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Álgebra Linear Computacional I

Álgebra Linear Computacional I

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Paulo Bordoni

October 15, 2016
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Transcript

  1. Álgebra linear Apresentação Rotinas básicas Decomposições Funções matriciais Matrizes especiais

    Agora vamos explorar as fatorações (Decompositions) existentes na scipy.linalg.
  2. Sim, de = , segue que det() = det det

    det(). Veremos que L só possui 1’s na diagonal e que P é ortogonal. Assim, det = ± det = ±11 22 ⋯ A fatoração = permite calcular det().
  3. Mestre, que outras vantagens Maria Loirinha leva com essa tal

    de fatoração LU? Antes do Mestre te responder, jovem, proponho que discuta com seus colegas sobre essa cultura de levar vantagem em tudo. Grande Filósofo!
  4. Respondendo tua pergunta, Loirinha: Tendo a fatoração = , resolver

    o sistema linear = é equivalente a resolver = . Então resolvemos primeiro o sistema = e depois o = . Note que esses dois são sistemas triangulares, facílimos de resolver! Conforme já vimos, o maior trabalho reside em fatorar (i.é, efetuar o processo de eliminação).
  5. A rotina pode efetuar o pivotamento por linha (ou não).

    Ela retorna: • as três matrizes P, L e U • ou apenas duas, a PL que é a triangular inferior permutada e a U.
  6. Já neste exemplo é evidente a necessidade de permutar a

    L0 com a L2 e depois a L2 com a L3. Atente para as matrizes A e P.
  7. Uma outra forma de chamar a fatoração LU da SciPy.

    Como no 1º exemplo, não houve a necessidade de pivotamento.
  8. Esta é lu_factor( ) que efetua a fatoração . Ela

    recebe a matriz A e retorna uma matriz contendo a fatoração LU e um vetor P contendo os índices de pivoteamento.
  9. Esta rotina recebe a fatorada LU e o vetor piv

    fornecidos pela lu_factor( ). Recebe também o termo independente b e retorna a solução x.
  10. É essa a ideia Surfista. Além disso, vale a volta;

    veja na próxima transparência! Confirmando, se A é simétrica e positiva definida está garantida a existência de uma matriz triangular superior tal que = . É como se U fosse a raiz quadrada de A, Mestre, pois 2 = = .
  11. Suponha que uma matriz não-singular A possa ser fatorada na

    forma = , com U triangular superior. Então A será simétrica e definida positiva. É difícil provar isto Mestra?
  12. E também que A é definida positiva, isto é ≠

    0 ⟹ > 0. De fato assumindo ≠ 0 e = teremos ≠ 0, devido à não-singularidade de U. Então = () = = = 2 > 0. Bem, minha querida, de = segue que: • A é simétrica, pois = ()= ()= = • U é não-singular, pois det()2 = det() = det() ≠ 0.
  13. Vou resolver o sistema linear abaixo. A matriz do sistema

    é a do exemplo anterior. 5 2 1 0 2 7 3 1 1 0 3 1 6 −1 −1 2 = 1 2 3 4
  14. O Mestre chamou a Cho_fator() e depois a Cho_solve(). Percebam

    que ele não precisou zerar a parte inferior da matriz Cho. Além disso, b entrou como vetor-linha e foi transformado em vetor-coluna.
  15. Façam um programa para resolver um sistema linear = no

    qual , além de ser simétrica e positiva-definida, também é de banda. Vai cair na prova Mestra?
  16. Para entender o significado da norma de uma matriz, passaremos

    a examinar a transformação linear associada a uma matriz.
  17. Este livro é o clássico dos clássicos sobre álgebra linear

    computacional. Vamos até reproduzir seu Sumário.
  18. São livros de cabeceira para quem for fazer pós-graduação em

    computação científica, matemática aplicada ou análise numérica.
  19. O conteúdo desses dois livros é a definição mais apropriada

    de Álgebra linear computacional. Invista em você. Adquira os dois livros!
  20. O conceito de função é, com certeza, o mais importante

    da matemática. Elas são o objeto do Cálculo diferencial e integral. Em particular, vamos considerar funções de um espaço vetorial U em um outro espaço vetorial V : : → , ∈ ⟼ = () ∈ .
  21. Em outras palavras, funções : → tais que: • +

    ⟼ ( + ) = + , • ⟼ = (). Tais funções recebem o nome especial de transformações lineares. Particularizando ainda mais: funções : → de um espaço vetorial U para outro V que preservam as operações nativas de U e V.
  22. = A ℝ ℝ Matrizes × definem transformações lineares de

    ℝ em ℝ através da multiplicação matriz x vetor. Uma matriz 3 x 4 define uma transformação linear ∶ ℝ4 → ℝ3, através da multiplicação: 1 2 3 = 11 12 13 14 21 22 23 24 31 32 33 34 1 2 3 4
  23. Lembrem-se que: Se A é uma matriz m x n

    então: • + = + , ∀, ∈ ℝ • = , ∀ ∈ ℝ , ∀ ∈ ℝ Que são as condições de linearidade.
  24. Um exemplo simples de ℝ2 em ℝ2 é 1 2

    ⟼ 1 2 = −1 2 2 −3 1 2 que corresponde ao par de igualdades ቊ 1 = −1 + 22 2 = 21 − 32
  25. 1 y x A bola unitária no espaço euclidiano ℝ

    é o conjunto 2 = ∈ ℝ | 2 ≤ 1 . Ela descreve o conjunto 2 + 2 + 2 ≤ 1, que nossa intuição entende por uma bola (de futebol) no espaço euclidiano ℝ3. No plano seria como um CD (dos Beatles).
  26. 1 1 -1 -1 y x A bola unitária no

    espaço ℝ com a norma da soma é o conjunto 1 = ∈ ℝ | 1 ≤ 1 . No ℝ2 ela corresponde ao conjunto definido pela desigualdade + ≤ 1, mostrado na figura.
  27. 1 1 -1 -1 y x A bola unitária no

    espaço ℝ com a norma do máximo é o conjunto ∞ = ∈ ℝ | ∞ ≤ 1 . No ℝ2 ela corresponde ao conjunto definido pela desigualdade max{ , } ≤ 1, mostrado na figura.
  28. Surfista, não vá jogar bola com 1 ou ∞ .

    Você pode se machucar! É, são bolas que escapam da nossa intuição euclidiana.
  29. As equações correspondentes são ቊ 1 = 1 2 =

    −2 . Vemos que ela mantém a 1ª coordenada e troca o sinal da 2ª coordenada. Em outras palavras, realiza uma reflexão no eixo-x. A matriz = 1 0 0 −1 aplicada num vetor X fornece : 1 2 ⟼ 1 2 = 1 0 0 −1 1 2
  30. O programa a seguir mostra a ação de uma matriz

    M sobre um vetor . Ele permite escolher a matriz M e o vetor .
  31. Uma execução do programa. Em azul temos o vetor e

    em vermelho o vetor = X Vemos claramente que M realiza uma reflexão no eixo-x.
  32. O programa da próxima transparência permitirá a visualização da ação

    de uma matriz M qualquer sobre um triângulo ABC escolhido livremente. Mostraremos alguns exemplos com diferentes matrizes M. Surfista, faça outros exemplos exploratórios.
  33. O programa a seguir mostra a ação de uma matriz

    M de ordem 2 sobre um triângulo ABC.
  34. Comecemos conferindo que a matriz = 1 0 0 −1

    do exemplo anterior efetua uma reflexão entorno do eixo-x.
  35. Entretanto a vizualização da ação da matriz = 0.5 0

    0 1.5 sobre o triângulo azul não conduz a conclusões evidentes.
  36. Já usando um triângulo com um lado paralelo ao eixo-x

    e outro paralelo ao eixo- y percebemos que M efetua uma contração no eixo-x e uma dilatação no eixo-y.
  37. A matriz M definida por = cos() −() () cos()

    , quando aplicada num vetor v efetua uma rotação de ângulo no sentido horário em v. Isto é, se = então o ângulo entre v e u, medido de v para u é de radianos.
  38. Fiz um programa que recebe um quadrado arbitrariamente escolhido e

    gira-o no sentido horário de uma quantidade escolhida de graus..
  39. Uma rotação de 45º e outra de 90º. Notem que

    na rotação a norma dos vetores (e portanto dos objetos construídos com eles) permanece inalterada.
  40. x x I A matriz identidade I é uma matriz

    quadrada de ordem n com 1’s na diagonal e 0’s fora dela. A identidade, como transformação linear não faz nada! ℝ ℝ I x = x
  41. Uma matriz M muito próxima da identidade = 1 0

    0 1 . Se M fosse a identidade I veríamos apenas o triângulo rosa, cobrindo o azul.
  42. x y A z B ℝ ℝ ℝ BA O

    produto BA de uma matriz B por uma matriz A corresponde à aplicação linear composta de A seguida por B:
  43. Lembrem-se que a multiplicação de matrizes não é comutativa. Na

    aula passada exibimos um programa que mostra que, usualmente, ≠ . Por exemplo, para = 1 2 1 2 e = −1 1 1 −1 temos = 1 −1 1 −1 e = 0 0 0 0 .
  44. A inversa de uma matriz quadrada A de ordem n

    é uma matriz quadrada B de ordem n tal que ∙ = ∙ = Existem matrizes que não possuem inversa – são não-inversíveis. Uma matriz não possui mais que uma inversa. Além disso, a inversa da inversa é a própria!
  45. Prova-se que A é inversível quando, e apenas quando, é

    não-singular, i.é, det() ≠ 0 Entretanto, verificar se det() ≠ 0 para saber se A é inversível é uma técnica nunca utilizada em Álgebra linear computacional.
  46. x y A A-1 ℝ ℝ x y A x

    A-1 ℝ ℝ ℝ I Pela própria definição, a inversa A-1 de uma matriz A , quando considerada como aplicação linear, desfaz a ação de A.
  47. Voltando às rotinas básicas do foquemos nossa atenção no tópico

    “Achando a inversa”. Rotinas básicas Achando a inversa Resolvendo sistemas lineares Achando o determinante Calculando normas Resolvendo problemas lineares de mínimos quadrados e pseudo-inversas Inversa generalizada
  48. Vejam a ação de uma matriz não-inversível M sobre um

    triângulo: Não há como desfazer a ação da M sobre o trtiângulo!
  49. Pedi ao Mestre para fazer um programa parecido àquele que

    mostra o efeito visual da ação de uma matriz num triângulo. Mas para a matriz inversa! Ele fará Loirinha, você é a queridinha dele!
  50. Verificando as ações de uma matriz e sua inversa, como

    transformações lineares. O deslocamento é um artifício para enxergarmos o efeito da inversa (em verde).
  51. Toda esta recordação sobre o efeito sobre polígonos das transformações

    lineares associadas às matrizes será utilizada na próxima aula!