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Palestra no NDesign Manaus 2008

Palestra no NDesign Manaus 2008

Eduardo Cuducos

July 03, 2008
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Transcript

  1. Em busca de uma compreensão do consumo uma introdução à

    sociologia do consumo Eduardo “Cuducos” • PPGSP / UFSC • CAPES
  2. O pressuposto aqui é a completa autonomia do indivíduo em

    suas escolhas. Sua preferência é irredutível a qualquer instância ou esfera explicativa que não seja o que ele efetiva mente fez por meio de suas escolhas. Ricardo Abramovay
  3. Não há nenhum lugar para a psicologia ou a sociologia

    na explicação das ações econômicas dos indivíduos, o que reforça, mais uma vez, a autonomia da ciência econômica. Ricardo Abramovay
  4. (Nova) Sociologia econômica O ator econômico não se comporta como

    autômato, que reage a estímulos do mercado, mas de acordo com elementos subjetivos, que não são individuais, mas sociais. Cécile Raud-Mattedi
  5. Conceber a economia a partir de sua inserção social e

    não com base na natureza supostamente autônoma das motivações. Ricardo Abramovay
  6. • Comportamento (também) justificado pela tradição, pelo direito, pela moral

    etc. • Interesses socialmente construídos • Ação “razoável”
  7. Obras de referência 1899 Teoria da classe ociosa Thorstein Veblen

    1978 O mundo dos bens Mary Douglas & Baron Isherwood 1987 A ética romântica e o espírito do consumismo moderno Colin Campbell 2000 As estruturas sociais da economia Pierre Bourdieu
  8. Teoria da classe ociosa • Superação da “necessidade” racional •

    Luta: riqueza x sobrevivência • Emulação social (exibição, poder etc.)
  9. Críticas • Fontes etnográficas • Etnocentrismo • Não explica a

    “explosão consumista” • Restrito à classe ociosa
  10. O mundo dos bens • Bens como meio de interação

    social • Inclusão/exclusão • Explica consumo em “todas” classes
  11. A ética romântica e o espírito do consumismo moderno •

    Escolhas com base na emoção/prazer • Demanda por novidades (consumismo)
  12. As estruturas sociais da economia • Síntese dos conceitos de

    campo e habitus para o campo econômico ... abordagem teórica consistente.
  13. Ação de Bourdieu Seu postulado sociológico básico é o de

    que os agentes sociais não agem sem razão, ou seja, eles têm um motivo para agir como agem. Nesse sentido são “razoáveis”, a não confundir com “racionais”. Cécile Raud
  14. Habitus e ação O habitus, ou a disposição incorporada, depende

    do agente no espaço social e condiciona de maneira inconsciente, sua visão de mundo e seu comportamento. Cécile Raud
  15. Habitus O habitus não depende somente da posição social do

    agente, de sua situação atual, mas também de sua trajetória pessoal. Cécile Raud
  16. Campo e interesse Cada campo, ao se produzir, produz uma

    forma de interesse que do ponto de vista de um outro campo, pode parecer desinteresse. Pierre Bourdieu
  17. Escolhas As decisões são somente escolhas entre possíveis definidos pela

    estrutura do campo. Levar em conta a estrutura do campo e seus efeitos não leva de modo algum a anular a liberdade de jogo dos agentes. Pierre Bourdieu
  18. Tipologia da ação Ação racional em relação a fim Ação

    racional em relação a valor Ação tradicional Ação afetiva
  19. Tanto em Weber quanto em Bourdieu Possibilidade de partir de

    uma visão que trata tanto o consumidor como os demais agentes com possibilidades efetivas de agir no mercado.
  20. A atividade do designer é dependente das diferentes estratégias traçadas

    pela sociedade institucionalizada. Gustavo Bomfim
  21. O design espelha a condição cultural na qual e para

    qual foi concebido ao mesmo tempo em que contribui para produzir, realimentar ou transformar esta mesma condição cultural. André Villas-Boas
  22. Bibliografia ABRAMOVAY, Ricardo. Entre Deus e o diabo: mercados e

    interação humana nas ciências sociais. Tempo social, nov. 2004, v. 16, n. 2. BARRAY, Sandrine; COCHOY, Franck; DUBUISSON-QUELLIER, Sophie. Designer, packager et merchandiser: trois professionnels pour une même scène marchande. Sociologie du travail, v. 42, 2000. BOMFIM, Gustavo. Sobre a possibilidade de uma teoria do design. Estudos em design, Rio de Janeiro, jan. 2001, ed. especial. BOURDIEU, Pierre. É possível um ato desinteressado? In: _____. Razões práticas: sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus, 1996. GIDDENS, Anthony. O que é sociologia? In: _____. Sociologia. 4 ed. São Paulo: Artmed, 2005. LASN, Kalle. The future of design. In: TYPO, 2006, Berlin. Disponível em: <http://www.typovideo.de/ index.php?node_id=9&lang_id=1&scope=front&ds_target_id=56>. Acesso em: 10 jul. 2007. LIMA, Diana Nogueira de Oliveira. Antropologia do consumo: a trajetória de um campo em expansão. Revista brasileira de informação bibliográfica em ciências sociais, São Paulo, n. 56, 2003.
  23. MATTEDI-RAUD, Cécile. A construção social do mercado em Durkheim e

    Weber: análise do papel das instituições na sociologia econômica clássica. Revista brasileira de ciências sociais, v. 20, n. 57, fev. 2005. NORBERTO, Elaine. Estratégias corporativas de marcas e estratégias sociais de diferenciação: uma análise a partir do automóvel. Tempo social, nov. 2004, v. 16, n. 2. RAUD, Cécile. Bourdieu e a nova sociologia econômica. Tempo social, nov. 2007, v. 19, n. 2. VILLAS-BOAS, André. Identidade e cultura. Rio de Janeiro: 2ab, 2002. WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. vol. 1. São Paulo: Editora da UnB / Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004.