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P4 de Cálculo Numérico - Eng. Elétrica

P4 de Cálculo Numérico - Eng. Elétrica

As questões da 3ª prova "online".

Paulo Bordoni

July 27, 2016
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Transcript

  1. Nesta P4 vocês deverão resolver apenas duas questões. As orientações

    são as mesmas da duas provas “online” anteriores e deverão apresentar as respostas até as 12:00 horas desta 6ª feira.
  2. A primeira questão é uma aplicação do que foi ensinado

    sobre aproximação de Fourier e espectro na aula correspondente ao conjunto de transparências acima.
  3. Surfistas, naquela apresentação, explicamos que o espectro 0 , 1

    2 , … , 1 , 2 , … de uma função : −, → ℝ é calculado como abaixo: 0 = 1 න − , = 1 න − cos , = 1 න − , para = 1,2, …
  4. Na mesma aula vimos que podemos aproximar a função :

    −, → ℝ a partir de uma parte finita 0 , 1 2 , … , , 1 , 2 , … , do seu espectro. Sim, através da aproximação de Fourier: ≅ 0 2 + ෍ =1 cos + .
  5. Vocês resolverão o problema da corda vibrante, constituído pela equação

    da onda 2(, ) 2 = 2 2(, ) 2 , ∈ ℝ ⇒ 2 > 0 . Mais condições iniciais, no instante = 0 e de contorno em = 0 e = , as extremidades da corda.
  6. O problema da corda vibrante, simula uma corda de violão

    (ou violoncelo, viola) presa nas sua extremidades. A solução = (, ) descreve o deslocamento da corda do violão na posição ∈ [0, ] e no instante ≥ 0. Na figura muito exagerado! L = (, )
  7. Para todo ≥ 0: ቊ 0, = 0 , =

    0 = = 0 A forma de exprimir esse fato é impor condições de contorno homogêneas de Dirichlet: A corda permanece o tempo todo presa nas suas extremidades.
  8. No instante inicial, = 0, o músico: a) Prende a

    corda com um dedo, da mão esquerda, junto braço do violão b) E puxa a corda com outro dedo, da mão direita e solta. Como no desenho (muito exagerado!): a b
  9. • O formato (deslocamento) inicial da corda do violão: ,

    0 = (), ∈ [0, ]. • A velocidade inicial da corda do violão: , 0 = (), ∈ 0, , definida através da tensão na corda. A forma de exprimir esse fato é definir as seguintes condições inicias:
  10. Resumindo, o problema da corda vibrante é descrito pelo seguinte

    problema de valor inicial e de contorno: 2(, ) 2 = 2 2(, ) 2 , , ∈ 0. , 0, = 0, ≥ 0 , = 0, ≥ 0 , 0 = , ∈ [0, ] (, 0) = , ∈ [0,]
  11. Nela, os são os coeficientes de Fourier de relativos ao

    seno: = 2 න 0 E os os coeficientes de Fourier de relativos ao seno, corrigidos por uma constante: = 2 න 0
  12. A 1º questão a ser resolvida por vocês, Surfistas, é

    exibir uma animação do problema da corda vibrante onde: A posição inicial é uma função : [0, ] → ℝ com um gráfico como o acima e a velocidade inicial deve ser escolhida por você Surfista. 0 L f
  13. A 2º questão a ser resolvida por vocês, Surfistas, será

    aproximar as integrais de seno e cosseno de Fresnel: = ׬ 0 cos 2 2 e = ׬ 0 sen 2 2 com 9 casas decimas de precisão.
  14. Surfistas, vocês deverão calcular essas aproximações usando: a) A regra

    de Simpson composta, b) A scipy.integrate.quadrature(), c) A scipy.integrate.quad().
  15. Para quem se interessar, apresentamos a seguir a dedução da

    solução da equação da onda. Para iniciar, assumimos que , = ().
  16. Levando , = () na equação da onda obtemos: ′′

    = 2(, ) 2 = 2 2(, ) 2 = 2 ′′ .
  17. Repetindo, ′′ = 2 ′′ . Então, assumindo () ≠

    0, e dividindo por ∙ obtemos: ′′ = 2 ′′ , x, t ∈ 0, × 0, +∞ .
  18. É de fundamental importância observar que o quociente do lado

    esquerdo da igualdade ′′ = 2 ′′ , , t ∈ 0, × 0, +∞ , é função apenas de e o quociente do lado direito é função apenas de . A única possibilidade dessa igualdade ser verdadeira é que cada quociente seja igual à uma mesma constante real, que denominaremos 2 (caso positiva ou nula) ou −2 (caso negativa). Assim: ൝ ′′ − 2 = ∈ (, ) ′′ − 22 = 0, > 0
  19. ൝ ′′ − 2 = 0, ∈ , ′′ −

    ()2 = 0, > 0, No caso da constante 2 ser positiva ou nula as duas equações ficam: Cujas soluções gerais são: ൝ = 0 + 1 − = 0 + 1 −
  20. Das duas obtemos 0 = 1 = 0. E portanto

    ≡ 0. Assim , = ≡ 0. Das condições de contorno homogêneas de Dirichlet teremos: ൝ 0 = 0 ⇒ 0 + 1 = 0 = 0 ⇒ 0 + 1 − = 0
  21. Assim, para escapar da solução identicamente nula, (, ) ≡

    0, a única possibilidade é 2 < 0. Então teremos: ቊ = 0 cos + 1 ( ) = 0 cos + 1 ( )
  22. Com as condições homogêneas de Dirichlet teremos: ቊ 0 =

    0 ⇒ 0 = 0 = 0 ⇒ 1 = 0 Ora, = 0 só para = , ou λ = Τ , = 0, ±1, ±2, …
  23. Assim, = , = 0, 1, 2, … são soluções

    do problema ′′ − 2 = 0, ∈ , , 0 = 0, = 0 Com esses valores de temos = 0 + 1 .
  24. Portanto, para cada = 0, 1, 2 … , ,

    = + satisfaz o problema de valor de contorno: 2 (, ) 2 = 2 2 (, ) 2 , , ∈ 0. , 0, = 0, ≥ 0 , = 0, ≥ 0
  25. Portanto a série ෍ =0 ∞ (, ) = lim

    →∞ ෍ =0 (, ) também satisfará. Por linearidade para cada ∈ ℕ teremos que , = ෍ =0 (, ) também satisfará esse problema de valor de contorno.
  26. Para que , = σ=0 ∞ (, ) , com

    , = + , seja solução do problema de valor inicial e de contorno original: Só falta exigir que ela satisfaça as condições iniciais: ൞ , 0 = , ∈ [0, ] (, 0) = , ∈ [0, ]
  27. Calculando cada em = 0, obtemos , 0 = Assim

    , 0 = ෍ =1 ∞ , 0 = ෍ =1 ∞
  28. Assim a condição inicial , 0 = fornece = ෍

    =1 ∞ . Cacilda! Então os são os coeficientes de Fourier da .
  29. Assim a outra condição inicial (, 0) = fornece =

    ෍ =1 ∞ . Então os valores correspondem aos coeficientes de Fourier da .