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Televisão ontem e hoje

Televisão ontem e hoje

Andres Kalikoske

November 06, 2014
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  1. A P O N TA M E N T O

    S P A R A U M A H I S T Ó R I A D A T V N O B R A S I L TELEVISÃO ONTEM E HOJE A N D R E S K A L I K O S K E
  2. FASE ELITISTA FASE POPULISTA FASE DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO FASE DA

    TRANSIÇÃO E DA EXPANSÃO INTERNACIONAL FASE DA GLOBALIZAÇÃO E DA TELEVISÃO PAGA FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 1950 - 1964 1964 - 1975 1975 - 1985 1985 - 1990 1990 - 2000 2000 - HOJE
  3. A transmissão inaugural da TV no Brasil aconteceu em 18

    de setembro de 1950, quando o programa SHOW DA TABA foi exibido pela TV TUPI, de São Paulo. A atração foi sintonizada por cerca de 200 aparelhos televisores, importados diretamente por Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, então proprietário da emissora, de uma cadeia de rádios e jornais impressos e da revista semanal O Cruzeiro, todos do grupo Diários e Emissoras Associadas. FASE ELITISTA 1950 - 1964
  4. Como toda mídia que inicia suas operações, a CARÊNCIA DE

    PROFISSIONAIS especializados foi um problema para a indústria da televisão, resolvido com a contratação de PROFISSIONAIS DO RÁDIO. Eles não somente tiveram que se adaptar ao novo veículo, mas também desenvolveram sua linguagem. Por isso, os gêneros e formatos da televisão brasileira eram adaptações radiofônicas, sendo a RADIONOVELA um exemplo. FASE ELITISTA 1950 - 1964
  5. Na FASE ELITISTA da televisão brasileira, o aparelho era considerado

    um objeto de luxo e apenas a elite econômica tinha acesso. A família se reunia ao redor da televisão e também era comum o fenômeno do TELEVIZINHO, indivíduo que frequentemente acompanhava programas de televisão na casa de seus vizinhos, por não possuir o aparelho próprio. A televisão se desenvolve como uma experiência coletiva de consumo. FASE ELITISTA 1950 - 1964
  6. O MODELO DE NEGÓCIO da televisão é muito diferente do

    praticado atualmente. Inicialmente, as agências estadunidenses McCann Erickson e Thompson, que se especializaram, nos Estados Unidos, produziam os conteúdos e definiam as estratégias de marketing e, não raramente, contratando os artistas. Somente a organização da programação era estabelecida pelas emissoras. Os primeiros programas da TV foram PIRANI SHOW, MUSICAL NOBIS, SABATINAS MAISENA, DIVERTIMENTOS DUCAL e REPÓRTER ESSO. FASE ELITISTA 1950 - 1964
  7. A impossibilidade estrutural de transmitir de programas em ESCALA NACIONAL

    fez com que a indústria da TV, em seus inícios, oferecesse uma vasta programação local e com forte apelo regional. Trata-se de um paradoxo em comparação aos dias que hoje, onde a programação é concentrada no Rio de Janeiro e São Paulo. Tudo era ao vivo, inclusive TELETEATROS, nessa fase que antecedeu o VÍDEO TEIPE, utilizado somente a partir de 1960. FASE ELITISTA 1950 - 1964
  8. O advento do vídeo teipe proporciona novas ESTRATÉGIAS DE CIRCULAÇÃO

    de conteúdos e a possibilidade de armazenas produtos de estoque, surgindo assim as reprises, que ampliam o número de horas de programação. Novelas produzidas em São Paulo passam a ser exibidas em outras capitais. FASE ELITISTA 1950 - 1964
  9. O vídeo tape mudou toda a lógica da TV. A

    primeira utilização oficial foi na inauguração de Brasília, em 1960, pela TV Record. Mas seu uso revolucionário ocorreu no CHICO ANYSIO SHOW, na TV Rio, em 1961. O humorista Chico Anysio contracenava com ele mesmo interpretando diversos personagens diferentes, “efeito” que seria novamente utilizado com Eva Wilma na novela da TV Tupi MULHERES DE AREIA, de 1973. FASE ELITISTA 1950 - 1964
  10. Durante a década de 1960 a televisão brasileira ingressou em

    sua FASE POPULISTA, quando programas de auditório populares passam a ocupar grande parte da programação, dividindo espaço com enlatados estadunidenses e telenovelas melodramáticas. Em 1967, destaque para a DISCOTECA DO CHACRINHA, na Globo. Com horário arrendado, o PROGRAMA SILVIO SANTOS também fazia sucesso na mesma emissora. FASE POPULISTA 1964 - 1975
  11. A GLOBO iniciou suas operações em abril de 1965, pouco

    mais de um ano depois do período militar. Sintonizada no canal 4 do Rio de Janeiro, a emissora era o veículo que faltava para que as Organizações Globo, da família Marinho, se tornasse um conglomerado multimídia. O grupo já era integrado pelo o jornal O Globo, a Rádio Globo e uma editora. Firmou um acordo de cooperação técnica e know-how com a TIME-LIFE, com participação de 46% nos lucros para o grupo estadunidense. O acordo contradizia o artigo 160 da Constituição. FASE POPULISTA 1964 - 1975
  12. A Time-Life daria assistência à Globo no campo da técnica

    administrativa, fornecendo informações e prestando assistência relacionada a administração da empresa, programação, noticiário, controles financeiro, orçamentário e contábil, orientação e assistência com relação aos aspectos comercial, técnico e administrativo da construção e operação de uma televisão comercial. Além disso, o grupo Time-Life treinaria, nos Estados Unidos, o número de pessoas que a TV Globo desejasse ou enviaria pessoal norte-americano para treinamento no Rio de Janeiro. O grupo Time-Life orientaria e assistiria a TV Globo com referência à venda de anúncios, visitando, em Nova Iorque, os representantes de anunciantes em potencial. Fonte: CAPPARELLI, Sérgio; LIMA, Venício A. de. Comunicação e televisão: desafios da pós-globalização. São Paulo: Hacker, 2004. p. 72.
  13. Mesmo contando com tecnologia inovadora para a época, inicialmente a

    GLOBO não obteve boa audiência. Foi a partir da COBERTURA JORNALÍSTICA da enxurrada de 10 de janeiro de 1966, noticiada como o maior temporal de todos os tempos, que o processo de aceitação se iniciou. Diferentemente das demais emissoras, a Globo interrompeu sua programação passando a transmitir, ao vivo, o drama das famílias que perderam suas casas. Com câmeras espalhadas pela cidade do Rio de Janeiro, mobilizou uma grande campanha social para arrecadar donativos. FASE POPULISTA 1964 - 1975
  14. Em 1º de setembro de 1969, o JORNAL NACIONAL passou

    a ser transmitido para todo o território brasileiro. Isso foi possível porque havia o interesse governamental dos militares, de “unificar o país”, para “preservação da ordem em todo o território nacional”. Nesse sentido, também lançaram uma linha de crédito para aquisição de aparelhos televisores. Nesse mesmo ano ocorreu a fundação da Embratel, com a novíssima tecnologia de microondas, que possibilitou uma TV nacional. FASE POPULISTA 1964 - 1975
  15. Em 1972, o então presidente Médici (Emílio Garrastazu Médici, 1905-1985)

    inaugurou a televisão a cores. Um de seus discursos, em plena vigência do regime militar, traduziu a parcialidade com que muitas vezes a Globo tratou o jornalismo: Sinto-me feliz todas as noites quando assisto o noticiário. Por quê? Porque no noticiário da TV Globo o mundo está um caos, mas o Brasil está em paz. É como tomar um calmante após um dia de trabalho. ORTIZ, Renato; BORELLI, Silvia; RAMOS, José Mário. Telenovela: história e produção. São Paulo: Brasiliense, 1991. p. 81.
  16. As primeiras telenovelas da Globo eram melodramas exóticos de GLÓRIA

    MAGADAN, roteirista cubana predominavam os sheikes, príncipes e princesas, capitães, imperadores e czares. Chega ao Brasil em 1964, como supervisora da seção internacional de novelas da Colgate-Palmolive, e logo em seguida é contratada pela Globo. Escreve oito novelas: Eu Compro Esta Mulher, O Sheik de Agadir, À Sombra de Rebecca, A Rainha Louca, Demian, o Justiceiro, O Santo Mestiço, A Gata de Vision , e A Última Valsa. É substituída por JANETE CLAIR. FASE POPULISTA 1964 - 1975
  17. Na FASE DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, as redes se aperfeiçoam e

    começam a produzir, com maior intensidade e profissionalismo, visando inclusive a exportação. O advento da TELEVISÃO EM CORES ocorreu em 1972, sendo a transmissão inaugural realizada em Caxias do Sul (RS) na FESTA DA UVA. A Globo modificou seu MODELO DE NEGÓCIO, e anunciantes passam a comprar espaço na emissora. A renovação da teledramaturgia ocorre a partir de BETO ROCKFELLER, inaugurando uma década de telenovelas de grande sucesso. FASE DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO 1975 - 1985
  18. Em 1980, com o encerramento das atividades da TV Tupi,

    a Globo contrata grande parte de seus artistas. Ocorre a divisão de emissoras da Tupi, entre o empresário ADOLPHO BLOCH (Manchete) e o empresário e animador SILVIO SANTOS (TVS). Manchete e SBT seguem PADRÕES TECNOESTÉTICOS muito diferentes. SBT se beneficia da forte penetração da Televisa no Brasil, através da aquisição de conteúdo transnacional via planos comerciais anuais. As novelas CARROSSEL e PANTANAL foram em emblemáticos casos de luta pela audiência. FASE DA TRANSIÇÃO E DA EXPANSÃO INTERNACIONAL 1985 - 1990
  19. Os anos de 1990 estiveram marcados por dois grandes investimentos

    em INFRAESTRUTURA: a Central Globo de Produção e CDT da Anhanguera (SBT). O Brasil acompanhou o advento da TV paga e uma excessiva popularização da programação aos domingos. Na disputa, FAUSTO SILVA e AUGUSTO LIBERATO, que em diversos momentos protagonizaram episódios de banalização da imagem da mulher em seus programas. Surgiram formatos com interatividade a partir de outras plataformas, especialmente do telefone, como VOCÊ DECIDE, HUGO e MALHAÇÃO 98. FASE DA GLOBALIZAÇÃO E DA TELEVISÃO PAGA 1990 - 2000
  20. 1990 1991 1993 1994 1996 1997 1998 1999 2000 2000

    1990 1990 REPORTAGEMS SOBRE A EDITORIA DE TELEVISÃO QUE ESTAMPARAM CAPAS DA REVISTA VEJA DE 1990 A 2000
  21. VENDA INTEGRAL produto vendido a um país estrangeiro e exibido

    integralmente pela emissora adquirente. A veiculação pode ocorrer em seu idioma original ou dublado, e a dinâmica da edição pode ser alterada, atendendo às necessidades estratégicas do comprador. VENDA DE ROTEIRO a realização de uma produção nacional a partir de roteiro estrangeiro caracteriza-se como um dos mais antigos casos de transnacionalização dos produtos de teleficção. Nos primórdios da teledramaturgia, a Televisa foi a primeira rede a adquirir roteiros radiofônicos cubanos e argentinos para produzir suas telenovelas. As histórias, adaptadas e reescritas, eram adequadas ao padrão tecno-estético do grupo mexicano. VENDA DE FORMATO a venda de um projeto inclui não somente o script da telenovela, mas tudo o que diz respeito a seus feitos artísticos. O produto final resulta em um conjunto de elementos semelhantes – vestuário, trilha sonora, cenografia –, que também pode agregar características de identificação local da adquirente. MODELOS DE CIRCULAÇÃO DE CONTEÚDOS EM MERCADOS GLOBAIS
  22. Em seu advento, a internet lança uma espécie de FILOSOFIA

    HACKER como espírito de época, onde códigos abertos passam a ser manuseados por usuários avançados. Uma mistura de espírito libertador e democrático com a herança de uma imprensa alternativa, onde vozes não hegemônicas poderiam ser ouvidas. A ideia da televisão ser REGULADORA DA VIDA SOCIAL comoça a ser relativizada. Há o enfraquecimento da hegemonia informativa da TV e o início da informação descentralizada via REDES SOCIAIS DIGITAIS. FASE DA GLOBALIZAÇÃO E DA TELEVISÃO PAGA 1990 - 2000
  23. Surgem os REALITY SHOWS, que utilizam gêneros e formatos bastante

    conhecidos das audiências: TELENOVELAS, com exibição seriada e direito a final feliz, formação de casais e premiação, movimentando a expectativa da audiência; TALK SHOWS, através de comentários que os programas geram e por midiatizar familiares e amigos dos participantes; AUDITÓRIO, quando ocorre a eliminação de participantes; DOCUMENTÁRIO, a partir de relatos sobre a vida dos participantes; e TELEJORNALISMO, com “notícias” geradas em diferentes horários. FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 2000 - HOJE
  24. JOINT-VENTURE Trata-se da associação de empresas que apostam no desenvolvimento

    e execução de um projeto específico. Sua concepção difere da simples associação de dois realizadores transnacionais, uma vez que os participantes conservam suas individualidades, restringindo- se ao desenvolvimento de um projeto específico. HOLDING Trata-se de uma sociedade criada com o objetivo de administrar um grupo de empresas, sendo que suas ações majoritárias quase sempre pertencem às respectivas empresas matrizes. COPRODUÇÃO Trata-se de uma associação para o desenvolvimento de um produto audiovisual concebido por dois ou mais realizadores. TRANSNACIONALIZAÇÃO Trata-se de uma prática em ascendência no mercado audiovisual. Em geral, utiliza-se estúdios e know-how para sua viabilização. Um bom exemplo são ficções como a telenovela “Chiquititas” (SBT/Telefé), a série “Donas de Casa Desesperadas” (RedeTV/Polka/ABC) e a telenovela “Vale Todo” (Globo/Telemundo). MODELOS DE NEGÓCIO PARA PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS TRANSNACIONAIS
  25. FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 2000 - HOJE

    Os anos 2000 foram marcados por rearranjos de mercado: o MERCADO EDITORIAL sofre com a INTERNET, que também não havia encontrado um modelo de rentabilidade satisfatório. inicia-se um momento de MIGRAÇÃO PARA NOVAS MÍDIAS em busca de novas experiências. No âmbito do JORNALISMO, a versão impressa do Jornal do Brasil foi descontinuada após 119 anos em circulação, sendo substituída somente pela versão on line. A PIRATARIA já era uma realidade, fazendo cair as vendas de CDs, jornais e revistas. Artistas populares potencializam shows.
  26. PRIMEIRO NÍVEL DE INTERATIVIDADE • Possibilidade de ligar e desligar

    o aparelho • Mudança de canal (Zapping) • Controle remoto, inicialmente com fio SEGUNDO NÍVEL DE INTERATIVIDADE • Incorporação de dispositivos: videocassete, câmera, videogame • Concorrência intramídia, uma vez que a televisão passa a suportar outros dispositivos • Elevação do consumo de nicho, que pode ser escolhido pelo telespectador TERCEIRO NÍVEL DE INTERATIVIDADE • Formatos com interatividade através de telefone, e-mail, SMS, etc QUARTO NÍVEL DE INTERATIVIDADE • Reatividade e TV conectada • Possibilidade de acesso a informações complementares ao audiovisual QUINTO NÍVEL DE INTERATIVIDADE • Canal de retorno, com a possibilidade de envio de conteúdos pelo usuário • Internet em alta velocidade, possibilitando envio de conteúdos por parte do usuário NÍVEIS DE INTERATIVIDADE NA TELEVISÃO E POSSIBILIDADES DE FOMENTO À PARTICIPAÇÃO
  27. A INTERNET deslancha: há uma ampliação do acesso por progressiva

    queda do custo de computadores e de serviços para conexão; multiplicação de pontos de acesso gratuito (como em telecentros, ONGs e outras instituições comunitárias), cibercafés e pontos de conexão sem fio (wi-fi). Além disso, blogs, wikis e as tecnologias que simplificam a publicação e cooperação em rede favorecem. Desenvolvimento de interfaces simplificadas para publicação e cooperação online passam a fomentar uma CULTURA DA PARTICIPAÇÃO. FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 2000 - HOJE
  28. Há um ENRIQUECIMENTO DO TEXTO, através da possibilidade de oferecer

    informações a partir de uma estrutura hipertextual, e enriquecimento da leitura, a partir da seleção de diferentes hipertextos por parte do consumidor da notícia. Empresas jornalísticas passaram a contar com a pulverização de fontes de imagens e informações, mesmo onde não haja qualquer jornalista ou repórter fotográfico presente no local de um acontecimento. FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 2000 - HOJE
  29. FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 2000 - HOJE

    Surgem duas novas práticas de distribuição e consumo de conteúdo audiovisual. No caso do CROSSMEDIA, a partir da utilização de plataformas transversais digitais para promover conteúdos já exibidos na televisão. Já a TRANSMÍDIA possibilita a produção de conteúdos complementares aos exibidos pela TV, difundidos em diferentes plataformas e utilizando as maiores potencialidades de cada uma, o que contribui para o sucesso de uma franquia. A questão foi amplamente desenvolvida por HENRY JENKINS no livro CULTURA DA CONVERGÊNCIA.
  30. A Disney é um dos primeiros grandes conglomerados mundiais que

    passam a investir em SEGUNDA TELA. O conceito de segunda tela propõe que um dispositivo móvel — seja smartphone ou tablet — acompanhe o que se passa no televisor principal, possibilitando a interatividade. A prática é cada vez mais comum pelos usuários. Filmes como "Bambi", "Rei Leão" e "Tron: o legado" apresentaram versões com aplicativos em segunda tela. Em seguida, a série "Piratas do Caribe" também ofereceu tal recurso, disponível nas edições especiais em blu-ray. FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 2000 - HOJE
  31. Utilização de duas telas para consumo midiático. O filme holandês

    APP, de Bobby Boermans, levou o conceito para os cinemas. Antes de começar o filme, as pessoas são convidadas a baixar um aplicativo e sincronizá-lo com o que está passando na tela. Feito isso, em vários momentos o aplicativo exibe, na tela que está na mão das pessoas, cenas complementares às exibidas na tela grande. Todo o roteiro do filme foi desenvolvido para funcionar nessa combinação de primeira e segunda telas. Mas seus produtores também garantem que é possível entender a história usando somente a primeira. FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 2000 - HOJE
  32. O tão serviço de streaming de filmes e séries NETFLIX

    chegou ao Brasil em 5 de novembro de 2011. Assim como nos demais países em que oferece o serviço, era possível testá-lo durante um mês sem precisar pagar nada e a partir do segundo mês será cobrado R$ 14,99. O funcionamento do Netflix no Brasil começou similar ao estadunidense. A empresa vai contar com serviço de CDN, no qual os arquivos ficam armazenados em servidores terceirizados e que replicam o mesmo o conteúdo. A ideia é que o acesso aos vídeos seja no menor tempo possível, se possível com a menor latência possível. FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 2000 - HOJE
  33. PARTICIPAÇÃO sugere a inserção efetiva de atores sociais no processo

    produtivo, enquanto COLABORAÇÃO diz respeito ao cidadão que auxilia, como coadjuvante, oferecendo elementos necessários para que o jornalista desenvolva a notícia. O que há de novo é a PARTICIPAÇÃO EFETIVA, uma vez que sempre houve colaboração nos processos produtivos, como em reportagens que contam com a presença de especialistas. Não se pode pensar estes dois processos isoladamente, já que a participação tem sido facilitada por diferentes FERRAMENTAS COLABORATIVAS. FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 2000 - HOJE
  34. Uma pesquisa recente conclui que 88% dos internautas brasileiros assistem

    TV e navegam na internet ao mesmo tempo. É a chamada SIMULTANEIDADE. ​Segundo o IBOPE Media, o smartphone é o dispositivo mais usado (65%), seguido pelo computador (28%) e pelo tablet (8%). Ao navegarem na internet enquanto assistem TV, 72% acessam as redes sociais, 55% recorrem à internet para passar o tempo durante os comerciais, 48% resolvem outras coisas e 18% dizem que a TV não é interessante o suficiente para ter toda a sua atenção. FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 2000 - HOJE
  35. Há também 17% que assistem TV e navegam na internet

    simultaneamente para interagir com o que está acontecendo na transmissão, mesmo percentual dos que discutem com amigos sobre o programa que estão assistindo e 10% que buscam mais informações sobre um comercial que assistiram. O estudo aponta ainda que televisão e internet podem ser complementares: 96% dos internautas brasileiros já buscaram na internet algo que viram na TV. A pesquisa foi realizada em julho de 2015, com 1.004 internautas de todas as regiões do Brasil. FASE DA CONVERGÊNCIA E DA QUALIDADE DIGITAL 2000 - HOJE
  36. ANDRES KALIKOSKE [email protected] FACEBOOK.COM/KALIKOSKE REFERÊNCIAS BOLAÑO, César. Mercado brasileiro de

    televisão. 2. ed. EDUC/UFS: São Paulo/Aracaju, 2004. BOLAÑO, César; BRITTOS, Valério. A televisão brasileira na era digital: exclusão, esfera pública e movimentos estruturantes. São Paulo: Paulus, 2007. BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. Uma história social da mídia: de Gutemberg à internet. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. CANCLINI, Néstor García. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EDUSP , 1997. CAPPARELLI, Sérgio. Economia Política da paixão pela pesquisa. In: Contribuições brasileiras ao pensamento comunicacional latino-americano: Décio Pignatari, Muniz Sodré, Sérgio Capparelli. São Bernardo do Campo: Metodista, 2001. CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2003. CASTRO, Cosette (Coord.). Industrias de contenidos em Latinoamérica. Informe sobre industrias creativas en América Latina y Caribe. Documento de Grupo de Trabajo eLAC2007. Disponível em: <http://www.razonypalabra.org.mx/libros/libros /Gdt_eLAC_meta_13.pdf>. Acesso em: 8 jan. 2012. CRUZ, Renato. TV digital no Brasil: tecnologia versus política. São Paulo: Senac, 2008. GILLMOR, Dan. Nós, os media. Lisboa: Presença, 2005. JAMBEIRO, Othon. A TV no Brasil do século XX. Salvador: UFBA, 2001. JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2 ed. São Paulo:Aleph, 2009. LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola, 2000. MATTELART, Armand. Comunicação-mundo: história das idéias e das estratégias. Petrópolis: Vozes, 1994. MAZZIOTTI, Nora. Telenovela: industria y prácticas sociales. Bogotá: Norma, 2006. WOLTON, Dominique. Elogio do grande público: uma teoria crítica da televisão. São Paulo: Ática, 1996.