de cultura é o antropólogo estadunidense Lewis Morgan (1818-1881), principal expoente do evolucionismo cultural. A cultura, na compreensão de Morgan, deve esmiuçar o desenvolvimento humano, buscando compreender os caminhos percorridos pelo homem “primitivo”. Nesse sentido, em “A sociedade antiga”, de 1877, o antropólogo oferece uma minuciosa classificação das etapas da civilização, concebendo os seguintes estágios: 1) status inferior de selvageria, 2) status intermediário de selvageria, 3) status superior de selvageria, 4) status inferior de barbárie, 5) status intermediário de barbárie, 6) status superior de barbárie e, por fim, 7) status de civilização. Sua concepção universalista, hoje defasada, considera que “em todas as partes do mundo, a sociedade humana teria se desenvolvido em estágios sucessivos e obrigatórios, numa trajetória basicamente unilinear e ascendente”, sendo que, “toda a humanidade deveria passar pelos mesmos estágios, seguindo uma direção que ia do mais simples ao mais complexo, do mais indiferenciado ao mais diferenciado” (CASTRO, 2005, p. 28).