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A sSciPy LinAlg

A sSciPy LinAlg

Veja a apresentação!

Paulo Bordoni

June 06, 2016
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Transcript

  1. Aulas atrás, estudamos o básico da NumPy e da MatPlotLib.

    Iniciaremos agora nosso estudo da SciPy – Scientific Python.
  2. E o que é, precisamente, Computação Científica Mestre? É o

    que você aprenderá ao longo deste curso, Loirinha. Vou começar pelo aspecto histórico!
  3. Nosso Mestre já citou Maple, Mathematica e MatLab. Como ele,

    a Wikipedia também indica Python e SciPy!
  4. O 2º que separeifoi o site da INTEL de HPC.

    HPC é High Performance Computation
  5. A SciPy está em 5º lugar na lista. E é

    reconhecida como uma biblioteca fundamental para computação científica! É com ela que trabalharemos Galileu. Atualíssima, veja a seguir:
  6. A SciPy Latin America 2016 será em Florianópolis agora de

    16 à 20 de maio. Não perca essa chance!
  7. E agora todos os tópicos tratados na Referência, na última

    versão da SciPy: Assinalei os sub- pacotes que estudaremos.
  8. Vou buscar com Google, Galileu! Surfista, antes disso, para chegarmos

    preparados, faça uma busca na Internet por Álgebra Linear Computacional.
  9. Não deixem de olhar as listas indicadas de software de

    análise numérica e de bibliotecas numéricas. Muita indicações importantes nesta dica!
  10. As primeiras estações da ferrovia, antes de Hogwarts, são paradas

    obrigatórias, chamadas BLAS, LAPACK e NETLIB. Temos que desembarcar para conhecê-las.
  11. A Estações da Luz e a Júlio Prestes, na cidade

    de São Paulo. Hoje também são a sede do Museu da Língua Portuguesa e da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, OSESP.
  12. • BLAS: Basic Linear Algebra Subprograms, • LAPACK: Linear Algebra

    Package. Repetindo: BLAS e LAPACK, bibliotecas altamente otimizadas que implementam os algoritmos básicos de Álgebra Linear Computacional.
  13. Este é o principal repositório de software científico que a

    comunidade científica mundial dispõe:
  14. Sim, Surfista. Clicando num link, somos encaminhados para a rotina

    correspondente na LAPACK. O código está em FORTRAN.
  15. Agora vamos à biblioteca do Castelo de Hogwarts. É lá

    que encontraremos o Tutorial da scipy.linalg.
  16. Marquei o motivo para usar a linalg da SciPy. Mas

    já tem linalg na NumPy. Por quê repetir?
  17. A estrutura do tutorial Linear Algebra é a seguinte: Álgebra

    linear Apresentação Rotinas básicas Decomposições Funções matriciais Matrizes especiais
  18. Os tópicos em rotinas básicas são : Rotinas básicas Achando

    a inversa Resolvendo sistemas lineares Achando o determinante Calculando normas Resolvendo problemas lineares de mínimos quadrados e pseudo-inversas Inversa generalizada Vamos começar pelos determinantes.
  19. O texto é um resumo da “Leitura adicional” ao final

    deste con junto de transparências.
  20. Indo ao Reference Guide do pacote Linear Algebra, em Basics,

    vamos encontrar os detalhes para usar a função. Os Mestres já provaram que o cálculo de determinantes é inviável, na prática. Então, como o pacote scipy faz isto?
  21. E a resposta à tua pergunta está ao pé da

    página Loirinha: por outro algoritmo. A utilização da função det( ) é trivial.
  22. Os Mestres já ensinaram a fatoração PLU na aula passada!

    Insisto: Ela algo tão importante e fundamental em Álgebra linear computacional como respirar é para a vida!
  23. Neste programa entramos com uma matriz A, via teclado, e

    em seguida chamamos a função det(A).
  24. Voltando às rotinas básicas da Scipy, vejamos o que há

    no tópico “Calculando normas”. Rotinas básicas Achando a inversa Resolvendo sistemas lineares Achando o determinante Calculando normas Resolvendo problemas lineares de mínimos quadrados e pseudo-inversas Inversa generalizada
  25. Por enquanto, vamos examinar apenas as normas vetoriais. Veremos as

    normas matriciais mais adiante. Para elas precisaremos de um pouco mais de teoria. É importantíssimo observar que todas aquelas cujo parâmetro ord é negativo não são normas.
  26. Surfista, apresente alguns contra-exemplos que justifiquem a última afirmação do

    Mestre! Quando ord = inf temos a norma do máximo. Para ord = 1 temos a norma da soma e para ord = 2 temos norma euclidiana. Elas são anotadas ∞ , 1 e 2 respectivamente. As outras são anotadas , ( = ).
  27. Já provamos que 2 = 1 2 + 2 2

    + ⋯ + 2 define uma norma. A verificação que 1 = 1 + 2 + ⋯ + é uma norma é óbvia. Da mesma forma, a comprovar que ∞ = max{ 1 , 2 , ⋯ , } define uma norma também é fácil.
  28. Para prová-la precisamos da desigualdade de Hölder: , ≤ ′

    com ′ = −1 . A dificuldade para provar que = |1 | + |2 | + ⋯ + | | é uma norma está na desigualdade triangular: + ≤ + . Ela é conhecida na literatura como desigualdade de Minkowski.
  29. Observem que a desigualdade de Hölder desempenha um papel análogo

    ao da desigualdade de Cauchy-Schwarz. Não vamos provar nenhuma das duas. Porém, se você estiver interessado, Surfista, já sabe as palavras-chave para buscar as demonstrações.
  30. Mestre, parece que os valores numéricos das normas estão tendendo

    ao valor da ∞ ! É verdade minha filha. Prove que para ∀ ∈ ℝ temos lim →∞ = ∞
  31. 1 y x A bola unitária no espaço euclidiano ℝ

    é o conjunto 2 = ∈ ℝ | 2 ≤ 1 . Ela descreve o conjunto 2 + 2 + 2 ≤ 1, que nossa intuição entende por uma bola (de futebol) no espaço euclidiano ℝ3. No plano seria como um CD (dos Beatles).
  32. 1 1 -1 -1 y x A bola unitária no

    espaço ℝ com a norma da soma é o conjunto 1 = ∈ ℝ | 1 ≤ 1 . No ℝ2 ela corresponde ao conjunto definido pela desigualdade + ≤ 1, mostrado na figura.
  33. 1 1 -1 -1 y x A bola unitária no

    espaço ℝ com a norma do máximo é o conjunto ∞ = ∈ ℝ | ∞ ≤ 1 . No ℝ2 ela corresponde ao conjunto definido pela desigualdade max{ , } ≤ 1, mostrado na figura.
  34. Surfista, não vá jogar bola com 1 ou ∞ .

    Você pode se machucar! É, são bolas que escapam da nossa intuição euclidiana.
  35. Este livro é o clássico dos clássicos sobre álgebra linear

    computacional. Vamos até reproduzir seu Sumário.
  36. São livros de cabeceira para quem for fazer pós-graduação em

    computação científica, matemática aplicada ou análise numérica.
  37. O conteúdo desses dois livros é a definição mais apropriada

    de Álgebra linear computacional. Invista em você. Adquira os dois livros!
  38. O conceito de função é, com certeza, o mais importante

    da matemática. Elas são o objeto do Cálculo diferencial e integral. Em particular, vamos considerar funções de um espaço vetorial U em um outro espaço vetorial V : : → , ∈ ⟼ = () ∈ .
  39. Em outras palavras, funções : → tais que: • +

    ⟼ ( + ) = + , • ⟼ = (). Tais funções recebem o nome especial de transformações lineares. Particularizando ainda mais: funções : → de um espaço vetorial U para outro V que preservam as operações nativas de U e V.
  40. = A ℝ ℝ Matrizes × definem transformações lineares de

    ℝ em ℝ através da multiplicação matriz x vetor. Uma matriz 3 x 4 define uma transformação linear ∶ ℝ4 → ℝ3, através da multiplicação: 1 2 3 = 11 12 13 14 21 22 23 24 31 32 33 34 1 2 3 4
  41. Lembrem-se que: Se A é uma matriz m x n

    então: • + = + , ∀, ∈ ℝ • = , ∀ ∈ ℝ , ∀ ∈ ℝ Que são as condições de linearidade.
  42. Um exemplo simples de ℝ2 em ℝ2 é 1 2

    ⟼ 1 2 = −1 2 2 −3 1 2 que corresponde ao par de igualdades ቊ 1 = −1 + 22 2 = 21 − 32
  43. As equações correspondentes são ቊ 1 = 1 2 =

    −2 . Vemos que ela mantém a 1ª coordenada e troca o sinal da 2ª coordenada. Em outras palavras, realiza uma reflexão no eixo-x. A matriz = 1 0 0 −1 aplicada num vetor X fornece : 1 2 ⟼ 1 2 = 1 0 0 −1 1 2
  44. O programa a seguir mostra a ação de uma matriz

    M sobre um vetor . Ele permite escolher a matriz M e o vetor .
  45. Uma execução do programa. Em azul temos o vetor e

    em vermelho o vetor = X Vemos claramente que M realiza uma reflexão no eixo-x.
  46. O programa da próxima transparência permitirá a visualização da ação

    de uma matriz M qualquer sobre um triângulo ABC escolhido livremente. Mostraremos alguns exemplos com diferentes matrizes M. Surfista, faça outros exemplos exploratórios.
  47. O programa a seguir mostra a ação de uma matriz

    M de ordem 2 sobre um triângulo ABC.
  48. Comecemos conferindo que a matriz = 1 0 0 −1

    do exemplo anterior efetua uma reflexão entorno do eixo-x.
  49. Entretanto a vizualização da ação da matriz = 0.5 0

    0 1.5 sobre o triângulo azul não conduz a conclusões evidentes.
  50. Já usando um triângulo com um lado paralelo ao eixo-x

    e outro paralelo ao eixo- y percebemos que M efetua uma contração no eixo-x e uma dilatação no eixo-y.
  51. A matriz M definida por = cos() −() () cos()

    , quando aplicada num vetor v efetua uma rotação de ângulo no sentido horário em v. Isto é, se = então o ângulo entre v e u, medido de v para u é de radianos.
  52. Fiz um programa que recebe um quadrado arbitrariamente escolhido e

    gira-o no sentido horário de uma quantidade escolhida de graus..
  53. Uma rotação de 45º e outra de 90º. Notem que

    na rotação a norma dos vetores (e portanto dos objetos construídos com eles) permanece inalterada.
  54. x x I A matriz identidade I é uma matriz

    quadrada de ordem n com 1’s na diagonal e 0’s fora dela. A identidade, como transformação linear não faz nada! ℝ ℝ I x = x
  55. Uma matriz M muito próxima da identidade = 1 0

    0 1 . Se M fosse a identidade I veríamos apenas o triângulo rosa, cobrindo o azul.
  56. x y A z B ℝ ℝ ℝ BA O

    produto BA de uma matriz B por uma matriz A corresponde à aplicação linear composta de A seguida por B:
  57. Lembrem-se que a multiplicação de matrizes não é comutativa. Na

    aula passada exibimos um programa que mostra que, usualmente, ≠ . Por exemplo, para = 1 2 1 2 e = −1 1 1 −1 temos = 1 −1 1 −1 e = 0 0 0 0 .
  58. A inversa de uma matriz quadrada A de ordem n

    é uma matriz quadrada B de ordem n tal que ∙ = ∙ = Existem matrizes que não possuem inversa – são não-inversíveis. Uma matriz não possui mais que uma inversa. Além disso, a inversa da inversa é a própria!
  59. Prova-se que A é inversível quando, e apenas quando, é

    não-singular, i.é, det() ≠ 0 Entretanto, verificar se det() ≠ 0 para saber se A é inversível é uma técnica nunca utilizada em Álgebra linear computacional.
  60. x y A A-1 ℝ ℝ x y A x

    A-1 ℝ ℝ ℝ I Pela própria definição, a inversa A-1 de uma matriz A , quando considerada como aplicação linear, desfaz a ação de A.
  61. Voltando às rotinas básicas do foquemos nossa atenção no tópico

    “Achando a inversa”. Rotinas básicas Achando a inversa Resolvendo sistemas lineares Achando o determinante Calculando normas Resolvendo problemas lineares de mínimos quadrados e pseudo-inversas Inversa generalizada
  62. Vejam a ação de uma matriz não-inversível M sobre um

    triângulo: Não há como desfazer a ação da M sobre o trtiângulo!
  63. Pedi ao Mestre para fazer um programa parecido àquele que

    mostra o efeito visual da ação de uma matriz num triângulo. Mas para a matriz inversa! Ele fará Loirinha, você é a queridinha dele!
  64. Verificando as ações de uma matriz e sua inversa, como

    transformações lineares. O deslocamento é um artifício para enxergarmos o efeito da inversa (em verde).
  65. Toda esta recordação sobre o efeito sobre polígonos das transformações

    lineares associadas às matrizes será utilizada na próxima aula!