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Arianismo - A Primeira Grande Heresia e o triun...

Salve Maria
September 21, 2019

Arianismo - A Primeira Grande Heresia e o triunfo da Ortodoxia

A Igreja e as Tempestades - Parte III

Salve Maria

September 21, 2019
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  1. Congregação Mariana da Imaculada Conceição e Santo Afonso de Ligório

    salvemaria.com.br Local Av. Djalma Batista 539 sala 101 A PRIMEIRA GRANDE HERESIA E O TRIUNFO DA ORTODOXIA Arianismo SÁBADO 21/09 ÀS 16H30 A IGREJA E AS TEMPESTADES - PARTE III
  2. CALENDÁRIO MARIANO Data Calendário Mariano 21/09
 sábado São Mateus
 apóstolo

    • II classe 22/09
 Domingo S. Paulo Chong Hasang
 mártir e congregado mariano 24/09
 terça Nossa Senhora das Mercês
 IV classe 25/09
 quarta B. Camilo Constâncio
 mártir e congregado mariano 26/09
 quinta S. Carlos Garnier, S. Natal Chabanel, S. Gabriel Lallemand e companheiros
 mártires e congregados marianos 29/09
 Domingo Dedicação de S. Miguel Arcanjo
 I classe
  3. CALENDÁRIO MARIANO Data Calendário Mariano 29/09
 Domingo Dedicação de S.

    Miguel Arcanjo
 I classe 01/10
 terça Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças
 III classe 02/10
 quarta Santos Anjos da Guarda
 II classe 03/10
 quinta Santa Teresinha do Menino Jesus
 virgem e congregada mariana 04/10
 sexta S. Francisco de Assis
 III classe 07/10
 sábado Nossa Senhora do Rosário
 II classe
  4. REFERÊNCIAS Disponíveis em salvemaria.com.br/biblioteca La nave y las Tempestas –

    Tomo I Pe. Alfredo Saenz. 2005 La Revolucion Mons. Gaume. 1856 The Divine Trinity - A Dogmatic Treatise Pe. Joseph Pohle. 1902
  5. AS 3 TEMPESTADES A I Tempestade - A perseguição da

    Sinagoga Até 51 (Concílio Jerusalém), 67 (abandono de Jerusalém sob Nero) e 70 (destruição do Templo) A II Tempestade - A Perseguição do Império Romano Até 311 (Édito da Tolerância de Galério), 313 (Édito de Milão de Constantino) e Édito de Tessalônica de Teodósio (380) A III Tempestade surge enquanto a segunda ainda abate a Igreja
  6. SANTÍSSIMA TRINDADE E A ENCARNAÇÃO A Santíssima Trindade — Dogma

    essencial do Cristianismo Processão Ad-Intra Intelectiva - O Filho Entendimento divino Volitiva - O Espírito Santo Querer divino
  7. SANTÍSSIMA TRINDADE E A ENCARNAÇÃO Cristo 1 Pessoa Logos 2

    Naturezas Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus Deus se faz homem para que o homem, pela graça, se torne Deus (S. Atanásio) Redenção
  8. AS PRIMEIRA HERESIAS Heresia: Deslocação de uma construção mental bem

    estruturada mediante o recorte de alguma de suas partes essenciais Montanismo Montano • 205 pelo papa S. Zeferino Monarquismo Dinâmico – Adocionismo Teodoto de Bizâncio. O Filho foi adotado no Batismo, ganhando natureza divina criada • Condenada em 190 pelo papa S. Vitor Modal – Sabelianismo Sabélio. Somente o Pai e diferentes aspectos • Condenada em 220 pelo papa Calixto I
  9. ARIANISMO Ário – Nascido na Síria em 256. Formado na

    Escola Antioquena Ordenado Sacerdote por S. Alexandre em Alexandria em 318 Fama de santidade e vida de penitência. Exposição “discreta” de uma nova doutrina sobre Cristo, que ganhou força sobretudo entre os judaizantes, os ebionistas e os intelectualistas Conquista dos grandes (intelecto) e pequenos (eloquência, e.g. músicas)
  10. ARIANISMO Doutrina exposta: O filho de Deus foi criado do

    não-ser, do nada (negação da Divindade) Houve um tempo em que não existia (negação da eternidade e co-eternidade) Por ele, todas as coisas foram feitas (demiurgo; subordinacionismo) Não possui, por isso, a mesma natureza de Deus (anti-consubstancialidade) Sua vontade é capaz tanto do bem quanto do mal (negação da imutabilidade e da impecabilidade) Divino, embora não sendo Deus (negação da Redenção)
  11. ARIANISMO Em 320, S. Alexandre excomunga Ário, o destitui do

    cargo e sua doutrina é condenada Ário não reconhece a excomunhão e se alia a amigos bispos na Antioquia, entre eles Eusébio, bispo de Constantinopla S. Alexandre convoca um sínodo com os bispos egípcios. Aprox. 100 bispos participam e excomungam Ário. S. Alexandre difunde a decisão do sínodo para toda a Igreja, citando Eusébio
  12. ARIANISMO Expulso de Alexandria, refugia-se na Palestina e Nicomédia, onde

    escreve uma obra aparentemente se arrependendo de seus erros a S. Alexandre Entre 321 e 324, escreve a Thalia, ou “Banquete”. Nela, busca uma conciliação aparente entre a Ortodoxia e sua doutrina. A Igreja entra em convulsão — Dubias são disparadas às centenas pedindo que bispos se posicionem. Dioceses começam a tomar lados
  13. ARIANISMO Constantino se inteira da controvérsia e busca agir como

    mediador Não se discute entre vós um mandamento essencial da Le, nem se introduz um dogma novo sobre o culto de Deus. Vós tendes um só e o mesmo sentimento, então podeis facilmente entrar em comunhão. Vede como os filósofos de uma mesma seita, apesar de suas diferenças em pontos particulares, se unem e um só dogma. Voltai vós, portanto, à vossa amizade Ósio, bispo de Córdova e conselheiro do Imperador, entende que essa solução não terá efeitos. Constantino convoca um Concílio Ecumênico (325)
  14. CONCÍLIO DE NICEIA 20 de maio a 19 de junho

    de 325 em Niceia, prox. Constantinopla Pouca participação dos bispos do Ocidente. Inaugurado pelo Imperador Do lado católico: S. Alexandre, S. Atanásio e Ósio. Do lado ariano, Eusébio de Nicomédia, Eusébio de Cesareia e Ário (pelos corredores) Presidido por Ósio, legado papal, o mesmo que propôs o uso da expressão consubstancial Os que não assinavam, seriam desterrados. Os bispos Eusebio assinam, mas mantem-se arianos em seus corações. Ario foi desterrado. Foi considerada a primeira grande vitória da Ortodoxia.
  15. Cremos em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador de todas

    as coisas visíveis e invisíveis. Ε em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado unigênito do Pai, isto é, da substância do Pai; Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai; por quem foram feitas todas as coisas que estão no céu ou na terra. O qual por nós homens e para nossa salvação, desceu, se encarnou e se fez homem. Padeceu e ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus Ele virá para julgar os vivos e os mortos. E no Espírito Santo. E quem quer que diga que houve um tempo em que o Filho de Deus não existia, ou que antes que fosse gerado ele não existia, ou que ele foi criado daquilo que não existia, ou que ele é de uma substância ou essência diferente (do Pai), ou que ele é uma criatura, ou sujeito à mudança ou transformação, todos os que falem assim, são anatematizados pela Igreja Católica.
  16. MAS… Durante os dez anos que seguiram Niceia, o Imperador

    permaneceu interferindo em debates religiosos Poucos meses depois, os bispos Eusebio retiram suas assinaturas e foram exilados Em 328, morto S. Alexandre, Constantino começa a vacilar (por razões indefinidas, que envolvem sua irmã). Admite de volta os bispos exilados, chegando a substituir Ósio por Eusébio de Nicomédia
  17. MAS… Os arianos começam a se reorganizar, mas não podendo

    atacar diretamente o Concílio, atacam os seus defensores — Eustácio de Antioquia, S. Atanásio, etc Eusébio de Nicomédia consegue do Imperador que Ário retorne de seu exílio. Ário escreve uma profissão de fé ambígua, que podia ser interpretada como ortodoxa ou ariana. Constantino cede
  18. MAS… Convencido o Imperador, ordena a S. Atanásio que receba

    de volta todos os que querem voltar sob pena de deposição — A busca da unidade por si mesma Meses depois, ordena que ele admita Ário de volta em Alexandria. S. Atanásio nega. Cresce uma oposição ao santo até o Sínodo de Tiro, em 335, em que nenhum bispo não ariano participou. Ário é absolvido solenemente. S. Atanásio é caluniado de suborno contra o Império e é desterrado por Constantino para Tréveris.
  19. MAS… Após o Sínodo de Tiro, os bispos arianos se

    reunem em Jerusalém e conseguem de Constantino uma carta de reconciliação para Ário retornar a Alexandria. A ordem de reabilitação é postergada várias pelo tumulto que causou no povo até ser mudada para Constantinopla em 336. Ário morre no caminho triunfal à Igreja. S. Atanásio no primeiro exílio Os anti-arianos e a paz A morte de Constantino em 337 — visão geral do Imperador
  20. AS SEIS DÉCADAS APÓS NICÉIA O crescimento do Arianismo após

    Constantino: pagãos, corte, exército (bárbaros), moda; Constantino II revoga o desterro dos bispos fiéis a Niceia (337) O oriente ariano se fortalece - sínodo de Constantinopla em 338 (Deposição de Paulo e S. Atanásio por Eusébio e Pistos). S. Atanásio reage. Sínodo no Egito. O segundo exílio de S. Atanásio S. Atanásio recorre ao papa S. Julio. Sínodo em Roma (341). Vitórias até a morte de Constante, em 350 Morte de Eusébio (341), Concílio de Sárdica (343) e o apoio de Constante contra Constâncio
  21. AS SEIS DÉCADAS APÓS NICÉIA Atentado de Magnêncio a Constante

    em 350 — Constâncio se torna o único emperador do Oriente e Ocidente até 361 Morte do papa S. Julio, eleição de Libério (352). Os inimigos de S. Atanásio voltam a atacá-lo Sínodo de Arlés em 353 e Milão em 355 — S. Lucífero de Cagliari, S. Eusébio de Vercelli e S. Dionísio de Milão O terceiro exílio de S. Atanásio — tentado por convencimento e depois por guerra. S. Atanásio milagrosamente foge para o Alto Egito por seis anos Se Cristo não é Deus, como poderia o homem ser resgatado?
  22. AS SEIS DÉCADAS APÓS NICÉIA A divisão do erro Heteroousianos

    (Arianismo) Homoiousianos e Homoianos (Semi-arianismo) Homoousianos (verdade) O erro menor do semi-arianismo e os sínodos de Sirmio (356 a 358) A questão do papa Libério
  23. E ninguém é ignorante, que é doutrina católica, que existem

    duas Pessoas de Pai e Filho, e que o Pai é maior, e o Filho subordinado ao Pai, juntamente com todas as coisas que o Pai lhe subordinou, e que o Pai não tem princípio e é invisível, imortal e intransitável; mas que o Filho foi gerado do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, e que Sua origem, como mencionado acima, ninguém sabe, mas apenas o Pai. […] toda a fé é resumida e garantida nisso, para que uma Trindade seja sempre preservada, conforme lemos no Evangelho: 'Ide e batize todas as nações em Nome do Pai e do Filho e do Santo. Fantasma '(Matt. Xxviii. 19). E inteiro e perfeito é o número da Trindade; mas o Paracleto, o Espírito Santo, enviado através do Filho, veio de acordo com a promessa de que Ele poderia ensinar e santificar os Apóstolos e todos os crentes.
  24. AS SEIS DÉCADAS APÓS NICÉIA O sínodo de Selêucia-Rimini (358).

    425 bispos católicos, apenas 125 bispos arianos. Quem for contra a fórmula de Sirmio, desterro. Ao ceder à ambiguidade, cedeu-se à fé O triunfo da heresia ao fim do reinado de Constâncio
  25. AS SEIS DÉCADAS APÓS NICÉIA Juliano Apóstata (360) Sínodo de

    Lutência (360) e Alexandria (362) O quarto exílio de S. Atanásio, a morte de Juliano e o segundo Sínodo de Alexandria (364) Emperador Valentiano e Valente. As perseguições sob valente e sua morte (378) O Concílio de Constantinopla (381)