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Prescrição de exercício físico para populações especiais

dumpierre
November 25, 2016

Prescrição de exercício físico para populações especiais

Palestra (~40min) realizada no XXXV Simpósio Nacional de Educação Física (Pelotas, RS).

Tema: prevenção de doenças pela atividade física e fatores importantes para prescrição de exercício físico em populações especialmente, particularmente em pessoas com diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.

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Talk of nearly 40min delivered at the National Symposium of Physical Education 2016 (Pelotas, Brazil). Key topics include disease prevention by physical activity and relevant factors for exercise prescription in diabetics, hypertensives, and cardiac patients.

dumpierre

November 25, 2016
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Transcript

  1. Prescrição de exercício físico para populações especiais Daniel Umpierre Escola

    Superior de Educação Física Universidade Federal de Pelotas
  2. Potenciais conflitos de interesses • Evidência Saúde • RBAFS •

    Ministério da Saúde (Brasil) - ABRASCO - OPAS - Hospital Moinhos de Vento
  3. Roteiro • Incidências e letalidade • Populações especiais 101 •

    Diabetes • Hipertensão arterial • Cardiopatia isquêmica • Insuficiência cardíaca crônica
  4. GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence GBD Collaboration.

    Lancet 2016; 388: 1545–602 9. DIABETES 4. DEPRESSÃO 1990 2005 2015
  5. GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence GBD Collaboration.

    Lancet 2016; 388: 1545–602 9. DIABETES 4. DEPRESSÃO 8. DIABETES 1990 2005 2015
  6. GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence 9. DIABETES

    4. DEPRESSÃO 3. DEPRESSÃO 8. DIABETES 6. DIABETES GBD Collaboration. Lancet 2016. 1990 2005 2015
  7. GBD 2015 Mortality and Causes of Death Doença coronária Diabetes

    HAS Alzheimer e demências GBD Collaboration. Lancet 2016.
  8. Atividade física, saúde e doença Morris et al. Lancet, 1953

    "Coronary heart-disease and physical activity of work". ‘Jerry Morris’ 1910 - 2009
  9. Prevenção como ação número 01 Ekelund et al. Lancet 2016,

    388(10051):1302-10 Tempo sentado Atividade física (AF) IPD meta-analysis | N = 1 005 791
  10. Ekelund et al. Lancet 2016, 388(10051):1302-10 Tempo sentado Atividade física

    (AF) Muito tempo sentado Pouco suor Muito tempo sentado Muito suor IPD meta-analysis | N = 1 005 791 Prevenção como ação número 01
  11. Mora et al. Circulation 2007, 116: 2110 0.7% 0.3% Homocisteína

    59% Fatores agrupados 35.5% 32.6% Inflamatórios/ Hemostáticos 20.9% 27.1% PA e Hipertensão 14.9% 19.1% Lípides tradicionais 13.4% 15.5% Lípides - subfrações 11.1% 10.1% IMC 6.8% HbA1c / Diabetes 8.9% 5.0% 0 10 20 30 40 50 60 70 DCV DAC 27 055 mulheres 1500 kcal/sem vs. <200 kcal/sem Fatores múltiplos para redução do risco
  12. Redução de 0,6% com metformina no DM2 Redução no RR

    pelo tratamento com metformina (%) 10 20 30 40 50 0 * p < 0.05 ** p < 0.01 UKPDS 34: Lancet 1998
  13. Benefícios semelhantes Treinamento Aeróbico Treinamento Resistido Treinamento Combinado -0.73 (-1.06,

    -0.40) -0.57 (-1.14, -0.01) -0.51 (-0.79, -0.23) -0.67 (-0.84, -0.49) Efeito de qualquer modalidade de treinamento físico estruturado na redução de HbA1c Controle Glicêmico no Diabetes Umpierre et al. JAMA 2011
  14. Volume semanal de exercício O recomendado é suficiente? Volume semanal

    de treinamento físico 150 minutos ou menos Mais do que 150 minutos -0.89 (-1.26, -0.51) -0.36 (-0.50, -0.23) Umpierre et al. JAMA 2011
  15. ► Séries ► Repetições ► Número de exercíos por sessão

    ► Frequência semanal ► Carga (1-RM) ► Duração da sessão ► Frequência semanal ► Volume semanal (min/semana) ► Duração dos programas (horas) ► % FC ou % VO2 Como analisar as prescrições? Umpierre D et al. Diabetologia 2013
  16. Treinamento aeróbico: importância da frequência 20 observações N = 935

    pacientes com DM2 y = -0.39x + 0.65 weighted r = -0.64 P=0.002 Umpierre D et al. Diabetologia 2013
  17. y = -0.02x – 0.10 weighted r = -0.70 P=0.04

    Umpierre D et al. Diabetologia 2013 Treinamento combinado: importância do volume do resistido 10 observações | N = 1069 pacientes dom DM2
  18. Grupo vs Placebo Nº ECRs WMD (95% CI) Todas as

    drogas 20 -0,79 (-0,90 a -0,68) SU 3 -0,79 (-1,15 a -0,43) Glinidas 2 -0,71 (-1,24 a -0,18) Glitazonas 3 -1,00 (-1,24 a -0,18) AGIs 2 -0,65 (-1,62 a -0,38) Inibidores DPP-4 8 -0,79 (-0,94 a -0,63) Análogos GLP-1 2 -0,99 (-1,19 a -0,78) Phung OJ et al, JAMA 2010 Redução da HbA1c pelos antidiabéticos orais adicionados à metformina
  19. Cornelissen, Smart. J Am Heart Assoc 2013. Treinamento e pressão

    arterial Volume semanal de 150 a 210 minutos Sessões de 30 a 45 minutos Presença de HAS Sexo Masculino Programas até 12-24 semanas de duração
  20. MacDonald et al. J Am Heart Assoc, 2016. 5,2 mmHg

    para HAS 3,3 mmHg para Pré-HAS 1,0 mmHg em normotensos Frequência de sessões Qualidade metodológica
  21. Respostas Agudas da Pressão Arterial Fatores determinantes Aumento da PA

    Massa muscular envolvida Nível de esforço Posição corporal Manobra de Valsalva Posição supina Maior a massa muscular Mais próximo ao esforço máximo Execução aumenta PA Umpierre D, Stein R. Arq Bras Cardiol, 2007 Nível de condicionamento Menor o condicionamento
  22. Santos et al. J Hypertens. 2016. Hipotensão pós-exercício e HAS-Resistente

    • Pacientes hipertensos resistentes + manipulação da prescrição CONTROLE LEVE MODERADA CONTROLE LEVE MODERADA
  23. Artéria Normal Ateroma Inicial Placa “Vulnerável” Placa “Estável” Endotélio Células

    Musculares Lisas Adventícia Íntima Média Camada Fibrosa Trombose IAM Placa Rompida Recuperada Libby P. Nature 2002, 420:868-74
  24. Belardinelli et al. Circulation 1998 Pré-Treinamento Pós-Treinamento R Controle (N=20)

    8 semanas, 3x por semana 40’ a 60% VO2pico Treinamento (N=26) FE < 40% Treinamento e perfusão miocárdica
  25. Hambrecht R et al. N Engl J Med 2000 10

    0 -10 -20 -30 Mudança no diâmetro luminal (%) Início Estudo 4 Semanas 10 0 -10 -20 -30 Início Estudo 4 Semanas Grupo Controle Grupo Treinamento Físico 90 pacientes (≤ 90 anos) Estenose arterial coronária Controle Treinamento 4 semanas 6 x/dia 10’ à 80% da FCmax.
  26. Perfusão Miocárdica Semanas Melhoria da função vascular endotelial Exercício Físico

    como Intervenção Terapêutica na Cardiopatia Isquêmica
  27. Perfusão Miocárdica Meses Aumento da rede de capilares Semanas Melhoria

    da função vascular endotelial Exercício Físico como Intervenção Terapêutica na Cardiopatia Isquêmica
  28. Perfusão Miocárdica Anos Regressão de lesões coronárias Angiogênese colateral Meses

    Aumento da rede de capilares Semanas Melhoria da função vascular endotelial Exercício Físico como Intervenção Terapêutica na Cardiopatia Isquêmica
  29. 16 citações (outras fontes) 2189 citações 2173 citações (busca) 1972

    citações excluídas - título e resumo 217 estudos elegíveis 63 estudos incluídos 154 estudos excluídos – textos completos Não é ECR: 59 Sem desfecho de interesse: 70 Intervenção não envolve exercício: 11 Revista não-inglês: 1 População não é cardiopata: 5 Seguimento menor que 6 meses: 2 Outros: 0 + Estratégias de reabilitação cardíaca na prevenção secundária da cardiopatia isquêmica: qual a mais custo-efetiva? Kuhr et al. Em andamento.
  30. Novas modalidades de reabilitação Centro de reabilitação Domiciliar Convencional Rede

    de comparações disponíveis entre as intervenções para desfecho mortalidade geral Kuhr et al. Em andamento.
  31. Infarto agudo (horas) Expansão do infarto (horas a dias) Remodelamento

    global (dias a meses) Remodelamento, disfunção sistólica e ICC
  32. Univariada Idade VE /VCO2 Volume de treinamento % homens Fração

    de ejeção % β-bloqueadores Intensidade alvo VO2 pico FC max 1º LV Características do treinamento na ICC Belli et al. Tese de doutorado. UFRGS, 2016.
  33. Univariada Idade VE /VCO2 Volume de treinamento % homens Fração

    de ejeção % β-bloqueadores Intensidade alvo VO2 pico FC max 1º LV Características do treinamento na ICC Belli et al. Tese de doutorado. UFRGS, 2016.
  34. Univariada Idade VE /VCO2 Volume de treinamento % homens Fração

    de ejeção % β-bloqueadores Intensidade alvo VO2 pico FC max 1º LV Características do treinamento na ICC Belli et al. Tese de doutorado. UFRGS, 2016.
  35. Características do treinamento na ICC Belli et al. Tese de

    doutorado. UFRGS, 2016. Univariada Idade VE /VCO2 Volume de treinamento % homens Fração de ejeção % β-bloqueadores Intensidade alvo VO2 pico FC max 1º LV
  36. Fração de ejeção* Idade* % homens % β-bloq. Volume de

    exercício Intensidade alvo VO2 pico R = 0.70 P = 0.005 R = 0.35 P = 0.04 Modelo multivariável: p = 0.033
  37. Oportunidades • PCC e Residência em Atenção à Saúde da

    Criança • Atividade física, atenção básica, e diabetes tipo 2 • Treinamento físico para mulheres com câncer de mama • Intervenção de estilo de vida para mulheres com diabetes gestacional • Treinamento físico e educação em saúde para idosos hipertensos
  38. • Ana Paula Fayh • Beatriz D. Schaan • Carísi

    Polanczyk • Cíntia Botton • Eduardo C. Caldas • Elisa Portella • Eduardo Kuhr • Felipe F. Reichert • Gaspar Guatimozin • Hirofumi Tanaka • Jorge Pinto Ribeiro † • Karlyse Belli • Leony Galliano • Linda Pescatello • Lucas P. Santos • Lucas Helal • Marlos R. Domingues • Paula Figueiredo • Pedro C. Hallal • Rafael Ritti-Dias • Rodrigo Ferrari • Ronei S. Pinto • Sandra C. Fuchs • Stephanie S. Pinto Reconhecimento
  39. Prescrição de exercício físico para populações especiais Daniel Umpierre Escola

    Superior de Educação Física Universidade Federal de Pelotas