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Angiospermas

Aula Zen
September 22, 2016

 Angiospermas

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September 22, 2016
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  1. O que vamos ver nessa aula Características Gerais Classificação Ciclos

    Reprodutivos Fisiologia Organologia vegetal Distribuição Geográfica Polinização Biomas
  2. Angiospermas: raiz, caule e folhas • Você conhece folhas que

    nos servem de alimento? E caules? E raízes? • Que funções essas partes desempenham na planta? Pau-brasil. O nome do Brasil se deve à angiosperma conhecida como pau-brasil (Caesalpinia echinata). FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 3
  3. Angiospermas e gimnospermas formam o grupo das plantas com sementes,

    mas nas angiospermas as sementes se encontram dentro de frutos, os quais se originaram de flores. Entre os vegetais, as angiospermas têm o maior número de espécies e, no ambiente terrestre, elas são os principais produtores de matéria orgânica. Mangueira. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 4
  4. Água e sais minerais seiva bruta ou mineral Açúcares seiva

    elaborada ou orgânica A raiz • Acumular reservas nutritivas para a planta • Fixar o vegetal no solo • Absorver água e sais minerais Funções da raiz: Levada pelos vasos lenhosos das raízes até as folhas. Produzida pela fotossíntese nas folhas e transportada pelos vasos liberianos para toda a planta. açúcares sais minerais e água luz do Sol gás carbônico seiva laborada seiva bruta KLN ARTES GRÁFICAS / ARQUIVO DA EDITORA 5 Link para ambiente online
  5. Raízes fasciculadas O capim, a cana-de-açúcar e o milho, entre

    outras plantas, possuem raízes numerosas e finas, todas do mesmo tamanho, que saem da mesma região do caule. Raízes axiais ou pivotantes A laranjeira, a mangueira, o feijão e o café possuem uma raiz principal, da qual partem ramificações. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 6
  6. As raízes em geral são terrestres e subterrâneas, mas há

    também raízes aquáticas, como as do aguapé, e raízes aéreas, como as das orquídeas. As raízes crescem para baixo, ou seja, apresentam geotropismo positivo. Essa reação é controlada por substâncias químicas chamadas hormônios. Flor da orquídea. Orquídea jovem com raiz. Aguapé. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 7
  7. Na ponta da raiz há a coifa, que tem a

    forma de um capuz e protege as células que estão por baixo dela. Há a região pilífera, onde encontram-se os pelos absorventes (que aumentam a superfície de contato da raiz com o solo), e uma região de ramificação, de onde saem raízes secundárias. INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA STEVE GSCHMEISSNER / SPL / LATINSTOCK 8
  8. Algumas raízes possuem adaptações que contribuem para a sobrevivência da

    planta em situações especiais: FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 9
  9. Funções do caule: Assim como a raiz, o caule apresenta

    regiões diferenciadas: a gema ou broto terminal, os nós e entrenós, e as gemas axilares ou laterais. O caule gema lateral nós gema terminal entrenó gema lateral gema terminal nó • Sustentar as folhas e mantê-las em posição elevada • Transportar seiva bruta e seiva elaborada 10 ILUSTRAÇÕES: INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA
  10. O caule da maioria das plantas é aéreo e cresce

    para cima, ou seja, apresenta geotropismo negativo. Além disso, as plantas se curvam em direção a luz, num movimento chamado de fototropismo positivo. Experimento feito com a planta do feijão para mostrar geotropismo negativo da raiz e positivo do caule. Experimento de fototropismo para mostrar que a planta (alpiste) cresce em direção à luz da janela. 11 FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
  11. A maioria das angiospermas possui caules que crescem acima do

    solo, isto é, caules aéreos. Outras possuem caules que crescem abaixo do solo, ou seja, caules subterrâneos. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 12
  12. Alguns caules apresentam certas modificações que são adaptações das plantas.

    É o caso dos espinhos, acúleos e gavinhas. Espinhos são ramos pontiagudos com função protetora. Acúleos são pelos rígidos e pontudos formados na epiderme do caule. Gavinhas são ramos com a função de fixação. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 13
  13. As folhas são cobertas por uma cutícula, formada por cutina,

    que a protege e ajuda a diminuir a perda de água por evaporação. As folhas As folhas são órgãos ricos em células com clorofila, que fazem a fotossíntese. Em geral, elas têm forma de lâminas finas. INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA vasos condutores de seiva epiderme cutícula células com clorofila estômato 14
  14. A cutícula dificulta a entrada de gás carbônico e oxigênio,

    necessários à fotossíntese e à respiração celular. No entanto, na epiderme da folha existem pequenas aberturas chamadas de estômatos, que facilitam a passagem desses gases e a transpiração. Os estômatos são formados por duas células com uma abertura entre elas, o que permite um controle da perda de água pela planta. INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA abertura estômato aberto estômato fechado 15
  15. Em algumas plantas de clima úmido, há nas bordas das

    folhas aberturas, chamadas hidatódios, que eliminam água na forma líquida. Esse fenômeno é chamado de gutação. Nas plantas de clima seco, as folhas têm tamanho reduzido e também podem se enrolar e tomar a forma de espinhos. A fotossíntese é então realizada pelo caule. No cacto a fotossíntese é realizada pelo caule. Gutação na folha. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 16
  16. As folhas são formadas por três partes principais: limbo, pecíolo

    e bainha. Porém, nem todas as folhas apresentam as três partes. Nas folhas compostas o limbo é dividido em várias partes, chamadas folíolos. Nas folhas simples, o limbo é inteiriço. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA bainha pecíolo nervuras limbo 17
  17. Algumas folhas apresentam adaptações especiais, como os espinhos dos cactos

    e as gavinhas, semelhantes às gavinhas dos caules. Há também as brácteas, folhas coloridas que atraem a atenção de animais polinizadores. Bico-de-papagaio com brácteas. Brácteas de antúrio. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 18
  18. A maioria das plantas apresenta formas de reprodução assexuada ou

    vegetativa. Os caules subterrâneos e rasteiros desenvolvem, em certos pontos, raízes que originam novas mudas da planta. estolão batata tubérculos broto batata-doce 19 INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA Reprodução vegetativa no morango. Reprodução por tubérculos e raízes.
  19. • Quais são as partes de uma flor? E de

    um fruto? Angiospermas: flores, frutos e sementes • Como um fruto se desenvolve? • Quais são as funções da flor e do fruto? VALENTYN VOLKOV / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES 20
  20. As flores Ela é produzida nos ramos floríferos e todas

    as partes da flor são folhas modificadas. A flor é a estrutura reprodutora das angiospermas. Nela ocorrem a fecundação, a formação do fruto e a produção da semente. estame antera filete estame pistilo pétalas sépalas pedúnculo receptáculo (porção dilatada do pedúnculo) pistilo ovário HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA 21 Link para ambiente online
  21. As pétalas geralmente são coloridas e perfumadas, o que facilita

    a localização da flor pelos animais polinizadores. Nos estames são produzidos os grãos de pólen. O conjunto de estames forma o androceu. Na parte dilatada do pistilo, o ovário, é produzida a oosfera. Depois da fecundação, a oosfera vai originar o zigoto, que se transformará no embrião. pistilo ovário HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 22
  22. A polinização Esse é mais um caso de mutualismo, ou

    seja, uma associação entre duas espécies em que ambas se beneficiam. O transporte de pólen dos estames para o pistilo chama-se polinização. Os insetos e outros animais que se alimentam de néctar ou de pólen fazem esse transporte e são chamados de polinizadores. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 23
  23. Muitas plantas polinizadas por insetos apresentam pétalas coloridas, que os

    insetos distinguem com facilidade. As flores noturnas não são muito coloridas, pois no escuro é mais fácil atrair seus polinizadores com substâncias aromáticas. Abelha polinizando flor do melão. Flores de dama-da-noite. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 24
  24. A fecundação Dentro do ovário podemos encontrar os óvulos. No

    interior do óvulo está a oosfera, o gameta feminino da planta. Corte do pistilo do lírio. Ao atingir o estigma da flor, o grão de pólen germina e forma o tubo polínico, que cresce em direção ao ovário. óvulos FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 25
  25. Dentro do tubo polínico existem dois núcleos espermáticos, os gametas

    masculinos. Um dos núcleos espermáticos se une à oosfera e produz o zigoto, que origina o embrião. antera filete estame polinização grãos de pólen estilete estigma ovário óvulo pistilo gametas masculinos grãos de pólen tubo polínico ovário óvulo oosfera fecundação semente fruto embrião dentro da semente O óvulo desenvolve-se em semente, e o ovário, em fruto. HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA 26
  26. Após a fecundação, as partes do óvulo que envolvem o

    embrião se desenvolvem, e o conjunto todo forma a semente. Flor do tomateiro. Tomates. O ovário também se desenvolve e origina o fruto. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO KZENON / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES 27
  27. Tipos de frutos Fruto e fruta têm significados diferentes! Um

    fruto é composto, basicamente, de pericarpo e semente. Frutos com o pericarpo suculento são chamados de frutos carnosos. O fruto corresponde ao ovário desenvolvido. O termo popular fruta indica as partes comestíveis da flor, que nem sempre correspondem ao desenvolvimento do ovário. HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA semente epicarpo mesocarpo endocarpo pericarpo 28
  28. A maçã, a pera, o morango, o figo e o

    abacaxi são pseudofrutos: sua parte carnosa comestível não é originada pelo desenvolvimento do ovário. Frutos deiscentes: se abrem quando maduros, liberando as sementes. Frutos indeiscentes: mesmo quando maduros, se mantêm fechados. morango receptáculo fruto com uma semente receptáculo sépala crescimento do receptáculo semente receptáculo (parte comestível) sépalas receptáculo resto de flores femininas resto de flores masculinas figo maçã HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA 29 haste da flor ovário (fruto verdadeiro)
  29. Existem ainda frutos que não têm o pericarpo suculento: são

    os frutos secos. Mas qual seria a função do fruto na planta? Grãos de milho. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO Castanha-do-pará. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO Ervilha. SUPERTROOPER / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES Amendoim. STEYNO & STITCH / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES Girassol. ALAETTIN YILDIRIM / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES 30
  30. As substâncias nutritivas de muitos frutos atraem animais que comem

    os frutos e jogam fora as sementes. Estas se espalham pelo solo e podem dar origem a novas plantas. Mas a dispersão de sementes não é feita somente por meio de frutos ingeridos por animais. Alguns frutos podem ser levados pela água, pelo vento ou transportados no corpo dos animais, como os carrapichos. Araçari-castanho. Carrapicho. Dente-de-leão. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO BRIAN A. JACKSON / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES 31
  31. Fruto verde, fruto maduro Mamoeiro com mamões. Depois, o fruto

    muda de cor e passa a ser mais macio e adocicado, com substâncias nutritivas que atraem animais para comê-los e dispersar as sementes. De início, o fruto pode ser duro e de sabor desagradável e até conter substâncias tóxicas para alguns animais. Nessa etapa, a semente ainda não está pronta para germinar. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 32
  32. As sementes Mais de 70% das espécies das angiospermas pertencem

    ao grupo das dicotiledôneas! Na semente, além de partes que vão originar a raiz, o caule e a folha da planta, encontramos os cotilédones: são folhas especiais com função de armazenar nutrientes. HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA endosperma cotilédone embrião Monocotiledônea (milho) Dicotiledônea (feijão aberto ao meio) embrião da planta cotilédones 33
  33. A germinação da semente é o processo pelo qual o

    embrião retoma seu crescimento e se desenvolve em uma nova planta. Isso ocorre quando as condições do ambiente são favoráveis. Por exemplo, quando há água suficiente e a temperatura é adequada. cotilédones A semente usa a reserva de alimento para crescer. As raízes crescem rapidamente e absorvem água e sais minerais do solo. Com o crescimento do caule e o desenvolvimento das folhas, a planta começa a realizar fotossíntese. HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA 34
  34. O ambiente terrestre • O que são biomas? Que biomas

    você conhece? • Você conhece os principais biomas brasileiros e suas características? TOM VAN -SANT / GP / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK 35
  35. A influência do Sol no clima Em torno da linha

    do equador a incidência dos raios solares é mais direta, e assim essa região recebe mais luz e calor do que as regiões mais afastadas do equador. O clima de uma região – temperatura, umidade, chuva, pressão atmosférica – depende de vários fatores. Um deles é a latitude. eixo da Terra luz do Sol linha do equador LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA 36
  36. As estações do ano ocorrem por causa da inclinação do

    eixo da Terra em relação ao plano de sua trajetória ao redor do Sol. Os seres vivos de um local são afetados não só por outros organismos, mas também pelos elementos não vivos desse ambiente, principalmente o clima. LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA Verão no hemisfério norte, inverno no sul. Primavera no hemisfério norte, outono no sul. Outono no hemisfério norte, primavera no sul. Inverno no hemisfério norte, verão no sul. 37
  37. Pode-se dividir o ambiente terrestre em regiões que se caracterizam

    por determinadas condições de clima e por grupos de animais e plantas adaptados ao ambiente. Essas regiões são chamadas de biomas. KLN ARTES GRÁFICAS / ARQUIVO DA EDITORA; FONTES: WORLD REFERENCE ATLAS. LONDON, DORLING KINDERSLEY, 2003; IBAMA, 2008. 38
  38. INGO ARNDT PHOTOGRAPHY / LATINSTOCK Tundra Há insetos, pássaros, caribus,

    ursos-brancos, a lebre ártica, a raposa polar e o lobo ártico. Paisagem de Tundra no Alasca, onde se vê um caribu. Bioma que ocupa a região ao redor do polo norte. O solo permanece congelado a maior parte do tempo, exceto no verão, quando surge uma vegetação rasteira. 39
  39. Taiga Vegetação de Taiga na Sibéria. A Taiga ou Floresta

    de Coníferas localiza-se ao sul da Tundra e, por estar mais perto do equador, recebe maior quantidade de energia solar. Há gimnospermas, como o pinheiro, a sequoia e o abeto. WOLFGANG KAEHLER / CORBIS / LATINSTOCK 40
  40. A fauna da Taiga é mais rica que a da

    Tundra, com insetos, aves, lebres, alces, renas, ratos silvestres, musaranhos, linces, lobos, marmotas e ursos-pardos. Marmotas. Esquilo vermelho. Urso-pardo. GEORGE D. LEPP / CORBIS / LATINSTOCK YANN ARTHUS-BERTRAND / CORBIS / LATINSTOCK GALEN ROWELL / CORBIS / LATINSTOCK 41
  41. Florestas temperadas As florestas temperadas caracterizam-se pela perda das folhas

    das árvores no outono. Na primavera, as folhas voltam a crescer. Floresta temperada na Alemanha. FRANK IH-LOW / KEYS-TO-NE Localizam-se nas regiões de clima temperado, com as quatro estações do ano bem definidas. 42
  42. Nas florestas temperadas encontram-se vários invertebrados, anfíbios, répteis, aves e

    mamíferos, como ratos silvestres, marmotas, veados, ursos, gambás, pumas, lobos, linces, raposas, gatos selvagens e esquilos. O gato selvagem europeu e o urso panda são exemplos de animais que vivem nas florestas temperadas. STEVE AUSTIN; PAPILIO/CORBIS / LATINSTOCK FRANS LANTING / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK 43
  43. Mata de Araucárias Mata de Araucárias. O pinheiro-do- -paraná, que

    não perde as folhas no inverno, é a espécie predominante. Também chamada de Mata dos Pinhais ou Pinheiral, essa floresta encontra-se nas regiões de maior altitude do Sul e do Sudeste do Brasil. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 44 Link para ambiente online
  44. Entre os animais há várias espécies de insetos, aves e

    mamíferos. Muitos se alimentam do pinhão, que é a semente do pinheiro. Por causa da intervenção humana para retirar madeira e cultivar plantações de eucalipto e pinheiro (usados na produção de móveis e papel), muitas espécies de animais da Mata das Araucárias estão ameaçadas de extinção. Gralha-azul. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 45
  45. Florestas tropicais É a maior floresta tropical do mundo e

    60% de sua área está em território brasileiro. Constitui uma grande reserva de água doce da Terra. Vista aérea da Floresta Amazônica e do rio Negro. Localizam-se em várias áreas da zona delimitada pelos trópicos de Câncer e de Capricórnio ao longo e em torno do equador. Nessa região o clima é quente e úmido. Floresta Amazônica FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 46
  46. Na Floresta Amazônica existe grande variedade de espécies animais e

    vegetais, encontrados em todos os ambientes da floresta. Castanheira-do-pará. Araracanga. Uacari-vermelho. Gato-do-mato. Pirarucu. Vitórias-régias. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 47
  47. Mata Atlântica Vista aérea da Mata Atlântica. Ipês-amarelos. Floresta tropical

    que acompanha o litoral brasileiro. Devido à ação humana, restam apenas cerca de 7% da mata original. ROBERTO LOFFEL / ARQUIVO DA EDITORA DILMAR CAVALHER / STRANA / ARQUIVO DA EDITORA 48
  48. Assim como na Floresta Amazônica, a diversidade de espécies animais

    e vegetais na Mata Atlântica é enorme. O número de espécies ameaçadas de extinção também é grande. Saíra-de-sete-cores. Mico-leão-dourado. Onça-pintada. Veja alguns animais encontrados na região: FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 49
  49. A destruição das florestas tropicais O desmatamento e as queimadas

    têm grande influência sobre as alterações climáticas. Queimada na Floresta Amazônica. Aproximadamente 11 mil quilômetros quadrados de área das florestas tropicais são destruídos por ano para dar lugar a lavouras e pastos, estradas e outros empreendimentos. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 50
  50. Manguezais Manguezal na Ilha do Cardoso, litoral sul de São

    Paulo. CLÁUDIO CHIYO / ARQUIVO DA EDITORA NELLIE SOLITRENICK / ARQUIVO DA EDITORA Estão situados geralmente nas regiões tropicais próximas ao mar, na foz dos rios, onde a água doce se encontra com a água salgada do mar. Sobre o solo pantanoso dos manguezais crescem árvores chamadas coletivamente de mangue. maré alta maré baixa plantas de mangue 51
  51. Campos e cerrados Savana africana. Pradaria norte-americana. Localizam-se em regiões

    tropicais e temperadas que recebem uma quantidade moderada de chuvas. Isso dificulta o desenvolvimento de árvores grandes e facilita o surgimento de gramíneas. A vegetação rasteira permite a sobrevivência de muitos animais herbívoros e, consequentemente, de carnívoros. LEN RUE, JR. / PHOTO RESEARCHERS, INC. / LATINSTOCK ADAM JONES / PHOTO RESEARCHERS, INC. / LATINSTOCK 52
  52. O Cerrado ocupa boa parte do Brasil central. O clima

    é quente, com períodos alternados de seca e chuva. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma mais prejudicado pela ocupação e exploração humanas. Tamanduá-bandeira. Lobo-guará. Seriema. Ema. Detalhe da vegetação do Cerrado. LUIS HUMBERTO / ARQUIVO DA EDITORA FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 53
  53. Desertos Cactos no deserto do Atacama, Chile. Camelos. Rato-canguru. Estão

    situados em zonas de clima muito seco. Por causa da escassez de água, a vegetação é pobre. TUUL / HEMIS / CORBIS / LATINSTOCK JOE MCDONALD / CORBIS / LATINSTOCK Os animais e plantas que aí existem estão adaptados ao clima seco. DAVID NUNUK / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK 54
  54. Caatinga Tatu-bola. Galo-de-campina. Em muitas plantas encontram-se adaptações ao clima

    seco. Na fauna observam-se répteis, anfíbios, aves e mamíferos. Localizadas no Nordeste brasileiro e no norte de Minas Gerais, as regiões da Caatinga são quentes, com chuvas irregulares e secas prolongadas. ARAQUÉM ALCÂNTARA / REFLEXO FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 55
  55. Mata dos Cocais Mata dos Cocais, no Piauí. É formada

    por vários tipos de palmeiras, principalmente o babaçu, do qual se extrai um óleo usado na culinária e na indústria, e a carnaúba, da qual extrai-se uma cera. Em uma região de transição climática entre o Sertão nordestino e a Amazônia encontra-se a Mata dos Cocais. DELFIM MARTINS / PULSAR IMAGENS 56
  56. Pantanal Há uma mistura de campos, florestas tropicais, cerrado e

    vegetação típica de áreas alagadas, além de extensos capinzais. Vista do Pantanal Mato-Grossense. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO Situa-se nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estendendo-se até a Bolívia e o Paraguai. O verão é quente e úmido, e o inverno, seco. 57
  57. A fauna é riquíssima, com a maior diversidade de aves

    do mundo. A pecuária, as práticas agrícolas sem controle em certos locais e a destruição da fauna pela caça clandestina são os maiores problemas da região. Jacaré do pantanal. Cervo-do-pantanal. Tuiuiú. Anta. MARCELO DE BREYNE / ARQUIVO DA EDITORA VALDEMIR CUNHA / ARQUIVO DA EDITORA JULIO BERNARDES / ARQUIVO DA EDITORA VALDEMIR CUNHA / ARQUIVO DA EDITORA 58
  58. O ambiente aquático • Que componente sustenta a vida no

    ambiente aquático? • Quais as principais ameaças ao ambiente aquático e o que pode ser feito a respeito? Espadarte. NORBERT WU / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK 59
  59. A água no planeta Nos mares e oceanos encontram-se aproximadamente

    97% da água do planeta! Essa água é salgada e não serve para o consumo nem para a agricultura. 2% da água do planeta é doce e encontra-se no estado sólido, nas geleiras. Apenas 1% da água do planeta é doce e concentra-se nos rios, lagos e lençóis subterrâneos. De toda a água doce superficial do mundo, 12% ficam no Brasil. 60
  60. O ambiente marinho 200 m 2000 m zona eufótica zona

    afótica zona abissal A intensidade de luz diminui com a profundidade: quanto mais fundo, maior é a quantidade de energia da luz absorvida pela água e mais escuro o ambiente se torna. A vida na água depende da fotossíntese. E a fotossíntese depende de luz e de substâncias minerais. 61
  61. Na zona eufótica há algas microscópicas, além de seres heterotróficos

    e algas pluricelulares presas no fundo. A zona abissal é uma região escura e fria, que não recebe nenhuma luz. Algas microscópicas que fazem parte do fitoplâncton. Essas algas microscópicas são as maiores produtoras de alimento e de oxigênio dos ambientes aquáticos. Na zona afótica não há fitoplâncton, pois não existe mais luz suficiente para a fotossíntese. PHOTORESEARCHERS / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK 62
  62. Dependendo do modo como se locomovem, os organismos aquáticos são

    classificados em três grupos: Plâncton: é o conjunto de seres aquáticos flutuantes levados passivamente pelas correntes marinhas. As algas microscópicas fazem parte do fitoplâncton. Os protozoários, pequenos crustáceos e as larvas de diversos animais fazem parte do zooplâncton e alimentam-se do fitoplâncton. Copépodos e larvas que fazem parte do zooplâncton. OXFORD SCIENTIFIC / OXFORD SCIENTIFIC / LATINSTOCK 63
  63. Os peixes, as baleias, os golfinhos e outros seres capazes

    de nadar e vencer as correntes formam o nécton. No leito do mar encontram-se os seres vivos que formam os bentos. São os mexilhões, esponjas, as anêmonas-do-mar, as estrelas-do-mar, ostras, caranguejos, entre outros. Golfinhos-rotadores. Estrela-do-mar. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 64
  64. Na zona abissal existem animais, chamados de peixes abissais, que

    são predadores ou que se alimentam de restos de matéria orgânica que cai da superfície. Muitos desses peixes emitem luz própria, que na realidade é produzida por bactérias que vivem em sua pele. Esse fenômeno é chamado de bioluminescência. A vida na escuridão BRUCE ROBSON / CORBIS / LATINSTOCK NORBERT WU / MINDENPICTURES / LATINSTOCK DARLYNE A. MURAWSKI / NATGEO / GETTY IMAGES 65
  65. As regiões do mar onde há maior biodiversidade são as

    regiões menos profundas, que ficam perto do litoral. Com mais luz e sais minerais, as algas do fitoplâncton se reproduzem rapidamente e levam mais consumidores a se concentrar na região costeira. As regiões de ressurgência são regiões costeiras onde correntes de água levam sais minerais do fundo para a superfície. INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA 66
  66. A biodiversidade também é grande nas regiões em que há

    recifes de corais. Esses depósitos de corais são encontrados nas regiões tropicais, em águas quentes e rasas, e servem de abrigo para peixes, algas, moluscos, crustáceos e muitos outros animais. MINDEN PICTURES / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK 67
  67. Água doce águas doces Rios Riachos Córregos Lagos Lagoas Pântanos

    Brejos Águas mais rasas que o mar e com menor quantidade de sal. Os rios de águas agitadas possuem pouco ou nenhum plâncton. Nesse caso, os produtores são algas presas ao fundo do rio. Além disso, o rio recebe matéria orgânica da terra ao seu redor. 68
  68. O fitoplâncton é mais abundante em águas calmas, como os

    lagos. A teia alimentar do lago é formada por algas (fitoplâncton) e vegetais, caramujos, insetos, vermes, rãs e garças, entre outros organismos. INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA zona litorânea zooplâncton zona límnica fitoplâncton zona profunda 69
  69. Os metais lançados pelas indústrias, como o mercúrio e o

    petróleo e seus derivados, são os principais resíduos tóxicos responsáveis pela poluição dos rios, lagos e mares. Além de destruir o plâncton, o petróleo adere às penas das aves e aos pelos dos mamíferos, podendo ocasionar a morte desses animais. Pinguim coberto de petróleo. Ameaças à vida aquática Poluição MENHUHN / KEYSTONE 70
  70. É produzida quando gases liberados pela combustão do carvão e

    de derivados do petróleo reagem com a água das chuvas e formam ácidos. Além de possuir elementos tóxicos, o esgoto pode funcionar como fertilizante e estimular a reprodução do fitoplâncton. A grande massa de algas na superfície impede a passagem de luz e diminui a concentração de oxigênio na água. Chuva ácida Eutrofização LILI MARTINS / FOLHAPRESS DAVID CAMPIONE / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK 71
  71. Várias medidas podem ser adotadas para diminuir a ameaça à

    vida aquática: Proibição do lançamento de poluentes na água, com fiscalização Controle da poluição nos garimpos Fiscalização da exploração, transporte e distribuição de petróleo Melhoria do saneamento básico e da rede de esgoto Uso correto de fertilizantes e agrotóxicos Desenvolvimento de energias alternativas para diminuir o uso de petróleo e carvão mineral 72