Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 O artigo tem como objetivo discutir os percursos teóricos interdisciplinares e a opção pela triangulação metodológica no aprofundamento de investigação baseada em identidades no campo da cultura digital. OBJETIVO
Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 CONTEXTO A dissertação Redes Sociais na Internet e a Economia Étnica: um estudo sobre o Afroempreendedorismo no Brasil (OLIVEIRA, 2019). Realizada na UFABC (Orientadores Profs. Drs. Claudio Penteado e Ramatis Jacino) Percurso teórico Interdisciplinar Triangulação Metodológica
Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 A partir da pergunta problema: é possível aplicar a Teoria da Economia Étnica na análise do Afroempreendedorismo no Brasil?
Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 A partir da pergunta problema: é possível aplicar a Teoria da Economia Étnica na análise do Afroempreendedorismo no Brasil?
Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 Uma rede de atributos diversos, não homogêneos e com representações que demonstram especificidades. Valorização da estética negra, aproximação com questões sociais, veículos de comunicação com demarcador racial, artistas negros. Elementos que não permeiam especificamente a prática Afroempreendedora, mas que sugere um entrelaçamento com a própria identidade e vivência da população negra. Estrutura e relações do Afroempreendedorismo a partir da Análise de Redes Sociais na Internet taisoliveira.me/redes/dissertais/
Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 Período de circulação: 15 de abril a 09 de maio 141 respostas. 69,5% de mulheres; Idade entre 26 e 41 anos (58,6%); 29,8% com grau Superior Completo e 22% com Pós-Graduação Completa. 58,2% são profissionais autônomos; 60,3% oferecem serviços; 62,4% tinham um emprego formal; 49,6% tem outras formas de obter renda. Perfil e percepções dos Afroempreendedores A maioria dos respondentes são mulheres, adultos entre 26 e 41 anos e com grau de escolaridade acima de superior completo. São autônomos formalizados e oferecem serviços. Grande parte tinha um emprego formal anteriormente, porém ainda mantém outras formas de obter renda. 72,5% são formalizados; A formalização de 74,3% é de MEI; 73% não tem funcionários; Faturam até 5 mil reais/mês (72,3%). 51,1% tem foco em temática negra 51,8% não tem foco em consumidores negros 92,2% tem interesse em movimentos sociais. Têm foco na temática negra, mas não necessariamente só em clientes negros. Se interessam por movimentos sociais.
Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 85,1% sabem o que é o Black Money; 84,4% mantém contato; 94,3% preferem utilizar serviços ou comprar; 57,4% conhecem pessoas ou organizações. 61,7% afirmam que enfrentam dificuldades em ser um Afroempreendedor. 98,5% afirmam utilizar a internet para atividades de sua empresa . Eles sabem o que é e praticam o Black Money. Grande parte diz conhecer pessoas ou organizações que promovem o Afroempreendedorismo. Entre as dificuldades estão a falta de credibilidade com possíveis clientes, fornecedores ou em visitas a lugares, acesso ao crédito bancário e o racismo explícito. Usam internet para o envio de mensagens, redes sociais, para participar de grupos, site ou blog da empresa, pesquisas de mercado e tendências, organização e gestão, reuniões, entre outras. Perfil e percepções dos Afroempreendedores
Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 Jaciana Melquiades Era Uma Vez o Mundo Rio de Janeiro/RJ Wanessa Yano Ayê Acessórios São Paulo/SP Michele Fernandes Boutique de Krioula São Paulo/SP Evandro Fióti Laboratório Fantasma São Paulo/SP Trajetórias e vivência do Afroempreendedorismo pelos nós em destaque
Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 São citados os mesmos problemas em relação ao acesso financeiro, situações de racismo e a descrença em perspectivas ao contexto político. Há um contraponto entre os resultados do formulário sobre a relação estabelecida entre os Afroempreendedores. Há o resgate de valores, representação de identidades, ícones históricos negros e laços afetivos. As mulheres são destaque, os negócios partem de uma problemática racial ou por falta de referência representativas e existe uma aproximação com temas políticos e sociais. Todos apontam a internet e suas ferramentas como essencial para a existência, crescimento e permanência dos negócios (relevância e hackear o sistema). Sobre a luta antirracista ser uma luta anticapitalista, os entrevistados discordam e afirmam que empreendimentos de não negros que estabelecem suas práticas no mesmo sistema, embora concordem que o racismo estrutural é inerente ao capitalismo. Trajetórias e vivência do Afroempreendedorismo pelos nós em destaque
Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 Reforço e orgulho identitário; Senso de comunidade; Auto emprego e consumo; Respostas a uma sociedade hostil. Formação da população negra no país. Discurso empreendedor num contexto de pejotização; Necessidade de políticas públicas; Racismo estrutural. Aproximações Distanciamentos Pontos de atenção
Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 5) porém essa demonstrou ser a etapa mais delicada visto o fator humano propriamente dito. Considerações Finais 1) foi de extrema importância levantar os trabalhos anteriores sobre o objeto e sua base teórica, sobretudo para certificar o teor de novidade e atualidade da pesquisa; 2) lidar com rastros digitais facilitou o processo do ponto de vista técnico pelo fácil acesso a dados públicos; 3) todavia o método digital por si só não seria capaz de agregar informações suficientes para responder a problemática; 4) as entrevistas deram um panorama mais geral do cenário e possibilitou guiar as perguntas para a entrevista semiestruturada;
Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019 Dadas as complexidades, consideramos a experiência interdisciplinar e de triangulação metodológica importantes aliadas em pesquisas sobre identidades no campo da cultura digital, sobretudo em contextos complexos como os que envolvem a discussão de racial.