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Seminário

Gean Felipe
December 09, 2014

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Gean Felipe

December 09, 2014
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  1. Triste fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto Componentes: Alyssa Carolyne,

    Bruna Costa, Gabriella Eller, Gean Felipe, Samyra Kelly e Samuel Costa. '
  2. Sobre o Autor • Afonso Henriques de Lima Barreto,Rio Janeiro(1881);

    • Autor de romances, sátiras, contos, textos jornalísticos e críticas ; • Tentou, sem êxito, ser membro da Academia Brasileira de Letras; • Representante do pré-modernismo brasileiro, militou contra as injustiças sociais e o preconceito racial; • Morre em 1º de Novembro de 1922;
  3. Sobre o Autor Para a Academia Brasileira de Letras “Foi

    um escritor atento, que soube como poucos registrar as principais mudanças sociais, políticas e culturais ocorridas no final do século 19 e início do 20. Incompreendido no passado, hoje Lima Barreto é reconhecido como um dos maiores romancistas brasileiros.”
  4. - “O Brasil não tem povo, tem público.” - “Tudo

    tem um limite e o football não goza do privilégio de coisa inteligente.” Citação
  5. Características e estilo literário: Escreveu romances, sátiras, contos, textos jornalísticos

    e críticas; Abordou em suas obras as grandes injustiças sociais; Fez críticas ao regime político da República Velha; Possuía um estilo literário fora dos padrões da época, escrevia de um jeito inovador. Seu estilo era despojado, coloquial e fluente; É um escritor de transição entre o Realismo e o Modernismo. Principais obras: Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909); Triste fim de Policarpo Quaresma (1915); Numa e ninfa (1915); Clara dos Anjos (1948).
  6. Sinopse • Primeira parte:  A primeira parte começa descrevendo

    a rotina do Major Policarpo Quaresma;  Subsecretáio do Arsenal de Guerra;  Policarpo causava comentários na vizinhaça;  Patriota de corpo e alma. Tudo é do Brasil, para o Brasil;  Vestimentas somente fabricadas no Brasil;  Violão – expressão da música brasileira;  Tupi-guarani – língua oficial do Brasil;  Ofício ao ministro;  Seis messes no hospício. O Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, narra a trajetória de Policarpo Quaresma, um patriota ímpar, que causa estranheza nas pessoas pelos seus ideais e coragem.
  7. • Segunda parte: • O sítio de “O Sossego”; •

    Policarpo empenha-se a estudar sobre a terra brasileira, a qual é a melhor que existe; • Sua terra é atacada por formigas, e os agricultores da época fazem de tudo para prejudicar o sítio de Policarpo; • Policarpo, não aguentando, deseja intensamente uma mudança de governo. • Terceira parte: • Volta para a cidade assim que sabe que está ocorrendo uma revolta; • Policarpo oferece ajuda ao Presidente Floriano Peixoto; • Quaresma empenha-se nas batalhas; • Policarpo é levado à prisão da Ilha das Cabras; • Policarpo deu-se por um traidor; • E poliarcpo espera a sua morte. A qual virá para determinar seu orgulho e seu heroismo.
  8. “A modinha é a mais genuína expressão da poesia nacional

    e o violão é o instrumento que ela pede.” “Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha, entretanto, o aspecto tranquilo e satisfeito de quem se julga bem com a sua sorte.” “Com tal gente, era melhor tê-lo deixado morrer só e heroicamente num ilhéu qualquer, mas levando para o túmulo inteiramente intacto o seu orgulho, a sua doçura, a sua personalidade moral, sem mácula de um empenho, que diminuísse a injustiça de sua morte, que de algum modo fizesse crer aos seus algozes tinha direito de matá-lo.”
  9. Contexto da Obra República velha Pré-Modernismo Revoltas internas(Canudos ,Vacina 1904,Chibata

    1910) Posse do primeiro presidente civil, Prudente de Morais, que inicia a "República do café-com-leite"(1894)
  10. Personagens Policarpo Quaresma O protagonista, cuja principal característica é o

    nacionalismo exacerbado. Segundo o autor, “um homem pequeno, magro, que usava pincenez, olhava sempre baixo, mas, quando fitava alguém ou alguma coisa, os seus olhos tomavam, por detrás das lentes, um forte brilho de penetração, e era como se ele quisesse ir à alma da pessoa”. Policarpo vestia-se sempre de fraque, “e era raro que não se cobrisse com uma cartola de abas curtas e muito alta, feita segundo um figurino antigo”. “...Uma disposição particular de seu espírito, forte sentimento, que guiava a sua vida. Policarpo era patriota...”
  11. Personagens • Olga “A boca pequena, de um desenho fino,

    exprimia bondade. Malícia, e o seu ar geral era de reflexão e curiosidade.” • Ricardo Coração dos Outros “Era magro, baixo, pálido, quase sempre carregando um violão agasalhado em uma bolsa de camurça. Vivendo para o violão e as modinhas, e para ideal de chegar até Botafogo...” • Adelaide “Era uma bela velha de corpo médio, ser metódico, ordenado e organizado, de ideias simples, médias e claras, seus olhos verdes não revelavam nenhuma paixão ou ambição.”
  12. Personagens • Vicente Coleoni “Vicente Coleoni pôs uma quitanda, ganhou

    uns contos de réis, fez-se logo empreiteiro, enriqueceu, casou, veio a ter aquela filha, que foi levada à pia pelo seu benfeitor.”
  13. Fico Narrativo • Narrador em 1ª ou 3ª Pessoa? –

    Narrador observador ou onisciente? – Seletivo ou neutro? • Vantagens • Desvantagens
  14. Tempo e Espaço • O tempo é cronológico, apreende o

    período anterior e posterior à Revolta da Armada, em 1893. Precisamente entre 1891 e 1894 primeiros anos da República e governo de Floriano Peixoto. • O Rio de Janeiro é o espaço para toda a ação do romance. O sítio “Sossego“ fica num local denominado vila Curuzu, que constitui espaço secundário da obra.
  15. Linguagem 1. O Pré- Modernismo 1.1 Características: •.Linguagem popular e

    acessível •.Não há o grande aparecimento do cultismo •.Há a utilização de palavras usadas fluentemente no vocabulário popular, e algumas até com características nordestinas, destacando-se a presença de traços regionalistas, característicos tanto do Pré-Modernismo como do Modernismo. Exemplo: “...Seu dotô Campo é senadô..” •.O NACIONALISMO Era costume seu, assim pela hora do café, quando os empregados deixavam as bancas, transmitir aos companheiros o fruto de seus estudos, as descobertas que fazia, no seu gabinete de trabalho, de riquezas nacionais. Um dia era o petróleo que lera em qualquer parte, como sendo encontrado na Bahia; outra vez, era um novo exemplar de árvore de borracha que crescia no rio Pardo, em Mato Grosso; outra, era um sábio, uma notabilidade, cuja bisavó era brasileira; e quando não tinha descoberta a trazer, entrava pela corografia, contava o curso dos rios, a sua extensão navegável, os melhoramentos insignificantes deque careciam para se prestarem a um franco percurso da foz às nascentes. Ele amava sobremodo os rios; as montanhas lhe eram indiferentes. Pequenas talvez... (BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 1881-1922.Cap I,pag.11)
  16. A Verossimilhança e Sua Relação com a Linguagem • O

    Academicismo • A Obra evidencia o cotidiano de pessoas simples, representantes da classe média • O respeito a quem possuía alguma formação, sempre privilegiado no Brasil • O respeito ao funcionalismo público • O preconceito com quem vivia da música e o “desprestígio” social • As hierarquias sociais sob a ótica governamental
  17. Reflexões “Mas, como é que ele tão sereno, tão lúcido,

    empregara sua vida, gastara o seu tempo, envelhecera atrás de tal quimera? Como é que não viu nitidamente a realidade, não a pressentiu logo e se deixou enganar por um falaz ídolo, absorver-se nele, dar-lhe em holocausto toda a sua existência? Foi o seu isolamento, o seu esquecimento de si mesmo; e assim é que ia para a cova, sem deixar traço seu, sem um filho, sem um amor, sem um beijo mais quente, sem nenhum mesmo, e sem sequer uma asneira!” Trecho do livro, Trite Fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto.