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Painel mensal da Agenda TGI (junho/2024)

Painel mensal da Agenda TGI (junho/2024)

TGI Consultoria

June 18, 2024
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  1. A economia dos EUA tem sido um enigma nos últimos

    anos. O mercado de trabalho está em expansão e os consumidores ainda estão gastando, o que geralmente é um sinal de otimismo. Mas, se você perguntar aos americanos, muitos dirão que se sentem mal com a economia e estão insatisfeitos com o histórico econômico do presidente americano Joe Biden. Chame isso de vibecessão (a desconexão entre a economia de um país e a percepção negativa que as pessoas em geral têm dela). Chame isso de mistério. Culpe o TikTok, as manchetes da mídia ou a longa sombra da pandemia. A escuridão prevalece. O índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan, que parecia um pouco mais ensolarado este ano após uma desaceleração substancial da inflação ao longo de 2023, voltou a azedar. E, embora uma medida de sentimento produzida pelo The Conference Board tenha melhorado em maio, a pesquisa mostrou que as expectativas continuaram instáveis. A negatividade pode acabar sendo importante na eleição presidencial de 2024. Mais da metade dos eleitores registrados em seis Estados importantes para o processo classificaram a economia como “ruim” em uma pesquisa recente do The New York Times, The Philadelphia Inquirer e Siena College. E 14% disseram que o sistema político e econômico precisava ser totalmente derrubado.
  2. Os 720 deputados do Parlamento Europeu são responsáveis por decidir

    as leis que valem para os 27 países do bloco. Os partidos mais à esquerda, os Verdes e alguns partidos de centro perderam cadeiras - cerca de 46. O bloco de centro-direita, o grupo do Partido Popular Europeu, continua como a maior força e com o poder de decidir que coligação terá a maioria. O bloco subiu de 176 para 186 deputados. E as duas alianças de extrema direita viram seus números crescerem. Juntas, subiram de 118 para 131 parlamentares.
  3. Mudanças climáticas e El Niño aumentaram frequência e intensidade da

    chuva que caiu no Sul Um estudo coordenado por pesquisadores do Imperial College de Londres, no Reino Unido, com a coautoria de dois brasileiros, concluiu que as mudanças climáticas induzidas por atividades humanas e o fenômeno natural El Niño (aquecimento excessivo das águas do centro-leste do Pacífico equatorial) tornaram as chuvas extremas que caíram no Rio Grande do Sul entre o final de abril e o início de maio mais intensas e frequentes. Segundo o trabalho, divulgado hoje (3/6) na forma de um relatório científico de 56 páginas, somente o aquecimento global fez com que a precipitação acumulada no estado nesse período fosse de 6% a 9% maior do que teria sido sem o aumento da temperatura do planeta. “O principal resultado do estudo foi que as mudanças climáticas dobraram a chance de eventos como esse de maio de 2024 no Rio Grande do Sul”, comenta a oceanógrafa Regina Rodrigues, da Universidade Federal de Santa Catarina.
  4. Nas condições atuais, em que o clima do planeta aqueceu,

    em média, cerca de 1,2 grau Celsius (ºC) em relação à temperatura do período pré-industrial (de meados do século XIX), as chuvas extremas que caíram ao longo de 10 dias em boa parte do Rio Grande do Sul são um evento previsto para se repetir a cada 100-250 anos. Se o aquecimento global atingir 2 ºC, o tempo de retorno para um episódio semelhante de pluviosidade acentuada será de apenas 20-30 anos, de acordo com o estudo. Entre 24 de abril e 4 de maio, choveu, em média, mais de 420 milímetros (mm) em boa parte do estado, o equivalente a três meses de precipitação. Porto Alegre e várias cidades gaúchas foram inundadas pelas águas de rios que transbordaram. Além de prejuízos materiais bilionários, até o dia 1º de junho, os alagamentos prolongados tinham provocado a morte de 171 pessoas e o desaparecimento de 43 indivíduos, além de terem produzido 580 mil desabrigados e levado quase 40 mil pessoas a viverem em abrigos provisórios.
  5. O arquiteto Sérgio Marques, professor da Universidade Federal do Rio

    Grande do Sul (UFRGS) conhece bem o sistema de drenagem do entorno de Porto Alegre e da Lagoa dos Patos e diz que, se houvesse a manutenção correta das estações de bombeamento e dos diques, a inundação teria sido evitada. “Não tenho dúvida que o dever de casa não foi feito. O que deveria ter sido bem feito era o arroz com feijão. Se tivessem dado manutenção correta no sistema de proteção contra as cheias, que são 68 quilômetros de diques e dois quilômetros de muro e portão, se tivessem blindado as casas de bombeamento, de 2023 para cá, nem uma gota de água teria entrado. E é por isso que eu sou a favor de uma responsabilização”, reclamou. Irresponsabilidade
  6. Para suplantar essa lógica que ainda perpassa muitas das decisões

    públicas, precisamos implantar o que o urbanista Pedro Henrique de Christo, presidente do Nave (Novo Acordo Verde) e diretor do Parque Sitiê e MPP’11 Harvard, chama de urbanismo climático: novas estratégias que levem em conta o meio ambiente e soluções locais de baixo custo para modificar as cidades, como foi feito com o urbanismo social de Medellín ou no Parque Sitiê. Urbanismo Climático
  7. “É urgente produzir controle climático por meio de estruturas multifuncionais

    de resiliência urbana, onde são utilizados elementos naturais de terreno, vegetação e água como tecnologias construtivas associadas à aplicação pontual de materiais duros, como o concreto, com o objetivo de fazer a água penetrar no solo, ser absorvida por vegetação que incha, diminuir sua velocidade e ser concentrada em áreas previstas para alagamento — junto a redes de drenagem construídas como parte de espaços públicos verdes de integração e sustentabilidade”, argumenta.
  8. Um “ovo de Colombo” urbanístico capaz de “recosturar” o “quebra-

    cabeças” desmontado em que se transformou o território do Recife.
  9. Clique para editar o título Mestre BÔNUS REDENTOR A POSSIBILIDADE

    AINDA DO RECIFE VIR A SER UMA CIDADE-PARQUE
  10. Boa viagem atual e simulação de cenários futuros de alagamentos

    para, respectivamente, variação positiva de +1ºC, 2.5ºC e 4ºC. Para cada um desses cenários nível d’água aumenta, respectivamente, 1.00m, 4.70m e 8.90m. Fonte: Simulação da Autora sob modelagem do Google Earth.
  11. CONCLUSÕES • A situação internacional continua complicada sem que os

    envolvidos nas principais disputas bélicas estejam dispostos a encontrar um caminho para a paz. • Já a economia mundial, tende à estabilidade, assim como a brasileira e a norte-americana sem que, no entanto, a população e os agentes de mercado pareçam se aperceber disto. • Na política, reforça-se o avanço da pauta conservadora na Europa, nos EUA e no Brasil, estressando as relações e criando dificuldades para o enfrentamento dos problemas substantivos, sobretudo no Brasil. • Do ponto de vista da tecnologia, a disrupção avança célere com a introdução da IA, inclusive no que diz respeito às fake news que correm soltas pelo mundo afora e, no Brasil, prometem tremendo impacto nas próximas eleições. • Em relação às mudanças climáticas, a recente catástrofe no RS parece ser um indicador consistente do aumento da frequência dos eventos extremos do clima. • Apesar de ser uma das cidades mais vulneráveis do mundo no que diz respeito ao aumento do nível do mar, o Recife já deu passos importantes para enfrentamento de longo prazo do problema que, no entanto, continua na mira dos negacionistas no mundo todo.