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NR34_-_TRABALHO_A_QUENTE_-_ATIVIDADES_COM_MAÇAR...

PDCA
December 28, 2024
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 NR34_-_TRABALHO_A_QUENTE_-_ATIVIDADES_COM_MAÇARICO.pdf

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December 28, 2024

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  1. 2 Conteúdo Introdução Base Legal Riscos e perigos inerentes aos

    trabalhos a quente Condições e meio ambiente de trabalho Medidas de ordem geral e específica no trabalho a quente Medidas de proteção de ordem geral Medidas de proteção específicas Itens básicos de segurança no trabalho a quente Estudo da NR-34, Item 34.5 Identificação de Perigos e Análise de Riscos Limite inferior e superior de explosividade Medidas de Controle no Local de Trabalho Renovação de Ar no Local de Trabalho (Ventilação/Exaustão) Rede de Gases (Válvulas e Engates) Ergonomia FISPQ ou FDS Clique - ícones de mãos e gestos grátis Clique - ícones de mãos e gestos grátis Clique - ícones de mãos e gestos grátis Clique - ícones de mãos e gestos grátis Clique - ícones de mãos e gestos grátis Clique - ícones de mãos e gestos grátis
  2. 3 Conteúdo Clique - ícones de mãos e gestos grátis

    Clique - ícones de mãos e gestos grátis Atividade com maçarico - Riscos e Forma de Prevenção Riscos no Corte e Solda a Gás Cilindros de Gases Sistemas de Alimentação de Gases Regulador de pressão Mangueiras de Gases Características dos Gases Utilizados (Acetileno, Oxigênio, GLP) Características do acetileno Características do oxigênio industrial GLP para oxicorte Maçaricos EPI e EPC Conclusão
  3. A indústria naval é um setor muito importante para a

    geração de riquezas dentro da economia de um país. A História do Brasil passa pela indústria naval, onde o governo Português e outras potências europeias desenvolveram navios cada vez mais rápidos e fortes, passando dos navios a vela aos navios movidos por combustível, das embarcações de madeira aos grandões de aço. Nesse parágrafo, mais de quinhentos anos de história. Para construir novas histórias na indústria naval, com saúde e segurança, vamos saber mais sobre o trabalho a quente ao longo deste material. 5 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  4. Os estabelecimentos que realizam os trabalhos de construção e reparos

    de navios ou de plataformas de petróleo são os chamados estaleiros navais. Eles possuem pátios na orla onde fazem suas atividades, ou podem ser montados dentro de mares e oceanos (serviços offshore). Existem muitos equipamentos e atividades dentro de um estaleiro. Há grandes equipamentos de elevação de carga (gruas, guindastes, pórticos rolantes, empilhadeiras), pátios abertos, depósitos, equipamentos de corte e solda, dentre outros. 6 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  5. Eles também possuem berços de atracação, que são locais homologados

    pela autoridade marítima para que haja a atracação dos navios. Nesses locais é feita a conexão entre os serviços terrestres e sobre as águas, permitindo-se a realização dos serviços. Ao fim da vida útil de um navio ou de uma plataforma, os estaleiros também realizam as atividades de desmonte. Como exemplo, destacado na revista portos e navios, a plataforma P-32 começou a ser desmontada no final do ano de 2023. Só de uma plataforma assim são mais de quarenta toneladas de sucata, arrematadas por uma empresa siderúrgica para reciclagem. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  6. Veja, portanto, que a atividade nos estaleiros contribui para construção

    e melhoria de navios e plataformas. Além disso, promove maior sustentabilidade, na medida que atua na cadeia da reciclagem de metais. Ao longo deste material, veremos alguns assuntos relacionados ao trabalho nos estaleiros, especificamente no trabalho a quente. Trabalho a quente envolve tanto o corte de peças metálicas, como em reparos e fixações utilizando equipamentos de solda. No corte a quente, as máquinas realizam a fusão (derretimento) local do metal que será cortado. Para a solda, o derretimento é de um eletrodo, o metal que quando solidificado une as partes por meio de um filete. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  7. Além disso, a norma regulamentadora que trata do tema também

    considera trabalho a quente aquele tipo de atividade que gere aquecimento, centelha ou chama. Com isso, além da solda e corte a quente, o corte com disco (esmerilhadeira, serra de bancada e outras) ou perfuração com furadeira (também portátil ou de bancada) são considerados trabalhos a quente pelo potencial de geração de fogo. Confira tudo isso e mais detalhes relacionados nos tópicos a seguir. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  8. Base Legal Das trinta e oito NRs, a NR 34,

    de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Reparação e Desmonte Naval, trata sobre os trabalhos relacionados à construção, reparos e desmontes navais, e nisso estão inclusos os trabalhos a quente. NR 34 Tratando da saúde e segurança do trabalho, existem as Normas Regulamentadoras ou NRs, criadas pelo Ministério do Trabalho. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  9. NR 34 Na NR 34 são previstos alguns tipos de

    treinamentos aos trabalhadores, como: • Treinamento admissional, com seis horas de duração, com itens básicos sobre o trabalho na construção naval. • Treinamento periódico. • Curso de observador de trabalho a quente. • Módulo básico do trabalho a quente. • Módulos específicos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  10. 01 Para o treinamento periódico, a NR 34 indica que

    a carga horária mínima é de quatro horas. A necessidade desse treinamento ocorre quando passar um ano do treinamento anterior ou se o afastamento do trabalho foi de noventa dias ou mais. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  11. 01 02 Para o treinamento periódico, a NR 34 indica

    que a carga horária mínima é de quatro horas. A necessidade desse treinamento ocorre quando passar um ano do treinamento anterior ou se o afastamento do trabalho foi de noventa dias ou mais. Além da NR 34, outras referências podem ser necessárias para a base legal do trabalho a quente. Uma delas consiste na Ficha com Dados de Segurança, da qual falaremos ao longo desta apostila. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  12. 01 02 03 Para o treinamento periódico, a NR 34

    indica que a carga horária mínima é de quatro horas. A necessidade desse treinamento ocorre quando passar um ano do treinamento anterior ou se o afastamento do trabalho foi de noventa dias ou mais. Além da NR 34, outras referências podem ser necessárias para a base legal do trabalho a quente. Uma delas consiste na Ficha com Dados de Segurança, da qual falaremos ao longo desta apostila. Essa ficha segue a norma técnica ABNT NBR 14725:2023 – Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente – Aspectos gerais do Sistema Globalmente Harmonizado (GHS), classificação, FDS e rotulagem de produtos químicos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  13. 01 02 03 04 Para o treinamento periódico, a NR

    34 indica que a carga horária mínima é de quatro horas. A necessidade desse treinamento ocorre quando passar um ano do treinamento anterior ou se o afastamento do trabalho foi de noventa dias ou mais. Além da NR 34, outras referências podem ser necessárias para a base legal do trabalho a quente. Uma delas consiste na Ficha com Dados de Segurança, da qual falaremos ao longo desta apostila. Essa ficha segue a norma técnica ABNT NBR 14725:2023 – Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente – Aspectos gerais do Sistema Globalmente Harmonizado (GHS), classificação, FDS e rotulagem de produtos químicos. Normas técnicas e legislações referentes a materiais e combate a incêndio também são aplicáveis. 16 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  14. NR 34 Riscos e perigos inerentes aos trabalhos a quente

    Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  15. Todo trabalho a quente possui alguns riscos e perigos inerentes,

    isto é, que existem e estão associados e esse tipo de serviço. Vamos falar de maneira mais simples nesse começo de estudo e iremos aprofundar o tema à medida que avançamos no conteúdo. Um perigo seria a condição em que a integridade física ou saúde do trabalhador está ameaçada, enquanto que o risco representaria a relação entre o perigo e sua probabilidade de ocorrência, em função da exposição do trabalhador. Alguns perigos no trabalho a quente são: • Contato acidental da pele com faíscas. • Incêndio no local de trabalho. • Projeção de partículas nos olhos. • Luz intensa atingindo os olhos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  16. Os contatos acidentais com faíscas e partículas podem causar queimaduras

    ou cegueira. A luz intensa, mesmo não causando a cegueira de imediato, promove a perda de visão e a necessidade de correção por óculos. Por fim, o fogo que realiza o corte ou pode surgir de forma acidental pode causar também queimaduras ou problemas respiratórios, sendo muito importante saber como evitar, controlar ou mesmo fugir se necessário. Os riscos, ou seja, a probabilidade de esses perigos ocorrerem, vão depender muito de como são os cuidados feitos no ambiente de trabalho. Isso envolve a postura profissional, EPIs e EPCs. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  17. NR 34 Condições e meio ambiente de trabalho Ícone do

    Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  18. No trabalho em estaleiros com serviços a quente, o profissional

    pode ser inserido em diversos ambientes para a realização de suas atividades: • Ambiente a céu aberto, com brisa da orla ou ventos mais intensos. • Ambiente fechado, como galpões com estrutura metálica e vedação com telha metálica também. • Trabalho offshore, ou seja, sobre águas marítimas ou oceânicas. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  19. NR 34 Cada um desses ambientes pode apresentar vantagens e

    desafios para o trabalhador. No trabalho a céu aberto, há maior circulação de ar, mas também existe exposição aos ventos. Essa condição pode promover um ambiente que pode ser mais fresco, mas que, a depender da intensidade do vento, atrapalhe a tarefa de solda e gere instabilidade para os colegas que trabalharem no içamento de peças. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  20. O ambiente fechado é mais controlado, mas pode ser mais

    quente. É fundamental que não só existam meios de reduzir o calor durante o trabalho como que o trabalhador sempre se mantenha hidratado, principalmente nas estações mais quentes do ano No trabalho offshore, o operário de serviços a quente e outros trabalhadores precisam ou ter condições de lidar com a instabilidade do ambiente ou conseguirem controlar sua saúde por meio de medicamentos, visto que é possível enjoar. Quem costuma enjoar em viagens pode ter um indicativo sobre essa condição, caso seja recorrente. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  21. Além disso, o trabalho offshore também envolve os desafios interpessoais

    de equipes de plataformas de petróleo, embarcações e outros locais onde o trabalho é restrito e distante da família e amigos. É preciso cuidar dos relacionamentos para criar um ambiente de trabalho verdadeiramente produtivo e saudável. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  22. NR 34 Medidas de ordem geral e específica no trabalho

    a quente Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  23. Dentro da NR 34, medidas de ordem geral e específica

    são indicadas para a realização dos trabalhos a quente. Vamos conhecer? Lembrete: as medidas de proteção envolvem o trabalho a quente e, além dele, trabalhos em áreas não destinadas a esse fim, mas que possam precisar desse tipo de atividade. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  24. Medidas de proteção de ordem geral - Inspeção preliminar A

    inspeção preliminar visa assegurar que os locais onde os trabalhos a quente serão feitos, e nas proximidades (visto que existe projeção de partículas) devem estar limpos, secos e sem agentes combustíveis, inflamáveis, tóxicos e contaminantes. Pela inspeção preliminar, verifica-se as condições do ambiente e o mesmo só é liberado quando não existir nada que seja incompatível com o trabalho a quente, e o trabalhador precisa ter capacitação adequada para a liberação também. 27 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  25. Proteção contra incêndio Para a proteção contra incêndio, a NR

    34 aponta as seguintes medidas por parte dos empregadores: • Eliminar ou manter sob controle os riscos de incêndio. • Instalar proteção física que impeça o contato com materiais combustíveis ou inflamáveis de fogo, respingos, calor, fagulhas ou borras. Essa proteção física também deve evitar que pessoas em atividades paralelas ou em circulação sejam atingidas. • Manter desimpedido e próximo da área de trabalho um sistema de combate a incêndio. • Realizar inspeção no local de trabalho após o término, visando evitar princípios de incêndios. 28 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  26. As medidas de proteção a incêndio são definidas por projeto

    de prevenção contra incêndio, feito por Engenheiros Civis e Arquitetos. Algumas das medidas são equipamentos de proteção e elementos de construção, como hidrantes, saídas de emergência, portas corta-fogo, corrimãos, dentre outros. Outras não são equipamentos ou objetos, mas o treinamento de uma brigada de incêndio (se pedida em normas e Leis de prevenção) ou dos funcionários em geral. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  27. Controle de fumos e contaminantes Para o controle de fumos

    e de contaminantes, devem ser tomadas medidas como a limpeza da superfície de trabalho e proximidades, com a remoção dos produtos de limpeza utilizados, e a renovação de ar para a eliminação de gases, vapores e fumos empregados ou gerados no trabalho a quente. Muito importante falar dos produtos de limpeza. Pode não parecer, mas alguns deles levam substâncias inflamáveis, o que leva ao risco e demanda esse cuidado com a retirada de residuais nas superfícies ou frascos próximos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  28. NR 34 Quando ocorrer mudança nas condições ambientais estabelecidas, deve-

    se interromper as atividades. Nesse meio tempo, deve-se adotar as medidas necessárias para a renovação de ar. Se a composição do revestimento da peça ou dos gases liberados no aquecimento ou solda não for conhecida, deve-se usar equipamento autônomo de proteção respiratória ou proteção por adução de linha de ar comprimido (tipos de EPIs para neutralização dos gases). Isso é previsto no Programa de Proteção Respiratória – PPR. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  29. Utilização de gases Quando o trabalho a quente utilizar gases,

    é preciso adotar as seguintes medidas: • Usar somente gases que sejam adequados àquela aplicação. • Seguir o que estiver indicado na Ficha com Dados de Segurança - FDS (antiga Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos ou FISPQ). • Usar reguladores de pressão adequados ao gás empregado. A NR 34 proíbe a utilização de adaptadores entre o cilindro e o regulador de pressão. Quando for usado equipamento de oxiacetileno, deve-se utilizar dispositivo contra retrocesso de chama na alimentação da mangueira e do maçarico. O circuito de gás deve ser inspecionado antes do início do trabalho. Essa inspeção visa verificar o funcionamento e observar possíveis vazamentos. 32 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  30. NR 34 Para evitá-los, as emendas só podem ser feitas

    com conector específico. Também é necessária a manutenção periódica do circuito conforme procedimentos da empresa e indicações do fabricante/fornecedor. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  31. Além da posição vertical e uso do capacete rosqueado, a

    mesma ideia deve acontecer com cilindros inoperantes ou vazios. Ambientes confinados não podem ser usados para a instalação de cilindros de gás operantes ou mesmo os inoperantes. Isso é importante porque são ambientes com ventilação deficiente e, com uma centelha ou outra fonte de ignição, podem ocorrer explosões. Na interrupção do serviço com gases, são recomendados alguns cuidados. Um deles é o fechamento das válvulas dos cilindros, maçaricos e distribuidores de gases, e outro é desconectar as mangueiras de alimentação. NR 34 No armazenamento de gás: • Os cilindros devem ser mantidos na posição vertical. A posição altera a pressão do gás, e a condição vertical foi a prevista para os cilindros. • Eles devem ser dispostos de modo que não façam parte do circuito elétrico, mesmo que de forma acidental. • O transporte dos cilindros de gás também deve ocorrer na posição vertical, utilizando capacete rosqueado. Deve- se evitar o choque (colidir) um cilindro com outro. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  32. Equipamentos elétricos Os equipamentos elétricos e as instalações podem gerar

    incêndios se faltarem alguns cuidados de uso e o dimensionamento adequado por um projeto elétrico. O aterramento adequado deve ser feito nos equipamentos elétricos a um ponto seguro e conforme indicações de fabricantes. Cabos de bitola adequada devem ser usados nos equipamentos e nas instalações, sempre em perfeito estado. Cuidados iguais devem ser dedicados aos terminais de saída e conexões elétricas. 35 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  33. Medidas de proteção específicas Para a definição das medidas específicas,

    devem ser feitas Análises Preliminares de Risco – APR – onde são definidas as medidas de controle, raio de abrangência e sinalização/isolamento de área. Além disso, nas APRs ocorre a avaliação da necessidade de vigilância contra incêndio (a função do observador) e do sistema de alarme. Outras medidas podem ser necessárias e definidas com APR. Se o observador for necessário, a permanência dele ocorre durante todo o serviço e em contato permanente com as frentes de trabalho. Ele terá formação específica para sua atuação. O resultado da inspeção preliminar deve ser registrado na permissão de trabalho – PT. Aberturas e canaletas precisam ser fechadas ou protegidas, evitando projeção de fagulhas, combustão ou interferência em outras atividades sendo realizadas no estaleiro. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  34. NR 34 Itens básicos de segurança no trabalho a quente

    Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  35. Estudo da NR-34, Item 34.5 Toda a NR 34 é

    dedicada ao trabalho em estaleiros. Os trabalhos a quente e suas medidas de segurança são tratados no item 34.5. Parte do que vimos e do que está nos itens a seguir baseia-se nessa NR. Qualquer profissional do trabalho a quente, seja ele observador ou soldador e operador de máquina, precisa ter alguns conteúdos básicos sendo tratados no seu curso de admissão ou treinamento periódico. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  36. Identificação de Perigos e Análise de Riscos Conceitos de Perigos

    e Riscos Risco e perigo são duas palavras que no dia-a-dia parecem ter o mesmo significado. Para a segurança do trabalho, é um pouco diferente. 39 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  37. Vamos ver algumas definições de perigo? “Perigo é uma condição

    ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte” (Sanders e McCormick, 1993, p. 675). “Um perigo é um agente químico, biológico ou físico (incluindo-se a radiação eletromagnética) ou um conjunto de condições que apresentam uma fonte de risco mas não o risco em si”(Kolluru, 1996, p. 1.13). Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  38. NR 34 Perigo é a situação que contém “uma fonte

    de energia ou de fatores fisiológicos e de comportamento/conduta que, quando não controlados, conduzem a eventos/ocorrências prejudiciais/nocivas” (Shinar, Gurion e Flascher, 1991, p. 1095, citados por Grimaldi e Simonds, 1984,p. 236). Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  39. E de Risco: “Risco é a probabilidade ou chance de

    lesão ou morte” (Sanders e McCormick, 1993, p. 675). Risco “(...) é uma função da natureza do perigo, acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposição), características da população exposta(receptores), a probabilidade de ocorrência e a magnitude da exposição e das consequências(...)” (Kolluru, 1996, p. 1.10). “ (…) risco é um resultado medido do efeito potencial do perigo” (Shinar, Gurion e Flascher,1991, p. 1095). Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  40. Em resumo, o perigo é tudo que pode causar danos

    a uma pessoa, como materiais, equipamentos, métodos e práticas de trabalho: • Materiais: em materiais, o perigo pode estar em substâncias perigosas ou tóxicas como solventes, ácidos, álcalis, metais, gases, plásticos, resinas, material particulado sólido, perfurocortantes, dentre outros. • Equipamentos: nos equipamentos, o perigo fica em partes móveis sem dispositivo de proteção, condições de uso (equipamento defeituoso, má conservação, impróprio para o serviço, uso incorreto, guarda local inseguro e inadequado). Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  41. • Ambientes de trabalho: locais de trabalho muito quentes, frios,

    empoeirados, sujos, ruidosos e escuros, ou com presença de gases, vapores, fumos, etc. são perigosos. Ambientes limpos podem ter perigos também, se os postos de trabalho forem inadequados ergonomicamente. • Trabalhadores: falta ou insuficiência de capacitação representa um perigo, bem como a inexistência de políticas de segurança, fadiga, uso de drogas e álcool, pressão no trabalho, assédio sexual ou moral, carga de trabalho excessiva, etc. • Sistema de trabalho: fatores relacionados aos sistemas de trabalho como conteúdo e organização do trabalho, gerenciamento e cultura organizacional também podem ser perigoso. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  42. Existem todos esses perigos, mas qual a chance de que

    algum deles se converta em danos ao trabalhador? É aí que entra o conceito de risco, que é a probabilidade de ocorrência dos dados associados a um perigo. Costuma-se relacionar o perigo ao risco na seguinte forma: Risco = perigo x exposição O perigo é associado aos fatores que foram mencionados. A exposição varia quanto à intensidade, frequência e duração. Isso ajuda a entender porque o risco é maior para um soldador que faça esse trabalho o dia todo em relação a quem faça solda para atividades de manutenção, de forma pontual. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  43. Sem exposição ao perigo, portanto, não há risco. É por

    isso que, quando possível, evita-se o trabalho a quente em prol de métodos alternativos. Se não for possível, deve-se tomar as precauções proporcionais ao risco. Técnicas de Identificação de Perigos e Análise de Riscos - APP e APR - Análise Preliminar de Perigos e Análise Preliminar de Riscos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  44. NR 34 Uma análise preliminar de perigos – APP -

    é sucedida por uma análise preliminar de riscos – APR. Segundo a NR 34, a APR avalia de forma inicial os riscos potenciais, verificando para cada risco e perigo suas causas, consequências e medidas de controle. A APR é feita por uma equipe técnica com profissionais de várias áreas, com coordenação de um profissional de Saúde e Segurança do Trabalho. Se não houver, é pelo responsável pelo cumprimento da NR 34 e deve ser assinada por todos os participantes. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  45. Na análise preliminar de risco existe uma avaliação do risco

    qualitativo e quantitativo envolvido num perigo identificado. Ela é preliminar, o que significa que é realizada antes de uma atividade começar, permitindo não só levantar os perigos, mas estabelecer um plano para enfrentar os desafios que possam surgir. Os objetivos da APP e APR são: • Identificar os perigos e riscos da atividade. • Orientar, sensibilizar e instruir os colaboradores dos riscos existentes em suas atividades no trabalho. • Organizar a execução de uma atividade. • Estabelecer procedimentos seguros. • Prevenir os acidentes de trabalho. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  46. A APR é prevista em mais de uma norma regulamentadora,

    como a NR 12 (máquinas), NR 18 (construção civil), NR 24 (inflamáveis e combustíveis), NR 33 (espaços confinados), NR 35 (trabalho em altura) e NR 36 (matadouros e frigoríficos). Além dela, obviamente, existe a abordagem da APR na NR 34. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  47. Permissão de Trabalho - PT A NR 34 exige: •

    Emissão de três vias, sendo uma afixada no local de trabalho, outra para a chefia imediata dos trabalhadores e uma terceira para arquivo. • A PT deve indicar os requisitos mínimos para serem atendidos na execução dos trabalhos e, se aplicável, as disposições estabelecidas na APR. Uma permissão de trabalho permite que o funcionário trabalhe diante de determinado risco em período específico. A empresa se certifica, dentro desse período, que apenas os trabalhadores certos e com PT atuem na área de risco. A PT parte da APP e APR e consiste em um documento escrito com as medidas de controle necessárias para o desenvolvimento do trabalho de forma segura e medidas de emergência e resgate. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  48. NR 34 • Os integrantes da equipe de trabalho, a

    chefia imediata e o profissional de saúde e segurança do trabalho ou quem é responsável por atender à NR 34. • Validade restrita à duração da atividade e ao turno de trabalho, sendo possível a revalidação desde que não mudem as condições de risco. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  49. Limite inferior e superior de explosividade Uma explosão não se

    forma simplesmente com a presença de uma substância e com o ar. São necessárias concentrações adequadas, dentro de uma faixa entre o limite inferior de explosividade – LIE ou LEL – e o limite superior de explosividade – LSE ou UEL. O limite inferior de explosividade – LIE – é a menor concentração de uma substância gasosa que, misturada ao ar, forma uma mistura inflamável. O limite superior de explosividade – LSE – por sua vez, é a maior concentração de uma substância gasosa em que, misturada com o ar, forma uma mistura inflamável. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  50. A mistura abaixo do LIE é chamada de pobre, enquanto

    que acima do LSE é chamada rica. Nesse caso, pobres e ricas estão juntas: nenhuma queima ou explode. Em incêndios, forma-se uma massa gasosa de combustível, por pirólise. Em conjunto com outros gases no ambiente, pode ser atingido o LIE e ocorrer uma explosão. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  51. A detecção pode variar de 0 % ao LEL. É

    recomendável que os alarmes comecem nos 10 % do LEL previsto pela NR 34. O explosímetro precisa ter certificação do Inmetro. No próprio detector é possível ver um selo em destaque com o logo do Inmetro quando o mesmo passou por certificação. Na figura a seguir, apresentamos um exemplo de explosímetro digital. Na NR 34, indica-se que se a concentração for igual ou acima de 10 % do LIE, deve-se interromper os serviços e ocorrer a evacuação do compartimento, com a implementação de ventilação adicional. Ainda nessa NR, exceto em cabine de pintura, a liberação só pode ocorrer pelo profissional de saúde e segurança do trabalho ou pelo responsável pelo cumprimento da norma, observa-se o LIE presente na APR. Falamos sobre o LIE e o LSE, mas ficou uma pergunta no ar: como saber que o limite de 10 % do LIE foi atingido ou não? Para isso, existem os explosímetros ou detectores de explosividade. Esses explosímetros podem ser comprados ou alugados de empresas especializadas. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  52. Medidas de Controle no Local de Trabalho Existem diversas medidas

    de controle que podem ser realizadas no ambiente de trabalho. Além da inspeção preliminar, já abordada, existem o controle de materiais combustíveis e inflamáveis, proteção física, dentre outras, que serão abordadas a seguir. 55 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  53. Controle de materiais combustíveis e inflamáveis Segundo o dicionário da

    OxfordLanguages, dentre diversos significados, controle é: “poder, domínio ou autoridade sobre alguém ou algo.” Para o controle de materiais e de combustíveis, pensando no significado da palavra, é preciso saber quais combustíveis e inflamáveis existem no estaleiro, como agem quimicamente e quais as propriedades químicas como o LIE. Além disso, é preciso exercer o “domínio” sobre combustíveis e inflamáveis, garantindo que não levem a efeitos inesperados, representando riscos. O controle de materiais combustíveis e inflamáveis é muito importante. Vários materiais combustíveis e inflamáveis podem ser armazenados em tanques aéreos (acima do solo). Nesse tipo de tanque, segundo a norma ABNT NBR 16799:2019, é importante conhecer o ponto de fulgor e/ou a volatibilidade da substância. Quando são mais voláteis, tendem a gerar vapores mais inflamáveis 56 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  54. Falamos do explosímetro no item anterior. Ele permite o controle

    de materiais combustíveis e inflamáveis e é regido pela norma técnica ABNT NBR IEC 60079-29-2:2011. Na detecção de gases e vapores, além dos diferentes tipos de equipamentos, a norma pondera que saber quais gases podem ser detectados e quais as faixas de detecção é importante, bem como quais são os limites dos equipamentos. Saber a direção do ar e como ocorre a propagação dos gases também é uma informação útil. Variação de umidade e de temperatura mexem nas medições. Há gases que interferem no funcionamento de sensores, ou existe um tempo de vida específico. Além da inflamabilidade, é preciso considerar que existem gases que são tóxicos com níveis muito baixos, como monóxido de carbono, metilamina e formaldeído, exigindo sensores específicos. Outros gases podem não serem inflamáveis, mas serem altamente tóxicos, como o gás cloro. Por esses motivos, saber quais gases estão armazenados no ambiente de trabalho (podendo ser em instalações offshore) é fundamental para as medidas de segurança. 57 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  55. Proteção Física Uma proteção física consiste numa barreira física (um

    anteparo, uma parede, um elemento com superfície grande) que impeça que fogo, chamas, faíscas ou outros elementos que possam causar incêndios em contato com materiais combustíveis ou inflamáveis. Atividades no entorno Na hierarquia de riscos, o ideal é trazer a exposição nula, que corresponde à ausência de risco, aos perigos existentes. Sempre que possível, os profissionais não envolvidos com o trabalho a quente não devem circular por perto de onde ele estiver ocorrendo, respeitando os distanciamentos adequados. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  56. Sinalização e Isolamento do Local de Trabalho Como nem sempre

    a restrição total de atividades de entorno é possível, é necessário estabelecer uma distância segura para isolar a área onde irá ocorrer o trabalho a quente e restringir a circulação de pessoas. Isso pode ser feito com recursos como placas e cavaletes, lembrando que, pela projeção de partículas, é recomendável o uso de peças que não principiem incêndios facilmente, evitando cones e outros objetos plásticos. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  57. Inspeção Posterior para controle de fontes de ignição O risco

    existente não é eliminado quando acaba o trabalho a quente. Segundo a norma NFPA 51B - Standard for Fire Prevention During Welding, Cutting, and Other Hot Work, da National Fire Protection Association, entidade dos Estados Unidos que trabalha na prevenção de incêndios, o observador ou algum vigia deveria se manter no local pelo menos meia hora depois do encerramento do trabalho a quente. Essa necessidade seria por condições de fogo latente, reignição de brasas quentes ou calor retido. 60 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  58. Renovação de Ar no Local de Trabalho (Ventilação/Exaustão) No local

    de trabalho, a renovação de ar e a exaustão são medidas que podem ajudar a prevenir incêndios ou garantir a sobrevivência quando eles não sejam inevitáveis. No caso da renovação de ar, ela permite reduzir a concentração de gases que possam gerar explosões e incêndios, pois muda a concentração para níveis inferiores ao LIE. Além disso, existem os exaustores. Esse tipo de dispositivo permite o escape de gases pelas regiões superiores de telhados. Gases e substâncias mais quentes tendem a se concentrar nas regiões mais altas e o exaustor favorece sua eliminação, precisando suportar temperaturas elevadas. Alguns modelos no mercado suportam 400 ºC por duas horas, tempo suficiente para evacuação local e começo da atuação dos bombeiros. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  59. Para funcionar corretamente, é essencial que o exaustor contra incêndio

    seja projetado, fabricado e instalado dentro de todos os requisitos das normas técnicas e requisitos legais. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  60. Rede de Gases (Válvulas e Engates) Para a utilização nos

    trabalhos a quente, devem ser usados apenas gases adequados à aplicação, segundo as indicações do fabricante. É importante seguir a FISPQ ou a FDS do gás. No estaleiro fixo, podem ser disponibilizadas as redes de gases por meio de tubulação específica, fixa às paredes por mãos francesas e abraçadeiras. A cor das tubulações segue alguns padrões internacionais, como o da ISO 14726. Nas figuras a seguir, vemos uma tubulação amarela, destinada a gases inflamáveis: Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  61. Quando a solda não é realizada em instalações fixas, a

    união entre o cilindro de gás e o maçarico ocorre por meio de mangueiras, cujas conexões só podem ser realizadas por engates apropriados, caso sejam muito necessárias. O ideal é manter uma mangueira sem emendas, que podem ser pontos de vazamento. Os reguladores de pressão devem ser calibrados e em conformidade com o gás utilizado. Não devem ser colocados adaptadores entre o cilindro e o regulador de pressão. Algumas válvulas podem ser utilizadas em conjunto com as mangueiras e instalações de gás. Uma delas é a válvula economizadora de solda. NR 34 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  62. Apoiando o maçarico sobre a alavanca é cortado o fluxo

    de gás. A utilização prevista desse equipamento é sobre bancada. Outro tipo de válvula é a antirretrocesso de gás. A ideia é evitar a pré-mistura para solda com gases como acetileno, oxigênio ou GLP. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  63. Ergonomia O trabalho é uma parte muito importante na vida

    das pessoas, mas precisa ser feito de forma que não cause lesões e doenças ao trabalhador. Foi pensando nisso que surgiram os estudos em Ergonomia, assunto que você vai entender melhor a partir de agora. A ergonomia é um conjunto de ciências e tecnologias que adaptam o as condições de trabalho (máquinas, espaços e ferramentas) às características do ser humano. Ela traz muitos benefícios ao trabalhador e à empresa, na medida que atende melhor às necessidades físicas, mentais e sociais dos trabalhadores. Na figura a seguir, veja dois casos de ambiente de trabalho. Em um deles, a postura do trabalhador e equipamentos favorecem a ocorrência de lesões e dores (indicadas em vermelho). No outro caso, a postura correta e o mobiliário tornam o trabalho mais saudável. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  64. O objetivo das melhorias de Ergonomia é prevenir e reduzir

    os riscos de lesões relacionadas ao trabalho, melhorar a eficiência e a qualidade do trabalho e aumentar o bem-estar dos trabalhadores. Existem algumas doenças comuns dentro dos ambientes de trabalho, chamadas de LER e DORT: • Lesões por esforços repetitivos (LER): um conjunto de doenças que atingem músculos, tendões e articulações dos membros superiores (braços, antebraços, mãos e ombros) e eventualmente os membros inferiores, com relação direta com as tarefas, ambientes e organização do trabalho. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, LER são a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil, atingindo 1 % dos trabalhadores da Região Sudeste. Costuma incidir mais na faixa etária entre trinta a quarenta anos. • Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (DORT): inclui distúrbios inflamatórios e oriundos da compressão dos nervos. Os DORT surgem em atividades com sobrecarga física ou atividades com sobrecarga psíquica. 67 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  65. A necessidade de pensar a ergonomia e buscar soluções é

    algo bem antigo, que começou na Inglaterra, no século XVIII, com a Primeira Revolução Industrial. Com melhorias de ergonomia e outras medidas, é possível reduzir o surgimento de LER e DORT nos trabalhadores, baseando-se em anos de experiência e novas pesquisas no assunto. Para que isso aconteça, é possível: • Fazer exercícios de aquecimento (ginástica laboral) antes do trabalho. • Usar técnicas adequadas de movimentação de cargas, levantando objetos pesados com as pernas ao invés de usar as costas, evitar torcer o corpo na movimentação ou se abaixar dobrando os joelhos ao invés de dobrar a coluna. • Realizar pausas evitando tensionar demais os músculos ou os nervos. • Manter uma postura correta, com costas eretas, alinhamento de cabeça, ombros e quadril. • Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como luvas, joelheiras, capacetes, cintos lombares, reduzindo o risco de lesões. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  66. Uma das formas de evitar LER, DORT e outras doenças

    que podem acontecer em decorrência do trabalho é a realização da ginástica laboral. Ela seria parte do pré-trabalho, antes de começar o serviço propriamente dito. Segundo o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), a elaboração de um programa de ginástica laboral é tarefa que pode ser realizada por profissionais das áreas de Educação Física e de Fisioterapia. Esse programa de ginástica é muito importante para que os exercícios feitos sejam efetivos e ajudem a combater doenças. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  67. Algumas empresas contrataram consultorias para a elaboração dos programas de

    ginástica laboral, de profissionais habilitados, e depois deram continuidade com funcionários próprios, chamados de multiplicadores. Essa é uma prática perigosa, visto que não são profissionais da área, e pode gerar problemas trabalhistas às empresas por desvio de função. Para elaborar o programa de ginástica laboral, o profissional vai conhecer a empresa, sua rotina, instalações, normas de segurança e riscos ambientais. É importante observar as estatísticas (números) das causas de afastamento, queixas frequentes e até a qualidade de vida. Mais do que exercícios, pode ser necessário buscar atividades motivacionais dentro do programa. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  68. A ginástica laboral pode ser de dois tipos, preparatória ou

    compensatória: • Preparatória: feita antes ou nas primeiras horas do início do trabalho, com duração de cinco a dez minutos. A ginástica laboral preparatória é constituída de aquecimentos ou alongamentos específicos para determinadas estruturas corporais envolvidas. Uma pessoa que digita muito no computador (que trabalha nos escritórios do Estaleiro) pode ter uma ginástica preparatória com exercícios usando uma barra e estendendo as mãos, por exemplo. O objetivo é de aumentar a circulação sanguínea, lubrificar e aumentar a viscosidade das articulações e tendões. • Compensatória: ginástica laboral feita no meio da jornada de trabalho, sendo uma pausa ativa para executar exercícios de compensação. Ela é praticada no ambiente de trabalho mesmo, em meio às máquinas, mesas de escritório ou refeitório. Os exercícios envolvidos são de descontração muscular e relaxamento, para reduzir a fadiga e prevenir LER, DORT e outras doenças. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  69. Existem vários benefícios associados à prática da ginástica laboral, tais

    como: • Combater LER e DORT. • Evitar o sedentarismo, estresse, depressão e ansiedade. • Melhorar a flexibilidade, força, coordenação, ritmo, agilidade e resistência. • Reduzir a sensação de fadiga ao final da jornada. • Favorecer o relacionamento social e o trabalho em equipe. • Desenvolver a consciência corporal. • Reduzir as despesas por afastamento médico à empresa. • Reduzir acidentes e lesões. • Aumenta a produtividade e a qualidade do trabalho. 72 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  70. Alongamentos, dentro das séries de exercícios, objetivam recuperar a flexibilidade

    devido à inatividade ou a algum ferimento. Algumas dicas ajudam a obter o máximo rendimento nos alongamentos: • Não fazer movimentos abruptos. • Fazer pelo menos dez minutos de alongamento lento antes e durante o trabalho. • Não tenha pressa e faça movimentos de forma suave, lenta, inclusive enquanto estiver trocando de exercício. • Fique na mesma posição de alongamento por trinta segundos, pelo menos. • Ao alongar, o normal é sentir uma resistência suave. Se houver sinal de dor, não é normal: é preciso reduzir a intensidade. • Respire de forma profunda e lenta, mantendo a respiração durante o alongamento. • Faça alongamentos de maneira frequente, sendo melhor fazer seis séries ao longo do dia do que trinta e seis em uma vez só. • Em caso de contusão aguda é melhor evitar alongar, pelo menos até recomendação de especialista. • Em caso de dores que durem mais de dois dias ou piora dos sintomas após os alongamentos, deve-se consultar um médico. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  71. Ergonomia no trabalho a quente e doenças ocupacionais Para falar

    na ergonomia no trabalho a quente e doenças ocupacionais, vamos começar pela atividade de solda. São utilizados equipamentos, que não são pequenos, como o maçarico e os cilindros de gases, que por vezes precisam ser deslocados até o local de trabalho com o uso de carrinhos. Um fator importante a considerar em termos de ergonomia é o tamanho e porte do trabalhador, considerando as diferenças de tamanho entre indivíduos do mesmo sexo e entre soldadores e soldadoras. 74 Grande parte dos problemas musculoesqueléticos que surgem nos soldadores se relaciona com as posturas físicas que eles precisam assumir durante seus serviços, bem como pela manipulação de cargas, visto que não é apenas aplicar a solda, mas é preciso estabilizar as partes a soldar. Soldar de joelhos e deitado(a) costuma levar a dores musculares. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  72. Quanto às cargas, equipamentos auxiliares de transporte como pórticos móveis,

    guinchos, talhas e outros ajudam, deixando a força muscular do soldador concentrada na operação de solda. Para que os equipamentos com rodízios ou eventuais assentos funcionem bem, é preciso limpar os pingos solidificados de solda que ficam pelo chão. Nos estaleiros, existem alguns desafios quanto à ergonomia na solda por serem produtos muito grandes, mas por vezes é preciso entrar nele para executar as tarefas. Os espaços interiores podem dificultar a movimentação e exigirem malabarismos dos soldadores. Sempre é preciso avaliar melhorias nesse tipo de serviço e meios de reduzir esses problemas. Em alguns casos, soldadores precisam fazer solda sobre- cabeça, o que leva a alguns problemas nos ombros. Essa é, também, uma postura a ser evitada. Sempre que possível, a solda deve ser feita de modo a evitar a angulação do pescoço. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  73. O serviço de solda envolve também o uso de martelinho

    de solda, que visa tanto corrigir deformações geradas pelo calor, como remover partes de solda que ficaram defeituosas. A realização das batidas pode causar sobrecarga muscular, sendo importante trabalhar no processo produtivo para evitar essa necessidade. Dores nas costas podem ser comuns no trabalho de soldadores. Sempre que possível, deve-se evitar o hábito de se reclinar para fazer a solda, tanto estando em pé, como sentado(a). Braços demasiadamente esticados com a tocha na mão produzem dores nos ombros e nas costas. Agora passaremos às questões de ergonomia com máquinas portáteis rotativas, como serras policorte, esmerilhadeiras, furadeiras e similares. Em alguns casos, o serviço pode ser feito com o uso de bancadas. Nesse tipo de atividade, o profissional deve, preferencialmente, ter a possibilidade de ajuste de altura para evitar alongamentos demasiados dos braços quando for efetuar o corte. Também é recomendável a existência de suportes de apoio para o objeto a cortar. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  74. Caso o corte seja realizado no chão, como na figura

    a seguir, lesões em função da dobra incorreta dos joelhos e membros inferiores ao se abaixar podem surgir. A bancada é muito importante. Para furadeiras de bancada, também é importante posicionar o equipamento de modo que não fique nem muito baixo, a ponto de ser necessário dobrar a coluna, e nem muito alto, levando à alongamentos excessivos para o manuseio das peças a serem perfuradas. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  75. Equipamentos de corte, desgaste e perfuração de metais e que

    são portáteis geralmente possuem tamanhos mais reduzidos. A ferramenta deve ser segurada com as duas mãos. O giro de brocas ou lâminas causa movimentação incompatível com a firmeza de uma única mão. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  76. FISPQ ou FDS A ABNT NBR 14725:2023 define todas as

    informações que precisam estar na FDS. Ela também diferencia as obrigações de quem elabora (fornecedor) e quem utiliza uma FDS. Nos trabalhos a quente em estaleiros, é preciso se basear no que dizem as FDS dos gases utilizados nos serviços de solda. As informações presentes na FDS são multidisciplinares, falando sobre meio ambiente, primeiros socorros, transporte, saúde humana, Física e Química. A empresa que fornece o produto químico é que é responsável pela FDS, devendo possuir profissional ou equipe capacitada para tanto. NR 34 A Ficha com Dados de Segurança – FDS - é antiga Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos - FISPQ. Era ela o documento com informações de segurança que antecedeu a FDS, mas houve a mudança em termos de conteúdo e de nome, alinhando às versões em outros idiomas, chamadas de Safety Data Sheet – SDS - Material Safety Data Sheet – MSDS - ou Fichas de Datos de Seguridad - FDS. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  77. Na seção 2 de uma FDS, ocorre a identificação de

    perigos, onde são indicados: a) Classificação GHS da substância ou mistura ou outra informação nacional ou regional. b) Elementos de rotulagem do GHS com pictogramas ou frases de perigo. c) Perigos relevantes e que não sejam abordados pelo GHS como perigo de explosão das poeiras, por exemplo. Esses pictogramas são expostos na norma, conforme exemplos a seguir: 80 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  78. Além disso, existem as frases de precaução e perigo, como:

    - “Explosivo, instável” (Código H200). - “Gás extremamente inflamável” (Código H220). - “Líquido e vapores extremamente inflamáveis” (Código H224). - “Provoca irritação à pele e irritação ocular” (Códigos H315 e H320). - “Provoca danos à saúde pública e ao meio ambiente pela destruição da camada de ozônio” (Código H420). Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  79. Uma FDS também apresenta quais são os primeiros socorros em

    caso de intoxicação. Considera-se que os primeiros socorros possam ser aplicados por pessoas sem um treinamento específico, sem equipamentos adequados ou uma vasta gama de medicamentos. É obrigatório que ela informe quando o atendimento médico precisar ser imediato; se houver recomendação de levar a pessoa a um local ventilado; for necessário remover calçado e roupas ou ainda quando os socorristas precisarem de EPI. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  80. NR 34 Atividade com Maçarico - Riscos e Formas de

    Prevenção Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  81. Em maçaricos é feita a mistura de oxigênio e de

    um gás combustível em proporções e condições de segurança adequadas, obtendo-se uma chama necessária à execução de um trabalho. Um desses trabalhos é o corte de aço, muito comum na indústria naval. As aplicações de corte envolvem trabalhos de demolição e também o corte de aço carbono em chapas finas e médias, com espessura inferior a uma polegada. O uso do oxicorte mecanizado permite cortes com geometria complexa. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  82. • Dois conjuntos de armazenamento de gases. • Dutos para

    transmissão até o ponto de utilização. • Controle e condicionamento com regulagem de pressão. • Bloqueio de segurança quanto a retrocesso de chama. • Mesa de corte com carro automático. • Conjunto de tocha e corte. O metal corta por ser erodido pela oxidação a uma temperatura específica, com a mistura de gás combustível e oxigênio puro. O gás utilizado desde as primeiras aplicações é o acetileno, sendo introduzidos outros gases futuramente. Os equipamentos são específicos para cada gás. Um equipamento de oxicorte mecanizado possui: Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  83. De todos os equipamentos, o que está mais relacionado ao

    corte é a tocha, cujos elementos são representados abaixo: Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  84. Para o corte ocorrer, é somado o calor gerado pela

    combustão na tocha ao calor gerado na oxidação do ferro. Essa oxidação acontece quando o metal é aquecido a uma temperatura tal que reage quimicamente com o oxigênio, chamada temperatura de ignição. Oxicorte só pode ser feito em materiais nos quais a temperatura de ignição é menor do que a de fusão e a temperatura de fusão dos óxidos formados. Esses materiais incluem aço carbono e aços de baixa e média-liga. 88 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  85. Riscos no Corte e Solda a Gás Alguns riscos existem

    no trabalho de corte e solda a gás. Como são utilizados maçaricos, é necessária a verificação quanto a vazamentos antes de ligar o equipamento. Isso pode ser feito com detectores de vazamentos ou água com sabão. A ideia de usar água e sabão é igual àquela feita quando se coloca botijões de gás de cozinha: ao ensaboar o local, em caso de vazamento, formam- se bolhas que aumentam e estouram. 89 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  86. O vazamento leva a risco de incêndios. Além de corrigir

    o vazamento, é preciso operar em área ventilada, longe de outros materiais inflamáveis diferentes dos necessários ao oxicorte, e dispor de equipamentos de controle de incêndio como os extintores. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  87. Existe um risco durante o uso do equipamento, então ele

    precisa ser mantido ligado apenas quando está sendo usado. Caso o operador saia para o lanche, banheiro ou final de expediente, ou ao final da tarefa, deve-se apagar a chama. Antes de guardar o maçarico, deve-se certificar que está completamente resfriado. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  88. No trabalho de corte e solda a gás também ocorre

    a proximidade com radiações não ionizantes. Uma radiação não ionizante é um tipo de radiação com baixa frequência e baixa energia, chamada também de campo eletromagnético. Ela se propaga por ondas e é originada de fontes naturais ou não. Ao falar em radiações não ionizantes, muitas vezes tratamos de ondas presentes no dia-a-dia, boa parte delas sendo inofensiva ao ser humano. Por outro lado, algumas radiações não ionizantes podem causar danos, principalmente aquelas de frequência muito baixa e potência elevada, na ausência de proteção. Nas profissões, soldadores e eletricistas são os mais expostos a esse tipo de radiação. É por isso que é muito importante proteger a visão contra a incidência direta dessa radiação para manter o soldador/operador de maçarico saudável 92 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  89. Cilindros de Gases No caso do acetileno, os cilindros possuem

    aço feito com uma massa porosa que se decompõe mediante calor. O cilindro fica em chamas e permanece sem explodir, o que dá tempo de resposta aos ocupantes do local onde ele estiver. Podem ocorrer sérios acidentes se o manuseio ou armazenamento não forem adequados. Os gases utilizados em oxicorte são armazenados em cilindros de paredes metálicas grossas, criados especificamente para esse fim. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  90. Recipientes contendo gases comprimidos precisam ser armazenados em depósitos bem

    ventilados e estarem protegidos contra quedas, calor e impactos acidentais. Na NR 32 existem indicações quanto a gases medicinais que são aplicáveis também aos gases utilizados no oxicorte: • Recomendações do fabricante, como as da FDS, devem ser seguidas no manuseio e armazenamento dos gases. Essas recomendações precisam estar disponíveis no local de trabalho. • Os equipamentos não podem ser submetidos a pressões superiores àquelas que foram projetados para suportar. • Cilindros sem identificação e válvula de segurança não devem ser usados. • Não se deve movimentar os gases sem EPI adequado. • Deve-se armazenar os cilindros em temperatura adequada. • Um gás não pode ser transferido para outro cilindro. • Óleos, graxas, hidrocarbonetos e outros materiais orgânicos não podem ser postos em contato com gases oxidantes. • Não podem ser transportados cilindros soltos ou na horizontal. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  91. Por fim, a NR 32 ainda ressalta que cilindros de

    gases inflamáveis, como hidrogênio e oxigênio, devem estar a 8 m dos cilindros de gases oxidantes armazenados, tais como oxigênio, cloro e óxido nitroso. Distâncias menores apenas com barreiras físicas vedadas e resistentes ao fogo. Quando um cilindro de acetileno verdadeiramente não possa ser posto na vertical no armazenamento, ele deve ser colocado nessa posição pelo menos meia hora antes do uso. Se existir iluminação onde ocorre o armazenamento ou instalações elétricas em geral, deve-se garantir que não permitam explosão e serem feitas com projeto específico. É necessário aterramento elétrico. Os cilindros de gases são fornecidos com cores padronizadas de acordo com normas técnicas, pela ABNT e Inmetro. Oxigênio industrial é armazenado em cilindros pretos, enquanto que o oxigênio medicinal é disposto em cilindros verdes. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  92. Sistemas de Alimentação de Gases Entre os cilindros de gases

    e as tochas existem mangueiras ou dutos e elementos diversos de um sistema de alimentação de gases. Um desses elementos é o regulador de pressão. Regulador de pressão O uso de um regulador de pressão não se restringe aos estaleiros. Também existem aplicações em caldeiras, siderúrgicas ou metalúrgicas de grande porte. Como o limite superior de inflamabilidade do acetileno é muito alto, válvulas especiais contra o retrocesso de chama são necessárias. Isso evita que o gás queime quase que sozinho. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  93. Mangueiras de Gases As mangueiras de gases são produzidas para

    trabalhos de solda, corte e aquecimento, tendo boa resistência à abrasão e cortes. Elas já são fornecidas prontas para uso. Uma grande vantagem na compra das mangueiras é de que podem ser fornecidas com as conexões já cravadas. Outra vantagem é poder comprar desde pequenas extensões, de 5 ou 10 m, até 100 m, sem conexões, ou seja, uma mangueira de grande extensão e com menos riscos de vazamentos por dispensar as emendas ou reduzir sua quantidade. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  94. Características dos Gases Utilizados (Acetileno, Oxigênio, GLP) Neste item, veremos

    mais sobre gases utilizados no processo de oxicorte, com destaque ao acetileno e oxigênio, tradicionais no processo, e o GLP , apresentado como opção mais barata e alternativa. Características do acetileno O nome químico do acetileno é etino, que é um hidrocarboneto formato por dois átomos de carbono em ligação tripla e dois de hidrogênio, representado pela fórmula C2H2 ou HC≡CH. Não é um gás tóxico, mas atua como asfixiante e possui leve efeito anestésico. Não se tem evidências de que a exposição prolongada ou reiterada prejudique a saúde humana. No Quadro 1 da Tabela de Limites de Tolerância da NR 15, o acetileno é considerado um asfixiante simples e não há um limite de exposição para a condição de insalubridade. É recomendável, porém, que as concentrações sejam pequenas em função de ser bastante inflamável. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  95. As principais aplicações do acetileno, além do oxicorte, são: •

    Processos de síntese orgânica, onde sua alta reatividade é bastante útil. O gás é usado na síntese de cloreto de vinila, policloreto de vinila – PVC – utilizado nas tubulações de água fria e de esgoto, acetato de vinila, vinil acetileno, vinil éteres, dentre outras substâncias. • Em equipamentos de absorção atômica, onde o acetileno é usado de forma laboratorial junto com óxido nitroso para a geração das chamas necessárias. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  96. Características do oxigênio industrial Oxigênio industrial é fornecido na forma

    gasosa, em cilindros de alta pressão, ou na forma líquida, em tanques criogênicos. As utilizações são em corte, solda e usos com combustão. Diferentemente do oxigênio existente no ar, geralmente na concentração de 21 %, com o restante em hidrogênio, gases nobres e outros inertes, o oxigênio industrial possui pelo menos 99,5 % de concentração. Sendo muito mais rico em oxigênio, facilita muito a combustão, e não seria próprio para a respiração humana. A combustão exige calor, combustível e oxigênio, que são três elementos fundamentais. A maior concentração favorece o processo de corte e solda, que pode parecer simples, mas possui fundamentos complexos. Conforme explicamos no tópico de cilindros de gases, óleos, graxas e outras substâncias combustíveis não podem ser armazenados perto do oxigênio industrial. O contato deve ser evitado, sob risco de formar uma mistura explosiva. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  97. Por mais que seja a mesma base, o oxigênio industrial

    é diferente do oxigênio medicinal, não podendo existir o desvio da função por serem diferentes e feitos especificamente para cada finalidade. O gás liquefeito de petróleo ou GLP é utilizado nas residências, comércios e na indústria. São oferecidos diferentes tipos de cilindros conforme os usos, sendo o maior, chamado de P45, usado nos equipamentos de oxicorte. O acetileno é extensamente utilizado para o oxicorte, e quando se fala do GLP como alternativa, algumas comparações precisam ser feitas. A primeira é em relação ao custo médio, que é acima de três vezes o custo de referência do GLP . Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  98. Outro fator importante está no risco operacional, onde o GLP

    é muito mais estável. Relembrando dos limites de inflamabilidade ou explosividade inferior e superior (LEL/LIE ou UEL/LSE), o acetileno possui o limite entre 2,5 % e 82,0 %, enquanto que o GLP está entre 2,1 % e 8,0 %, uma faixa bem mais estreita e muito mais segura. Não pode ser usado o mesmo bico de corte para acetileno e para GLP. Nas figuras a seguir, temos a visão da chama do acetileno (a), o bico para acetileno (b), a chama do GLP (c) e o bico para GLP (d). Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  99. O acetileno possui maior velocidade de chama, o que faz

    com que se desenvolva mais perto do bocal. Com o GLP , como isso não ocorre, é necessário um desenho especial para permitir a retenção de chama. Além da mudança de bico de corte, uma troca de acetileno para GLP exige mudança na regulagem da pressão de oxigênio e nova parametrização dos tempos de furo e velocidade de corte. É uma troca vantajosa economicamente, mas que precisa ser planejada em vários aspectos envolvidos. 103 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  100. Maçaricos Ele precisa ser feito com materiais que suportem calor

    intenso. Veremos a seguir alguns dos principais tipos: • Maçaricos Portáteis Manuais: requerem uma fonte de fogo externa, como isqueiro ou fósforo, para começarem a chama. Atingem temperaturas de até 1.800 °C, condição de calor médio. • Maçaricos portáteis automáticos: possuem sistema de ignição automática, atingindo o mesmo nível de calor médio dos manuais. Maçarico para solda é um equipamento que usa gases inflamáveis para gerar uma chama controlada e concentrada, usada para aplicações como solda, corte, reparos e brasagem em tubos de cobre, consertos em utensílios domésticos, trabalhos em equipamentos de refrigeração e até na culinária. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  101. • Maçaricos PPU – Pronto Para Uso: mais potentes e

    robustos do que os manuais, podendo atingir até 3.000 °C. Servem para serviços em sistemas de refrigeração de alta capacidade. • Maçaricos de média pressão (tipo misturador): usam oxigênio e acetileno sob a mesma pressão. • Maçaricos de baixa pressão (tipo injetor): funcionam com oxigênio a qualquer pressão, usando a força viva do oxigênio sob pressão para aspirar acetileno. • Maçaricos de solda com mistura no bico: a mistura é feita no bico por meio de vários injetores com resistência ao retrocesso. Serve para soldas de chapas de até 14 mm. Além desses maçaricos, outros modelos existem para aplicações específicas. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  102. EPI e EPC No trabalho com maçaricos, são necessários Equipamentos

    de Proteção coletiva – EPCs – e equipamentos de proteção individual – EPIs. Ambos são indispensáveis, além de obrigatórios, para a Segurança do Trabalho nas atividades de oxicorte. Como exemplos de EPCs, pode-se citar: • Extintor de Incêndio. • Sinalização do ambiente. • Dentre outros. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  103. E quanto aos EPIs, existem diversos tipos, como: • Óculos

    de proteção. • Máscara de Solda (podendo ser automática). Uma máscara conta com filtro de escurecimento automático para cobrir os efeitos da luz intensa. Alguns modelos podem contar com botão de teste para ver se o filtro está funcionando antes do uso efetivo. A mesma máscara de soldagem, conforme modelo, pode ser usada na goivagem e também no oxicorte. • Luva de Segurança. Esse EPI pode ser feito em couro de raspa, com fio que suporte o estresse mecânico. Como o couro é algo mais rígido, um forro pode ajudar a dar mais conforto no uso. • Proteção Auditiva. • Perneiras. • Roupas de manga longa Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  104. É importante ressaltar que os EPIs, principalmente, reduzem a sensibilidade

    pelo isolamento de movimentos do corpo, mas isso não justifica uma possível resistência do uso pelo trabalhador. A segurança ganha ao usá-los compensa e muito todos os riscos que existem no trabalho. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  105. Os EPIs são fabricados segundo normas técnicas internacionais. Geralmente nos

    próprios EPIs é possível observar quais as normas que são seguidas e os níveis de desempenho segundo nomes e pictogramas. Vamos a um exemplo: Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  106. Pela Norma EN 12477, existem os tipos A e B

    de desempenho das luvas. O tipo A, como a luva da figura, é recomendado para situações onde a solda não exige grande destreza no manuseio. O tipo B, por sua vez, é para situações de maior destreza e precisão, como para peças pequenas e chapas finas e soldagem mais precisa, tais como a soldagem TIG. Além dos guias de norma para as aplicações, para as soldas com utilização de gases, é importante que seja considerada a Ficha com Dados de Segurança – FDS – do gás para saber de necessidades específicas de EPI. Essa informação deve constar na “Seção 8 – Controle de exposição e proteção individual” de uma FDS. 110 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  107. Quatro itens principais são especificados na FDS quanto aos EPIs:

    1) Proteção dos olhos e da face: Deve-se especificar qual a proteção ocular ou facial conforme a substância ou mistura e seu potencial de contato. 2) Proteção da pele: deve-se especificar proteções conforme as áreas de contato potencial, como luvas, calçados, vestimenta completa, avental, dentre outras. 3) Proteção respiratória: em função dos perigos e possibilidades de exposição, podem ser equipamentos como filtro de ar, tipo de cartucho ou filtro, se haverá suprimento de ar. 4) Perigos térmicos: se existe esse tipo de perigo, a especificação do EPI muda para dar suporte a essa condição. Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  108. Na FDS (FISPQ) do acetileno comercializado pela empresa White Martins,

    em janeiro de 2024, por exemplo, são disponibilizadas as seguintes informações quanto a EPI, reproduzidas no quadro abaixo: Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG
  109. O trabalho com oxicorte envolve a utilização de oxigênio industrial

    e um gás como acetileno ou GLP , cujas características e equipamentos utilizados variam. Não é possível a utilização do oxigênio medicinal para fins industriais pois possuem propriedades diferentes. Vimos também que existem dispositivos como válvulas antirretorno, reguladores de pressão, bicos e mangueiras. Essas mangueiras podem ser feitas com grandes extensões e sem emendas, de até cem metros. Para a realização dos trabalhos, em emendas ou ao longo da mangueira, é preciso verificar antes de começar os serviços se há qualquer tipo de vazamento. Após, só guardar o maçarico quando estiver resfriado. Esperamos que você tenha aprendido muito ao longo desta apostila. Com cuidado e os EPIs corretos, seu trabalho sempre será produtivo e saudável! 114 Ícone do Menu Cinza PNG transparente - StickPNG