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Relatório | Série "10 anos depois"

Relatório | Série "10 anos depois"

A Lei nº 12.711/12, que estabelece a reserva de percentual de vagas em instituições de ensino federais para grupos social e historicamente excluídos, completou 10 anos em 2022.

A partir deste contexto, a Série "10 anos depois" apresenta cinco episódios — no formato áudio e vídeo — de entrevistas com pessoas pesquisadoras e ativistas que produzem e compartilham conhecimento e inquietações a respeito da inserção e permanência de pessoas destes grupos em ambientes acadêmicos.

Este trabalho, contemplado na chamada pública “O papel da ciência no Brasil de amanhã” (2022), recebeu apoio do Instituto Serrapilheira.

Instituto Sumaúma

June 21, 2023
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  1. Uma série no formato podcast e vídeocast sobre os 10

    anos da Lei de Ações Afirmativas em instituições de ensino público (Lei n.º 12.711/12).
  2. Quem Somos O Instituto Sumaúma é um centro de formação,

    pesquisa e assessoria focado no desenvolvimento de carreiras acadêmicas de pessoas negras, indígenas e/ou periféricas. A organização também executa projetos de comunicação e divulgação científica, sobretudo a partir da produção e das demandas coletivas destes grupos sociais. Estruturado como uma associação, o Instituto Sumaúma é uma organização sem fins lucrativos, orientada ao impacto social e com princípios organizacionais que dialogam com os seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Educação de Qualidade (04), Igualdade de Gênero (05), Trabalho Decente e Crescimento Econômico (08), Redução das Desigualdades (10), Paz, Justiça e Instituições Fortes (16) e Parcerias e meios de implementação (17).
  3. Série “10 anos depois” A Lei nº 12.711/12, que estabelece

    a reserva de percentual de vagas em instituições de ensino federais para grupos social e historicamente excluídos, completou 10 anos em 2022. A partir deste contexto, a Série "10 anos depois" apresenta cinco episódios — no formato áudio e vídeo — de entrevistas com pessoas pesquisadoras e ativistas que produzem e compartilham conhecimento e inquietações a respeito da inserção e permanência de pessoas destes grupos em ambientes acadêmicos. Este trabalho, contemplado na chamada pública “O papel da ciência no Brasil de amanhã” (2022), recebeu apoio do Instituto Serrapilheira.
  4. Objetivos & Episódios Tivemos como orientação do projeto a seguinte

    questão: Quais foram os impactos nos mais variados âmbitos sociais, as melhorias necessárias e as perspectivas de futuro dessa importante ferramenta de democratização do acesso ao campo acadêmico e geração de conhecimento? Para respondê-la e provocar novas questões, produzimos cinco episódios de conversas com especialistas que tiveram como temas centrais e transversais: heteroidentificação, permanência, pessoas indígenas e com deficiência, egressos e acolhimento.
  5. Participantes No primeiro episódio conversamos com o Professor Juarez Tadeu

    de Paula Xavier que é ativista antirracista, Jornalista (PUC/SP), Mestre e Doutor em Ciências da Comunicação (USP). Docente na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Vice-Diretor da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (Faac/Unesp/Bauru) e do Fórum das Vice-Direções da Universidade Estadual Paulista. Juarez também é membro do Grupo de Pesquisadores da Cátedra Otávio Frias Filho de Estudos em Comunicação, Democracia e Diversidade e representante da UNESP no Conselho Municipal de Cultura de Bauru. Na atuação com o tema ações afirmativas é membro da Comissão de Heteroidentificação e Presidente da Comissão Permanente de Permanência Estudantil, na UNESP.
  6. Participantes No segundo episódio conversamos com a Professora Myrt Cruz

    que é Psicóloga, Doutora em Ciências Sociais: Antropologia e Mestre em Psicologia Social pela PUC de São Paulo. Myrt é Professora Assistente Doutora da Área de Gestão de Pessoas do Departamento de Administração e Diretora Adjunta da FEA- PUC/SP. Além disso, também desenvolve pesquisa, ensino, extensão e consultoria empresarial nas temáticas ligadas ao mundo do trabalho, em especial na saúde do trabalhador, burnout, psicodinâmica do trabalho, gestão da diversidade, gestão de pessoas e racismo no ambiente de trabalho. Recentemente a professora Myrt co-organizou e lançou o livro Permanência e pós-permanência de jovens negras e negros no ensino superior: caminhos para a equidade étnico-racial que conta com artigos de diversas pesquisadoras e pesquisadores.
  7. Participantes O terceiro episódio é uma conversa de muito aprendizado

    com Sol Terena, uma mulher indígena da etnia Terena, ativista e empreendedora. Sol estuda Direito na Universidade Mackenzie, é técnica em Biblioteconomia e trabalha na biblioteca da instituição onde cursa a graduação. Criou o projeto Grafismo Indígena e trabalha com pintura corporal entre povos tradicionais e é co-fundadora do Coletivo Acessibilindigena junto com outras mulheres indígenas com deficiência. Entre os temas abordados neste episódio estão o movimento de retomada, pessoas indígenas no ambiente universitário, acessibilidade e a importância da lei de cotas para os povos indígenas.
  8. Participantes O quarto episódio é com a Professora Regimeire Maciel,

    que é graduada em Ciências Sociais (UFMA), Mestra e Doutora em Ciências Sociais pela PUC/SP. É professora adjunta do Bacharelado em Políticas Públicas e do Programa de Pós-graduação em Economia Política Mundial da Universidade Federal do ABC (UFABC) e coordenava, até então, o Núcleo de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros (NEAB) da mesma instituição. Atualmente é vice-coordenadora do Comitê de Pesquisa em Gênero e Sexualidade da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS). Tem atuado, principalmente, nos seguintes temas: relações raciais no Brasil; políticas públicas de ação afirmativa; estudos de gênero; e feminismo negro.
  9. Participantes No último episódio conversamos com Glaucia Verena, Fonoaudióloga, Mestre

    e Doutoranda pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Especialista em Voz pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, CEO da LabVoz e fundadora do Núcleo Ayé – o primeiro coletivo negro da faculdade de medicina da USP. No encerramento da Série ’10 anos depois’ a nossa conversa tratou de saúde da população negra, acolhimento no ambiente universitário e cotas na USP.
  10. Os cinco episódios foram disponibilizados no Youtube (videocast) e nas

    plataformas de áudio Spotify, SoundCloud e Google Podcast. 9.550 Visualizações no Youtube 789 Reproduções nas plataformas de áudio 275 Horas de exibição no Youtube Período de análise: 12/12/2022 à 30/03/2023
  11. Estratégia de Comunicação A estratégia de comunicação foi desenvolvida a

    partir de seis pilares e seus respectivos objetivos levando em consideração impactos de curto, médio e longo prazo: 1. Redes Sociais >> alcance e disseminação 2. Mídia Paga >> alcance e disseminação 3. Influenciadores / Autoridades >> alcance e disseminação 4. Blog >> registro e memória 5. Assessoria de Imprensa >> comunicação de interesse público 6. E-mail Marketing >> relações institucionais
  12. Redes Sociais A estratégia de comunicação nas redes sociais teve

    como objetivo disseminar o conteúdo sobre o podcast para o maior número de pessoas possível. As publicações tiveram início em 8 de Dezembro e até o dia 10 fizemos o pré-lançamento abordando a lei, suas especificidades e impactos, bem como comunicando o lançamento oficial da série. No dia 11 publicamos o teaser no formato vídeo com trechos dos episódios e o lançamento do primeiro ep ocorreu no dia 12. Entre os dias 12 e 22 de Dezembro publicamos a comunicação de cada episódio mais um destaque ou anúncio dos próximos. Entre os dias 23 de Dezembro de 2022 até 6 de Fevereiro de 2023 executamos a comunicação de sustentação relembrando destaques de cada episódio. Ainda estão previstos para o primeiro semestre de 2023 a publicação de 10 cortes no formato vídeo nas plataformas de redes sociais e no Youtube.
  13. Redes Sociais | Resultados 127.101 pessoas alcançadas e 4.016 engajadas

    (orgânico*) no Instagram 1.061 pessoas alcançadas e 114 engajadas no Facebook 172.550 visualizações de conteúdo e 2.178 engajadas no Twitter 1.737 visualizações de conteúdo e 326 pessoas engajadas no LinkedIn * Houve mídia paga no Instagram, os resultados estão na seção correspondente. Período de análise: 12/12/2022 à 30/03/2023
  14. Mídia Paga A estratégia de comunicação com Mídia Paga se

    deu no Instagram e no Youtube e teve como objetivo disseminar os conteúdos para o maior número de usuários possível de acordo com a verba aplicada. No Instagram impulsionamos as cinco publicações que tratam diretamente dos episódios e no Youtube cada um dos episódios. Exemplo dos conteúdos impulsionados no Instagram Vídeos impulsionados no Youtube
  15. Mídia Paga | Resultados Youtube Campanha Tipo de campanha Impressões

    Visualizações Série ‘10 anos depois’ | Sol Terena fala de pessoas indígenas Vídeo 8.507 571 Série ‘10 anos depois’ | Myrt Cruz fala de permanência Vídeo 4.316 533 Série ‘10 anos depois’ | Juarez Xavier fala de heteroidentificação Vídeo 322.674 7.271 Série ‘10 anos depois’ | Glaucia Verena fala de acolhimento Vídeo 516 57 Série ‘10 anos depois’ | Regimeire Maciel fala de egressos Vídeo 3.094 368 339.107 8.800
  16. Mídia Paga | Resultados Instagram Publicação Alcance Engajamento Chegamos ao

    final dessa jornada pelos desafios e impactos dos 10 anos de vigência da Lei de Cotas… 29.064 285 No quarto episódio da série "10 Anos Depois", batemos um papo com Regimeire Maciel (@regimeire.maciel ) Professora e coordenadora do Núcleo de Estudos… 29.225 323 Hoje, 16/12, continuamos a nossa caminhada pelos desafios e impactos dos 10 anos de vigência da Lei de Cotas… 37.792 302 Hoje, 14/12, continuamos a nossa caminhada pelos desafios e impactos dos 10 anos de vigência da Lei de Cotas… 28.569 253 Começamos hoje, 12/12, a nossa caminhada pelos desafios e impactos dos 10 anos de vigência da Lei de Cotas. Está no ar… 27.385 260 152.035 1.423
  17. Influenciadores / Autoridades A estratégia de comunicação com influenciadores e

    autoridades teve como objetivo pulverizar o lançamento da série para o maior e mais diversificado público possível. Para tanto, elaboramos uma lista de influenciadores creators, artistas, pesquisadores, professores e militantes de diversas temáticas. A partir disso, tanto no Twitter quanto no Instagram essas diversas figuras públicas foram mobilizadas via contato estratégico e convidadas a compartilhar o conteúdo. No Twitter optamos por publicar o material sobre o podcast no formato Thread, assim o conteúdo também assume um aspecto de memória, pois é o registro de todos os links e discussões sobre o tema no mesmo fio.
  18. Emicida (Rapper) Caíto Mainier (Roteirista, Ator e Diretor) Clara Averbuck

    (Escritora) Raquel Recuero (Pesquisadora e Professora na UFPel e UFRGS) Mariana Valente (Diretora no Internet Lab) Tati Nefertati (Militante) A ação com influenciadores e autoridades no Twitter foi centrada no primeiro Tweet sobre o podcast e buscou o engajamento de pessoas com grande alcance e de nichos variados. Entre as pessoas com esse perfil que engajaram estão: Emicida, Raquel Recuero, Clara Averbuck, Caíto Mainier, Mariana Valente, Tati Nefertati, Mariana Belmonte, Fernanda Bruno, Pedro Barciela, Tarcízio Silva, Buba Aguiar, Leandro Santos, Luana Carvalho, Joel Luiz, Guilherme Felitti, Fábio Kabral, Déia Freitas (Não Inviabilize), entre outros.
  19. Influenciadores | Resultados O primeiro Tweet, foco na estratégia com

    influenciadores e pessoas relevantes, teve como métricas: 249 Like 123 Retweets 04 Comentários 88.546 Impressões Período de análise: 12/12/2022 à 30/03/2023
  20. Blog A estratégia de comunicação no Blog teve como objetivo

    centralizar o registro e a memória das principais informações da série, de cada episódio, dos convidados, temas abordados, links, apoio financeiro e a ficha técnica da equipe. Em um único link é possível acessar todos os episódios e demais publicações relacionadas.
  21. Blog | Resultados Página Visualizações de Página Série ’10 anos

    depois’ Ep. 01 com Juarez Xavier 159 Série ’10 anos depois’ Ep. 02 com Myrt Cruz 13 Série ’10 anos depois’ Ep. 03 com Sol Terena 33 Série ’10 anos depois’ Ep. 04 com Regimeire Maciel 43 Série ’10 anos depois’ Ep. 05 com Glaucia Verena 61 Categoria Série ’10 anos depois’ 502 Total: 811 Período de análise: 12/12/2022 à 30/03/2023
  22. Assessoria de Imprensa A estratégia de comunicação na Assessoria de

    Imprensa teve como objetivo comunicar o tema enquanto interesse público, uma vez que se trata de uma lei e uma política pública que beneficia toda a sociedade. Para tanto, produzimos e enviamos release para uma lista mista de veículos e profissionais de comunicação. Release sobre o lançamento
  23. Entre as inserções na mídia estão: Notícia Preta Notícia Preta

    (Divulgação) Alma Preta (Divulgação) Jornal do Rap Todos os Negros do Mundo Observatório do Terceiro Setor Rádio Cidadã FM Blog do Negro Nicolau Rádio Brasil Atual (Áudio) Assessoria de Imprensa | Resultados
  24. E-mail Marketing A estratégia de comunicação com a ferramenta de

    E-mail Marketing teve como objetivo comunicar a série para um público que já se relacionava com a organização ou com interesse de atuação similar. A lista de leads foi composta por: Organizações da Sociedade Civil, Organizações e pessoas da Academia, Parceiros e Tutorandos e inscritos de todas as edições do Curso Preparatório, totalizando 1.540 contatos.
  25. E-mail Marketing | Resultados 7.481 Leads selecionados 6.796 Entregues 2.2866

    Aberturas únicas 215 Cliques únicos Período de análise: 12/12/2022 à 30/03/2023
  26. Produção & Gravações A produção da Série "10 anos depois"

    teve início no mês de Agosto de 2022 com o planejamento estratégico, tático e operacional, curadoria de participantes, convites, entrevistas, cotações e definição da equipe de prestadores de serviços. As gravações ocorreram no formato presencial entre os meses de Novembro e Dezembro de 2022. Foram cinco diárias contratadas no estúdio da Casa PretaHub, na cidade de São Paulo/SP.
  27. Equipe & Cadeia Produtiva O Instituto Sumaúma preza pela economia

    colaborativa e com o compromisso de contratar serviços e/ou produtos de prestadores, empresas e coletivos formados por maioria de pessoas que são de grupos social e historicamente excluídos e/ou que também partilham dessa premissa. Neste projeto contribuíram cerca de 20 pessoas (direta ou indiretamente) compondo uma equipe majoritariamente de pessoas negras, mulheres, pessoas LGBTQI+, periféricas, mães e outras interseccionalidades. Além disso, buscamos inter-relacionar projetos, dessa forma tivemos a participação de duas alunas advindas do Curso Preparatório para Seleções de Pós-graduação na equipe de produção e pesquisa, assim elas tiveram a oportunidade de vivenciar e conhecer aspectos do ambiente acadêmico que almejam ingressar.
  28. Equipe & Cadeia Produtiva Taís Oliveira Coordenação Geral Instituto Sumaúma

    Natane Santos Pesquisa Juliane Sousa Roteiro e Apresentação Juliana Vieira Design e Identidade Visual Coletivo Brazuca Girls Produção, Captação e Edição Aluga Quebrada Apoio em estúdio Interprêta Interpretação de Libras Agência Elo Negro Redes Sociais e Assessoria de Imprensa Casa PretaHub Áudio e Estúdio Suellen Costa Produção Diego Galofero Comunicação Instituto Sumaúma
  29. Próximos passos Em relação a esta temporada da Série ‘10

    anos depois’, pretendemos ainda: • Publicar os cortes dos episódios no Instagram e Youtube; • Convidar colunistas de variados veículos de comunicação para comentar sobre a Lei de Ações Afirmativas a partir da série; • Desenvolver um documento com o levantamento teórico desenvolvido para basear o trabalho, bem como as indicações de leitura, músicas, filmes, autores, projetos e outros materiais de comunicação do conhecimento mencionados pelos convidados; • Executar estratégia de comunicação para disseminar o documento; • Realizar um evento (live) de lançamento deste documento.
  30. Próximos passos Já em relação ao formato podcast e videocast

    da Série ‘10 anos depois’, nós pretendemos realizar a segunda temporada, dessa vez as entrevistas serão com cotistas. O objetivo é compreender a partir do ponto de vista dos beneficiários da lei de cotas: Quais foram os impactos nos mais variados âmbitos sociais, as melhorias necessárias e as perspectivas de futuro dessa importante ferramenta de democratização do acesso ao campo acadêmico e geração de conhecimento. Estamos ativamente captando novos recursos para projetos e desenvolvimento institucional, mas neste momento nós não temos verba para o desenvolvimento da segunda temporada da Série ‘10 anos depois’. Caso não consigamos novos recursos ou não tenha continuidade do apoio do Instituto Serrapilheira, aguardaremos viabilidade de execução.
  31. Considerações Em relação aos objetivos iniciais, consideramos o desempenho do

    projeto positivo pois entregamos o compromisso firmado e o processo nos proporcionou diversas experiências do processo que são aprendizados enquanto cidadãos e como organização. Acreditamos que o legado para o Instituto Sumaúma é: primeiramente um material de comunicação científica que pode ser acessado (dentro das possibilidades) por uma variedade de pessoas interessadas no desenvolvimento da sociedade no que tange o tema da educação e do conhecimento. Em segundo lugar, também consideramos um legado ter um produto técnico que atesta nossa competência em desenvolver projetos alinhados aos nossos princípios organizacionais e à nossa capacidade estrutural. Já para o público alvo, consideramos como legado um riquíssimo debate sobre a Lei de Ações Afirmativas, sobretudo por ser um debate estabelecido a partir de perspectivas de raça, gênero, território e acessibilidade. A série oferece um denso arcabouço para uma profunda análise do que já foi conquistado e em quais aspectos é necessário avançar e ampliar a execução e consequentemente o impacto desta política pública.
  32. Considerações A respeito dos acontecimentos, aprendizados e adaptações que ocorreram

    durante o projeto, ao revisitar o planejamento percebemos a necessidade de inserir novas etapas e demandas. Dessa forma, tivemos que estabelecer prioridades e fazer escolhas em relação à primeira proposta. Fizemos ajustes como: diminuir equipe, alterar algumas remunerações (sem comprometer a dignidade e respeitando a viabilidade dos serviços de acordo com orçamento do prestador) e diminuir o impulsionamento da comunicação. Todavia, esses ajustes foram necessários para garantir alimentação, deslocamento e aquisição de livros que não estavam previstos anteriormente. Além desses, o ajuste que definiu o novo escopo financeiro e de execução foi a inclusão de intérpretes de libras. Nós temos ocompromisso organizacional de entregar materiais que contemplem o mais diverso público de grupos social e historicamente excluídos possível. Portanto, além de falar sobre pessoas com deficiência no episódio 3 com a Sol Terena, nós também gostaríamos que esta comunicação científica falasse com pessoas com deficiência. Então, optamos por incluir no projeto a tradução de libras em detrimento de outros elementos.
  33. Considerações Ainda sobre acontecimentos, aprendizados e adaptações, gerenciar a produção

    tática e operacional foi uma demanda particularmente* desafiadora, principalmente por envolver um grande número de pessoas e suas respectivas disponibilidades e indisponibilidades. Mas apesar de alguns contratempos administráveis, tudo ocorreu como planejado, dentro do prazo e orçamento. Outro aspecto muito interessante e satisfatório da produção tática e operacional foi estar em estúdio, acompanhar e colaborar com a equipe de áudio e vídeo, conversar com as pessoas convidadas e principalmente aprender muito em cada episódio. * Taís Oliveira | Coordenação Geral
  34. Considerações Sobre convites para eventos, recentemente participamos de uma roda

    de conversa sobre Meninas e Mulheres na Ciência no projeto Emprega Comunidades que está alocado dentro do Galpão do G10 Favelas na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo. Este convite veio por meio do conhecimento sobre a série nas redes sociais. Um dos nossos públicos prioritários são pessoas advindas ou moradoras de periferia. Por tanto, para nós foi uma honra poder dialogar presencialmente com cerca de 50 pessoas entre plateia e trabalhadores, empreendedores e moradores da comunidade que estavam no local no momento e que também puderam ouvir a respeito de uma discussão tão socialmente importante, mas devido à exclusão estrutural parece não pertencer também ao povo periférico. Na ocasião, o evento foi transmitido ao vivo pelo Instagram do Emprega Comunidades e a Diretora Executiva Taís Oliveira deu entrevista ao jornal impresso e para a Web TV do território.
  35. Considerações Ainda sobre eventos, fomos convidados para uma mesa na

    residência de pesquisa intensiva Conscientizações Críticas Tecnológicas (Con/Crit/Tec) organizada pelo Center for Arts, Design, and Social Research (CAD+SR/USP). O convite nos endereça para falar a respeito de como os trabalhos recentes do Instituto Sumaúma se relacionam com a inserção, desenvolvimento e impacto social numa perspectiva de conscientização crítica do fazer ciência, produzir e compartilhar conhecimento. Na mesa possivelmente também estarão Fernanda Bruno (UFRJ), Sumugan Sivanesan (Artista e Pesquisador Malásio) e Giselle Beiguelman (USP).
  36. Considerações Por fim, avaliamos que nesta primeira fase, o investimento

    do Instituto Serrapilheira foi muito importante para: • Apoiar uma contribuição inovadora e contemporânea no debate público sobre o acesso e permanência de pessoas de grupos social e historicamente excluídos em ambientes institucionais de produção e compartilhamento de conhecimento; • Viabilizar uma produção comprometida com a qualidade, com o rigor científico e com a dignidade de todas as pessoas envolvidas no processo; • Viabilizar uma produção que tem potencial de contribuir em diversos âmbitos da sociedade, como em melhoria de políticas públicas, referência para pesquisadores, conhecimento sobre a lei de cotas, entre outras possibilidades; • Colaborar no desenvolvimento institucional da organização; • Viabilizar a economia colaborativa na cadeia produtiva da série.