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A atemporal arte de narrar

A atemporal arte de narrar

Aula Zen

June 10, 2016
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  1. A atemporal arte de narrar... Conto A crônica é também

    um texto curto que valoriza as situações corriqueiras do cotidiano, às vezes com humor, às vezes tecendo críticas, às vezes com poesia e sensibilidade. O conto e a crônica são publicados em jornais, revistas, livros e na internet. O conto é um texto curto que apresenta os elementos da narrativa: narrador, personagens, enredo, espaço e tempo. O conto não se prende aos fatos do dia a dia, como a crônica, deixando livre a imaginação do escritor. ANDRII MUZYKA / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES 2
  2. A atemporal arte de narrar... Construção • encadeamento crônica/conto; •

    estrutura do estilo: - encadeamento de unidades narrativas; - indícios do desfecho; - participação do narrador intruso. Conto Narrativa de fatos imaginados. Intenção Contar fatos criados pela imaginação do autor. Linguagem Recursos do estilo: • metonímia; • ironia; • polissíndeto. 3
  3. A atemporal arte de narrar... Linguagem do texto – Recursos

    que constroem o estilo Metonímia: figura de linguagem que consiste na substituição de um termo por outro, por existir entre eles uma relação de proximidade, interdependência, inclusão. Veja os quadrinhos abaixo, de Laerte. © LAERTE/ACERVO DO ARTISTA LAERTE. Suriá. Folha de S.Paulo, 12 jul. 2003. Folhinha, p. F8. 4
  4. A atemporal arte de narrar... Ironia: forma de criticar alguma

    coisa de maneira camuflada, sugerindo o sentido contrário daquilo que é dito. Veja no quadrinho abaixo, de Dik Browne. “E assim bela e assim vestida e assim pintada e formosa, começou a lhe pesar o marido enfermiço [...].” Polissíndeto: recurso de construção que encadeia palavras ou ideias, ligando-as por meio de um conectivo ou conjunção que se repete de modo enfático (geralmente o e). © 2012 KING FEATURES SYNDICATE/IPRESS BROWNE, Dik. Hagar, o horrível 1. Porto Alegre: L&PM, 2002. v. 80. p. 60. (Coleção L&PM Pocket). 5
  5. A atemporal arte de narrar... Construção do texto 4. Narrador

    intruso: não faz parte dos acontecimentos, mas interrompe a narrativa para comentar os fatos, expressar sentimentos e opiniões, julgar as ações e/ou o comportamento das personagens. O foco narrativo pode ser em 1ª ou 3ª pessoa. 3. Narrador-personagem: além de narrador, ele também participa dos fatos como personagem da história. O foco narrativo é em 1ª pessoa (eu/nós). 2. Narrador onisciente: tem conhecimento total e completo sobre todos os detalhes da história, incluindo o que os personagens pensam e escondem. O foco narrativo é em 3ª pessoa. 1. Narrador observador e neutro: apenas conta os fatos, sem se manifestar, interferir ou dar opinião. O foco narrativo é em 3ª pessoa (ele/a, eles/as). Narrador é aquele que conta a história, uma invenção literária que não deve ser confundida com o autor. Este escolhe o tipo de narrador para sua história: 6
  6. A atemporal arte de narrar... Período composto por subordinação Oração

    principal A oração a que outras orações estão subordinadas. Substantivas Oração subordinada Adjetivas Adverbiais A oração que se subordina à principal, ou seja, depende sintaticamente dela. 7
  7. A atemporal arte de narrar... Período composto Orações subordinadas substantivas

    Subjetiva: função de sujeito. Objetiva direta: função de objeto direto. Objetiva indireta: função de objeto indireto. Completiva nominal: função de complemento nominal. Predicativa: função de predicativo do sujeito. Apositiva: função de aposto. 8
  8. A atemporal arte de narrar... Período composto: há duas formas

    de organizar um período composto: Oração principal aquela que não exerce função sintática no período composto por subordinação a ela se subordinam outras orações, isto é, dela dependem sintaticamente encerra, quase sempre, a ideia principal: ou é o núcleo da comunicação a ser feita ou é a responsável por desencadear as outras orações do período O processo de subordinação • por coordenação; • por subordinação. 9
  9. A atemporal arte de narrar... “isso”: O.D. conjunção integrante V.T.D.

    que voltariam àquele belo lugar. Todos diziam oração subordinada substantiva objetiva direta oração principal As conjunções que e se, que geralmente introduzem a oração subordinada substantiva, são chamadas de integrantes, pois têm o papel de integrar, de completar algum termo da oração principal. Em geral, podemos reconhecer uma oração substantiva verificando se é possível substituí-la pelos pronomes substantivos isto, isso ou aquilo. São assim chamadas porque exercem as mesmas funções sintáticas que o substantivo: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto. Orações subordinadas substantivas 10
  10. A atemporal arte de narrar... Dependência sintática modo como os

    termos de uma oração se combinam, cada qual exercendo uma função na organização do período. Assim, para podermos classificar as orações subordinadas, devemos identificar, antes, qual a função sintática exercida por elas. Em gramática, a sintaxe é o campo que estuda a combinação de palavras. expressão nominal do enfrentamento com a corporação toda. Mas tive receio de enfrentar a corporação toda. de que enfrentasse a corporação toda. oração desenvolvida oração reduzida Não são introduzidas por conjunção e não têm o verbo flexionado, mas as formas nominais do verbo – infinitivo, gerúndio ou particípio. Observe comparativamente: Orações reduzidas 11
  11. A atemporal arte de narrar... Romance Um dos nossos maiores

    romancistas foi Machado de Assis. Veja ao lado a imagem do centro do Rio de Janeiro, no século XIX, em que se passa a história de Memórias Póstumas de Brás Cubas. O romance, como o conhecemos hoje, é uma narrativa literária, geralmente de longa duração (maior que o conto e a novela), organizada com vários conflitos que podem ocorrer em espaços e tempos variados. O RIO DE JANEIRO DO BOTA-ABAIXO, SALAMANDRA, 1997 / ARQUIVO DA EDITORA 12
  12. A atemporal arte de narrar... Romance Intenção Narrar uma história.

    Construção • capítulos: unidades narrativas menores; • presença de elementos e momentos da narrativa. Narrativa de longa duração com vários núcleos dramáticos. Linguagem • apropriada ao tempo; • emprego de turnos conversacionais; • recursos de linguagem figurada. 13
  13. A atemporal arte de narrar... Recursos de linguagem melancia baleia:

    sentidos e significados misturados. “A melancia é a baleia do verão.” Metáfora: palavra ou expressão que produz sentidos figurados por meio de comparações implícitas. Por ela, o autor apresenta uma forma bastante pessoal, subjetiva, de ver a realidade. Pablo Neruda THEO / ARQUIVO DA EDITORA 14
  14. A atemporal arte de narrar... Personificação: caracterização de animais, objetos

    ou seres abstratos por meio de atributos próprios dos seres humanos (ações, atitudes, pensamentos, sentimentos). Veja um exemplo na tirinha a seguir: © JOAQUÍN SALVADOR LAVADO (QUINO) / ACERVO DO CARTUNISTA Quino. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 15
  15. A atemporal arte de narrar... Antítese: emprego de palavras que

    se opõem pelo sentido, acentuando-se as diferenças entre elas. Veja um exemplo na tirinha a seguir: © LINIERS / ACERVO DO ARTISTA LINIERS. Macanudo. Folha de S.Paulo, 5 set. 2011. p. E9. 16
  16. A atemporal arte de narrar... O processo de subordinação: outras

    formas de estabelecer coesão Período composto por subordinação Oração principal Oração que não exerce função sintática em relação a outras orações. Substantivas Oração subordinada Adjetivas Adverbiais A oração que se subordina à principal, isto é, exerce função sintática. 17
  17. A atemporal arte de narrar... Orações subordinadas adverbiais Final: (exprime

    a finalidade do que está expresso na oração principal) para que, a fim de que... Causal: (traz a causa que provocou o fato na oração principal) pois, porque... Condicional: (traz a condição para que possa ocorrer o fato na oração principal) se, desde que... Comparativa: (estabelece a relação de comparação entre dois elementos) como, assim como... Concessiva: (traz uma exceção, uma concessão em relação à ideia da oração principal) embora, mesmo que... 18 Link para ambiente online
  18. A atemporal arte de narrar... Conformativa: (indica acordo com o

    que está expresso na oração principal) como, conforme... Consecutiva: (expressa consequência do fato da oração principal) de modo que, de forma que... Temporal: (indica o momento em que ocorreu o fato da oração principal) quando, depois que... Proporcional: (traz uma alteração que ocorre na mesma proporção em que há alteração na oração principal) à medida que... 19 Orações subordinadas adverbiais Link para ambiente online
  19. A atemporal arte de narrar... Classificação das orações adverbiais: Ele

    falava como falam os sábios. 3. Oração subordinada adverbial comparativa Principais conjunções comparativas: que, do que (antecedido de mais ou menos), como, assim como, (tanto, tão) quanto, (tal) qual. Você não conseguirá passar de ano se não estudar mais. 2. Oração subordinada adverbial condicional Principais conjunções condicionais: se, caso, desde que, a menos que, contanto que, sem que ( = se não), salvo se, exceto se. A votação no Senado foi suspensa porque houve denúncia de fraude. 1. Oração subordinada adverbial causal Principais conjunções causais: porque, pois, como (antes da oração principal), uma vez que, visto que, visto como, por isso que, já que, porquanto. 20
  20. A atemporal arte de narrar... 4. Oração subordinada adverbial concessiva

    Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, por mais que, conquanto, nem que. Seu entusiasmo era tanto que contagiou a todos. 6. Oração subordinada adverbial consecutiva Principais conjunções consecutivas: que (precedido de tal, tão, tamanho, tanto), de modo que, de forma que. O presidente não reagiu conforme a maioria esperava. 5. Oração subordinada adverbial conformativa Principais conjunções conformativas: conforme, como, segundo, consoante. Mesmo que você não queira sair com ele, não o despreze dessa maneira. 21
  21. A atemporal arte de narrar... 7. Oração subordinada adverbial final

    Principais conjunções finais: a fim de que, para que, porque ( = para que), que. À medida que o tempo passava, ele ia aprendendo mais. 9. Oração subordinada adverbial proporcional Principais conjunções proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais... (tanto) mais, quanto mais... (tanto) menos. Depois que a chuva passou, a caravana saiu. 8. Oração subordinada adverbial temporal Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que, antes que, desde que, depois que, assim que, até que, mal ( = assim que), cada vez que, que ( = desde que). Mahatma Gandhi lutou para que a Índia tivesse liberdade. 22