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M1D1 - Aula 2_parte 2

M1D1 - Aula 2_parte 2

DISCIPLINA I: A Cidade e a História da Habitação Social
Professores: Lizete Rubano e Joana Mello

AULA 2

Os descaminhos e avanços na produção do BNH

Habitação e Cidade

February 26, 2015
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Transcript

  1. O SURGIMENTO DA HABITAÇÃO SOCIAL COMO PROMOÇÃO DO ESTADO ATÉ

    A CRIAÇÃO DO BNH (1937-1964): FORMULAÇÕES E REALIZAÇÕES DAS DÉCADAS DE 40 E 50 AQUI O ‘MODERNISMO OCORRE NUM BRASIL SEM MODERNIZAÇÃO’ . (...). CONTRA ESSE TIPO DE SITUAÇÃO (OLIGARQUIA CONSERVADORA E ECONOMIA BASEADA NA EXPORTAÇÃO DE MATÉRIAS PRIMAS) É QUE SE ENSAIAM OS PRIMEIROS MOVIMENTOS DE APARENTE RUPTURA COM UM PASSADO COLONIZADOR E ARCAICO, TANTO NO PLANO POLÍTICO COMO CULTURAL. (BAYEUX, 1991, P.20).
  2. INSTITUTOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO o atendimento da demanda era

    feito por categoria, priorizando-se os associados de cada Instituto específico ( a tentativa de unificação, criando-se um órgão central -a Fundação da Casa Popular – sofreu, inicialmente, resistências, não tendo sido unanimemente apoiada pelas diversas forças políticas presentes naquele momento, conforme BONDUKI, 1995).
  3. Apesar das adversidades, a produção deste período teve muita qualidade:

    124.025 unidades habitacionais foram edificadas, principalmente entre 1946 e 1950, número muito significativo, principalmente se comparado às 16.964 produzidas pela Fundação da Casa Popular em 18 anos de existência. (BONDUKI ,1995).
  4. TEMAS DO PERÍODO 1. RELAÇÃO COM A CIDADE EXISTENTE 2.

    UNIDADE URBANÍSTICA 3. MORFOLOGIA COMO TEMA DE INVESTIGAÇÃO 4. RELAÇÃO ENTRE ESPAÇO PÚBLICO, COLETIVO E PRIVADO 5. SISTEMAS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO 6. MORADIA COLETIVA X UNIDADE UNIFAMILIAR NO LOTE 7. TIPOLOGIA: ELEMENTOS COMPOSITIVOS E CONSTRUTIVOS 8. TIPOLOGIAS: DIVERSIDADE E PRODUÇÃO 9. REVISÃO PROGRAMÁTICA
  5. SANTA CRUZ - IAPB SÃO PAULO - ANOS 50 ARQUITETO

    MARCIAL FLEURY DE OLIVEIRA HABITAÇÕES CONSTRUÍDAS: 282 INSTITUTOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO
  6. CIDADE JARDIM - IAPC SÃO PAULO – 1947 EDUARDO KNEESE

    DE MELLO HABITAÇÕES PREVISTAS: 1.118
  7. DEPARTAMENTO DE HABITAÇÃO POPULAR Paralelamente aos Institutos de Previdência, foi

    criado pela engenheira Carmem Portinho, o Departamento de Habitação Popular, no então Distrito Federal (Estado do Rio de Janeiro) , ligado à Secretaria Geral de Viação e Obras da Prefeitura.
  8. Este Departamento, através de seu arquiteto mais expressivo – Affonso

    Eduardo Reidy- realizou alguns dos conjuntos mais significativos, como configuradores de referências novas e audaciosas: o de Pedregulho , iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro para seus funcionários de baixa renda, e o da Gávea , projetado para substituir uma favela existente no local.
  9. Fonte: Affonso Eduardo Reidy. São Paulo, Instituto Bardi / Blau,

    2000. Affonso Eduardo Reidy, Conjunto Residencial do Pedregulho, 1946 BLOCO A: 260M DE EXTENSÃO, 272 APTOS.
  10. A proposta apresentada pelo governo instituído pelo golpe militar de

    1964, acentuou o caráter empresarial e lucrativo da atividade construtiva voltada à habitação: criou-se um Banco Nacional de Habitação, com recursos obtidos compulsoriamente do trabalhador através do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Desvirtuou-se, a partir de então, a discussão conceitual e estética feita pelos arquitetos ligados ao Movimento Moderno, que se propunham a pensar uma nova maneira de vivenciar o urbano, com a habitação tendo um grande significado.
  11. O resultado foi a introdução, no repertório da arquitetura da

    habitação no Brasil, de um racionalismo formal, desprovido de conteúdo, consubstanciado em projetos e obras de péssima qualidade, que desgastou várias das propostas de habitação social defendidas pelo Movimento Moderno. (BONDUKI,1995, p.212).
  12. Apesar da política devastadora do BNH, ainda houve a possibilidade

    de algumas reações, via Governo do Estado e através da Caixa Estadual de Casas para o Povo (CECAP) que, através de seu escritório técnico, sob a coordenação dos arquitetos João Vilanova Artigas e Fábio Penteado, viabilizou, por um período, experiências propositivas baseadas, sobretudo, na racionalização da construção e da infra- estrutura.
  13. O Conjunto Zezinho Magalhães do Prado, em Guarulhos, projeto de

    Artigas, Fábio Penteado, Paulo Mendes da Rocha e equipe (1967), foi organizado em Unidades de Vizinhança, pautado em uma hierarquia de escalas e de equipamentos coletivos.
  14. O Conjunto de Quiririm (1974)- proposto por Jerônimo Bonilha e

    Israel Sancovsky- que introduziu um tema novo à relação entre espaços público, coletivo e privado, por meio de uma “inovação” na morfologia com a criação de uma praça central - são alguns exemplos de realizações da CECAP nesse período.