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Ócio Criativo

Ócio Criativo

Andres Kalikoske

June 12, 2011
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  1. - modo como se organiza e como está dividida sua

    realização - qual é sua complexidade - como é supervisionado - como sua rotina se apresenta - pressões às quais está submetido - recompensas e castigos - nível de satisfação pessoal em sua realização - satisfação de satisfação social, recompensas ou status gerados - compromisso que temos com sua realização
  2. Agricultores e artesãos utilizavam matérias-primas oferecidas pela natureza para a

    produção de produtos artesanais. Surgem as primeiras grandes fábricas, oferecendo trabalhos físicos e repetitivos em suas linhas de montagem. Explode a migração para as grandes cidades e a produção de bens materiais como móveis, fogões, geladeiras, carros, etc.
  3. A globalização absorve, em parte, a produção de bens materiais,

    fazendo diminuir o número de operários nos mercados locais. Início da produção de serviços centrados na gestão da informação e no design. Burocratização e rigidez das estruturas como principal desafio. Conforme De Masi, as pessoas devem incluir momentos de lazer em seu cotidiano, buscando conciliar tais momentos com suas atividades profissionais, a fim de produzir conhecimento.
  4. SOCIEDADE INDUSTRIAL SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL BAIXO GRAU DE CONCORRÊNCIA COMPETITIVIDADE NEPOTISMO

    COMPETÊNCIAS GESTÃO CENTRALIZADA AUTOGESTÃO HORÁRIOS FIXOS UBIQUIDADE FUNCIONÁRIO CAPITAL HUMANO HERARQUIA DE SABERES INTELIGÊNCIA COLETIVA
  5. Capacidade de unificar trabalho, estudo e lazer. Em nossas atividades,

    o ócio criativo aparece quando desenvolvemos, simultaneamente, um trabalho intelectual capaz de produzir riqueza, um estudo que gere conhecimento e um lazer que proporcione bem-estar.
  6. • Responsabilidade socioambiental • cultura ética • senso crítico-reflexivo •

    capacidade para resolução de problemas (abstração; pensar subjetivamente) • atitude empreendedora e capacidade interdisciplinar • comunicação • pensamento inventivo • interação e colaboração • flexibilidade • autonomia e autogestão do conhecimento
  7. • Estabelece uma crítica à cultura da competitividade e à

    idolatria ao trabalho. • Defende o tempo livre como fonte de criatividade e bem-estar. • Afirma que sujeitos sociais interessados em suas atividades profissionais dedicam muito mais tempo ao conhecimento e aperfeiçoamento das mesmas. • Considera que criatividade é a composição de imaginação (novas ideias) e seguida por sua concretude (realização). • Acredita que os sujeitos sociais devem explorar seus dons (vocação) para que conquistem felicidade no mercado de trabalho. • Considera que a vocação surge naturalmente com a educação e a formação. • A hipótese de “O Ócio Criativo” é a de que, na sociedade chamada de pós- industrial, o homem não precisaria mais estar se matando de trabalhar oito a dez horas por dia enfurnado em um escritório.
  8. • Questiona o fato de a organização industrial estar pensada

    para os operários e não para o trabalho criativo e intelectual. Tal organização ainda está baseada no controle e na unidade de tempo, enquanto o trabalho intelectual se desenvolve na motivação e no entusiasmo (economia criativa). • Afirma que a universidade prepara os jovens para uma linha de montagem: são ensinados a produzir Jornalismo sem misturar as disciplinas; em certa hora, cursam Psicologia; em outra, Sociologia; em seguida, informática, mas tudo separadamente. Assim, critica a falta de transversalidade entre as disciplinas. • Não é possível ensinar alguém a ser criativo, mas é possível incentivar o exercício da criatividade. Alguns exemplos são no ambiente universitário: discussões, aulas empíricas; análises fílmicas, imersão em realidades, experimentações de todo o tipo, inclusive com estudantes de outras áreas.
  9. • A criatividade é promotora de conhecimento e identidade. Assim

    ocorreu com Sigmund Freud e sua insistência em defender a Psicanálise. De Masi cita Tom Jobim e Vinícius de Moraes como criadores de uma música (bossa-nova) que contrasta a cultura estadunidense. Também cita Oscar Niemayer como promotor de uma arquitetura genuinamente brasileira. • Crítico da sociedade atual, propõe a diminuição de horas e trabalho. Conforme De Masi, desemprego gera depressão do mesmo jeito que servilismo zeloso gera ansiedade. Ambos são geradores de infelicidade para o sujeito social. • Entusiasta da convergência digital, acredita que a produção cultural, que era de poucos para poucos (sociedade pré-industrial), passou de poucos para muitos (comunicação de massa) e hoje se encaminha para um modelo de muitos para muitos (cultura da participação).
  10. • Trabalhadores poderão se ver livres de tarefas pesadas, perigosas

    e/ou repetitivas. • Quem lida com informações poderá processar um volume imenso delas em ainda menos tempo. • A troca de trabalho humano por máquinas tem sido feita de forma gradual, no decorrer de décadas, o que permite adaptação da sociedade. • Capacidades como compaixão, criatividade e reflexão profunda continuam sendo exclusivas de humanos e necessárias. • A inovação cria novas profissões e novos postos de trabalho. • Empresas criativas e inovação flexibilizam trabalho: há mais liberdade para que o trabalhador escolha quando e onde vai produzir. • Sobrará mais tempo em atividades sociais, educação, cultura, política, filosofia, esportes ou diversão.
  11. • Robôs e algoritmos usados para substituir funções de serviços

    - de garçons a cirurgiões, de motoristas a consultores jurídicos - podem eliminar permanentemente postos de trabalho. • A concentração de capital nas empresas pode desvalorizar o trabalho. • A maioria dos trabalhos atuais é tediosa, repetitiva, maçante, rotineira e, portanto, passível de ser eliminada pela automatização, pelo menos em parte. • Como são mais eficientes, novos negócios podem precisar de menos funcionários. • Credulidade sobre a ideia de que inatividade e a sensação de que o trabalho não é mais tão importante podem trazer depressão e outros transtornos mentais. Fonte: Folha de S. Paulo (http://temas.folha.uol.com.br/futuro-digital/consumo-e-sociedade/trabalho-na-era-da-digitalizacao-nao-sera- mais-o-mesmo-diz-especialista.shtml).