nas mídias sociais, despertou-se o questionamento empírico a respeito do tema. Portanto, buscamos responder se é possível aplicar a Teoria da Economia Étnica na análise do Afroempreendedorismo e elencar as aproximações e distanciamentos entre os dois tópicos.
digital. Teoria da Economia Étnica e o Afroempreendedorismo no Brasil. Pressupõe uma rede estratégica para circular negócios, oportunidades de emprego e capacitação técnica entre a comunidade e o reforço e valorização da identidade étnica (BONACICH, 1973; LIGHT, 2003, 2005, 2013; GOLD, 1989; GARRIDO & OLMOS, 2006). BASE TEÓRICA / CONCEITUAL
digital. Teoria da Economia Étnica e o Afroempreendedorismo no Brasil. Da subsistência ao Afroempreendedorismo: uma outra economia é possível? No estado da arte sobre Afroempreendedorismo há a demarcação territorial, estudos que tem como ponto de partida a atuação de grupos ou associações e grande parte dos trabalhos foram publicados muito recentemente. Não há trabalhos que relacionam o Afroempreendedorismo à Teoria da Economia Étnica e nem com viés da tecnologia e internet. BASE TEÓRICA / CONCEITUAL
digital. Teoria da Economia Étnica e o Afroempreendedorismo no Brasil. Como afirma Moura (1992), a trajetória da população negra no Brasil confunde-se com a formação histórica e social da própria nação. Marcos históricos: período escravista, pós abolição, políticas de incentivo à imigração (para outros grupos étnicos), comunidades e movimentos negros, políticas públicas de reparação. BASE TEÓRICA / CONCEITUAL
digital. Teoria da Economia Étnica e o Afroempreendedorismo no Brasil. A apropriação da internet, plataformas e tecnologia como suporte para a formação de comunidades e de manifestações a partir do fator racial. Formação de identidade de modo geral (GILROY, 2007; CANCLINI, 2015; CESAIRE apud MOORE, 2010; QUIJANO, 2005; MUNANGA, 2012; GOMES, 2005). Discussões estabelecidas na Black Digital Humanities (GRAY, 2016; GALLON, 2016; FREELON et al (2016a; 2016b; 2018), NOBLE & TYNES, 2016; DANIELS, 2012). BASE TEÓRICA / CONCEITUAL
Aprofundar informações levantadas no formulário. Levantamento de perfil e dados qualitativos . Compreender as estruturas a partir da representação no ambiente digital. Mapear trabalhos anteriores. Revisão Sistemática Análise de Redes Sociais na Internet Entrevistas Semiestruturadas Formulário Online
representações que demonstram especificidades. Valorização da estética negra, aproximação com questões sociais, veículos de comunicação com demarcador racial, artistas negros. Elementos que não permeiam especificamente a prática Afroempreendedora, mas que sugere um entrelaçamento com a própria identidade e vivência da população negra. Estrutura e relações do Afroempreendedorismo a partir da Análise de Redes Sociais na Internet
141 respostas. 69,5% de mulheres; Idade entre 26 e 41 anos (58,6%); 29,8% com grau Superior Completo e 22% com Pós-Graduação Completa. 58,2% são profissionais autônomos; 60,3% oferecem serviços; 62,4% tinham um emprego formal; 49,6% tem outras formas de obter renda. Perfil e percepções dos Afroempreendedores A maioria dos respondentes são mulheres, adultos entre 26 e 41 anos e com grau de escolaridade acima de superior completo. São autônomos formalizados e oferecem serviços. Grande parte tinha um emprego formal anteriormente, porém ainda mantém outras formas de obter renda. 72,5% são formalizados; A formalização de 74,3% é de MEI; 73% não tem funcionários; Faturam até 5 mil reais/mês (72,3%). 51,1% tem foco em temática negra 51,8% não tem foco em consumidores negros 92,2% tem interesse em movimentos sociais. Têm foco na temática negra, mas não necessariamente só em clientes negros. Se interessam por movimentos sociais.
o Black Money; 84,4% mantém contato; 94,3% preferem utilizar serviços ou comprar; 57,4% conhecem pessoas ou organizações. 61,7% afirmam que enfrentam dificuldades em ser um Afroempreendedor. 98,5% afirmam utilizar a internet para atividades de sua empresa . Eles sabem o que é e praticam o Black Money. Grande parte diz conhecer pessoas ou organizações que promovem o Afroempreendedorismo. Entre as dificuldades estão a falta de credibilidade com possíveis clientes, fornecedores ou em visitas a lugares, acesso ao crédito bancário e o racismo explícito. Usam internet para o envio de mensagens, redes sociais, para participar de grupos, site ou blog da empresa, pesquisas de mercado e tendências, organização e gestão, reuniões, entre outras.
mercado; Consultorias; Produção cultural; Conta digital (fintech); Clube de assinaturas; Estabelecimentos estéticos negra; Confecção e vendas de moda e acessórios. O próprio Afroempreendedorismo; Atividades relacionadas à educação; Movimento negro; Feminista; Mulheres negras; Movimentos relacionados à arte e estética; Movimento hip hop. Emprego formal; Atividades autônomas; Consultorias; Atividades relacionadas à espiritualidade; Apoio de renda da família; Estágio; Aposentadoria; Bolsistas; Aluguel de imóveis; Usufruto do FGTS. Busca por propósito; A realização de um sonho; Autonomia e flexibilidade; Oportunidade; Necessidade; Idade avançada. Perfil e percepções dos Afroempreendedores Razão Alternativa Movimentos Atividades
Silva; Luana Teoffilo; Maitê Lourenço; Paulo Rogério. Movimento Black Money; Feira Preta; Afrobusiness; BlackRocks Startups. Aparecem ainda citações a grupos originados no Facebook, como A Ponte para Pretx, Preta comprando de Preta e Publicitários Negros.
Wanessa Yano Ayê Acessórios São Paulo/SP Michele Fernandes Boutique de Krioula São Paulo/SP Evandro Fióti Laboratório Fantasma São Paulo/SP Trajetórias e vivência do Afroempreendedorismo pelos nós em destaque
situações de racismo e a descrença em perspectivas ao contexto político. Há um contraponto entre os resultados do formulário sobre a relação estabelecida entre os Afroempreendedores. Há o resgate de valores, representação de identidades, ícones históricos negros e laços afetivos. As mulheres são destaque, os negócios partem de uma problemática racial ou por falta de referência representativas e existe uma aproximação com temas políticos e sociais. Todos apontam a internet e suas ferramentas como essencial para a existência, crescimento e permanência dos negócios (relevância e hackear o sistema). Sobre a luta antirracista ser uma luta anticapitalista, os entrevistados discordam e afirmam que empreendimentos de não negros que estabelecem suas práticas no mesmo sistema, embora concordem que o racismo estrutural é inerente ao capitalismo. Trajetórias e vivência do Afroempreendedorismo pelos nós em destaque
emprego e consumo; Respostas a uma sociedade hostil. Formação da população negra no país. Discurso empreendedor num contexto de pejotização; Necessidade de políticas públicas; Racismo estrutural. Aproximações Distanciamentos Pontos de atenção
o estímulo ao Afroempreendedorismo. Bem como se o grau de escolaridade interfere diretamente nos serviços e produtos oferecidos; ✓ O destaque, a relação e a importância de artistas na formação da rede do Afroempreendedorismo, sobretudo do gênero do rap e hip hop; ✓ A massiva participação de aspectos estéticos e de beleza negra; ✓ A formação, a relação e a importância de uma comunidade de veículos de comunicação alternativos e independentes, sobretudo os que carregam demarcadores étnicos; ✓ A importância dos grupos e associações no Afroempreendedorismo;
formados nas mídias sociais como representantes do movimento Afroempreendedor; ✓ A própria inclusão do Afroempreendedorismo como um movimento social e qual o impacto disso na percepção do que é um movimento social; ✓ A atuação e importância das mulheres negras como grupo massivamente presente e determinante no Afroempreendedorismo; ✓ Questões problemáticas no porte e faturamento dos Afroempreendimentos; ✓ A forte ligação dos entrevistados com o interesse em movimentos sociais. DESDOBRAMENTOS POSSÍVEIS: