fatores podem ser divididos em: Estático e Dinâmicos. Os fatores estáticos estão relacionados às condições da estrutura da edificação. TEORIA DO FOGO
  16. TEORIA DO FOGO Onde ocorrem fenômenos do fogo? Normalmente ocorrem

    em ambientes com incêndios em interiores, apresentando características que podem ser percebidas se você tiver conhecimento. Os fenômenos do fogo podem acontecer mesmo em ambientes com carga de incêndio baixa e em ambientes comuns, como um quarto ou ainda em um mercado, sem a necessidade de agentes aceleradores, como, álcool, gasolina ou outros materiais combustíveis para causar tal fenômeno;
  17. TEORIA DO FOGO Os incêndios estruturais, conhecidos como incêndios interiores,

    caracterizam-se por: Ocorrem em espaço físico limitado (confinado e/ou compartimentado), geralmente a delimitação é feita por paredes e teto, nos quais acumulam os gases combustíveis e a fumaça.
  18. TEORIA DO FOGO No interior dos ambientes, principalmente se as

    portas e janelas estiverem fechadas, impedindo o escoamento desses gases de dentro do ambiente para o exterior. Podem surgir com pouco tempo de queima, não sendo necessários longos períodos de queima para que um dos fenômenos do fogo ocorra.
  19. TEORIA DO FOGO Porém, por vezes, uma queima mais prolongada

    produzirá mais calor, pressão e vapores combustíveis, ampliando a violência do evento. Podem acontecer em edificações com qualquer tipo de estrutura construtiva (concreto, alvenaria, madeira e metal). Salienta-se que o fenômeno backdraft tem maior probabilidade de ocorrer em edificações construídas em concreto ou alvenaria.
  20. TEORIA DO FOGO Existem três processos de propagação de calor:

    condução, convecção e irradiação. Condução: Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato, as moléculas do corpo mais quente, colidindo com as moléculas do corpo mais frio, transferem energia para este. Esse processo de condução de calor é denominado condução.
  21. TEORIA DO FOGO No caso dos metais, além da transmissão

    de energia de átomo para átomo, há a transmissão de energia pelos elétrons livres, ou seja, são os elétrons que estão mais afastados do núcleo e que são mais fracamente ligados aos núcleos, portanto, esses elétrons, colidindo entre si e com átomos, transferem energia com bastante facilidade. Por esse motivo, o metal conduz calor de modo mais eficiente do que outros materiais.
  22. TEORIA DO FOGO Convecção: Da mesma forma que o metal,

    os líquidos e os gases são bons condutores de calor. No entanto, eles transferem calor de uma forma diferente. Esta forma é denominada convecção. Esse é um processo que consiste na movimentação de partes do fluido dentro do próprio fluido. Por exemplo, vamos considerar uma vasilha que contenha água à temperatura inicial de 4°C.
  23. TEORIA DO FOGO Sabemos que a água acima de 4ºC

    se expande, então ao colocarmos essa vasilha sobre uma chama, a parte de baixo da água se expandirá, tendo sua densidade diminuída e, assim, de acordo com o Princípio de Arquimedes, subirá. A parte mais fria e mais densa descerá, formando-se, então, as correntes de convecção. Como exemplo de convecção temos a geladeira, que tem seu congelador na parte de cima. O ar frio fica mais denso e desce, o ar que está embaixo, mais quente, sobe.
  24. TEORIA DO FOGO Irradiação Podemos dizer que a irradiação térmica

    é o processo mais importante, pois sem ela seria praticamente impossível haver vida na Terra. É por irradiação que o calor liberado pelo Sol chega até a Terra. Outro fator importante é que todos os corpos emitem radiação, ou seja, emitem ondas eletromagnéticas, cujas características e intensidade dependem do material de que é feito o corpo e de sua temperatura.
  25. TEORIA DO FOGO Portanto, o processo de emissão de ondas

    eletromagnéticas é chamado de irradiação. A garrafa térmica é um bom exemplo de irradiação térmica. A parte interna é uma garrafa de vidro com paredes duplas, havendo quase vácuo entre elas. Isso dificulta a transmissão de calor por condução. As partes interna e externa da garrafa são espelhadas para evitar a transmissão de calor por irradiação.
  26. PONTOS DE TEMPERATURA DO FOGO Os combustíveis são transformados pelo

    calor, e a partir desta transformação é que se combina com o oxigênio, resultando na combustão. Essa transformação desenvolve-se em temperaturas diferentes, à medida que o material vai sendo aquecido. Assim, tem-se os seguintes pontos de temperatura: • Ponto de fulgor; • Ponto de combustão; • Ponto de ignição. PONTOS DA TEMPERATURA DO FOGO
  27. PONTOS DA TEMPERATURA DO FOGO É a temperatura mínima em

    que um combustível desprende vapores ou gases inflamáveis que combinados com o oxigênio do ar e em contato com uma fonte de calor começam a se queimar. Assim, quando esse combustível é afastado da fonte de calor, as chamas não se mantêm.
  28. É a temperatura mínima em que um combustível desprende vapores

    ou gases inflamáveis que combinados com o oxigênio do ar e em contato com uma fonte de calor começam a se queimar. Neste ponto, mesmo quando esse combustível é afastado da fonte de calor, as chamas se mantêm. É a temperatura em que os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer fonte de calor. PONTOS DA TEMPERATURA DO FOG
  29. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO Conforme estudamos até agora, só

    existe fogo quando estão presentes, e em proporções ideais, o combustível, o comburente e o calor, reagindo em cadeia. Dessa forma, quando quebrada essa reação em cadeia ou isolado um dos elementos do fogo, interrompe- se a combustão, extinguindo o fogo. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
  30. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO EXTINÇÃO POR RESFRIAMENTO Esse método

    consiste em diminuir a temperatura do combustível, retirando-se o calor, de modo a não gerar mais gases e vapores e apagá-lo. O agente resfriador mais comum e mais utilizado é a água.
  31. EXTINÇÃO POR ABAFAMENTO Consiste em diminuir ou impedir que o

    comburente - geralmente oxigênio - permaneça em contato com o combustível, numa condição ideal para a alimentação da combustão. Para combater incêndios por abafamento, podem ser utilizados os mais diversos materiais, desde que estes venham a impedir a entrada de oxigênio no fogo e não a servir como combustíveis por um determinado tempo. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
  32. RETIRADA DO MATERIAL Esse método consiste em retirar o material

    combustível que está queimando ou que está próximo ao fogo. Nessa situação, deve-se ter muito cuidado, principalmente quando for retirar o material que está queimando. Como exemplo desse método, podemos citar o afastamento de móveis da área do incêndio, a retirada do botijão de gás ou o fechamento do seu registro. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
  33. CLASSES DE INCÊNDIO Para se combater um incêndio usando os

    métodos adequados (extinção rápida e segura), há a necessidade de entender quais são as características que definem os combustíveis. CLASSES DO FOGO No mundo, existem cinco classes de combustíveis reconhecidas pelos maiores órgãos voltados ao estudo do tema, sendo elas: • Classe A – Sólidos combustíveis; • Classe B – Líquidos e gases combustíveis; • Classe C – Materiais energizados; • Classe D – Metais pirofóricos; • Classe K – Óleos e gorduras.
  34. EXTINTORES DE INCÊNDIO A finalidade do extintor é realizar o

    combate imediato e rápido em princípios de incêndio (pequenos focos). Para cada classe de incêndio existe um extintor mais adequado. EXTINTORES DE INCÊNDIO
  35. EXTINTORES DE INCÊNDIO Assim, é fundamental que você, brigadista, entenda

    a diferença entre os tipos de extintores e saiba como deve utilizá-los em situações de incêndio. Cabe ressaltar que a aplicação dos extintores em princípio de incêndio não deve justificar qualquer demora no acionamento do sistema de alarme geral e na mobilização de maiores recursos, mesmo quando parecer que o fogo pode ser dominado rapidamente. Na sequência serão expostos os tipos mais comuns de extintores, relacionando ao fim que se destinam e explicando como devem ser operados.
  36. EXTINTORES DE INCÊNDIO Água Pressurizada Classe de incêndio - A

    O agente extintor é a água e age por resfriamento Não deve ser utilizado em incêndios classe C, D e K.
  37. EXTINTORES DE INCÊNDIO Gás Carbônico – CO2 Classe de incêndio

    – B e C O agente extintor é o gás carbônico (dióxido de carbono), agindo por resfriamento e abafamento, devendo ser aplicado de forma homogênea e rápida, pois se dissipa com muita facilidade. Pode também ser utilizado nas classes A (somente no seu início) e B (em ambientes fechados).
  38. EXTINTORES DE INCÊNDIO FIRE EXTINGUISHERS Pó Químico Seco - PQS

    Classe de incêndio – B e C O agente extintor é o bicarbonato de sódio/potássio, sendo extinto o fogo por meio de reações químicas (quebra da reação em cadeia) e abafamento.
  39. Classe de incêndio – A, B e C O agente

    extintor pode ser o monofosfato de amônia ou amônia siliconizada, que quebra a reação em cadeia do fogo por meio de reações químicas e também por abafamento. CLASSES DE INCÊNDIO
  40. CLASSES DE INCÊNDIO Extintor Classe D Classe de incêndio –

    D (materiais pirofóricos) Materiais podem entrar em combustão sem a presença de fonte de ignição, portanto os incêndios dessa classe são muito perigosos e de difícil controle, por isso deve ser utilizado material apropriado.
  41. CLASSES DE INCÊNDIO Extintor Classe K Classe de incêndio –

    K (óleo e gordura) Os agentes extintores são feitos com uma solução aquosa de sais orgânicos que apaga os incêndios resfriando e abafando. Quando se deparar com uma panela de gordura em chamas, pode ser extinto o fogo utilizando um pano umedecido para tampar a superfície da panela, abafando o fogo.
  42. Ignição súbita – Flashover De forma simples, o fogo gera

    calor e propaga este para outros materiais combustíveis que estejam dentro do ambiente. Estes materiais combustíveis geram vapores devida a ação do calor sobre eles e estes vapores se combinam com o oxigênio, tornando se inflamáveis. O processo de liberação de vapores dos materiais combustíveis sólidos é chamado de “Pirólise”. CLASSES DE INCÊNDIO
  43. CLASSES DE INCÊNDIO A liberação de vapores dos combustíveis acontece

    tão logo estes atinjam o seu “ponto de fulgor”, que é a menor temperatura no interior do ambiente, capaz de fazer os materiais combustíveis liberarem vapores. Após início da “Pirólise”, se o ambiente continuar aquecendo, os materiais combustíveis atingem o “ponto de combustão” e na sequência, “ponto de ignição”.
  44. CLASSES DE INCÊNDIO Quando atingem o “ponto de ignição” os

    materiais combustíveis se incendeiam quase que simultaneamente, provocando o flashover, que deixa o ambiente tomado pelas chamas. A principal causa do Flashover é a alta temperatura, que fica aproximadamente a 600 C º.
  45. Ignição explosiva – Backdraft Backdraft é conceituado como uma explosão

    decorrente da entrada repentina de ar, num ambiente pouco ventilado com grande concentração de gases aquecidos, e com fogo em estado de latência. Fogo em estado de latência é quando não há chamas. CLASSES DE INCÊNDIO
  46. CLASSES DE INCÊNDIO Um ambiente com pouco oxigênio não gera

    chamas ou estas são quase imperceptíveis, no entanto, provoca aquecimento do local e dos combustíveis, os quais liberam vapores devida ação do calor, e estes vapores aquecidos são inflamáveis, mas devido baixo percentual de O², estes não queimam e ficam concentrados no ambiente.
  47. CLASSES DE INCÊNDIO Caso ocorra alguma abertura (porta ou janela),

    entra oxigênio, pega fogo em todos esses vapores simultaneamente, provocando uma explosão, que é chamado de Backdraft. A causa principal do backdraft está ligada a uma abertura e a repentina oferta de ar (oxigênio) para o interior do ambiente. São condições para ocorrência deste fenômeno a restrição de oxigênio a temperaturas acima de 700 ºC.
  48. CLASSES DE INCÊNDIO A inserção abrupta de ar no ambiente

    pode ocorrer tanto pela entrada dos combatentes (antes de providenciarem um escoamento eficiente da fumaça), quanto pela quebra de uma janela, em função da pressão exercida pela própria fumaça sobre os vidros. Momentos que antecedem um backdraft Devemos estar atentos a determinados sinais no ambiente, entre eles: • Fumaça escura e espessa. • Ventilação limitada ou sem ventilação. • Portas e janelas quentes em toda a sua extensão.
  49. CLASSES DE INCÊNDIO • Vidros de janelas escurecidos de fuligem

    e/ou com aspecto oleoso. • Poucas ou sem chamas visíveis. • Possíveis “assovios” em rachaduras ou pequenos orifícios. • Pulsações de fumaça através de frestas (debaixo de portas, por exemplo). • Rápida aspiração de ar caso seja feita uma pequena abertura. • Plano neutro muito baixo ou inexistente.
  50. Como evitar um backdraft: • Fique atento aos sinais acima.

    • Constatada a possibilidade de backdraft, não abra portas e janelas. • Mantenha-se protegido atrás de paredes de alvenaria, pois se, por exemplo, o teto vir a desabar, poderá ocorrer um backdraft em função da rápida alimentação do fogo. • Sempre observe paredes e tetos. Se o ambiente está queimando por muito tempo, podem estar comprometidos. • Resfrie os gases superaquecidos através de pequenos furos ou frestas na edificação, utilizando jato neblinado. • Lembre-se que o objetivo nesta etapa não é apagar o fogo, mas resfriar os gases. CLASSES DE INCÊNDIO
  51. Bleve Sendo um acrônimo, Bleve significa em inglês “Boiling Liquid

    Expanding Vapor Explosion”, traduzido para o português como “Explosão do vapor expandido pelo líquido em ebulição”. Trata-se, então, de um fenômeno físico que resulta na liberação repentina de um líquido mantido em um recipiente pressurizado durante um incêndio. CLASSES DE INCÊNDIO
  52. CLASSES DE INCÊNDIO De modo geral, o líquido sob pressão

    atinge uma temperatura acima do seu ponto de ebulição, fazendo com que o seu estado passe de líquido para gasoso. No Bleve, não é preciso que o líquido seja inflamável, o fenômeno pode ocorrer com qualquer substância. Além disso, em seu processo de ebulição é gerado vapores que excedem 200 vezes o seu volume inicial.
  53. CLASSES DE INCÊNDIO Esses vapores, quando entram em contato com

    uma fonte de ignição, acabam por gerar uma “bola de fogo”. Algumas ocorrências já registradas mostram que o Bleve é mais comum com os líquidos inflamáveis e gera a “bola de fogo”.
  54. Boil Over Em tradução livre, Boil Over significa “transbordar”, no

    entanto, pode ser denominado de “explosão por ebulição”, algo que condiz com a característica do fenômeno. Trata-se, então, de um evento que ocorre durante a tentativa da extinção de um incêndio com óleos ou produtos derivados do petróleo. CLASSES DE INCÊNDIO
  55. CLASSES DE INCÊNDIO De maneira simples, o fenômeno acontece ao

    jogar água em um incêndio com o material combustível mencionado acima (óleo ou derivados do petróleo).
  56. CLASSES DE INCÊNDIO Por sua densidade, a água afunda no

    recipiente que contém o combustível e fica armazenada no fundo, e devido a alta temperatura presente no recipiente ela transforma-se em vapor. Isso acaba gerando uma explosão por ebulição, pois a pressão do vapor ao empurrar o combustível quente para cima, fará com que ele seja arremessado, espalhando-se por uma ampla área.
  57. CLASSES DE INCÊNDIO Tal característica torna o Boil Over de

    grande perigo. Além disso, esse tipo de fenômeno também pode acontecer ao utilizar óleos vegetais para cozinhar. Por isso, para a sua segurança nunca jogue água em uma panela com óleo quente.
  58. CLASSES DE INCÊNDIO Devido a esse fenômeno e outros similares,

    existem normas e leis a serem seguidas. Podemos citar aqui, as Normas Regulamentadoras (NR’s) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ambas regem normas que visam a segurança.
  59. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO A proteção passiva tem o objetivo de

    proteger a edificação e as pessoas, para que a evacuação seja feita de forma rápida e segura. Já a proteção ativa tem a missão de combater o fogo que já começou. As medidas passivas de proteção contra incêndio são responsáveis pela separação dos espaços por onde deve ser feita a evacuação do prédio.
  60. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO O que são os sistemas fixos de

    combate a incêndio Sistemas fixos de combate a incêndio são equipamentos para extinção de incêndio que se encontram instalados em edificações industriais, comerciais e residenciais. A principal função é garantir a segurança das pessoas e das instalações, pois oferecem recursos para ações rápidas, auxiliando na redução de danos que um incêndio pode causar.
  61. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Cada sistema fixo de proteção contra incêndio

    tem uma operação específica de acordo com vários fatores como: • Tipo de detecção e alarme, • Tipo de agente extintor, • Dimensões dos ambientes, • Tipo de material a ser protegido.
  62. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Podem ser manuais ou automáticos e podem

    utilizar água, espuma ou agentes gasosos. Sistema manual: Como o próprio nome indica, o alarme e liberação do agente extintor é feito manualmente, através do acionamento de uma botoeira. Portanto, seu disparo depende da ação humana.
  63. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Sistema automático Os detectores enviam aviso para

    a central que ativa o alarme e aciona o sistema de extinção de incêndio, tudo automaticamente.
  64. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Sistema com extinção por água São os

    hidrantes, mangotinhos, extintores a base d’água, redes de sprinklers. O agente extintor é a água, que não deve ser aplicada na presença de redes energizadas e jamais sobre gordura de cozinha em chamas.
  65. Sistema com extinção por espuma Ele age através da descarga

    de LGE (Líquido Gerador de Espuma). A tubulação é conectada à rede de água que, em contato com o LGE, produz a espuma para combate ao incêndio. Esse tipo de sistema é utilizado principalmente na indústria petroquímica, farmacêutica e operações de gases e óleos. Sistema com extinção por agente gasoso O mercado oferece várias opções de agentes gasosos para combate a incêndio, tais como CO2, FM-200, Novec-1230 e Inergen. Nesse tipo de sistema, a descarga do agente acontece por meio de bicos, inundando o ambiente e extinguindo as chamas por reação química, como você vai ver adiante. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
  66. OS 10 tipos de sistemas fixos de combate a incêndio:

    Sistema fixo de detecção e alarme Os sistemas fixos de detecção e alarme não atuam diretamente no combate ao fogo. Mas são mecanismos essenciais para identificar e alertar um princípio de incêndio. A detecção precoce e disparo do alarme possibilitam a ação da brigada de incêndio ou a chegada dos bombeiros. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
  67. Hidrantes e mangotinhos Os hidrantes são equipamentos de combate a

    incêndio instalados na parede, em local definido por projeto para fácil acesso e operação, de acordo com as características da edificação e com normas técnicas. Eles são recomendados para conter um incêndio quando os extintores portáteis não são suficientes. Os hidrantes são compostos por uma caixa de aço de cor vermelha (chamada de abrigo), onde se encontra a tubulação e válvula de abertura conectada a uma mangueira. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
  68. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO O sistema é abastecido por uma rede

    hidráulica pressurizada. A mangueira, ou mangotinho, é armazenada em um carretel que permite sua extensão para fora com agilidade. Um esguicho regulável em sua ponta permite controlar a vazão da água.
  69. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO É necessário treinamento prático para utilização desse

    equipamento, pois a pressão da água na mangueira pode ser muito forte para o simples manuseio. Por isso, são mais utilizados pelos próprios bombeiros ou brigadas de incêndio capacitadas em prédios residenciais, industriais ou comerciais.
  70. Tipos de detectores Há vários tipos de detectores que alertam

    princípios de incêndio: Detector de fumaça: é acionado pela presença de fumaça e dispara um alarme já nos momentos iniciais do incêndio, antes mesmo da presença de chamas. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
  71. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO • Detector de chamas: indicado para ambientes

    como fábricas e laboratórios, onde há perigo de formação de chamas antes mesmo da fumaça. Ao detectar a presença de chamas, o detector fará o disparo do alarme.
  72. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO • Detector de temperatura: verifica a temperatura

    do ar no ambiente e dispara o alarme caso haja uma rápida elevação no local • Detector de gases: o equipamento capta a presença no ambiente de vapor ou gases potencialmente inflamáveis, enviando o alarme para a central.
  73. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Tipos de sistema de detecção O sistema

    fixo de detecção e alarme pode ser endereçável ou convencional. O sistema convencional é indicado para edificações pequenas, pois oferece cobertura por setores, sem indicar o ponto exato do foco de incêndio. Em caso de disparo do sistema, a central informa a ocorrência em um andar, por exemplo, mas não sendo possível saber a sala exata onde o incêndio se iniciou. Já o sistema endereçável informa com precisão o local onde o incêndio acontece. Em caso de disparo, a central recebe o aviso e é capaz de identificar a localização exata do princípio de incêndio. Exemplo: 3º andar, na sala de reuniões B.
  74. Sprinklers (chuveiros automáticos) Sprinklers são sistemas de “mini chuveiros” que

    atuam no combate inicial de um incêndio, liberando água quando acionados. Os sprinklers se diferem pela sensibilidade maior ou menor ao calor. Uma pequena ampola de vidro no seu interior contém um líquido termos sensível que se expande com o aumento da temperatura. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
  75. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Essa reação faz com que a ampola

    se rompa e ative o sistema, liberando água pressurizada através dos “chuveiros” da rede automaticamente. Um bom projeto de proteção contra incêndio determina qual o tipo mais indicado de acordo com o ambiente e atividade desenvolvida: a quantidade de sprinklers, a distância entre eles e a sensibilidade necessária. Tudo é determinado por projeto desenvolvido por profissionais especializados, de acordo com as normas de segurança estabelecidas.
  76. LGE (líquido gerador de espuma) Os sistemas fixos de proteção

    contra incêndio com LGE são indicados para o combate ao fogo originado por combustíveis, óleo e gases. Por isso, são bastante utilizados na indústria. O uso de líquidos inflamáveis no processo produtivo (solventes e hidrocarbonetos) torna o risco de incêndio potencialmente alto. Daí a importância da presença de um sistema de combate com LGE. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
  77. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO No disparo do sistema, um composto concentrado

    de detergente líquido é misturado com água (pura, salobra ou água do mar), formando uma espuma que, além de resfriar, também age por abafamento, apagando as chamas. Ao criar uma barreira de proteção, o LGE também evita que os gases em combustão se expandam pelo ambiente. A concentração do líquido detergente varia de 1, 3 a 6% e é definida conforme a classe do incêndio (classe A, B, solventes ou hidrocarbonetos).
  78. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Uma central monitora a temperatura da área.

    Quando o dispositivo detecta uma elevação na temperatura, a central realiza as seguintes operações, automaticamente: • Corte do suprimento de gás • Corte da energia elétrica • Fechamento do sistema de exaustão. Na sequência, o CO² é liberado, inundando o espaço, causando resfriamento e extinguindo o fogo.
  79. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Incolor e inodoro, o CO² não causa

    dano às superfícies, utensílios e equipamentos e oferece ótima relação custo x benefício. Diferentemente do FM-200, o sistema de combate por CO² não é indicado para ambientes com a presença de pessoas, pois pode causar asfixia. O sistema é utilizado na proteção a incêndios em plataformas de petróleo, em salas com geradores, em depósitos que armazenam produtos inflamáveis, em diversas áreas industriais bem como em dutos de coifas industriais e comerciais.
  80. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Novec 1230 O sistema de proteção contra

    incêndio com fluído Novec 1230, a exemplo do FM-200, também pode ser descarregado em ambientes com a presença de pessoas e não afeta a integridade de arquivos, mídias e equipamentos. O sistema de proteção com Novec 1230 é composto de cilindro, tubulações, válvulas e bicos de descarga. Na ocorrência de um incêndio, a detecção dispara a descarga do produto, que acontece em, no máximo, 10 segundos. O fluido age na reação em cadeia do fogo e impede a reignição. É o agente ideal para instalações onde a continuidade da operação e a segurança de acervos é vital, como Data Centers, CPDs, salas de controle e museus.
  81. TÉCNICAS E TÁTICAS DE COMBATE A INCÊNDIO Ventilação natural A

    ventilação natural utiliza o fluxo natural do ar para retirar a fumaça do ambiente sinistrado. O fluxo natural da fumaça no interior da edificação pode ser produzido pelo vento ou pelo efeito chaminé. Para fazer a ventilação natural, o bombeiro retira as obstruções que impedem o fluxo natural do ar. Estas obstruções podem ser portas, janelas, alçapões fechados, paredes e tetos (coberturas ou telhados).
  82. TÉCNICAS E TÁTICAS DE COMBATE A INCÊNDIO Ventilação forçada A

    ventilação forçada é realizada por meio de equipamentos mecânicos, como por exemplo, exaustores , ventiladores ou aplicação de água com esguichos reguláveis, para forçar a saída da fumaça da edificação. A ventilação forçada permite criar ou aumentar a velocidade do fluxo de ar no interior da edificação, para promover a sua extração da fumaça para o meio exterior.
  83. TÉCNICAS E TÁTICAS DE COMBATE A INCÊNDIO Na ventilação natural,

    depende da velocidade do vento e das aberturas em tamanho suficientes para efetuar a ventilação. Quando as aberturas naturais forem impróprias, tais como quando desalinhadas ou pequenas, pode efetuar a ventilação forçada antes de criar aberturas adicionais.
  84. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA O corte

    do fornecimento de energia elétrica de toda a edificação ou do pavimento sinistrado deverá ser feito preferencialmente por pessoa qualificada. Os brigadistas poderão ter uma instrução visando apoiar esta operação. Quando necessário, a concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica deve ser acionada para executar o corte externamente, conforme previsto no Plano de Prevenção Contraincêndio- PPCIE.
  85. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA DESOCUPAÇÃO DA EDIFICAÇÃO A desocupação parcial

    ou total da edificação deve ser realizada, de modo a remover a população da edificação para um local seguro, onde deverão permanecer, para que seja realizada uma conferência, até receberem novas orientações.
  86. RESPONSABILIDADE PELA ORDEM DE DESOCUPAÇÃO Durante a situação de emergência,

    a decisão de proceder à ordem de desocupação da edificação sinistrada caberá ao Coordenador Geral. Conforme o caso, será determinado o início da desocupação, que deverá ser feita de forma ordenada, seguindo as orientações dos brigadistas, afim de que toda a edificação seja evacuada. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA
  87. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA PROCEDIMENTOS EM CASO DE DESOCUPAÇÃO DE

    EDIFICAÇÃO Os brigadistas responsáveis pela desocupação devem: a) orientar a formação de filas e a direção a seguir; b) priorizar os deficientes físicos, idosos, gestantes, crianças e pessoas com mobilidade reduzida; c) realizar o deslocamento em ordem e sem atropelos; d) não permitir que os integrantes da fila corram e empurrem;
  88. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA e) durante o deslocamento, não permitir

    que os integrantes da fila se afastem um dos outros e nem parem no caminho; f) não permitir gritaria durante o deslocamento; g) não permitir que as pessoas retornem para apanhar objetos; h) fechar as portas e janelas dos setores, sem trancá-las; i) não permitir que o elevador seja utilizado, recolhendo-os ao pavimento térreo; j) não subir, procurar sempre descer; k) ao utilizar as escadas de emergência, descer sempre pelo lado direito; l) manter as portas corta-fogo fechadas.
  89. ISOLAMENTO DA ÁREA SINISTRADA Isolar fisicamente a área sinistrada, de

    modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar que pessoas não autorizadas tenham acesso ao local do sinistro. COMBATE AO PRINCÍPIO DE INCÊNDIO Com maior brevidade possível, a BCI deverá dar o primeiro combate ao principio de incêndio, utilizando-se dos meios adequados. Com a chegada do Corpo de Bombeiros, a BCI deve ficar a sua disposição PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA
  90. Os principais tipos de EPI são: • Bota de aproximação;

    • Capuz Balaclava; • Capacete; • Uniforme profissional para Bombeiro; • Luva de Segurança; • Equipamento de proteção respiratória; • Equipamentos para trabalho em altura; • Proteção Auditiva; EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
  91. Bota para Bombeiro A bota é fabricada com o intuito

    de garantir a segurança profissional. Dessa forma, ela utiliza um sistema de proteção e vulcanização em autoclave com forro acrílico para oferecer o efeito antichama. Além disso, deve conter o bico feito de aço, solado de borracha e proteção para a canela do bombeiro. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
  92. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI Capuz Balaclava É um

    capuz balaclava de alta resistência à temperaturas, chegando resistir climas de até 300ºC.
  93. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI Capacete de Segurança É

    necessário ser produzido com material próprio para suportar e proteger os usuários em situações de alta temperatura. Para isso, é necessário conter as sinalizações para que haja a possibilidade de ajuste para qualquer tamanho de cabeça. Além disso, deve ter uma área interna com um tecido resistente às chamas.
  94. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI Luva de Segurança A

    Luva de Segurança deve possuir resistência contra temperaturas dos mais elevados níveis. Por este motivo, recomenda-se o uso de Luva de Vaqueta de Couro.
  95. Calça e Jaqueta de aproximação confeccionada em tecido Thermex EN-R,

    este com 75% meta-aramida, 23% para-aramida e 2% fibra antiestética, além da tecnologia Rip Stop (contra rasgos), barreira de umidade e barreira térmica dupla. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
  96. Equipamento de Proteção Respiratória Os Equipamentos de Proteção Respiratória também

    serão imprescindíveis uma vez que os trabalhadores entrem em locais com muita fumaça onde há a dificuldade para respirar ar puro. Por este motivo, respiradores deverão ser empregados com responsabilidade. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA – EPR
  97. O equipamento autônomo de respiração (ou de ar respirável), como

    é conhecido, consiste de um ou dois cilindros, contendo ar comprimido, montado num suporte, fixado por meio de uma cinta de rápida abertura. O suporte é fixado às costas, por intermédio de duas alças, uma em cada ombro, e um cinto ajustável na altura do abdômen. Os cilindros podem ser de aço, fibra de carbono ou alumínio revestido em kevlar. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA – EPR
  98. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA – EPR Os equipamentos autônomos são

    constituídos de cinco peças principais: 1- Máscara facial; 2- Válvula de demanda; 3- Regulador de pressão; 4- Suporte com cinto e arreios; e 5- Cilindro de ar respirável.
  99. O equipamento autônomo de respiração é um equipamento que se

    caracteriza pela total mobilidade que fornece de forma combinada com uma razoável autonomia de tempo para a execução de atividades de combate a incêndios, salvamento e atendimento a emergências químicas. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA – EPR
  100. O que é um Plano de Emergência Contra Incêndio O

    plano de emergência contra incêndio, é um documento que registra o resultado do planejamento das medidas de emergência que deverão ser adotadas em casos de incêndios numa determinada edificação, visando proteger a vida, o meio ambiente e o patrimônio e viabilizar a continuidade dos negócios. PLANO DE EMERGÊNCIA
  101. PLANO DE EMERGÊNCIA Objetivos do Plano de Emergência Contra Incêndio

    • Organizar, padronizar e operacionalizar as ações de combate incêndio; • Fornecer informações operacionais das edificações ou áreas de risco ao Corpo de Bombeiros para otimizar o atendimento de ocorrências; • proteger a vida, o meio ambiente e o patrimônio, bem como viabilizar a continuidade dos negócios.
  102. Como elaborar um plano de emergência contra incêndio Para a

    elaboração de um Plano de emergência contra incêndio é necessário realizar uma análise preliminar dos riscos de incêndio, buscando identificá-los, relacioná-los e representá-los em uma Planta de risco de incêndio. PLANO DE EMERGÊNCIA O plano de emergência contra incêndio deve ser elaborado por um profissional habilitado, levando-se em conta os seguintes aspectos: • localização (urbana, rural, características da vizinhança, distâncias de outras edificações e/ou riscos, distância da unidade do Corpo de Bombeiros, existência de Plano de Auxílio Mútuo-PAM, Rede Integrada de Emergência RINEM e etc.); • construção (por exemplo: alvenaria, concreto, metálica, madeira etc.); • ocupação (por exemplo: industrial, comercial, residencial, escolar etc.);
  103. Como Implantar um plano de emergência contra incêndio? Para a

    implantação do plano de emergência contra incêndio devem ser atendidos os seguintes requisitos: Divulgação e treinamento O Plano de Emergência contra Incêndio deve ser amplamente divulgado aos ocupantes da edificação, de forma a garantir que todos tenham conhecimento dos procedimentos a serem executados em caso de emergência. PLANO DE EMERGÊNCIA
  104. PLANO DE EMERGÊNCIA Uma cópia do plano de emergência deve

    estar disponível para consulta em situações de emergência para os profissionais qualificados em local de fácil acesso (por exemplo: portaria, sala de segurança). A representação gráfica contida no plano de emergência contra incêndio, com destaque para as rotas de fuga e saídas de emergência, deve estar afixada na entrada principal e em locais estratégicos de cada edificação, de forma a divulgar o plano e facilitar o seu entendimento. As vias de tráfego, observando sua localização e curvas próximas; Quando houver veículos de transporte de carga, a natureza da carga e a existência de vazamentos ou perda da carga (produtos perigosos nos estados sólido, líquido ou gasoso); A necessidade de colher informações mais específicas sobre a situação, por meio de questionamentos com as pessoas que testemunharam o fato ou que foram envolvidas no evento.
  105. PLANO DE EMERGÊNCIA Importante: Caso o reconhecimento tenha que ser

    realizado no interior do espaço confinado, fazê-lo utilizando equipamento de proteção respiratória total, ou seja, máscara autônoma ou linhas de ar de um compressor com cada resgatista portando um cilindro com ar respirável de fuga. De posse dessas informações obtidas no reconhecimento, estabelecer o socorro, tendo como prioridade sempre o seguinte: O atendimento às vítimas deverá ser de imediato, devendo verificar o estado geral em que elas se encontram, acalmá-las e efetuar os socorros de urgência; Sinalização do local: Sinalização é a forma de indicação ou advertência quanto à existência de obstáculos ou riscos. Podem ser utilizados cones ou placas de advertência apropriadas. Na legislação vigente, os locais considerados espaços confinados, em especial em ambiente industrial, são identificados pela placa:
  106. Isolamento de área é a delimitação do espaço de trabalho

    dos bombeiros e equipamentos em razão de emergência ou de áreas de risco temporário. O isolamento poderá ser feito pelo motorista da viatura, devendo ser utilizada a fita de isolamento, sendo amarrada em locais disponíveis, como árvores, postes e, em último caso, viaturas. O isolamento deverá ter a distância mínima de 10 metros para todos os lados, lembrando também que, onde tivermos um desencarcerador sendo operado, não podemos ter ninguém a uma distância menor de que 5 metros sem EPI. PLANO DE EMERGÊNCIA
  107. PLANO DE EMERGÊNCIA Proteção contra incêndio: Armar uma linha de

    prevenção com esguicho de vazão regulável (EVR), em carga (pressurizada) fechada com o corpo de bomba funcionando em regime de baixa rotação ou posicionar extintores nas proximidades do evento, protegendo de vazamentos de combustíveis com espuma ou água. No caso de incêndio, simultaneamente ao combate às chamas, utilizando o esguicho regulável na posição de jato neblinado, produzir uma “cortina d’água” entre o fogo e o acidentado e efetuar o salvamento.
  108. ELABORAÇÃO DO PLANO RESPONSABILIDADE A elaboração do Plano de Prevenção

    Contra incêndio em Edificações (PPCIE) é de responsabilidade do Chefe do Setor contra incêndio. O fiel cumprimento e execução das ações previstas no PPCIE são da responsabilidade dos Comandantes, Chefes ou Diretores das OM. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA
  109. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA FASES DA ELABORAÇÃO LEVANTAMENTO DE DADOS:

    Nesta fase deverão ser reunidos todos os dados e informações que irão permitir a montagem do PPCIE, tais como: a) tipos de situações de emergência que podem ocorrer nas edificações e respectivos procedimentos operacionais a serem adotados pelos brigadistas em cada tipo de situação, tais como: incêndios, vazamento de gases, vazamento de combustíveis líquidos;
  110. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA d) um croqui da OM com

    a identificação de todas as edificações, dos pontos de acesso e trajetos para viaturas de emergência, dos pontos de hidrantes e tomadas de água, além de outras informações que se fizerem necessárias; e) “plantas baixas ou croquis” de cada edificação da OM; f) dados sobre os recursos disponíveis para prevenção e combate a incêndios, comunicações, inclusive EPI;
  111. Engasgo em Adultos: Identifique se a pessoa não emite som,

    não consegue falar e se está levando as mãos ao pescoço; Acalme a vítima; Ligue para 193; Posicione-se atrás da vítima, colocando as mãos em torno do abdômen e realizando compressões abdominais para dentro e para cima como um “J “; PRIMEIROS SOCORROS
  112. Crianças: As manobras são as mesmas, devendo o socorrista se

    posicionar da melhor maneira para realizar a manobra. PRIMEIROS SOCORROS
  113. Bebês: Identifique se o bebê não consegue chorar, se está

    com a pele arroxeada e se realiza movimentos 1 O socorrista deve pedir para ligarem para o serviço especializado (193), enquanto inicia as manobras de desengasgo no bebê 2 Posicione o bebê em seu antebraço com o rosto voltado para o solo. O antebraço do socorrista deve estar sobre a perna, deixando o bebê levemente inclinado para baixo. PRIMEIROS SOCORROS
  114. 3 Realize cinco tapas nas costas do bebê, utilizando a

    parte inferior da sua mão. Em seguida, vire o bebê sobre o antebraço e realize cinco compressões no centro do peito do bebê com as pontas dos dedos indicador e médio PRIMEIROS SOCORROS
  115. 4 Repita a manobra enquanto o bebê estiver com movimentos

    Se o bebê ficar inconsciente (musculatura corporal totalmente relaxada), o socorrista deve iniciar imediatamente as manobras de reanimação cardiopulmonar, ou seja, realize as compressões no centro do tórax, utilizando as pontas dos dedos PRIMEIROS SOCORROS Crise convulsiva: Ao identificar uma crise convulsiva, peça ajuda do serviço especializado (193) 1 Afaste objetos que possam causar danos ao socorrista e à vítima 2 Segure a cabeça da vítima tentando proteger de golpes no solo (se houver sangue ou secreções é necessário que o socorrista proteja as mãos com materiais impermeáveis) Em nenhuma hipótese, deve-se colocar alguma coisa dentro da boca da vítima ou tentar “puxar sua língua”.
  116. Esse movimento pode agravar o cenário, machucando a vítima ou

    o socorrista 4 Quando a crise terminar, verifique se a vítima está respirando. Se tiver movimentos no tórax e no abdômen, posicione-a lateralmente até a chegada da ambulância. É importante que o socorrista fique observando a vítima para agir caso uma nova crise aconteça Em caso de emergências, acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193! PRIMEIROS SOCORROS
  117. Se houver outra pessoa para ajudar, reveze as compressões a

    cada dois minutos; As compressões devem ser fortes e rápidas (frequência de 100 a 120 por minuto); Se houver um dispositivo de barreira (máscara facial), realize ventilações artificiais. Dessa forma, em pacientes adultos, realize 30 compressões alternando com duas ventilações. Não é recomendada a realização de ventilação boca a boca; PRIMEIROS SOCORROS
  118. Se o desfibrilador estiver disponível, use-o com prioridade, seguindo as

    orientações do aparelho. Se a vítima apresentar sinais de retorno à vida, posicione-a de lado até a chegada da ambulância. PRIMEIROS SOCORROS
  119. O choque elétrico é uma das causas mais comuns de

    acidentes no mundo, além de ser uma das mais perigosas. Por ser resultado da passagem de uma corrente elétrica pelo corpo, ele pode provocar graves consequências para a vítima. Por isso, nesse artigo, separamos algumas dicas de primeiros socorros para choque elétrico. CHOQUE ELÉTRICO
  120. Queimaduras A maioria dos acidentes de choque elétrico resultam em

    pequenas queimaduras na pele, contudo, dependendo da intensidade da carga, é possível que ela afete os órgãos internos da vítima. Essa é uma questão muito delicada, uma vez que quando a eletricidade atinge os órgãos pode comprometer totalmente o seu funcionamento – por tabela, a pessoa precisará de tratamentos específicos, como para insuficiência renal, cardíaca ou de qualquer outro órgão afetado. CHOQUE ELÉTRICO
  121. Problemas cardíacos A carga elétrica também pode gerar problemas cardíacos:

    se uma pequena corrente atravessar o peito e alcançar o coração, é capaz de causar uma fibrilação auricular – um tipo de arritmia cardíaca que precisa ser tratada no hospital. Assim como no caso anterior, se a intensidade for maior, a consequência é mais grave: quando uma forte corrente elétrica atinge o coração, pode paralisá-lo e provocar uma parada cardíaca, ou até mesmo a morte. CHOQUE ELÉTRICO
  122. Lesões neurológicas Primeiro, é importante reforçar que toda corrente elétrica

    pode afetar os nervos de alguma forma. Por isso, quando há repetição de choques ou quando eles são muito intensos, a estrutura dos nervos é comprometida, podendo acabar em uma neuropatia. Essa condição tem como sintomas dor ou dormência nas pernas e braços; dificuldade para mexer os músculos ou tonturas frequentes. Choque Elétrico: primeiros socorros: Agora que você já sabe as principais consequências de um choque elétrico, veja os primeiros socorros que devem ser executados antes do atendimento pré-hospitalar chegar. CHOQUE ELÉTRICO
  123. Corte ou desligue a fonte de energia, mas lembre-se de

    não tocar na vítima; Afaste a pessoa da fonte elétrica que provocou o choque, porém, o faça com o auxílio de materiais que não conduzem eletricidade e secos – como madeira, plástico, pano grosso ou borracha; Chame uma ambulância particular ou pública; CHOQUE ELÉTRICO Verifique se a pessoa está acordada e respirando: se estiver consciente, acalme-a até a equipe médica chegar; caso esteja inconsciente, mas respirando, deite-a de lado e a coloque em posição lateral de segurança; por fim, se ela estiver inconsciente e não respirando, realize uma massagem cardíaca e a respiração boca a boca; Repita o passo anterior até o atendimento pré-hospitalar chegar.
  124. Hemorragia É o extravasamento de sangue provocado pelo rompimento de

    vaso sanguíneo. Dependendo da gravidade pode provocar a morte em alguns minutos. O controle da hemorragia, portanto, é prioridade. Como proceder: Comprimir diretamente o local usando compressa com gaze ou um pano limpo. Pode-se fazer um curativo compressivo usando compressas ou faixas elásticas; Em se tratando de grandes hemorragias, torna-se extremamente necessário o acionamento de uma equipe especializada. Ligue para 193 (corpo de bombeiros militar) ou 192 (samu); HEMORRAGIAS
  125. HEMORRAGIAS Transporte a criança para um pronto socorro ou aguarde

    uma equipe especializada. Considerações: Durante todo esse processo deve-se manter a criança calma e acordada, não oferecer comida ou bebida e mantê-la aquecida; Em casos de hemorragias nasais (sangramentos no nariz), deve-se manter a cabeça reta, comprimir a narina que sangra com os dedos e não assuar; Caso o sangramento não cesse, deve-se acionar o atendimento especializado.
  126. Em caso de suspeita de fratura, que é quando o

    osso se parte provocando dor, incapacidade de movimentos, inchaço e, algumas vezes, deformidade, é muito importante manter a calma, observar se há outros ferimentos mais graves, como sangramentos, e chamar o serviço de emergência móvel (SAMU 192). Em seguida, é possível realizar os primeiros socorros à vítima, que devem seguir as seguintes etapas: Manter o membro afetado em repouso, numa posição natural e confortável; FRATURAS
  127. FRATURAS Imobilizar as articulações que ficam acima e abaixo da

    lesão, com o uso de talas, como mostra as imagens. Não havendo talas disponíveis, é possível improvisar com pedaços de papelão, revistas ou jornais dobrados ou pedaços de madeira, que devem ser acolchoadas com panos limpos e amarrados ao redor da articulação; Nunca tentar endireitar uma fratura ou colocar o osso no lugar; Em caso de fratura exposta, deve-se cobrir o ferimento, de preferência com gaze esterilizada ou um pano limpo. Se houver um sangramento muito intenso, é necessário fazer compressão acima da região fraturada para tentar impedir a saída do sangue. Saiba mais detalhes dos primeiros socorros em caso de fratura exposta;
  128. FRATURAS Aguardar o auxílio médico. Caso não seja possível, recomenda-se

    levar a vítima para o pronto-socorro mais próximo. A fratura ocorre quando o osso se quebra devido a algum impacto maior do que o osso pode suportar. Com o envelhecimento e com determinadas doenças ósseas, como a osteoporose, o risco de fraturas aumenta, podendo surgir mesmo com movimentos ou impactos menores, sendo necessário um maior cuidado para evitar acidentes. Saiba quais são os melhores tratamentos e exercícios para fortalecer os ossos e evitar fraturas.
  129. Como imobilizar o membro afetado A imobilização do membro fraturado

    é muito importante para tentar evitar agravamento da fratura e garantir que os tecidos continuam sendo corretamente perfundidos com sangue. Assim, para fazer a imobilização deve-se: FRATURAS
  130. FRATURAS Na fratura fechada A fratura fechada é aquela em

    que o osso quebrou, mas a pele está fechada, não permitindo observar o osso. Nestes casos, deve-se colocar uma tala de cada lado da fratura e passar uma ligadura desde o início até o fim das talas, como mostra a imagem. Idealmente, as talas devem passar acima e abaixo das articulações próximas ao local.
  131. FRATURAS Na fratura exposta Na fratura exposta o osso está

    à mostra e, por isso, não se deve cobrir o local com a ligadura no momento de fazer a imobilização, já que além de poder piorar a dor também favorece a entrada de microrganismos para a ferida. Nestes casos, deve-se passar uma tala por trás do local afetado e depois, com uma ligadura, atar acima e em baixo da fratura, deixando-a exposta.
  132. Quando suspeitar de fratura Deve-se suspeitar de fratura sempre que

    ocorrer um impacto em algum membro, acompanhado de sintomas como: • Dor intensa; • Inchaço ou deformação; • Formação de uma área arroxeada; • Sons de crepitação ao movimentar ou incapacidade de movimentar o membro; • Encurtamento do membro afetado. Caso a fratura seja exposta, é possível visualizar o osso para fora da pele, sendo comum haver intenso sangramento. Saiba identificar os principais sintomas de fratura. FRATURAS
  133. O que é uma ferida? Ferida – ou lesão -

    é quando ocorre a perda da continuidade dos tecidos. Ela modifica a estrutura normal da pele, o maior órgão de nosso corpo, cuja função é proteger de atritos, ajudar no controle da nossa temperatura corporal, dentre outras. A pele é formada por três camadas: a) epiderme, a camada mais externa, formada por várias camadas de células, cada uma com uma função; FERIMENTOS
  134. FERIMENTOS b) derme, composta de colágeno, que proporciona elasticidade à

    pele e onde há os vasos sanguíneos e linfáticos e as terminações nervosas; c) tecido subcutâneo, onde estão as células adiposas e é a parte que une a pele a outros órgãos. Dependendo de quais camadas uma ferida atinge, ela pode ser apenas superficial ou pode ser profunda. Normalmente, uma ferida fecha em até seis semanas.
  135. FERIMENTOS Feridas traumáticas As feridas podem ser classificadas de acordo

    com o que a causou: Laceração: quando o tecido é esmagado por um excesso de pressão. Escoriação: é uma lesão que ocorre na epiderme (superfície da primeira camada da pele), em que o tecido é retirado. Corte ou incisão: quando é causada por algum tipo de lâmina - faca ou bisturi, por exemplo.
  136. FERIMENTOS Contusão: são as equimoses, fraturas ou luxações, causadas por

    objetos que causam trauma ou choque nos tecidos. Perfuração: são as feridas causadas pela perfuração em um ou em vários tecidos, como a causada por armas de fogo. As causadas por queimaduras, calor ou radiação, úlceras por pressão e outros.
  137. O que é um curativo? Trata-se de um procedimento utilizado

    para a limpeza e proteção de lesões, além de seu tratamento. Certamente você conhece as coberturas utilizadas para fazer um curativo, como compressas e gazes, conhecidos como curativos passivos. Mas as últimas décadas trouxeram inovações em curativos: os chamados ativos (interativos ou bioativos). Veja mais detalhe sobre essa classificação: Curativos passivos: os produtos utilizados cobrem e protegem a ferida. Algodão, esparadrapos, fitas cirúrgicas, micropore, gazes normais e gazes medicadas fazem parte desse grupo. CURATIVOS
  138. CURATIVOS c) compressivos: um curativo compressivo tem a função de

    interferir na hemostasia sanguínea. Esse curativo compressivo tem quatro camadas: uma de proteção, uma absorvente, a de compressão e a de fixação. Contensivos: neste tipo de curativo os recursos são utilizados para aproximar as bordas das feridas. Lembra que mais acima falamos sobre aqueles curativos em forma de X terem uma denominação? Pois é, são os contensivos.
  139. QUEIMADURAS Queimadura é toda lesão causada por agentes externos sobre

    o revestimento do corpo, podendo destruir desde a pele até tecidos mais profundos, como ossos e órgãos. As queimaduras são classificadas da seguinte maneira: 1º grau: atinge a epiderme (camada superficial da pele). Apresentação com vermelhidão sem bolhas e discreto inchaço local. A dor está presente;
  140. 2º grau: atinge a epiderme e parte da derme (2ª

    camada da pele). Há presença de bolhas e a dor é acentuada; QUEIMADURAS 3º grau: atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos. Ocorre necrose da pele (morte do tecido), que se apresenta com cor esbranquiçada ou escura. A dor é ausente, devido à profundidade da queimadura, que lesa todas as terminações nervosas responsáveis pela condução da sensação de dor.
  141. Quanto à extensão: A extensão de uma queimadura é representada

    em percentagem da área corporal queimada. Leves (ou "pequeno queimado"): atingem menos de 10% da superfície corporal; Médias (ou "médio queimado"): atingem de 10% a 20% da superfície corporal; Graves (ou "grande queimado"): atingem mais de 20% da área corporal; QUEIMADURAS Regra da palma da mão: geralmente a palma da mão de um indivíduo representa 1% de sua superfície corporal. Assim pode ser estimada a extensão de uma queimadura, calculando-se o “número de palmas”. As queimaduras de mãos, pés, face, períneo, pescoço e olhos, quaisquer que sejam a profundidade e a extensão, necessitam de tratamento hospitalar. A gravidade da queimadura será determinada pela profundidade, extensão e a área afetada.
  142. Tratamento Queimaduras térmicas Causadas por líquidos e objetos quentes, vapor

    e fogo: Esfrie a área queimada com água fria (não use gelo, pois pode agravar a queimadura). Cubra a área com um pano limpo. Remova imediatamente: anéis, pulseiras, relógios, colares, cintos, sapatos e roupas, antes que a área afetada comece a inchar. QUEIMADURAS
  143. QUEIMADURAS Queimaduras químicas Causada por contato com produtos químicos, como

    ácidos: Enxágue o local por, pelo menos, 20 minutos em água corrente. Remova imediatamente: anéis, pulseiras, relógios, colares, cintos, sapatos e roupas, antes que a área afetada comece a inchar. Remova resíduo de roupa contaminada pelo produto, prevenindo queimadura em outras áreas. No caso dos olhos terem sido afetados: enxágue abundantemente em água corrente até ajuda médica. Se usar lentes de contato, removê-las imediatamente.
  144. Para tratar queimaduras leves é possível seguir as seguintes dicas:

    Resfrie a queimadura: Deixe correr água fria sobre a queimadura por 10 a 15 minutos ou até que a dor diminua. Ou aplique uma toalha limpa umedecida com água da torneira fria. Não use gelo. Colocar gelo diretamente sobre uma queimadura pode causar mais danos ao tecido Remova anéis ou outros itens apertados da área queimada: Tente fazer isso de forma rápida e gentil, antes que a área aumente. QUEIMADURAS
  145. Como identificar uma convulsão O sinal mais típico de uma

    convulsão é a presença de movimentos bruscos e descontrolados de todo o corpo. No entanto, existem casos em que a pessoa pode apresentar um convulsão sem apresentar esse tipo de contração muscular, dependendo da região do cérebro onde as descargas elétricas estão ocorrendo. Assim, outros sintomas que podem indicar uma convulsão incluem: Perda da consciência com desmaio; Aumento da produção de saliva; Perda de controlo dos esfíncteres; Olhar ausente ou olhos fixos na parte superior ou lateral. EMERGÊNCIAS CLINICAS
  146. Durante uma crise de convulsão é aconselhado que: Deite a

    pessoa no chão, para evitar uma queda durante a crise convulsiva; Coloque a pessoa deitada de lado, para evitar que possa se engasgar com a própria língua ou com vômito; Dê espaço para a pessoa, afastando objetos que estejam próximos e que possam causar lesões, como mesas ou cadeiras; Desaperte roupas apertadas, se possível, principalmente em volta do pescoço, como camisas ou gravatas; EMERGÊNCIAS CLINICAS
  147. O que não se deve fazer Durante uma crise convulsiva

    deve-se evitar: Tentar imobilizar a pessoa ou amarrar os membros, pois pode resultar em fraturas ou outras lesões; Colocar a mão na boca da pessoa, assim como objetos ou panos; Dar de comer ou beber até que a pessoa esteja completamente alerta, mesmo que se desconfie de uma diminuição de açúcar no sangue. Após a convulsão é normal que a pessoa se sinta confusa e não lembre do que aconteceu, por isso também é muito importante não abandonar a pessoa até que recupere completamente a consciência, mesmo que as convulsões já tenham terminado. EMERGÊNCIAS CLINICAS
  148. O infarto possui diferentes níveis de gravidade, o mais perigoso

    o infarto fulminante, acontece de forma súbita, ou seja, não apresenta sinais, não expõe sintomas e pode acontecer no trabalho, andando na rua ou em casa quando se está só. Quando se suspeita de um infarto deve-se seguir os seguintes passos: Reconhecer os sintomas Uma pessoa que sofre um infarto agudo do miocárdio normalmente apresenta os seguintes sintomas: Dor intensa no peito, tipo queimação ou aperto; EMERGÊNCIAS CLINICAS
  149. EMERGÊNCIAS CLINICAS Dor que pode irradiar para os braços ou

    para a mandíbula; Dor que dura por mais de 15 minutos sem melhorar; Sensação de falta de ar; Palpitações; Suores frios; Náuseas e vômitos. Chamar ajuda médica Após identificar os sintomas de infarto é recomendado chamar imediatamente a ajuda médica ligando para o SAMU 192, ou para um serviço de atendimento móvel particular.
  150. Vigiar a respiração e batimento cardíaco Até à chegada da

    equipe médica é muito importante manter uma avaliação regular da respiração e do batimento cardíaco, para garantir que a pessoa ainda está consciente. O que fazer se a pessoa desmaiar ou parar de respirar? Caso a vítima desmaie, deve-se deixa-la deitada em uma posição confortável, com a barriga para cima ou de lado, checando sempre a presença dos batimentos cardíacos e respiração. Já se a pessoa parar de respirar deve-se iniciar imediatamente as manobras de massagem cardíaca até que a ambulância chegue ou até que o coração volte a bater. EMERGÊNCIAS CLINICAS
  151. Técnicas de transporte Em situações de acidentes em locais distantes,

    é comum ocorrer traumas como, entorses, luxações, picadas de animais, quedas ou outras situações em que a vítima tem dificuldade de caminhar e necessita de apoio, nestes casos, são recomendadas algumas técnicas de transporte do acidentado. Entre as técnicas de transportes, temos: Transporte de apoio: Passa o braço do acidentado por trás da nuca do socorrista, que o segura com um de seus braços, passando seu outro braço por trás das costas do acidentado, em diagonal. TRANSPORTE DAS VÍTIMAS
  152. Na técnica de transporte nas costas, é realizada apenas com

    um socorrista, este põe os braços sobre os ombros da vítima, por trás, buscando e segurando os braços do acidentado, ficando as axilas do acidentado sobre os ombros do socorrista. A pessoa que está socorrendo busca os braços do acidentado e os segura, carregando o acidentado arqueado, como se ele fosse um grande saco em suas costas. TRANSPORTE DAS VÍTIMAS
  153. TRANSPORTE DAS VÍTIMAS Transporte cadeirinha: Neste transporte, os socorristas se

    posicionam de pé, ficando de frente um para o outro. Seguram firmemente o seu próprio punho direito com a mão esquerda e com a mão direita segura o punho esquerdo do companheiro, e com as mãos trançadas dos dois socorristas, formam uma cadeirinha. Em seguida, a vítima consciente é transportada sentada sobre esta cadeirinha, apoiando seus braços sobre os ombros dos socorristas
  154. Transporte pelas extremidades: um socorrista se posiciona ajoelhado junto à

    cabeça da vítima, enquanto o outro socorrista se ajoelha ao lado da vítima ao nível de seus joelhos, o primeiro socorrista levanta o tronco da vítima e o segundo socorrista a traciona pelos braços em sua direção. Em seguida, o primeiro socorrista apoia o tronco da vítima, passando seus braços sob suas axilas e o segundo socorrista segura a vítima pelos membros inferiores, passando suas mãos pela região poplítea da perna. A vítima é erguida em um movimento sincronizado pelos dois socorristas e o transporte da vítima é efetuado no sentido de suas extremidades inferiores. TRANSPORTE DAS VÍTIMAS
  155. PESSOA COM MOBILIDADE REDUZIDA Os exemplos citados acima seriam de

    pessoa com mobilidade reduzida permanente, mas também temos os casos de pessoa com mobilidade reduzida temporária, que podem ser decorrentes de: Acidentes; Processos cirúrgicos; Mal súbito e desmaios; Pânico; Gestação. Casos muito comuns de mobilidade reduzida temporária aplicados à um contexto cotidiano que mereça nossa atenção, são: Pessoa com a perna engessada que reside em edifício; Grávida no período final de gestação que trabalhe em um edifício comercial; Colaborador que teve mal súbito no quarto pavimento de uma indústria.
  156. No método START, as vítimas são classificadas pelo estado de

    gravidade e cada categoria utiliza uma cor para fácil identificação no momento de evacuação e transporte da cena. Imediata (cor vermelha): vítimas com ferimentos graves, porém com chance de sobrevida. Possuem prioridade elevada para atendimento, retirada da cena e transporte. Exemplo: Trauma torácico com tórax instável. Pode aguardar (cor amarela): vítimas com ferimentos moderados. Podem aguardar um tempo na cena até o tratamento definitivo. Exemplo: membros fraturados. PROTOCOLO COM INCIDENTE DE MÚLTIPLAS VITIMAS
  157. PROTOCOLO COM INCIDENTE DE MÚLTIPLAS VITIMAS Leve (cor verde): vítimas

    com ferimentos mínimos, que podem perambular e ajudar outras vítimas mais debilitadas. Apesar disso, essas vítimas são as que costumam causar alguns problemas, pois estão assustadas e com dores. Nesse contexto, é importante investir apoio psicológico e orientação para que elas não sobrecarreguem o serviço terciário de saúde. Exemplo: escoriações difusas no corpo. Mortos (cor cinza ou preto): vítimas que não respondem a procedimentos simples, como abertura de vias aéreas e com ferimentos críticos que indicam morte iminente. Exemplo: paciente em parada cardíaca, exposição de massa encefálica.
  158. Quando essas vítimas têm acesso ao tratamento definitivo? A continuidade

    do serviço pré-hospitalar e o tratamento definitivo ocorre no intra-hospitalar. Para que os acidentados tenham acesso a esse serviço, é realizada a triagem de evacuação: As vítimas graves e moderadas (vermelhas e amarelas) são encaminhadas, nessa sequência, pelas viaturas até o hospital; Já as vítimas leves (verdes) podem ir por meios próprios, sendo orientadas a procurar unidades de menor complexidade; Por fim, as vítimas expectantes (cinzas) são removidas, se necessário ainda, após a evacuação de todas as outras. PROTOCOLO COM INCIDENTE DE MÚLTIPLAS VITIMAS